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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

25
Dez11

Área de Ensaio

Pedro Santos

O Regresso do Nosso Campeonato

 

 

    O Campeonato do Mundo de Rugby passou. Como se previa a Nova Zelândia não deu hipóteses, e jogando em casa levantou novamente um título que lhes fugia à 24 anos. Com maior ou menor dificuldade, mostraram que são realmente a melhor equipa do mundo.

    A final, contra a França de Thierry Dusatoir (um dos melhores do ano aliás), foi ganha por um ponto apenas, mas foi o suficiente para Richie McCaw e os seus colegas fazerem a festa. Neste torneio merecem ainda destaque, a França claro está pela excelente campanha que fez, onde se destacaram homens como Dusatoir, Vincent Clerc ou Morgan Parra e ainda o País de Gales, que com um estrondoso 4º lugar foi a sensação do campeonato.

    Mas como já referi tudo isto passou, e é tempo de agora nos debruçarmos sobre as competições internas, pelo menos até ao inicio do Torneio das 6 Nações, em Fevereiro.

    Pelo meio, a nossa selecção disputou uma partida amigável contra a sua congénere uruguaia, onde mais uma vez ficou patente que o rugby português não atravessa o seu melhor momento. Pior que a derrota foi a exibição, onde para além da incapacidade de ganhar a posse da bola ficou expressa a dificuldade em atacar. Faltaram alguns internacionais, é certo, e apenas podemos acreditar que quando começar o Torneio Europeu das Nações, os resultados serão melhores.

    Este jogo foi disputado sobretudo com jogadores do nosso campeonato, a Divisão de Honra, campeonato esse que já entrou na segunda volta da Fase de Apuramento. E neste momento já estão definidas as equipas que jogarão para o título, e quais jogarão para evitar a descida. Como seria de esperar Agronomia já lidera com 49 pontos, fruto das 11 vitórias em 12 jogos. Mais uma vez Duarte Cardoso Pinto destaca-se nesta equipa sendo neste momento o melhor marcador desta fase. Em segundo lugar segue o CDUL com 43 pontos, onde neste momento se destaca Carl Murray. O GD Direito é 3º classificado, o que não deixa de ser uma "meia-surpresa". Com tantos internacionais na equipa, esperava-se mais dos "advogados". De qualquer forma, os 42 pontos que já têm chegaram para garantir um lugar nos 4 primeiros. A grande surpresa chama-se Académica de Coimbra. Suplantou o Belenenses (ainda a recuperar da saída de Hafu), e com 39 pontos fez o que poucos esperavam. Com uma equipa constituida por jogadores jovens e alguns muito experientes, com destaque para o pilar Rui Cordeiro a "briosa" promete muita luta pelo titulo, sobretudo nos jogos disputados em Coimbra.

    Belenenses, Benfica, CDUP e Técnico iniciarão a disputa para evitar o lugar que ninguem quer. O Técnico, por apenas ter ganho 4 pontos nesta fase é à partida a equipa que menores argumentos terá para evitar a ida até à 1ª Divisão. Caberá a jogadores como Manuel Frazão (o melhor marcador da equipa) lutar para evitar esse posto.

    Em Janeiro voltará a disputa.

    No campeonato da 1ª Divisão, as surpresas são poucas. CRAV é primeiro, e o seu "passeio" até à Honra parece ser para continuar. O Cascais, terá, em principio, de esperar mais um ano até puder disputar o acesso ao principal campeonato. Montemor, Lousã e Évora disputam ainda os dois lugares que faltam para disputar a subida. Uma destas equipas irá acompanhar o Vitória de Setúbal, o Santarém e o Caldas Rugby Clube na luta para disputar a descida.

    Ainda falta bastante campeonato, e muito poderá acontecer, e eu cá estarei para acompanhar as decisões do nosso rugby.

