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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

31
Jul11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Análise ao Mundial - Grupo B

 

 

       Depois de feita a análise ao Grupo A, chega a hora de fazer o mesmo em relação ao grupo seguinte, neste caso o B.
       O Grupo B, é na minha opinião o mais forte dos quatro, e onde a disputa pelo apuramento será mais renhida. Olhando para as 5 equipas que o compõem, não é fácil perceber imediatamente quem ficará em que lugar da classificação.
       Mas vamos por partes. O Grupo é composto pelas selecções da Argentina, Inglaterra, Escócia, Georgia e Roménia. Curioso o facto de termos quatro equipas europeias, e sobretudo a Georgia e a Roménia estarem juntas, equipas que se conhecem tão bem do Campeonato Europeu das Nações.
       Se tudo correr como é normal, a Inglaterra será sempre primeira, e a mais forte candidata a acompanha-la é a Argentina. Mas nada garante que a Escócia não possa intrometer-se na "corrida", especialmente se encontrar os ingleses ou os Argentinos num dia menos bom.
       A Inglaterra venceu recentemente o Torneio das 6 Nações, e isso é suficiente para ser considerada uma favorita à vitória final, logo também o será no seu grupo. Los Pumas, quererão mostrar que a evolução que têm feito já os tornou numa equipa de nivel mundial, e que a sua entrada no Tri Natios Series já no proximo ano apenas se deve a qualidade dos argentinos. Os escoceses são uma equipa experiente e aguerrida com excelentes valores. Geórgia e Roménia são talves neste momento a sétima e oitava selecções europeias, logo a seguir as equipas dos Torneio das Seis Nações, contudo isso não é suficiente para garantirem um lugar nos oitavos.

       Na minha opinião, a classificação final será assim, a Inglaterra em primeiro, a Argentina em segundo, Escócia em terceiro, Geórgia em quarto e a Roménia em quinto. Mas repito este grupo é extremamente forte e equilibrado, é um grupo que dá garantias de grande espectaculo e portanto deverá ser seguido com especial atenção.

 

       Até ao Mundial há competições que continuam a decorrer, contudo por falta de tempo e disponibilidade não me tem sido possível acompanahr tanto quanto queria. De qualquer forma há uma competição que merece destaque. O Torneio das 3 Nações. Realizou-se este fim de semana a segunda ronda que opôs a Nova Zelândia e a Áfica do Sul, e houve uma "meia surpresa". E "meia surpresa" porquê? A surpresa não foi a vitória neo zelandesa, pois essa já era esperada, a surpresa é continuar a ver a fraca figura que os Springbooks estão a fazer. Depois da derrota com a Austrália era de esperar uma reacção dos sul africanos, mas a derrota desta semana por 40-7 voltou a demonstrar as mesmas falhas da semana passada.

       As formações ordenadas sul-africanas que tão famosas são, nestes dois jogos foram ridiculas, os pack's avançados australianos e neo zelandeses venceram praticamente todas as melles sem dificuldade. Também nos alinhamentos a Áfica do Sul está muito mal, e depois uma serie de erros que deram a bola aos neozelandeses e imensas placagens falhadas, que como se sabe contra equipas como a Nova Zelândia são fatais.

       Claro que também houve mérito dos All Blacks (e muito!), quem tem Dan Carter (mesmo a não acertar os pontapés) arrisca-se a vencer sempre.

Neste momento a África do Sul tem muito que melhorar antes do Mundial, terá ainda alguns jogos para provar o que relamente valem os Springboks, já a Nova Zelândia continua a mostrar que são os grandes favoritos para o Mundial.

 

By Pedro Santos

24
Jul11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Análise ao Mundial - Grupo A

 

     

       A análise de cada grupo do mundial é obrigatória para perceber como será o proprio Rugby World Cup.

      Já há algum tempo que queria falar deste assunto, mas considero ser este o momento certo para o fazer, e como tal irei começar por analisar o Grupo A do mundial.

      Como todos os outros este grupo é composto por 5 equipas. Destas 5, duas irão apurar-se para os oitavos de final. O terceiro classificado irá automaticamente apurar-se para o Mundial de 2015, e as duas últimas equipas irão para casa mais cedo.

      O grupo A, tem então, a Nova Zelândia, a França, Tonga, Canadá e Japão. E os dois candidatos a passar à proxima fase são mais que óbvios, apenas um "desastre" iria impedir França e Nova Zelândia de passar aos oitavos. E muito provavelmente a Nova Zelândia será primeira classificada (verão mais à frente a importância de ser primeiro). Considero ainda que Tonga poderá ter uma pequena chance. É muito pouco provável, mas temos de o considerar, nem que seja por jogarem praticamente em casa.

      O terceiro classificado, será disputado por Tonga, Japão e Canadá. Tonga é favorito, o Japão depois de vencer o Pacific Nations Cup aparecerá motivado, o Canadá é uma equipa consistente e não sendo uma equipa de primeira linha, é forte e têm evoluido muito, pode tambem ser a surpresa.

      A minha aposta será Nova Zelândia em primeiro, França em segundo, Tonga em terceiro, Japão em quarto e Canadá em último. podem existir mudanças mas em principio será assim. O grupo parece-me acima de tudo competitivo, mas "por baixo" uma vez que a disputa dos dois primeiros não deverá ser acesa, a disputa do 3º lugar será sim uma batalha a seguir com atenção.

 

     Começou o espectáculo do Tri-Nations Series e logo com um grande jogo, a mostrar que esta é uma das melhores competições do mundo.

