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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

23
Jan12

3x4x3: Como pode o Porto crescer na segunda volta?

Minuto Zero

 

Com o Benfica a isolado na liderança da liga portuguesa os problemas e dúvidas de Vítor Pereira vão crescendo na mesma medida que a natural contestação. O Porto 11/12, está longe de mostrar a competência demonstrada na época transacta, onde por esta altura se destacava como natural favorito a um título que mais tarde conquistaria.

 

No mesmo sistema (4x3x3), embora com dinâmicas um pouco alteradas, Vitor Pereira começou a temporada mostrando que este poderia ser um Porto diferente, com o seu cunho pessoal, mas mesmo assim manter o nível da temporada anterior. Começou por mexer na posição 6, primeiro com Souza, depois com Moutinho e finalmente com Fernando estabilizando a equipa.

 

Mas a verdade, é que a ideia de um "6" um pouco diferente, mais pivot e menos trinco, relegou muitas das vezes Fernado para outras posições (lateral-direito) ou para o banco, deconstruindo o meio terreno dos dragões.

 

Uma aproximação de João Moutinho a Fernando, quase como um duplo-pivot dinâmico, onde Moutinho será sempre mais 8 (box-to-box) do que 6 (pivot-defensivo ou trinco), fazem o Porto crecer em termos de equilibrios dinâmicos, e demonstra que Vitor Pereira poderá nesta segunda fase da época recolocar Bellushi como opção válida para o posto mais adiantado do 3 do meio-campo. Quanto a Defour, não tem a mesma agressividade ofensiva, mas já deixou clara a ideia de que poderá ser um companheiro de alto nível para Moutinho, tudo dependerá da forma como se imposer na disputa por um lugar. Guarin, posso de força para dar "musculo" ao meio-campo, deverá sair ou ter poucas oportunidades. Bellushi parece ser assim a opção mais natural, mas Defour poderá crescer dando à equipa um toque de organização extra.

Ainda no meio-campo, veremos como Danilo, contratado como lateral-direito, não poderá acabar como um dos interiores, posição que desenpenhou várias vezes no Santos. Poderá ser uma opção a ver.

 

Orfão de Falcao, o ataque passará em principio (se não chegar ninguém), por James e Hulk como indiscutiveis, rodando Kléber, Cristian R. e Djalma (quando regressar), como principais opções. Varela é uma incognita, enquanto que Iturbe vai fazendo pela vida, provando o seu enorme potencial nos momentos em que entra, mas não acredito que se imponha para já.

A posição 9, deverá em muitos jogos continuar a ser desempenhado por Hulk, embora é claro com uma dinâmica muito mais rotativa. James continuará a ser uma das fíguras da temporada, enquanto que Djalma já demonstrou sem dúvida ser um jogador de enorme competência.

 

Chegando um ponta-de-lança, terá sobretudo de ser um jogador com boa capacidade para recuar e jogar em tabelas curtas, mas que seja também competente na hora de finalizar. Serão-lhe pedidos golos, mas mais do que isso será importante que se lhe peça que entre bem na forma de jogar da equipa. De Éder, jogador da Académica, penso que tem um perfil interessante, seria uma aposta a ter em conta, embora continue a achar que Kléber não deva ser excluído das contas. O jogador da Académica encaixa melhor no perfil desejado, mas poderá ter algumas dificuldades em se impor.

 

By Tiago Luís Santos

 

20
Jan12

3x4x3: Mais do mesmo

Minuto Zero

 

 

O Santiago Barnabéu encheu-se uma vez mais para assistir ao mais excitante e desejado duelo do futebol europeu na actualidade.


Mais uma vez, José Mourinho optou por uma abordagem estratégica específica para o jogo frente aos eternos rivais. Abdicou de inicio de Ozil, criativo médio-ofensivo, reforçando o meio-campo com Pepe, mais uma vez, médio de recuperação e pressão sempre de olho em Messi.

 

 

 

 

By Tiago Luís Santos

13
Jan12

3x4x3: Mercados

Minuto Zero

 

Com pouco dinheiro a circular no mercado europeu, e sobretudo pouca vontade de arriscar com grandes contratações, são equipas de médio-plano que vão brilhando no mercado do futebol do velho continente.

 

Das equipas ainda em competição na Liga Dos Campeões, destaque para a actividade do CSKA de Moscovo, com as contratações de Musa (ex-Venlo) e Wernbloom (ex-AZ). Jogadores jovens e com potencial, que vêm da Holanda para procurar um lugar como titular no plantel da equipa moscovita. Do que conheço, Musa poderá ser um jogador para explodir nesta boa equipa, que se habituou a fazer crescer bons alas, como foram casos de Zhirkov, Honda ou Krasic.

 

Também para Moscovo, mas desta feita para o rival Dynamo, segue Duzcdezsac, jovem extremo ex-Anzhi, onde de resto era uma das estrelas e titular na ala direita. Saí por quase 20 Milhões de euros, num negócio que põe em dúvida a amplitude do projecto do "novos ricos" do Anzhi.

 

Da Alemanha vem outra das equipas mais activas no mercado e que parece ter se voltado para jogadores portugueses ou do nosso campeonato. Vieirinha é o cabeça de cartaz, de uma renovação da equipa que foi à pouco tempo campeã alemão, mas que se vê hoje longe dos lugares cimeiros da Bundesliga. Com o extremo, seguem Filipe Lopes (ex-Nacional), Sissoko (ex-Académica), Ricardo Rodriguéz (ex-Zurich), Pieter Jirasék (ex-Pizen) e Sio (ex-Sion), tudo jogadores contratados por valores razoavelmente altos, todos eles jovens e com potencial de crescimento. Estou especialmente curioso para ver qual a evolução de Vieirinha agora num campeonato mais exigênte, mas também de Sissoko, jovem formado na Académica de Coimbra que explodiu esta temporada.

 

Nas equipas de top vai se falando em regressos. Foi o caso das "lendas vivas" Henry e Scholes, míticos jogadores de Arsenal e Manchester United que regressão às respectivas equipas.

De Henry, esperasse o mundo. Com um Arsenal com falta de referências (e de opções), sobretudo do meio-campo para a frente, o regresso de um dos melhores jogadores da sua história é mais do que a contratação de um jogador, um regresso a um passado de memórias. No relvado não poderia ter estreia melhor, apontando um golo decisivo no jogo de "estreia". Será sobretudo uma opção para gerir com cuidado, não digo que não vá conquistar um lugar no onze, resta saber se na esquerda ou ao centro. Seja como for, vale a pena ver o Arsenal e ficar à espera do velhinho Thiery. Mais lento, menos ágil, com menos ritmo competitivo, é um jogador bem diferente daquele que saiu do Arsenal.