 

By Pedro Santos

18
Set11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Resultados, Análise e Estatísticas II

 

 

       Entrámos na segunda semana do Mundial, e o que se pode dizer é que o campeonato tem correspondido às melhores expectativas. Grandes jogos, equipas mais pequenas a fazer frente aos candidatos e resultados mais ou menos inesperados, tem sido isto a imagem de uma semana de Rugby World Cup.

 

      

 

11
Set11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Resultados, Análise e Estatísticas

 

 

       Começou o espectáculo. Na passada sexta feira, começou o sétimo Campeonato do Mundo de Rugby, e até agora já assistimos a jogos bem interessantes.

      

       O RWC iniciou com um Nova Zelândia – Tonga, os All Blacks a jogar em casa venceram por 41-10, um resultado que apesar de esperado peca por escasso. A primeira parte foi muito boa, com os homens da casa a traduzirem a sua superioridade em 4 ensaios. Esperava-se que na segunda parte elevassem o marcador, mas passou-se exactamente o contrário, a reacção foi de Tonga que melhorou na defesa e conseguiu um ensaio merecido. A Nova Zelândia acusou um pouco a pressão de jogar perante o seu público, e perante os erros de Tonga, esperava-se um resultado mais dilatado, contudo é também necessário referir que alguns titulares não jogaram, portanto tudo indica que irão melhorar.

     

      

04
Set11

Área de Ensaio

Pedro Santos

A Caminho do RWC 2011

 

       Está tudo pronto para o arranque do mundial. Na próxima sexta-feira assistiremos ao pontapé de saída entre os anfitriões e os vizinhos de Tonga, o problema é mesmo a hora do jogo, 09.30 da manhã em Portugal. Aliás os horários serão mesmo um problema. Devido à diferença horária iremos ter jogos às 02.00, 03.00 ou 04.00 da manhã, o que não é agradável, mas como só podemos assistir a este torneio de 4 em 4 anos, lá se faz o sacrifício de perder umas horas de sono.

      

 

28
Ago11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Análise ao Mundial -  A Eliminar

 

 

       A fase de grupos do RWC 2011 acaba no dia 2 de Outubro, com o jogo entre a Irlanda e a Itália, do grupo C. Nessa altura, já tudo estará decidido e já se saberá quem irá passar aos oitavos de final, e quem irá fazer a viagem até casa.

      

 

      

 

21
Ago11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Análise ao Mundial - Grupo D

 

 

       O Grupo D promete ser um dos mais disputados do mundial. As equipas que o compõem são todas elas bastante equilibradas, e prometem bastante espectáculo e equilíbrio na disputa pelos dois lugares que dão vagas nos oitavos de final.

       O grupo é composto pela África do Sul, País de Gales, Ilhas Fiji, Samoa e Namíbia. Todas elas são equipas que se conhecem bem, a titulo de curiosidade, África do Sul e Samoa, já haviam estado juntas no Mundial de 2007, bem como Fiji e País de Gales.

      

 

07
Ago11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Análise ao Mundial - Grupo C

 

 

       O inicío do mundial aproxima-se rapidamente. Por esta altura já os jogadores de cada selecção se preparam com afinco para estarem perfeitamente preparados. Por entre treinos, ginásios e jogos treino, poucos serão os que ainda conseguem não pensar nesta grande competição.

       Com o tempo em contagem decrescente, é tambem tempo de continuarmos a fazer a nossa análise, e hoje é dia de analisar o grupo C, ou seja o penúltimo grupo.

       Antes de mais as equipas que compõem o grupo são, a Australia, a Irlanda, a Itália, a Rússia e os Estados Unidos da América.

