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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

09
Jan12

Bloco Triplo

Ricardo Norton

Por motivos de estar em período de exames universitários, vejo-me forçado a adiar a crónica desta semana para amanhã.

 

O cronista,

Ricardo Norton

02
Jan12

Bloco Triplo

Ricardo Norton

NOTAS SOLTAS I

 

Com as festas terminadas e com o campeonato nacional em stand-by até ao próximo dia 7, deixo aqui alguns tópicos relevantes que marcaram o 2011 voleibolístico e terão influência para o resto do campeonato que se espera tão competitivo como a sua primeira metade.

 

Tiago Violas está de malas feitas com destino à Polónia e quem o diz é a Federação Portuguesa de Voleibol. A FPV avança, em primeira mão, na página de Facebook que, segundo o site do Esmoriz GC (que se encontra temporariamente indisponível), o jovem distribuidor terá chegado a acordo com um clube polaco. Apesar de não se saber qual é a equipa e não ser possível ter acesso a mais dados, é uma notícia extremamente positiva. O valor do jogador português foi finalmente reconhecido. O internacional português há muito tempo que vinha dando provas do seu valor e, ao que parece, teve a sua recompensa. Depois de Maia ter experimentado Itália e Nuno Pinheiro se ter instalado por França, Violas dá continuidade ao bom nome dos distribuidores portugueses com uma transferência para a Polónia. Será um desafio exigente e um salto qualitativo enorme. Resta a Violas provar se está à altura desta nova etapa que, recorde-se, será a sua primeira aventura no estrangeiro.

 

 

O voleibol português está de parabéns. Benfica e Fonte do Bastardo elevaram um pouco mais o nome de Portugal com importantes vitórias nas competições europeias onde participaram. Os campeões nacionais eliminaram a formação alemã do Evivo Duran e estão agora nos 16avos da Challenge Cup, conseguindo um apuramento histórico. Uma dupla vitória (3-0 nos Açores e 3-2 na Alemanha) permitiu aos insulares seguir em frente na prova. Por sua vez, o SL Benfica obteve o 3º lugar no conceituado torneio Ermasport, ao vencer o clube espanhol do CMA de Soria Numancia por 3-1. Foi um torneio que reuniu formações de topo no contexto europeu e apenas prova o elevadíssimo valor do plantel do Benfica para esta época. Com a adição de caras como Kibinho e Roberto Reis, este Benfica certamente estará na luta pelo título. Estão na calha intensos duelos com a AJFB para a desforra da final do ano passado.

 

 

Com o campeonato senior praticamente a meio e analisando as estatísticas, é possível destacar alguns factos que considero relevantes. Nas habituais seis ações de jogo analisadas pela estatística da FPV, três jogadores portugueses aparecem no primeiro lugar. Filipe Pinto é o melhor pontuador, Marcel Gil é o melhor blocador e Alexandre Ferreira é o melhor servidor. Isto apenas mostra o bom trabalho que se tem feito ao nível da formação e mostra também que o voleibol ensinado em Portugal pode equiparar-se ao trabalho que se faz no estrangeiro. Estes três jogadores comprovam que o nível das seleções portuguesas tem tudo para ser alto nos próximos anos.

 

 

Ricardo Lima está de saída do Leixões SC. Quem o diz é o próprio jogador, numa nota deixada na página de Facebook do clube. Para os verdadeiros apreciadores desta modalidade, é triste ver um jogador deste calibre sair por ordenados em atraso. É apenas mais um exemplo da gestão precária que tem sido o "pão nosso de cada dia" no clube matosinhense, o que tem resultado numa instabilidade constante e em épocas completamente díspares entre si, o que leva a uma falta de consistência nas equipas seniores.

 

 

Uma nota extremamente positiva para o jornal Record que, ao sair das habituais crónicas de jogos que abundam nos media portugueses, decidiu inovar e, na minha opinião, acertou na mouche. O jornal entrevistou Miguel Maia, o melhor jogador português da atualidade. É uma entrevista extensa, onde são abordados vários aspetos, desde a biografia à carreira do atleta. Espero que se mantenha a tendência para aumentar a divulgação que o voleibol tanto merece.