Quanto a Scholes regressa após 6 meses da sua retirada. Menos mediático, poderá ser importante para colmatar as baixas de Anderson e Cleverley no eixo do meio-campo dos Red Devils. Embora sem o ritmo de outros tempos, Scholes passeia classe pelo campo. Longe vão os tempos em que jogava próximo dos pontas-de-lança. Hoje será um médio de saida para o ataque e apoio ao médio mais contido (Carrick ou Fletcher).

 

PSG, Chelsea e Anzhi eram as equipas de quem se esperava mais investimento. Para já apenas o PSG se reforça em peso, mas no caso para o banco. Ancellotti é treinador de top, para uma equipa que parece querer fazer do campeonato francês apenas um ponto de partida. Quem não chegou foi David Beckham, o que do ponto de vista futebolístico não será uma grande perca (com todo o respeito pela carreira do jogador), mas do ponto de vista do crescimento da marca PSG, ai sim, poderia ser uma mais valia incrível.

No Chelsea de Vilas Boas, Gary Cahill é grande aposta de mercado, central de bom nível que provavelmente irá deixar D.Luiz para o banco de suplentes, pelo menos enquanto for comentando os erros do costume. Tem de controlar o seu futebol para se confirmar como jogador de top.

 

Por Portugal, o Sporting vai mexendo com o mercado. Ribas vem do Génova como boa solução para o ataque, avançado mais móvel mas com veia goleadora, creio poder ser uma mais-valia. Renato Neto regressa como uma das promessas que o Sporting sempre teve de baixo de olho. É forte fisicamente, mas contra o Porto mostrou alguma imaturidade. Quanto a Xandão deixa-me algumas reticencias. Central alto, com pouca mobilidade, parece uma solução para o banco, jogador para equipas habituadas a defender mais atraz.

Quanto ao Benfica permanece sem resolver os casos Capdevilla, Amorim e Peréz. Dos dois últimos espero que fiquem e rendam aquilo que sabem, são de facto mais valias se quiserem estar de alma e coração no clube. O espanhol é caso serio, precisa de ser colocado para aliviar a folha salarial dos encarnados. De chegada, anunciam-se Djaniny e Soriano para a próxima temporada. Do Cabo Verdiano confesso não esperar mais do que minutos na equipa B, quanto ao segundo estou curioso para ver qual o impacto, no Barça B viram-se bons pormenores, resta saber o que vale numa equipa mais exigente.

 

A norte, o F.C. Porto reforçou a ala direita com um promissor lateral. Como já disse antes só estranho os valores do negócio, um autentico atentado de gestão tendo em conta que falamos de um lateral. Um estranho caso do qual duvido dos contornos negociais. Parece me que os 17 milhões de que se fala são pouco reais. Em campo, não tenho grandes dúvidas que acabará por se impor como titular.

Continua a faltar o ponta-de-lança, sobretudo depois da saída de Walter para o Cruzeiro.

 

Em Braga Luís Alberto (ex-Nacional) é elemento chave para o resto da temporada. Depois da saída de Vandinho que falta um jogador que "agarre" as rédeas como "6". Parece ser a escolha ideal no contexto do mercado nacional, não tenho dúvidas do seu sucesso imediato. Chegam também Samuel (ex-Anderlecht) e Miguel Lopes (ex-Porto), duas soluções para pegar destaque na equipa de bracarense.

Reforços de peso também serão Ukra e Zé Luís. Do primeiro continuo à espera que expluda definitivamente como jogador de grande qualidade. Quanto ao ponta-de-lança penso que vai deixar uma marca ainda este ano. Qualidade não lhe falta, é uma das minhas apostas para a segunda metade de Liga Zon.

 

By Tiago Luís Santos

 
13
Jan12

3x4x3: Liverpool de Kenny Dalgish

Minuto Zero

 

 

Os míticos portões de Anfield Road, marcam a entrada e saída de um mundo futebolístico à parte, mesmo no contexto do apaixonado futebol inglês. O "You Will Never Walk Alone" inscrito na entrada do lendário estádio, relembram um passado cada vez mais distante, onde os Reds do Merseyside se destacavam como crónicos favoritos ao título inglês, numa época onde os gigantes do futebol britânico tinham nomes bem diferentes dos de hoje.

Eram os tempos de um pequeno génio em forma de avançado, Kenny Dalgish, fígura mítica do mais bem sucedido clube inglês. Hoje os tempos são bem diferentes. As casas de apostas esquecem ano após ano o nome do Liverpool, olhando Man.Utd, Chelsea e Arsenal como favoritos à conquista da Premier League.

Agora no banco, Kenny Dalgish mantêm a mesma postura de dasafio perante o jogo e o adversário. Dá quase a impressão que quer saltar para o relvado e voltar a ser ele a figura do ataque da equipa da cidade dos Beatles.

Do ponto de vista táctico a chegada de Kenny pouco significou para este Liverpool. Desde Rafa Benitez que a equipa mantêm um padrão de jogo semelhante, baseado num sistema com 2 linhas de 4 bem definidas no meio-campo/defesa. Na base de toda a dinâmica do clássico 4x4x2 ou 4x4x1x1, está um duplo-pivôt clássico, com um 6 (médio-defensivo) e um 8 (médio com maior capacidade de saída e condução).

As referências dos tempos do Liverpool finalista da Champions com Benitez parecem no entanto adormecidas. O mítico Steven Gerrard vai lidando com lesões atrás de lesões. Com ele o Liverpool fica pelo menos nos 4 melhores da Premier League, sem ele a época é um descalabro. Quanto a Carragher está claramente menos jogador, mais lento à medida que os anos vão passando. No meio-campo deixaram à muito de morar Xabi Alonso e Mascherno. Hoje, os lugares são de Lucas (até à sua lesão) e Charlie Adam, jogador de estranho morfologia mas de enorme talento.

A lesão de Lucas Leiva no inicio da temporada seria assim a pior das notícias para Kenny Dalgish. Dificilmente se escolheria outro jogador (que não Gerrard é claro), que fizesse tanta diferença na equipa. Como pêndulo do meio-campo, o jovem brasileiro parecia ter agarrado as rédeas da equipa em termos de equilíbrio defensivo, mas também um "lugar ao sol" na selecção de Mano Menezes.