Rapidamente nos apercebemos quem será primeiro, a Australia. Pela forma que têm mostrado recentemente, os Wallabies são candidatos à final, e portanto neste grupo, se imperar a lógica serão primeiros sem grandes dificuldades. A Irlanda parece destinada a um lugar secundário, uma vez que muito dificilmente se conseguirão impor à Australia e ficar em primeiro. O terceiro lugar será, à partida, da Itália. o rugby italianos evoluiu imenso na última década, ao nponto da equipa italiana ter sido convidada a fazer parte do histórico Torneio das 5 Nações (agora 6), mas neste mundial não deverão ir além do terceiro lugar. Os dois últimos lugares deverão ser de Rússia e EUA. Os russos são neste momento,a par da Geórgia e da Roménia as melhores selecções da "segunda divisão europeia", e os americanos há muito que passaram o seu periodo aúreo, que na decada de 20 lhes deu medalhas nos Jogos Olimpicos. Tanto Rússia como EUA, estarão sobetudo interessandos no jogo de dia 15 de Setembro onde se irão defrontar, uma vez que parece ser o único jogo onde uma deas terá hipoteses de vencer. Os outros jogos serão para tentar fazer boa figura.

       Parece-me um grupo animado, onde poderão existir bons jogos, como o Austrália - Irlanda de dia 17, mas será um grupo que se decidirá cedo, e onde não haverá grandes surpresas, pelos menos na classificação.

      A ordem final deverá ser Australia, Irlanda, Itália, Rússia e EUA.

 

       Continua o Torneio das 3 Nações, e a Nova Zelândia continua a espalhar magia e superioridade. Desta vez a "vitima" foi a Australia, que depois de vencer a Àfrica do Sul, perdeu por uns esclarecedores 30-14 com o vizinho da Oceânia. Os All Blacks em apenas dois jogos marcaram 70 pontos e sofreram apenas 21. Há terceira jornada já lideram com 9 pontos mais 4 que a Australia. A vitória nesta competição está praticamente garantida. Em relação ao mundial, poucos se atrevem a apostar noutro resultado que não a vitória neo zelandesa.

       Começaram também os test-matches de Agosto, e logo com excelentes jogos, a Inglaterra recebeu o País de Gales, em Twicknenham Park, a casa do rugby inglês. A vitória por 23-19 era esperada e peca apenas por escassa, mas há que dar mérito aos galeses que se bareram muito bem. O destaque vai para Jonny Wilkinson, o veterano médio de abertura mostrou que sem lesões ainda é um dos melhores da sua posição, e a sua forma actual garante um mundial de alto nivel. Pessoalmente aprecio mais o estilo de Toby Flood, mas reconheço que nos pontapés "Wilko" é imparável, e em termos de drop's é provavelmente o melhor.

       A Escócia e a Irlanda tambem se defrontaram, e os escoceses levaram a melhor. Um ensaio tardio de Joe Ansbro permitiu aos escoceses uma vitória por 10-6, que certamente irá levantar o moral. Contudo foi um jogo pobre (o resultado espelha isso mesmo) e ambos os treinadores terão muito. a fazer para estas equipas estarem em melhor forma no mundial.

 

By Pedro Santos

31
Jul11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Análise ao Mundial - Grupo B

 

 

       Depois de feita a análise ao Grupo A, chega a hora de fazer o mesmo em relação ao grupo seguinte, neste caso o B.
       O Grupo B, é na minha opinião o mais forte dos quatro, e onde a disputa pelo apuramento será mais renhida. Olhando para as 5 equipas que o compõem, não é fácil perceber imediatamente quem ficará em que lugar da classificação.
       Mas vamos por partes. O Grupo é composto pelas selecções da Argentina, Inglaterra, Escócia, Georgia e Roménia. Curioso o facto de termos quatro equipas europeias, e sobretudo a Georgia e a Roménia estarem juntas, equipas que se conhecem tão bem do Campeonato Europeu das Nações.
       Se tudo correr como é normal, a Inglaterra será sempre primeira, e a mais forte candidata a acompanha-la é a Argentina. Mas nada garante que a Escócia não possa intrometer-se na "corrida", especialmente se encontrar os ingleses ou os Argentinos num dia menos bom.
       A Inglaterra venceu recentemente o Torneio das 6 Nações, e isso é suficiente para ser considerada uma favorita à vitória final, logo também o será no seu grupo. Los Pumas, quererão mostrar que a evolução que têm feito já os tornou numa equipa de nivel mundial, e que a sua entrada no Tri Natios Series já no proximo ano apenas se deve a qualidade dos argentinos. Os escoceses são uma equipa experiente e aguerrida com excelentes valores. Geórgia e Roménia são talves neste momento a sétima e oitava selecções europeias, logo a seguir as equipas dos Torneio das Seis Nações, contudo isso não é suficiente para garantirem um lugar nos oitavos.