 

 

Por fim, deixo uma nota extremamente positiva ao I Viana Volley Cup, torneio de formação organizado pelo Viana VC e apadrinhado por Miguel Maia. Na minha condição de treinador de formação, considero extremamente positiva a iniciativa. Por feedbacks recebidos, soube que foi um evento que correu bem e espero que perdure, para que os jovens tenham cada vez mais oportunidades de aliar a competição ao convívio, como vem sendo hábito na já “veterana” Lousã Summer Cup ou o TIVE. Na ótica dos treinadores/clubes, um torneio nesta altura é importante, uma vez que permite afinar e corrigir estratégias para preparar a segunda e a mais importante etapa do campeonato. Parabéns aos vencedores e desejos de bons campeonatos!

 

26
Dez11

Bloco Triplo

Ricardo Norton

BOAVISTA: O RENASCER DAS CINZAS?


São muitos os que sentenciaram o desaparecimento definitivo da histórica instituição do Boavista FC. No entanto, esse sentimento tende a ser combatido no seio do clube. A secção de Voleibol apresenta-se, para esta época, forte e com ideias de voltar a colocar o emblema axadrezado no topo do desporto nacional.


Nem sempre o dinheiro e os recursos se sobrepõem à vontade. É esta a mensagem que impera no balneário do Pavilhão Pêro Vaz de Caminha, que alberga a equipa sénior de voleibol do Boavista FC. Depois de, na época passada, terem falhado o acesso à divisão A1, perdendo o apuramento para o Castelo da Maia GC, as panteras pretendem afirmar-se, este ano, na divisão A2. São conhecidos os problemas financeiros do clube, devido aos problemas do passado. No entanto, uma gestão equilibrada dos recursos por parte da direção permite ir mantendo a chama acesa.

 

Para esta época, a espinha dorsal da equipa manteve-se, tendo recebido quatro reforços. Registou-se o regresso “a casa” de Catarina Liz (ex-GDCG), Ana Fernandes, Priscila Wharton (ex-SCE) e a adição de Marta Andrade, proveniente também do SCE. As novas aquisições vieram dar mais opções e mais consistência ao grupo, o que se tem refletido numa onda de resultados positivos.

 

A equipa continua a ser orientada pelo técnico Paulo Pardalejo, coadjuvado por Sara Gomes. Os destinos da secção continuam a cargo da diretora Graziela Palmeira. Apesar de a média de idades ser relativamente baixa, estamos perante um grupo que já joga junto há algum tempo no escalão de sénior, o que confere alguma vantagem e experiência à equipa.

 

No campeonato têm feito uma campanha positiva, o que se reflete num merecido primeiro lugar, à passagem da 10ª jornada. Apenas cederam pontos contra o Vitória de Guimarães e o Atlético VC, equipa que até agora foi a única a aplicar uma derrota por 3-0 à turma boavisteira. Com o passaporte para a 2ª fase praticamente carimbado, no reino da Pantera já se vão fazendo contas para o futuro.

 

Perante o novo sistema, onde apenas transitam 20% dos pontos obtidos na 1ªfase, é imperativo obter o máximo de resultados positivos para iniciar a nova fase com uma margem confortável. A expetativa é grande e a vontade de triunfar é ainda maior. Será necessário que as boavisteiras mantenham o bom nível de jogo apresentado até agora para poderem sonhar com um triunfo na prova, que conta ainda com um cruzamento entre as séries Norte, Sul e Ilhas, na 2ª fase. Estes cruzamentos deixam antever escaldantes duelos com a sempre forte Lusófona ou a “surpresa” Académica de Coimbra.

 

A Taça de Portugal, segunda competição do escalão de Séniores Femininos, tem corrido de forma positiva. Aliado aos resultados, que até à data se resumem a uma vitória sobre o Sporting de Espinho, a prova tem permitido dar minutos de jogo ao plantel todo. Apuradas para a 2ª eliminatória, cabe agora ao Boavista visitar o terreno do histórico e sempre complicado Leixões SC. O duelo de gigantes do voleibol português está agendado para o dia 14/1/2012 e será um jogo obrigatório para os verdadeiros fãs da modalidade.

 

Em suma, esta análise à boa época das seniores do BFC é um alerta para as vozes que se levantam contra o emblema do xadrez. Ninguém nega as dificuldades que existem. Apenas mostro que ainda vão sendo combatidas. Para o bem do desporto nacional, é importante que o Boavista viva e esteja de boa saúde.