Apesar das boas aquisições, como Downwing (ex-Aston Villa), José Henrique (ex-Newcastle), Henderson (ex-Sunderland) ou Charlie Adam (ex-Blackpool), a temporada está mais uma vez a ser bem abaixo das expectativas, mas sobretudo, bem abaixo do nível que os Reds historicamente habituaram os seus fervorosos adeptos.

Olhando para o 11 inicial, a principal razão para sorrir é mesmo Suárez. Apesar da suspensão, é claramente o jogador capaz de marcar a diferença na equipa. Desde o primeiro jogo com a camisola "7" do Liverpool se percebeu que Fernando Torres seria rapidamente esquecido em detrimento do uruguaio. Em sentido inverso, o senhor 40 milhões Andy Carrol (contratado ao Newcastle), percorre as ruas da amargura, longe dos golos, longe do coração dos adeptos, e sobretudo, cada vez mais longe das contas de Fabbio Cappelo para o Euro 2012.

Seja qual for o desfecho da temporada para o Liverpool, a verdade é que continuará a ouvir-se antes de cada jogo, os seus fervorosos adeptos que todos os fins-de-semana esgotam o "velhinho" Anfield, entoando o mítico "You Will Never Walk Alone".

 

By Tiago Luís Santos

23
Jul11

Futebol de Verão

Minuto Zero

Apontamentos

 

          Num olhar de relançe sobre o mercado internacional nota-se grande preocupação em fazer escolhas acertadas e contratações cirúrgicas... um clima bem diferente, diga-se, daquele que se vive no nosso país.

 

          Em Inglaterra, a chegada de André Vilas Boas ao Chelsea, até agora, não significou grandes mexidas no plantel. Sturrige ou Kakuta, emprestados na ultima temporada, podem ser aproveitados, enquanto Courtois, guarda-redes recém contratado, vai rodar no Atlético Madrid. Os jornais ingleses dizem que o jovem técnico portugues está a avaliar cuidadosamente o plantel, escolhendo quais os pontos os quais carecem de reforço.

A má forma de Lampard, a lesão de Essien, os problemas de Bosingwa, a idade de Drogba ou o "apagão" de Fernando Torres são certamente os problemas que mais horas de sono retiram a Vilas Boas, mas é de adivinhar uma ou duas chegadas milionárias ao plantel até 31 de Agosto.

 

          Mais a norte, o Manchester United parece decidido a renovar o plantel. Sairam O'Shea, Wes Brown, Paul Scholes, entraram Ashley Yougn (ex-Aston Villa), Phil Jones (ex-Blackburn) e ainda Tom Cleverley, Danny Welbeck e Mame Diouf, todos eles regressados de empréstimo, após excelentes épocas.

Phil Jones é aposta para substituir a médio prazo Rio Ferdinant, enquanto Ashley Young surge para dar mais poder ofensivo pelos flancos, aumentando a concorrência de Nani por um lugar nas faixas. Fala-se ainda em Wesley Sneijer como grande objectivo de mercado, num plantel que parece apostado na conquista tanto da Premier League como da Liga dos Campeões.

 

 

          Por Espanha, Barcelona e Real Madrid continuam o seu despique, elevando cada vez mais a fasquia de qualidade. A luta pela liga espanhola, mas também pela Champions promete ser ainda mais intensa do que na temporada 2010/2011.

          Para a Catalunha surge para já apenas um reforço. Aléxis Sanchéz vem colmatar uma falha, se é que se pode falar em falhas nesta equipa, que limitava um pouco a competitividade interna por um lugar no tridente ofensivo. David Villa e Messi tem lugar garantido, tendo agora Pedro Rodriguez de lidar com a concorrencial de um jogador de elite. Acredito que este duelo vá mesmo colocar os jovem espanhol novamente no banco da equipa culé, sendo que Alexís Sanchez se tornará um dos simbolos dos blaugrana. Olhando para o panorama mundial, terá sido salves o reforço ideal para a equipa de Guardiola.

 

         

 

          A novela em tons de azul e grená continua a ser a girar em torno de Cesc Fabregas. A camisola 4 dos catalães está à muito guardada para o "filho da casa" que poderá ser o substituto ideal para Xavi, talvés não no imediato, mas a médio prazo. Para já, entrando no plantel, Guardiola terá uma enorme dor de cabeça, semelhante aquela que Del Bosque teve no mundial 2010, quando se viu obrigado a colocar Fabregas no banco de suplentes.

          A lateral esquerda, e a suplencia de Puyol, são problemas claros, aos quais o clube de Alex Russel deveria atender ainda neste mercado.

 

          Em Madrid, José Mourinho reforçou os seus poderes dentro da estrutura do clube, afastando de vez o "fantasma" de Jorge Valdano. Coentrão chega para ser titular, levando Marcelo provavelmente a ter de se sentar no banco de suplentes, e formando uma ala esquerda fenomenal com Ronaldo. No miolo, Nuri Sahin poderá ser, um reforço crucial.

          Na temporada anterior, o Real Alinhava normalmente em 4x2x3x1, com Ozil como médio-ofensivo pelo centro e Di Maria pela direita. Já no final da temporada, Pepe juntou-se no miolo a Xabi e Khedira, passando o meio-campo a formar em 1x2, em vez de um duplo pivô. Como referi à meses, desde a sua passagem pelo F.C.Porto, José Mourinho raramente optou por um meio-campo em 2x1 (duplo pivô), recorrendo quase sempre ao 1x2, com jogador mais defensivo e dois interiores de grande poder em ambas as transições (leia-se, defensiva e ofensiva).

Esta característica do meio-campo das equipas de José Mourinho, esta na base da característica fundamental das equipas do técnico português: equipas que nunca se desequilibram a defender, a saem para o ataque rapidamente, aproveitando os erros de organização dos adversários. Foi assim no Porto, foi assim no Chelsea e também no Inter (embora aqui com particularidades).

          Para 2011/2012, o Real deve mudar um pouco o seu figurino, lançando Xabi, Khedira e Sahin, como trio ideal no meio-campo, fazendo Ozil viver livre nas costas do ponta-de-lança (Higuain ou Benzema), mais descaído para o lado direito, com Ronaldo, a dominar a faixa esquerda.