       Na minha opinião, a classificação final será assim, a Inglaterra em primeiro, a Argentina em segundo, Escócia em terceiro, Geórgia em quarto e a Roménia em quinto. Mas repito este grupo é extremamente forte e equilibrado, é um grupo que dá garantias de grande espectaculo e portanto deverá ser seguido com especial atenção.

 

       Até ao Mundial há competições que continuam a decorrer, contudo por falta de tempo e disponibilidade não me tem sido possível acompanahr tanto quanto queria. De qualquer forma há uma competição que merece destaque. O Torneio das 3 Nações. Realizou-se este fim de semana a segunda ronda que opôs a Nova Zelândia e a Áfica do Sul, e houve uma "meia surpresa". E "meia surpresa" porquê? A surpresa não foi a vitória neo zelandesa, pois essa já era esperada, a surpresa é continuar a ver a fraca figura que os Springbooks estão a fazer. Depois da derrota com a Austrália era de esperar uma reacção dos sul africanos, mas a derrota desta semana por 40-7 voltou a demonstrar as mesmas falhas da semana passada.

       As formações ordenadas sul-africanas que tão famosas são, nestes dois jogos foram ridiculas, os pack's avançados australianos e neo zelandeses venceram praticamente todas as melles sem dificuldade. Também nos alinhamentos a Áfica do Sul está muito mal, e depois uma serie de erros que deram a bola aos neozelandeses e imensas placagens falhadas, que como se sabe contra equipas como a Nova Zelândia são fatais.

       Claro que também houve mérito dos All Blacks (e muito!), quem tem Dan Carter (mesmo a não acertar os pontapés) arrisca-se a vencer sempre.

Neste momento a África do Sul tem muito que melhorar antes do Mundial, terá ainda alguns jogos para provar o que relamente valem os Springboks, já a Nova Zelândia continua a mostrar que são os grandes favoritos para o Mundial.

 

By Pedro Santos

03
Jul11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Os Números do Mundial

 

       Continua a contagem decrescente rumo ao Campeonato do Mundo de Rugby. Aquele que é considerado o 3º maior evento desportivo do mundo, será este ano a grande atracção do mundo do desporto.

       Para se perceber a dimensão desta competição, importa conhecer alguns números.

       91 Equipas disputaram a qualificação para o Mundial um pouco por todo o mundo, dessas, apenas 8 conseguiram juntar-se às 12 que haviam conseguido o apuramento na França em 2007. No total mais de 600 jogadores estarão na Nova Zelândia a disputar o título, se juntarmos o número de treinadores e restante staff, rapidamente percebemos o número de pessoas envolvidas.

      Em termos financeiros, a expectativa é que, da parte da organização se gastem cerca de 310 milhões de dólares Neozelandeses. Em termos de receitas, apenas a venda de bilhetes deve gerar um total 280 milhões de dólares. Se se juntar a este valor o restante das receitas vindas do turismo, da venda de produtos relacionados com o Mundial, entre outros, rapidamente se compreende que as receitas irão superar os gastos.

       Este será também o maior evento desportivo alguma vez realizado na Nova Zelândia. A juntar aos milhares de entusiastas Neozelandeses, espera-se ainda que mais de 80.000 pessoas de todo o mundo se dirijam à Nova Zelândia para assistir ao torneio (o número não impressiona, mas há que compreender que a Nova Zelândia fica longe da Europa, continente onde há mais adeptos da modalidade).