15
Ago11

Bloco Triplo

Ricardo Norton

Glória aos vencedores, honra aos vencidos

 

As areias de Macedo de Cavaleiros receberam, no passado fim-de-semana, a última etapa do Campeonato Nacional de Voleibol de Praia. Dos três dias de prova, onde se defrontaram as melhores duplas portuguesas, saíram vencedores Ana Freches/Juliana Antunes e Roberto Reis/Kibinho, que revalidaram os seus títulos, tendo cimentando a sua posição como os conjuntos mais fortes no panorama nacional. Foi no moderno complexo da Praia do Azibo que toda a acção se desenrolou, entre os dois campos montados para o efeito e os dois bares, que forneceram a alimentação aos presentes.

 

 

 

18
Jul11

Bloco Triplo

Ricardo Norton

XII Lousã Summer Cup

 

Após uma longa paragem por razões académicas, o espaço do “Bloco Triplo” está de volta ao minuto zero, na esperança de retomar a sua normal actividade.


     

          Venho hoje falar da XII Lousã Summer Cup, que decorreu de 6 a 10 de Julho, na vila da Lousã. Esta prova, destinada ao escalão de Infantis e iniciados, cada vez mais se afirma como a última prova do calendário indoor em Portugal, e uma das mais importantes para as equipas dos escalões de fornação. Oferece aos seus participantes uma semana de muito voleibol e muito convívio, onde se começa a delinear a nova época num estilo de festa e descontracção, típico daquele torneio. Com a alimentação e alojamento a cargo da organização, aos participantes apenas compete fazer o que melhor sabem: jogar bom voleibol e dignificar o seu desporto.

 

          Ao longo de quatro longos dias de prova, 67 equipas competem entre si, em busca da tão ambicionada final. Mais uma vez, na edição deste ano, ficou reforçada a abrangência do torneio, com a presença de equipas estrangeiras. Representantes espanhóis e belgas juntaram-se a esta festa do voleibol, engrandecendo um momento único na vida desportiva dos pequenos praticantes. O rol de equipas ficou completo com a comparência de diversas equipas vindas desde o Norte até ao Sul, juntamente com os representantes da Madeira e Açores.

 

          A prova estendeu-se por sete pavilhões em regiões próximas à Lousã, possibilitando assim que se fizessem tantos jogos em tão curto espaço de tempo. A organização deverá ter mais atenção a este ponto, uma vez que alguns espaços não têm condições para uma prática correcta da modalidade. Mesmo assim, suportados por uma vasta rede de voluntários, conseguiu-se assegurar com sucesso mais uma edição desta prova.

 

          Em relação ao voleibol em si mesmo, há a registar algumas surpresas e algumas continuidades. Foram muitas as equipas de Infantis que competiram no escalão superior, realizando uma prova digna de registo. A título de exemplo, a equipa de Infantis do Colégio de Lamego, campeã nacional de Infantis, atingiu o 3º lugar na prova feminina de Iniciados, estando de parabéns. Como esta foram muitas as surpresas neste torneio. Os infantis da Ala de Gondomar fizeram o pleno, juntando ao Campeonato Nacional uma vitória no Summer Cup. No escalão de Infantis femininos, na ausência do campeão nacional, coube ao 2º classificado assegurar a vitória. O Sagrado Coração de Maria, de Lisboa, derrotou a Juventude Pacense na final, assegurando assim a vitória no torneio. No escalão de Iniciados femininos, registou-se o resultado mais improvável. Na ausência de três dos quatro finalistas do campeonato, o Vitória de Guimarães ganhou o torneio. Com o Leixões, único finalista presente no campeonato, desfalcado e abaixo do seu nível habitual, as vimaranenses aproveitaram e ganharam a prova, derrotando as espanholas do CV Esplugues. Por fim, no escalão de Iniciados, coube ao Ginásio de Santo Tirso devolver ao Norte as vitórias no voleibol. Derrotaram por 3-2 o Gueifães, sagrando-se os grandes vencedores do troféu.

 

          Foram quatro dias de bom voleibol, onde se assistiram a bons jogos. Os indicadores para a época que se avizinha são positivos, cabendo agora às equipas preparar da melhor forma os desafios que aí vêm.