Para os jogos mais apertados, Pepe, e a Rapahel Varane, podem tanto fazer a posição 6, como jogar a central, tendo para além de competência defensiva de assinalar, capacidade de saída com bola, e mais que tudo, agressividade defensiva.

 

          Por Itália, para já os gigantes do norte não entram em loucuras. O Inter, parece agora apostado num modelo de jogo pouco comum, um 3x5x2 com aposta na capacidade dos seus laterais, mas também num jogo de posse e com as linhas muito próximas. Um sistema para maximizar, aquela que foi, ao longo das ultimas épocas, jogador crucial nas saídas para o ataque: Maicon.

No miolo, Cambiasso e Sneijer podem sair, tendo ai, Massimo Moratti de abrir os cordões à bolsa. Ricky Alvárez, é a nova coqueluche, com pé esquerdo iluminado, um pibe para descobrir.

 

          Quanto ao Milan, parece expectante, sobretudo, vendo complicar-se a chegada de Ganso do Santos, vai olhando o mercado de esguelha, à procura de um negócio interessante, como foram para já Méxes e Taiwo.

 

          Mais a sul, a Roma e Lazio vão se reforçando com jogadores de grande talento. Lamela, é o novo pibe do futebol gialorossi, ao qual se juntam Bojan vindo do Barcelona, José Angel e Heize. Com Luis Henrique no comando técnico, a grande questão será de que forma irá jogar esta renovada Roma.

          Para os laziale, Cissé, Klose ou Stankevicius, são reforços, para juntar a uma equipa que já na temporada mostrou competência.

 

 

 

 

 

By Tiago Luís Santos

16
Jul11

Primeiras notas

Minuto Zero

1. Depois do problemático estagio na Suíça, o Benfica acelera a sua preparação para aquele que parece ser o primeiro teste de força, não só em termos de qualidade, mas sobretudo, em termos de atitude competitiva.

O duelo com o Trabzonspor, será, mais do que a prova do crescimento colectivo, um duro teste anímico, face a uma segunda mão num ambiente adverso, face a um adversário que faz do espírito guerreiro arma fundamental.

Enquanto não chegam os primeiros jogos oficiais, deixo nota de vários pormenores que tem deixado os primeiros 4 jogos disputados.

Na defesa, André Almeida, Wass e Roderick, dificilmente ficaram no plantel. Miguel Vítor poderá ser interessante, sobretudo pela necessidade de cumprir com os mínimos impostos pela UEFA, quanto a jogadores formados no clube. Esta mais maduro, cresceu fisicamente, fez lhe bem o tempo em Inglaterra. Jardel dificilmente sairá do banco esta temporada, com Luisao e Garay como amplos favoritos a um lugar no 11.

Na esquerda os maiores problemas. Será necessário contratar um jogador que, de facto, garanta rendimento imediato, podendo integrar-se o mais rápido possível no eixo. Carole, constitui uma aposta com futuro, jogador com potencial, e, ao contrario do que tem sido dito, não esta dispensado por Jorge Jesus, mas sim, na selecção francesa que vai estar na Colômbia a disputar o mundial de Sub-20.

No meio-campo, o nível de competitividade esta temporada será com toda a certeza enorme. Matic, apesar de jogar fora de posição habitual, para já, tem claramente muito potencial a explorar. Mas mais do que Matic, jogadores como Enzo Perez, Bruno César ou Witsel, deixam claramente a indicação, de que, devidamente integrados serão jogadores muito acima da media. Enzo será, depois da saída de Di Maria, o flanqueador de maior capacidade de definição. Não será tão forte no 1x1, mas tem um entendimento do jogo bem mais capaz do que o companheiro de selecção, agora ao serviço do Real Madrid. Depois, define cada lance com um critério muito cuidado, seja com cruzamentos perigosos, seja com passes para as costas da defesa, seja em progressão e remate.

Bruno César, parece demasiado lento para ser verdadeiramente um ala, mas a sua capacidade técnica, de passe e leitura de jogo, encaixa num perfil de interior, que juntamente com jogadores com grande disponibilidade técnica como Aimar, Saviola, Perez ou Gaitan. Jogador interessante sem duvida.

Quanto a Witsel, confesso que terá sido a contratação que mais me empolga. Na Bélgica, jogava num meio-campo a 3, de grande qualidade, próximo de um jogador de enorme capacidade técnica e de organização de jogo: Defour. Witsel, era, no Standard, o complemento perfeito a este jogador. Tem enorme potencial atlético, sabe sair com bola, joga simples, equilibra, tem uma intensidade de jogo que lhe permitiria jogar, seja em Portugal, seja em Inglaterra. Jogador de Top.

Nolito, Gaitan, Amorim, devem completar o leque de opções, garantido uma competitividade interna de grande nível.

No ataque, a grande duvida será mesmo a que nível ira estar Saviola. Este pormenor será decisivo na temporada encarnada.

 

2. Grande noticia, sobretudo para aqueles que não querem dispor de 25 euros mensais para ter Sporttv. A Benfica TV, anunciou, 180 jogos internacionais só, ate ao final do ano, pelo que mais deveram ser conseguidos para 2012. Ao que tudo indica, para alem da pré-temporada de alguns maiores clubes do futebol europeu, garantiu também jogos de qualificação para o Mundial de 2014 da zona sul-americana. Nao esta confirmado, mas espero também que garanta a transmissão dos principais jogos do brasileirao e campeonato argentino, aos quais se podem juntar ligas como a Holandesa ou a Turca. Os adeptos de futebol, benfiquistas ou não, agradecem.

 

By Tiago Luís Santos

 

25
Jun11

Futebol de Verão

Minuto Zero

        1. Apesar de não puder ver tantos jogos quantos desejava do torneio, as minhas expectativas em relação a este mostraram-se acertadas.  A selecção espanhola, apresenta no certame, mais uma geração cheia de talento, sempre com um estilo, decalcado, na selecção senior, campeã do mundo e europeia.

        Desde De Gea, revelação do Atlético Madrid, até ao ataque onde brilham Adrián López, Mata e Muniain, este grupo deixa antever que a luta por um lugar na selecção principal nos próximos anos será agerrida.

        Em todos os sectores, mas especialmente no ataque e meio-campo, a rojita mostra um entendimento do jogo já muito amadurecido, revelando no entanto as fragilidades na formação de jogadores para a fase recuada, pelo menos, longe do nível de sectores mais adiantados... mas a culpa, nem me parece ser dos defesas, mas dos pequeños pibes que moram na frente.