       No total haverá 13 estádios a receber os jogos, de onde se destaca o estádio de Auckland, o Eden Park, onde se jogará a final, que tem uma capacidade para 60.000 pessoas. Os restantes estádios apresentam capacidades entre os 40.000 lugares (Wellington Regional Stadium) e os 15.000 lugares (McLean Park e Arena Manawatu).

       No que se refere às transmissões televisivas, há já confirmados pelo menos três dezenas de canais de todo o mundo que irão transmitir os jogos. Desde a Alemanha a Hong Kong, passando pelo Brasil ou a Colômbia, todos terão a oportunidade de ver os jogos.

       Para garantir que tudo corre como previsto, mais de 5000 voluntários já se inscreveram para ajudar.

       Numa altura em que faltam apenas 67 dias para o início do Mundial, tudo parece estar pronto e agora falta mesmo é ver a bola rodar.

 

       Em termos de actualidade, a Nova Zelândia venceu o Mundial de sub-20, derrotando na final a Inglaterra. Os jovens Neozelandeses não deram hipóteses e mais uma vez levaram o troféu.

       Numa semana em que não há etapas do Circuito Europeu de Sevens, houve sim as meias-finais do Super Rugby, e já há finalistas. Na primeira meia-final os Reds (Austrália) mostraram o porquê de terem sido primeiros na fase regular e derrotaram os Blues (África do Sul) por 30 – 13, num jogo onde a inexperiência de alguns jovens sul-africanos ficou bem evidente. No lado dos Reds, destacaram-se Rod Davies (3 ensaios) e Quade Cooper.

       Na outra meia-final, esperava-se um grande jogo entre duas excelentes equipas. De um lado os Canterbury Crusaders de Dan Carter e do regressado Richie McCaw, do outro os Stormer de Schalk Burguer e Brian Habana, sem falar dos restantes internacionais neozelandeses e sul-africanos que pontificavam em ambos os XV’s. A vitória acabou por sorrir aos Crusaders por 29-10. Depois de uma época complicada com muitas lesões e sempre sem sítio certo para jogar poucos apostariam que esta equipa iria chegar à final. Mas a qualidade dos seus jogadores chegou e bastou para o atingirem. A final é dia 9 de Julho (próximo sábado) e aconselho desde já todos a assistirem, pois de certo será uma grande partida de rugby.

       Esta semana começou também o Pacific Nations Cup. Na primeira jornada, Tonga venceu as Fiji (continuam a não conseguir passar os sucessos de sevens para XV) por 45-21, e Samoa também não teve dificuldades em vencer os japoneses por 34-15. No próximo fim-de-semana há mais.

Gostaria de acabar com uma notícia triste para o rugby português. Depois de 5 anos a jogar numa das melhores equipas francesas, Gonçalo Uva abandonou o Montpellier e irá regressar ao seu GD Direito. È difícil ver como um jogador deste calibre passa do Top 14 para o nosso campeonato. Perdemos assim o nosso representante nos grandes campeonatos europeus de rugby.

 

By Pedro Santos

26
Jun11

Área de Ensaio

Pedro Santos

A Caminho do Rugby World Cup

 

 

        No momento em que esta crónica é publicada, faltam exactamente 74 dias, 17 horas, 19 minutos e 40 segundos para o início do Rugby World Cup 2011, segundo uma contagem da International Rugby Board. Parece pouco, mas acreditem que para os amantes da modalidade, estes 74 dias irão parecer uma eternidade. Valem as competições internacionais que ainda decorrem (o Super Rugby, o Junior World Championship e o Circuito Europeu de Sevens), os jogos internacionais de Julho/ Agosto e claro o 2011 Tri-Nations Series, para atenuar esta espera.

       Portanto, creio que chegou a altura de começar a análise ao Campeonato do Mundo de Rugby.

       Esta será a sétima edição do torneio, que se realiza desde 1987, de quatro em quatro anos. A primeira edição do Campeonato do Mundo de Rugby decorreu na Austrália e na Nova Zelândia, e foi ganha pelos All-Blacks, naquela que é ainda a sua única vitória.