 

by Ricardo Norton

30
Mai11

Bloco Triplo

Ricardo Norton

Evoluir na continuidade

 

 

               A selecção portuguesa chegou, viu e venceu. Assim se descreve, em poucas palavras, a primeira jornada de Portugal na edição de 2011 da Liga Mundial. Para todos aqueles que receavam que o seis luso não aguentasse a transição da Liga Europeia, ganha em 2010, para a mais competitiva Liga Mundial, a nossa selecção apresentou-se mais unida, mais coesa, mais experiente e conseguiu duas vitórias importantes frente à Finlândia. Com estes resultados, Juan Diaz põe-se no mesmo patamar da Rússia e Itália, duas das poucas selecções que contam os jogos todos por vitórias apenas, e consegue um bom início para a campanha portuguesa nesta aventura. É certo que o adversário era acessível e que “o pior ainda aí vem”, mas quando algo tem mérito, é preciso reconhecê-lo. E estas vitórias tiveram-no, muito.

               Antes de mais, convém ver que Portugal está melhor. Tem mais opções e a profundidade do doze é muito maior. Em relação à primeira, um exemplo claro do alargar de opções é a saída da rede da nossa selecção.

               Assistiu-se ao regresso do “velho” Hugo Gaspar, que se veio juntar a Valdir Sequeira. Embora o segundo seja mais forte fisicamente e, possivelmente, jogue mais alto, Hugo Gaspar tem algo que ainda falta ao primeiro: experiência e sangue frio. Atravessa um momento de forma notável. Está bem fisicamente, o que lhe permite estar bem tecnicamente. É dono de um serviço muito eficaz e variado, dado o seu trabalho de voleibol de praia. No ataque, tal como foi sua imagem durante a época, faz muitos pontos e tem um reportório muito grande. Além do mais, foi importante na motivação dos companheiros nos momentos de mais aperto e desconcentração. Portugal tem agora duas opções válidas e capazes de desbloquear jogo quando a situação complicar.

                Na distribuição, Tiago Violas está melhor. O distribuidor que conduziu Portugal à vitória na Liga Europeia apresentou-se na Póvoa mais maduro e mais inteligente. Apesar da tenra idade, já mostra processos de jogo variados e consistentes, sobressaindo-se. Tal como referi em cima, teve muita ajuda dos companheiros nas alturas de segurar o jogo, como a de Hugo Gaspar, o que se reflectiu em dois bons jogos. Violas alia a subida de jogo jogado à consistência habitual do seu serviço andorinha, o que faz dele um jogador cada vez mais válido para conduzir o seis luso e continuar a constar nas escolhas de Juan Diaz.

               No centro da rede estamos a ver uma revelação. Falo de João Malveiro. O recém-espinhense está num crescendo de forma. Está mais agressivo em todos os capítulos, principalmente na acção de bloco. Com um ataque forte e um serviço muito agressivo, subiu, sem dúvida, o nível de jogo. Portugal tem agora uma dupla equilibrada e muito forte, capaz de fazer estragos nas defesas que por aí andam.

               Por fim, a terceira revelação é Alexandre Ferreira. Apesar de ter jogado pouco, o simples facto de Juan Diaz ter apostado nele é sinal da qualidade do jogador e da atenção do cubano à formação do nosso país. É bom que assim seja, porque nomes como Ivo Casas, Filipe Pinto, Phelipe Martins, entre outros, merecem ver a luz da ribalta. São exemplos máximos do bom trabalho de formação portuguesa e merecem ser recompensados.

               Em suma, a nossa selecção “evoluiu na continuidade”. A “espinha dorsal” composta por Teixeira, a dupla André Lopes/ Flávio Cruz e João José foi melhorada e fortificada. Portugal está mais forte, com mais opções e , no meu entender, mais capaz de aguentar o desafio da Liga Mundial.

               Resta esperar para perceber se o tempo me dá ou não razão.

 

16
Mai11

Bloco Triplo

Ricardo Norton

Final Eight Juvenis Masculinos

 

               Segunda final eight, segunda vitória. É este o saldo do Leixões Sport Club nas competições de formação nesta época. Depois da vitória das juniores que, na sua terra natal, se sobrepuseram ao Gueifães na final, o passado fim-de-semana testemunhou a vitória dos rapazes do Mar, fora de portas, sobre outra formação maiata: o Castêlo.