 

        Pensando nas necessidades a médio prazo da equipa principal, jogadores como Didác, ou mesmo Montoya ou Azpillicueta, entrariam mais facilmente do que qualquer dos centrais, apesar das boas exibições de Botia ou Domínguez. No meio-campo, Thiago Alcantara e Herera, são feitos da mesma massa de jogadores como Xavi, Iniesta  ou Fabregas. O seu futebol, vive do passe e da temporização, funcionado como interiores voláteis, em constante troca de posição na busca da bola. Depois, conduzem esta como poucos. Thiago Alcantara, de quem o pai, Mazinho, ex-internacional brasileiro, dizia não ter grandes expectativas à pouco mais de um ano, mostra-se ao futebol mundial com uma classe enorme. Provavelmente vai estar no mundial Sub20 da Colombia no próximo mês, mas facto é, que esse futebol sub20, já não é mais o seu habiente. Se Cesc Fabregas chegar ao Barcelona este Verão (finalmente diga-se), custa querer que os culé possam prescindir de um talento destes. Talvés Fabregas tenha tempo de regressar à catalunha...

        Ainda no meio-campo, outro destaque, mas este, já é campeão do mundo. Javi Martinéz, será, provavelmente o jogador mais interessante de toda a rojita, pelo menos pensando num transfer imediato para a selecção principal. Com enorme capacidade física, não deixa de ter, no entanto, um entendimento do jogo e capacidade técnica assinalavel. Entre Busquets e Martinéz, Del Bosque terá certamente de perder algumas noites de sono na hora de escolher.

 

        Na frente, o rotativo ataque espanhol coloca Juan Mata, driblador em miniatura do Valência, também ele campeão do mundo, Adrián López e Iker Muniain. Este ultimo, ainda sub-20, será o jogador mais jovem de toda a selecção. Apareceu aos 16 anos, com a camisola do Atletic Bilbau, tornando-se não só o jogador mais jovem de La Liga, como também o seu mais jovem goleador. O seu futebol, vive das mudanças de velocidade e agilidade, aparecendo bem nos espaços de area, demonstrando uma belíssima capacidade goleadora. Físicamente frágil, não jogaria em muitas selecções por isso mesmo, mas em Espanha, joga-se bem junto à relva. Um caso serío para o futuro do futebol mundial.

 

        2. A preparação para a nova época continua, encerrada nos escritórios admnistrativos dos clubes nacionais. Em destaque, o Sporting coloca-se com uma atitude de resalvar. Vai conseguindo evitar a atenção dos meios de comunicação, garantindo reforços de vália.

        A aposta em Stjin Shaars e Wolfswinkel parece ser umas das mais interessantes. Vão ter de se habituar a um estilo de futebol bem distinto do holandês, mas para já, serão os dois grandes reforços. Um sobretudo com impacto imediato, outro mais resguardado para o médio prazo.

Mas como nem tudo é perfeito, provalvemente (espero não estar a dizer nenhum disparate que me venha arrepender) a contratação mais desnecessária deste defeso. Santiago Arias, jovem lateral colombiano. Já o vi jogar no torneio de Toulon, não me pareceu sequer, perto do pontencial de jogadores como Cedric Soares ou João Gonçalves, isto, já para não falar, em Ricardo Esgaio, provavelmente o maior talento actualmente na academia, que apostaria, dentro de pouco mais de um ano será profissional.

Rodriguez, Shaars, Wolfswinkel ou Rinaudo são opções seguras, mais valias. Carrillo é uma incognita, bem como Turan.

        A maior das dúvidas no entanto, será se este Sporting está, ou não preparado para ombrear com Benfica e Porto pelo título nacional.

 

        3. Grande vitória do Santos paulista na Libertadores. O jogo deixou a impersão de que se o treinador do Peñarol tem arriscado Urreta e Estoyanoff, desiquilibradores pela ala, a história pudia ter sido diferente.

        Para a história fica a festa dos meninos da vila, com Neymar e Ganso em plano de destaque. Quem deixou boas indicações foi Danilo, jovem lateral/médio-direito, colocado na orbita do Benfica. Não é nenhum Ramires aprimorado como se diz, mas sim um jogador com enorme capacidade física, com exelente técnica, mas longe de ser um recuperador ou eximio box-to-box. Na europa, deve mesmo tornar-se lateral. Fiquei com a sensação, que com trabalho, puderá tornar-se um jogador do nível de Daniel Alves e Maicon... veremos se passará por Portugal.

 

 

 

 

By Tiago Luís Santos

 

04
Jun11

Futebol Internacional

Minuto Zero

1. A selecção portuguesa sub-20 prepara o campeonato do Mundo do escalão (de 29 de Julho a 20 de Agosto, na Colômbia), no mítico torneio de futebol jovem, na cidade francesa de Toulon.

 

Depois de uma época marcada pelos sucessivos estágios, a selecção orientada por Ilídio Vale procura neste torneio melhorar as performances desportivas do grupo, as quais, desde o Europeu sub-19, ainda em 2010, não têm sido especialmente convincentes.

Desta selecção, ou melhor, desta geração, ficam alguns bons nomes na retina, mas ainda demasiado "verdes" para puder sonhar com carreiras internacionais.

 

No seu habitual 4x3x3, a selecção sub-20 procura mover-se nos mesmos moldes da selecção principal, apostando num bloco coeso, com meio-campo forte em ambas as transições, aproveitando depois a capacidade dos alas.

 

A primeira nota, e tal vez neste momento a mais importante, vai para a incapacidade dos médios portugueses garantirem transições seguras, em posse, mostrando apenas propensão para saídas individualizadas, onde sobretudo jogadores como Danilo Pereira (Aris) e Sana (Sevette) se destacam. O primeiro aparece como pivot no meio-campo, aproveitando a passada larga e força física para sair com bola de posição, enquanto o "pequeno" Saná, vem provando que apesar da sua fraca capacidade física, é jogador acima da média para a idade, destacando-se na capacidade para "esconder" a bola dos adversários.

Ainda no meio-campo nacional, Júlio Alves (irmão de Bruno Alves e Geraldo) tem futebol baseado na força física, mas sem grandes argumentos técnicos, contrastando com Pelé, ex-Belenenses a caminho do Génova de Itália, outro baixinho que joga ligado à corrente, mas é sobretudo forte a queimar linhas de passe do adversário. A grande incógnita continua a ser Sérgio Oliveira. Apesar das reconhecidas qualidades, continua a sentir-se fora do habitat natural na posição 8. Vendo-o jogar pode se imaginar, que no ambiente certo poderá ser um bom pivot defensivo, para pensar o jogo partindo de trás.