       Quatro anos depois, a competição viajou até à Europa. Esta foi a edição com mais organizadores, 5 no total (as equipas do Torneio das 5 Nações). Mas a Taça Webb Ellis, acabou por voltar à Oceânia, e mais concretamente para a Austrália.

       O Campeonato do Mundo de Rugby de 1995 é certamente o mais famoso. A produção cinematográfica fez questão de imortalizar os feitos de François Piennar e o papel de Nelson Mandela na conquista do título pelos sul-africanos. Contudo poucos sabem que esta foi a última edição não – profissional. Em 1996, as principais selecções profissionalizaram-se e iniciou-se a era do rugby profissional.

       Em 1999, o último Campeonato do milénio, voltou a realizar-se na Europa, no País de Gales, e a Austrália tornou-se a primeira selecção a vencer o Campeonato do Mundo de Rugby por duas vezes. Em 2003 e 2007 os campeonatos realizaram-se respectivamente na Austrália e na França, e viram a Inglaterra e a África do Sul levar os troféus.

       Na edição deste ano, mais uma vez estarão presentes 20 equipa (não há surpresas este ano, em relação a 2007, saí Portugal e entra a Rússia) dividas em 4 grupos de 5 equipas. Destes grupos, as duas primeiras equipas irão avançar para os oitavos-de-final, e o terceiro classificado, apesar de eliminado, irá qualificar-se automaticamente para a edição de 2015 na Inglaterra. Depois seguem-se os habituais jogos a eliminar, até que, duas equipas irão estar presentes no dia 23 de Outubro, no Eden Park, em Auckland.

       Infelizmente este ano não poderemos contar com “Os Lobos”, mas, certamente não irão faltar motivos de interesse para se seguir atentamente o Rugby World Cup.

 

       Num contexto diferente, continuam a decorrer competições internacionais que merecem destaque. O Super Rugby (ou Super 15), a grande competição de clubes do Hemisfério Sul, entrou numa fase final. No dia 2 de Julho, realizam-se as meias-finais com os jogos Reds – Blues e Stormers – Crusaders.

       No IRB Junior World Championship, confirmou-se o que se previa, a Nova Zelândia e a Inglaterra atingiram a final, depois de derrotarem a Austrália por 37-7, e a França por 33-18 respectivamente. A final realiza-se hoje (26 de Junho de 2011). Nestas equipas merecem destaque os dois Médios – de – Abertura, George Ford do lado inglês, e Gareth Anscombe, dois jogadores com um enorme potencial.

       O Circuito Europeu de Sevens viajou esta semana até Moscovo. Depois de seis jogos apenas com vitórias, Portugal não foi capaz de vencer a Inglaterra (como aconteceu no sábado, por 28-21) e acabou em 2º lugar neste torneio. Por um lado, sem dúvida que a selecção portuguesa beneficia bastante da presença de jogadores como Jacques Le Roux, Carl Murray, Gonçalo Foro ou Frederico Oliveira. Por outro lado nota-se claramente que os ingleses finalmente começam a atribuir importância a esta competição.

       E como não só de rugby internacional se vive, o Circuito Nacional de Sevens chegou este fim-de-semana ao fim e teve como vencedor o CF “ Os Belenenses”. Depois de vencer os 4 torneios do circuito, foi com naturalidade que os “Azuis do Restelo” chegaram ao título, superando o CDUL e a Académica de Coimbra, que se classificaram em 2º e 3º lugar.

Espera-se agora que a grave crise que afecta o clube, não signifique o fim desta secção, como chegou a ser equacionado, por exemplo para o futsal. O Belenenses além de ser uma das mais competitivas equipas do nosso campeonato, é um clube histórico e cheio de tradição. O nosso campeonato tem muito a ganhar com a sua continuidade.

       Uma situação ainda mais grave, acontece França. Uma das melhores equipas do campeonato francês, o Stade Français está à beira da falência, se não encontrar investidores rapidamente. Para bem do rugby europeu, espero que se encontre uma solução rápida.

 

By Pedro Santos