     Vitória australiana sobre uns Springbooks que forma uma pálida imagem daquilo que costumam ser, e que só nos inutos finais mostraram alguma coisa.

Já se sabia que a África do Sul, iria ter problemas. Jogadores lesionados, indefinições na equipa (os dois pilares fizeram a sua estreia), até problemas no voo para a Austrália houve.

     Já a Austrália, apareceu super motivada com vários jogadores que venceram o Super Rugby a crer agarrar a titularidade.

A vitória por 39-20, só espanta quem não viu o jogo. Os defesas australianos estão num nivel altíssimo, James O'Connor, Quade Cooper ou Adam Ashley-Cooper são jogadores de cariz mundial, e cada vez mais mudo a minha opinião. Os autralianos começam a parecer fortes candidatos para vencer o mundial.

     É preciso ver mais e perceber se esta forma que apresentam é passageira ou se é para ficar.

     Sábado ( 08.30 hora de Lisboa) os neozelandeses vão entrar em campo para defender o titulo frente aos sul-africanos. Veremos se estes (África do Sul) vão acusar o peso da derrota ou se pelo contrario vão mostrar aquilo que realmente são.

 

By Pedro Santos

05
Jun11

Área de Ensaio

Pedro Santos

All-Blacks

 

      

        27 De Novembro de 2010. Millenium Stadium, País de Gales. Defrontam-se, neste dia, País de Gales e Nova Zelândia numa partida amigável. Ao minuto 51, o Asa Neo-Zelandês Daniel Braid comete uma penalidade e vê o cartão amarelo que o coloca de fora do jogo nos 10 minutos seguintes. O resultado nesta altura é de 13-9 a favor da equipa do Hemisfério Sul. Na sequência da falta, o Médio de Abertura galês Stephen Jones chuta aos postes e coloca o resultado em 13-12. Com apenas um ponto a separar as equipas, e o País de Gales a jogar com mais um homem, espera-se uma quebra anímica dos All-Blacks e uma subida de rendimento por parte dos galeses que os leve a vencer a partida.

       Contudo, o episódio que se passou de seguida veio demonstrar o que é o rugby Neozelandês. Depois de uma série de ataques bem parados pela defesa galesa, a bola chega à linha, onde o ponta Hosea Gear marca um ensaio que acaba definitivamente com as aspirações galesas de uma vitória. Dan Carter, com uma conversão difícil, coloca o resultado em 20-12. A Nova Zelândia acaba por vencer o jogo por 37-25.

       Este episódio demonstra aquilo que para mim é a maior qualidade do estilo de jogo dos All-Blacks, um espírito incrível e, acima de tudo, uma capacidade tremenda de, quando o adversário parece estar por cima, eles virarem o jogo.

       A Nova Zelândia é, sem dúvida alguma, uma das selecções mais famosas do rugby mundial. E contribuiu para isso, por exemplo, o facto de interpretarem o “Haka”, a dança de guerra Maori, antes dos jogos ou jogarem sempre com o seu equipamento integralmente preto. Contudo, aquilo que mais visibilidade deu e continua a dar aos All-Blacks é a sua forma de jogar. Para além da mentalidade guerreira, existem outros aspectos do jogo Neozelandês que se destacam em relação às restantes equipas mundiais. Apesar de sempre ter tido grandes avançados, é nos defesas que a Nova Zelândia se destaca. Jogadores rapidíssimos, com um controlo de bola fenomenal e uma capacidade de passe que, só por si, é capaz de abrir buracos nas defesas contrárias, é isto a imagem dos defesas neozelandeses.

       Ao longo das décadas, a Nova Zelândia tem sempre apresentado grandes equipas, não só nas competições internacionais mas também nos jogos amigáveis em que tem vindo a participar, por isso mesmo a IRB, nomeou os All-Blacks como “Equipa do Ano” em 2005,2006 e 2008, sendo esta a mais bem sucedida equipa da história do rugby.

      Além disso, vários jogadores históricos têm surgido nas fileiras desta selecção: nomes como o Talonador Sean Fitzpatrick, os Pontas John Kirwan e Doug Howlett (o jogador com mais ensaios), ou, mais recentemente, o Centro Tana Umaga, o Médio de Abertura Dan Carter ou o Asa Richie McCaw. E, obviamente, aquele que é por muitos considerado o melhor jogador de sempre, Jonah Lomu.

       O que tem faltado aos All-Blacks tem sido a vitória no Rugby World Cup. Em 6 edições, venceram apenas uma (1987) e jogaram-na em casa. Em 2007, por exemplo, foram eliminados pela surpreendente Argentina, e mais uma vez não corresponderam às expectativas. O problema tem sido mesmo este, partem sempre como favoritos e acabam por sucumbir à pressão. Em termos de Tri-Nations Cup, a grande competição do hemisfério Sul, aí dominam de longe sobre África do Sul e Austrália, tendo vencido dez edições contra apenas três dos sul-africanos e duas dos australianos.

      No Campeonato do Mundo deste ano partirão, mais uma vez, como favoritos.

      Os jogos de Julho/Agosto servirão para mostrar se a forma que apresentaram no final do ano passado se mantém ou não, e se existe alguma equipa que lhes consiga fazer frente.

       Neste momento, no panorama internacional, apenas a África do Sul e a Inglaterra parecem ser capazes de fazer frente à Nova Zelândia, mas também em 2007 ninguém esperava uma vitória argentina e ela aconteceu.

      Teremos de esperar para ver se mais uma vez os All-Blacks falham o objectivo, ou se o espírito guerreiro que os caracteriza emerge nesta competição e os leva à vitória final.

 

By Pedro Santos