 

Mais definido, o sector defensivo mostra grandes deficiências na capacidade de saída com bola, o que condiciona a equipa ao jogo em profundidade, excepto, quando Cédric, lateral-direito, assume a posse. Parte da posição lateral, faz toda a faixa, sempre em altas rotações. Roderick Miranda e Nuno Reis são fortes no jogo aéreo, mas ambos frágeis a pegar na bola.

 

No sector mais adiantado, nascem alguns jogadores interessantes para o futuro. Nelson Oliveira, emprestado pelo Benfica ao Paços, é, a par de Cédric e do seguro guarda-redes Mika (Leiria), o jogador que mostra mais maturidade. Alto, mas com boa capacidade técnica, joga como avançado móvel, com bom remate, mas também pode, a espaços, cair numa das faixas, sobretudo quando entra em campo Baldé, portento físico, mas com pouca mobilidade.

 

Nas faixas, a "pulga" Caetano, Alex, e Thierry Moutinho, procuram invariavelmente zonas mais interiores, sempre em trocas posicionais. Todos eles esquerdinos.

 

Olhando para esta equipa, dificilmente se imagina que tragam da Colômbia o título mundial, espera-se no entanto, que seja uma boa experiência, que coloque os jovens na retina de clubes que lhes permitam crescer como jogadores. 

 

 

 

2. Sérgio Batista, seleccionador argentino, chegou à selecção das pampas com intuito de lhe conferir um novo perfil de jogo, mais próximo como o próprio disse, do estilo do Barça de Pep Guardiola.

 

Nos primeiros jogos da nova Argentina, um deles contra Portugal, ficou a sensação de que haveria ainda muito trabalho pela frente, para que a equipa se identificasse com o novo padrão de jogo.

A grande questão, reside no facto de no meio-campo não existir quem garanta a posse de bola, impedindo assim um jogo de posse. Mascherano e Cambisso, são belíssimos médios-defensivos, mas ,como interiores, surgem nomes como Banega, Biglia, ou mesmo Bolatti, sem espaço atrás, que não são, de modo algum, jogadores para este estilo. Com Mascherano e Banega, a equipa ganha grande pulmão, permitindo pressing alto, falta no entanto um outro elemento, que teria de ser, forçosamente, forte no capitulo do passe.

Javier Pastore, jovem estrela do Palermo, seria, em principio, o jogador com melhor perfil, mas vive sobretudo em espaços mais adiantados, mais próximo do apoio a Messi e companhia. No momento defensivo, sobretudo em jogos de elevado nível de dificuldade, poderá desgastar-se demasiado nesta posição. O seu futebol de encantar, vive do passe, mas também da capacidade de entender o jogo e faze-lo acelerar, mesmo que para isso, nem seja necessário o próprio Pastore correr... mas fazer a bola deslocar-se mais rápido. Aparentemente lento, não o é no entanto com bola, onde a sua capacidade técnica o torna um verdadeiro quebra-cabeças para os adversários.

Por hora, a subida de Cambiasso no terreno tem sido a solução mais recorrente, mas o que deixa que pensar, será a incrível teimosia em deixar Lucho Gonzaléz fora da selecção. Pensando no ex-capitão do Futebol Clube do Porto, esta selecção teria certamente um meio-campo mais próximo do ideal de Batista.

 

Na frente, Messi surge nas mesmas funções que agora têm no Barcelona, descendo no terreno como um "falso" 9. Higuáin, Di María, Tévez, Aguerro, Milito, Lavezzi (já para não falar em jogadores como Lisandro Lopéz ou Mauro Zárate que nem sequer surgem nas convocatórias) são provavelmente, nos dias que correm, o maior arsenal ofensivo numa selecção a nível mundial.

 

Longe vão os dias dos encantados Aimar, Riquelme, Véron... falta essência do passe no meio-campo argentino, onde emerge agora, um pibe que parece vindo do romântico futebol de outros tempos: Javier Pastore.

 

 

 

By Tiago Luís Santos

 

 

 

 

28
Mai11

Que Benfica?

Minuto Zero

Depois da época fantástica de 2009/2010, as hostes encarnadas encheram o seu ego de esperança. Pensava-se, há um ano, na conquista da Liga dos Campeões, em grandes reforços, grandes investimentos para quebrar, finalmente, o enguiço ganhador do Porto nos últimos 20 anos.

Um ano passado, as mesmas pessoas, falam em demissão de Jorge Jesus, até mesmo, na demissão de Luís Filipe Vieira. Mas deixo aqui um sugestão. Lembrem-se no que foi, ao longo dos últimos dez anos, para não ir mais longe, o futebol do Benfica. Nunca, ao longo desse tempo, os Benfiquistas pensaram, sequer, em fazer frente a um Porto, sempre estável, sempre organizado, sempre coerente, e mais do que tudo, sempre, ou quase sempre, vencedor.

O Benfica perdeu, nos últimos anos, o hábito da vitória. Os únicos rasgos da velhinha mística talvez tenham sido apenas na conquista (sofrível) do título nacional em 2004/2005, e na temporada seguinte, quando o Benfica se encheu de esperanças na Liga dos Campeões. Mas esses rasgos foram demasiado esporádicos e infrutíferos.

Depois disso, só promessas, umas melhores outras piores, que esbarraram sempre em questões de coerência administrativa, ou em maus resultados que provocaram a ira dos adeptos. A melhor ideia de Benfica, terá sido a segunda época de Fernando Santos, onde, segundo consta, a planificação da temporada colocava o Benfica a um nível muito interessante. Mas a saída problemática de Veiga, o negócio de Simão, a questão Miccoli, criaram um clima de enorme desorganização, que levaria à queda do treinador à 2ª jornada.

Mais uma vez, esta temporada, o Benfica começaria do zero. Mas finalmente, a direcção parece ter tomado uma posição de força, mostrando confiança em Jorge Jesus e no seu trabalho. Veremos, se esta posição resistirá a resultados semelhantes aos desta temporada.

Na base do plantel, Luisão (capitão), Maxi, Javi, Carlos Martins e Amorim serão, em princípio, pedras angulares da construção do plantel. O caso de Carlos Martins parece estar ainda pendente, podendo, com a manutenção de Aimar, perder algum espaço e minutos. No entanto, a sua continuidade seria uma mais valia fundamental, para a própria competitividade interna.