                O pavilhão do Castêlo da Maia vestiu-se de gala para acolher a final que se antecipava escaldante. A bancada esteve acutilante. Considero-me alguém que já viu bastante neste nosso mundo do voleibol, mas digo sinceramente que poucas bancadas batem a do passado domingo. E, sim, considero o episódio do confronto entre os dois adeptos como parte da acutilância do público. Apenas mostra a intensidade de emoções que por lá se viveu.

               No campo, uma constelação de artistas defrontava-se. De um lado, o Castêlo da Maia. Tinham sido primeiros na fase regular, contando com uma equipa de excelentes executantes muito bem dirigida pelo Professor Sérgio Soares. Jogavam perante o seu público, na esperança de deixar o título em casa. Tinham tido uma final eight tranquila e “dentro da normalidade”. Na sexta-feira, derrotaram a frágil formação do Fonte do Bastardo, tendo repetido a vitória frente ao Benfica, no sábado. Num jogo mais renhido, a vitória sorriu aos maiatos, desta vez por 3-1. Conforme todas as previsões, chegavam à tão aguardada final.

               Restava apenas conhecer o oponente, que sairia da outra série, disputada em Matosinhos. E o vencedor foi a equipa da casa, o Leixões. Na sexta, derrotaram o CN Ginástica. Um jogo morno em que nenhuma das equipas esteve no topo da forma, mas que os pupilos do Prof. Bruno Costa souberam vencer, sem convencer, no entanto. Chegavam a sábado para, numa complicada meia-final, defrontar os rivais da Ala de Gondomar. Perante um ambiente frenético, “à moda do Leixões”, a Nave Ilídio Ramos encheu para apoiar os locais. Com uns esclarecedores 3-1, os matosinhenses carimbavam, assim, o passaporte para a ambicionada final.

               Castêlo e Leixões chegavam, assim, a domingo, invictos, moralizados e confiantes de que o trabalho da época se iria reflectir no derradeiro jogo. Era de conhecimento geral que o Leixões já não ganhava ao Castêlo desde o longínquo escalão dos minis. No entanto, a concentração da turma de Leixões, apoiada numa forte moldura humana de apoio permitiu atenuar esse facto. Desde o primeiro ponto, notou-se que poderia estar ali a excepção à regra.

               O Castêlo entrou desconcentrado. Sofreu uma desvantagem inicial de 4-0, que o Leixões foi mantendo ao longo do set, mostrando que nem tudo eram favas contadas. Esboçaram uma reacção tardia, que de nada lhes serviu. Uma falta na rede dava o 25-19 aos de Matosinhos, e consequente vitória no 1º set. Os maiatos teriam de trabalhar mais e melhor para voltar ao jogo. E assim o fizeram. Num 2º set muito bem jogado e disputado, o Castelo com 25-22 iguala a partida e traz de volta a esperança do título.

               A mostrar que não estava pronto para abdicar da sua ambição, a turma do prof. Bruno Costa entrou confiante no 3º set. Pela primeira vez, tínhamos as duas equipas taco a taco. No final, o set pendeu para o Leixões. Mais consistentes e concentrados do que os seus rivais, conseguiram a vitória, fruto do bom entendimento entre o distribuidor e os seus atacantes.

               O 4º set, vencido novamente pelo Leixões, teve um episódio que em nada coincidiu com a qualidade que se viu no campo e nas bancadas. Uma pequena rixa marcou negativamente este excelente jogo, quebrando o alto ritmo da partida e desconcentrando as duas equipas. Independentemente disso, o Leixões não abandonou a liderança.  No final, 25-20 colocava um ponto final no jogo e no Campeonato Nacional, com o 9º título para o Leixões SC passando agora a ser o clube com o maior número de vitórias neste escalão.

                Em resumo, foi um excelente jogo e muito bem disputado. A concentração e consistência leixonense sobrepôs-se à qualidade e mestria maiata. Parabéns às duas equipas, boas representantes da qualidade da formação portuguesa.

 

Resta agora disfrutar o verão com o Voleibol de Praia e, na próxima época, tentar “acertar as contas”