Depois destes, existem Aimar, Saviola, Cardozo e Coentrão, todos eles indiscutíveis valores, mas que pelas temporadas menos conseguidas, ou pela vontade de sair do clube, puderam abrir graves brechas no plantel.

Na primeira linha para sair, até pela necessidade de rendimentos na venda de jogadores, Coentrão e Cardozo parecem estar na pole. Coentrão, depende, como já o próprio deu a entender, da vontade do Real Madrid abrir os cordões à bolsa. Quanto a Cardozo, o maior goleador dos últimos anos das águias, terá chegado a um ponto limite na relação com os adeptos, podendo, face a uma proposta superior a 20 milhões, sair do clube.

Mas saindo Cardozo, será estritamente necessária a entrada de um outro jogador de grande valia.

Coentrão pode, também, colocar o Benfica na necessidade de encontrar um novo lateral-esquerdo com capacidade para se assumir como titular. Carole, será por enquanto, apenas uma boa promessa.

Na zona central da defesa, depois da saída de David Luíz, parece claro que Jardel, com características bem distintas, tem potencial para se tornar um excelente opção, a médio prazo. Sidnei contínua a não demonstrar o valor que cedo na sua carreira, foi identificado. Pode ser um jogador interessante de colocar no mercado. Roderick, da confiança de Jorge Jesus, é aposta de médio/longo prazo, podendo mesmo ser emprestado. Entrando um central no plantel, teria claramente de ter características próximas de David Luíz, mais rápido, agressivo, e com boa saída de bola.

Do lado direito, Maxi terá agora concorrência de Wass, jovem sueco Sub-21, que chega, como um perfeito desconhecido.

Na baliza, dos 5 nomes com ligação contratual, só 3 devem ficar. Roberto dependerá da direcção; Júlio César continua sem mostrar ser uma grande mais valia; Moreira cumpre; Arthur tem qualidades e parece não tremer, deverá ser o titular; Olbak é apenas um promessa.

 

No meio-campo, mantendo o 4x1x3x2, Javi Garcia deverá ter nova companhia no sector. Airton, poderá sair por empréstimo, embora, pareça claro, que o seu lugar é no plantel; Nuno Coelho (ex-Académica) não parece melhor do que Airton...; Matic, é um jogador do estilo de Yebda, médio de grande capacidade física, mas com boa saída de bola, ficando no plantel não deverá jogar com 6.

Depois existem Amorim, Carlos Martins, como possíveis interiores-direito, podendo ainda a situação de Salvio tomar bom porto. Não chegando Salvio, será claramente necessário investir num jogador para a posição, mas talvez um box-to-box e não médio-ala. Danilo (Santos), seria, sem dúvida uma boa solução, mas parece super-valorizado.

 

Como opções para a esquerda, espera-se de Gaitan uma época de confirmação, sendo obvío que está aqui um grande projecto de jogador. Nolito, que no Barcelona B jogava como extremo, terá de se habituar á forma de jogar do Benfica, e também a uma missão um pouco diferente.

Urreta, poderá alargar o leque de opções, sobretudo se Salvio ficar em Madrid.

 

Para a posição 10, Aimar, não consegue garantir regularidade exibicional e ritmo para jogos Sábado/Quarta. Bruno César, dinâmico médio-ofensivo vindo do Corinthians, é jogador de nível elevado, que poderá ser sem dúvida, o grande reforço para o sector. Existindo ainda Carlos Martins no plantel, serão opções mais do que suficientes até.

 

No ataque, Saviola e Cardozo não têm a situação regularizada ainda, podendo sair. Kardec, parece ter mercado, podendo ser um excelente negócio a sua saída, sobretudo tendo em conta o seu fraco rendimento; Weldon e Nuno Gomes não devem renovar; Jara tem enorme potencial e atitude, promete lutar por um lugar no 11; Rodrigo Mora, uruguaio, chega como boa promessa, veremos qual o seu rendimento.

Para além destes jogadores, Nelsón Oliveira e Rodrigo, são, claramente jogadores com pontecial a aproveitar.

 

Os médios David Simão e Miguel Rosa, farão parte do grupo na pré-época, mas não devem ficar em definitivo, sobretudo atendendo à qualidade de concorrência. Mesmo assim, esta oportunidade concedida a jovens portugueses, parece ser um bom sinal.

 

 

 

By Tiago Luís Santos

 

 

 

 

21
Mai11

Pensar no Futuro

Minuto Zero

O ano desportivo ainda não terminou, mas os grandes portugueses já fazem mexer o mercado.

A preparação da nova época, sobretudo para aqueles que há algum tempo perderam os seus objectivos, estará já programada. Certo é, que se falam apenas, na maior parte das vezes, de nomes prováveis para o reforço das equipas, ou mesmo dos seus responsáveis para o futebol.

Esta é a época dos jornais, das capas desbaratadas, dos "interesses, sondagens e propostas". O futebol, bem longe da relva.

 

 

Porto

 

Campeões Nacionais, vencedores da Liga Europa, e possíveis vencedores da Taça de Portugal. Esta é a marca da primeira temporada de André Vilas Boas nos azuis e brancos. A questão para a próxima época é simples: é possível fazer melhor?

Só o futuro dirá se este novo Porto e capaz de reeditar asri glorias passadas. A verdade é que já tem um lugar na história.

A permanência de Vilas Boas parece, para já, assegurada. Por vontade do próprio, por vontade da direcção, mas também porque o próprio sabe, tal como Mourinho sabia em 2002/2003, que os clubes que nele estão interessados neste momento (alegadamente, Juventus, Liverpool ou Roma) não apresentam projectos da dimensão que deseja. A próxima temporada será, concretiza, a confirmação do seu potencial.

Para além de Vilas Boas mais duas enormes dúvidas se colocam no reino, hoje em festa, do Dragão. Hulk, e Falcão, mostraram claramente que são jogadores de outro "mundo", o qual o futebol português ainda não pertence. As suas permanências dependem da vontade dos gigantes europeus em investirem forte no reforço dos seus planteis. Face à actual situação de crise económica geral, dificilmente alguém chegará aos cerca de 40 milhões de euros que os Dragões pertendem por Hulk (a questão dos 100 milhões é apenas uma forma de valorizar o passe como é obvio). Já Falcão, é, neste momento, um jogador bem mais desejável. Para além de ter feito uma época de sonho, confirma-se como um dos melhores finalizadores do futebol mundial, e tendo como valor do seu passe cerca de 17,5 milhões de euros (segundo site transfermarkt), uma proposta a rondar os 25/30 milhões poderá desbloquear a sua situação, conduzindo-o a outros vôos.

 

De saída devem estar ainda Cristian Rodríguez, e o esquecido, Mariano González, dupla de extermos/médio-ala sul americanos, mas também provavelmente Sapunaru ou Fucile. James Rodríguez deve ganhar nova importância no plantel, lutando com Varela pela títulariadade, mas terá de ter atenção à nova pérola dos dragões: Juan Manuel Iturbe.

O pequeno "provável astro" argentino, disputará este Verão o Mundial de Sub-20 na Colômbia (tal como James), será ai oportunidade primeira de perceber, até que ponto este jogador pode, realmente, ser um jogador de topo. Seja como for, parece estar garantida mais uma boa solução para o ataque.

Djalma e Kléber, são outros nomes apontados ao Porto. O primeiro deve ter guia de marcha, por empréstimo, para o Braga. Já o segundo, só o futuro o dirá. Aos 20 anos, Kléber é sem dúvida uma das melhores promessas da liga.

O mercado de Verão pode ainda trazer novidades para a defesa. Com Fucile e Sapunaru para a direita, parece urgente a contratação de um jogador que traga mais garantias para o lugar. Assim sendo, um dos dois pode cair.

Entretanto, o Porto confirmou também Kelvin, pequeno driblador do Paraná, jogador talentoso à primeira vista, veremos se consegue impor o seu talento no futebol europeu.

 

 

 

 

 

Braga

 

Os minhotos procuram na temporada 2011/2012, continuar a senda de bons resultados. Sem Domingos Paciência, de partida para o Sporting, Leonardo Jardim coloca-se como o mais provável sucessor.

Para já, estão confirmadas as saídas de Sílvio, Rodriguez e Arthur, podendo ainda Vandinho, Alan, Miguel Garcia e Paulão (todos em fim de contrato), seguir o mesmo caminho. São 7(!) titulares que podem sair do plantel, deixando em aberto várias chegadas ao plantel.

Falam-se de Galo (lateral/médio-direito),Imorou (lateral-esquerdo), Bracalli (guarda-redes), Djamal (médio-defensivo), e dos ponta-de-lanças Zé Luis (ex-Gil) e Douglas (ex-Guimarães). Seja como for, seguindo a lógica das ultimas épocas, o Braga tem sabido fazer as apostas certas, precavendo o plantel, com soluções de qualidade, mas sobretudo, sem entrar em loucuras financeiras.

 

 

Benfica

 

Os encarnados parecem esta temporada mais comedidos em termos de investimento no plantel. Coentrão deve sair por 20/30 Milhões, podendo ser acompanhado por Oscár Cardozo, como encaixes financeiros relevantes.

De saída também podem estar Aimar e Saviola, dupla que tem contrato por mais uma temporada, mas poderá deixar a luz ainda este Verão.

Essencial, mais do que as possíveis entradas, parece ser segurar a estrutura base que faz o plantel ter bom nível de competência: Luisão, Javi Garcia,Ruben Amorim, Carlos Martins, e Maxi Pereira. São, na minha modesta opinião, os jogadores cruciais que o Benfica deverá manter, se quer, é claro, estar ao nível do F.C. Porto. Para além de garantirem a cobertura de várias posições nucleares, são, de facto, mais valias imprescindíveis.

Depois, a manutenção de jogadores como Moreira, Jardel, Roderick, Carole, Airton, Gaitan ou Jara são imprescindíveis para garantir níveis de competitividade elevados. Todos eles têm valor para puder render mais e lutar por um lugar.

Aimar, Saviola, Cardozo, são claramente mais valias. Há agora, claramente que perceber se estarão na disposição de continuar, rendendo ao máximo, ou se querem de facto sair.

De saída estão Nuno Gomes, Weldon, Luis Filipe, todos eles em final de contrato. Podem ainda se lhes juntar, César Peixoto, Filipe Menezes, Fernandez e Kardec, abandonando a luz a título definitivo, ou por emprestimo. Roberto parece ser a grande novela do Verão. Jorge Jesus deve tentar mantê-lo no plantel, mas a pressão da massa associativa deve fazer com que rume a outras paragens.

 

No sentido inverso, chegam sobretudo jogadores a custo zero. Wass, lateral-direito, Matic, médio-defensivo, Nolito, extremo-esquerda, e Mora, avançado, são jovens com bom potencial, identificados pelo gabinete de scouting dos encarnados. Urreta pode também regressar, enquanto Arthur (ex-Braga) será o novo guarda-redes.

A chegada de Bruno César (custou 5,5 milhões) pode garantir uma maior consitencia exibicional do que a presença de Aimar. Apesar da capacidade do argentino, a verdade é que as suas condições físicas nem sempre são as melhores. Podendo ter os dois no plantel, ai a competitividade interna será enorme. Bruno César é um jogador objectivo, com bom remate, inteligente nos movimentos, que gosta de partir do meio caindo para uma das faixas.

 

A chegada de um médio forte nas transições, que teria de ser forçosamente jogador de grande qualidade, um lateral-esquerdo e um central devem ser objectivos para o defeso. Para além disso, saindo Cardozo ou Saviola, teriam também de entrar para os seus lugares jogadores de semelhante nível.

 

 

 

Sporting

 

Talvez o caso mais interessante de estudar este Verão. Veremos como a nova estrutura administrativa leonina conseguirá agitar no mercado.

Parecem necessárias entradas para o centro da defesa, com pelo menos um aquisição de grande qualidade. No meio-campo, Pedro Mendes e André Santos, têm apenas Zapater como concorrência, visto que Maniche não deve permanecer. Diogo Salomão, Vukcevik, Izmailov, Valés e Cristiano, são casos para avaliar com atenção. Djaló, parece assumir uma maior importância no plantel, veremos se estará ao nível esperado.

A manutenção de Ruí Patricio parece ser outro dos dossier mais importantes deste Verão.

Para já, apenas confirmadas as chegadas de Carrillo e Rodriguéz.

Muito trabalho pela frente, para Domingos Paciência mas sobretudo para a nova direcção. O objectivo é colocar o Sporting novamente na rota do título.

 

 

 

 

 

 

 

 By Tiago Luís Santos