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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

08
Ago12

Lado B

Bruno Carvalho

Destaques portugueses dos Jogos Olímpicos

 

O 12º dia de competição oficial dos Jogos Olímpicos Londres 2012 fica marcado para Portugal, pela histórica medalha de prata conquistada pela dupla de canoagem Fernando Pimenta/Emanuel Silva. Histórica porque é a primeira medalha olímpica para a canoagem portuguesa.

Relativamente à participação portuguesa nestes Jogos Olímpicos e para além da canoagem, há várias modalidades com bons resultados como o tiro, o remo, o ténis de mesa, o atletismo e a vela.

No tiro, João Costa conseguiu a melhor participação portuguesa em Jogos Olímpicos, ao conseguir um 7º lugar na prova de ar comprimido a 10 metros.

No remo, Pedro Fraga e Nuno Mendes também conseguiram a melhor prestação portuguesa em Olimpíadas, ao conquistar um 5º lugar na prova de double scull peso ligeiro.

No ténis de mesa, a equipa portuguesa constituída por Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Pedro Monteiro também fez história ao atingir pela primeira vez os quartos-de-final dos Jogos Olímpicos, tendo dado muita luta à segunda melhor equipa do mundo (a Coreia do Sul) perdendo na “negra” por 3-2.

No atletismo e nomeadamente na maratona feminina, Jéssica Augusto terminou no 7º lugar, conseguindo o diploma olímpico destinado às 8 primeiras classificadas. Na maratona feminina, Marisa Barros e Ana Dulce Félix também tiveram boas prestações ficando nas 30 primeiras. Aliás, se houvesse atribuição de medalhas em termos coletivos, Portugal teria ficado com a medalha de prata, uma vez que foi a segunda melhor equipa na maratona feminina.

Por fim, na vela, Bernardo Freitas e Francisco Andrade terminaram a prova de 49er no 8º lugar, o último de atribuição de diplomas olímpicos.

Nota ainda para a equitação onde Luciana Diniz e Gonçalo Carvalho continuam a dar cartas, estando na luta pelas medalhas.

Resumindo e concluindo e apesar das ausências de Nélson Évora, Naide Gomes, Francis Obikwelu, Rui Silva e Vanessa Fernandes, parece-me que estes estão a ser uns Jogos Olímpicos positivos para a delegação portuguesa, com uma medalha de prata e cinco diplomas obtidos até ao momento, sendo que Portugal ainda deverá aumentar este pecúlio com mais diplomas e, se possível, com mais medalhas.  

20
Jun12

Lado B

Bruno Carvalho

Balanço da fase de grupos do Euro 2012

 

 

No primeiro dia sem futebol jogado desde o seu início, é altura de fazer o balanço da fase de grupos do Euro 2012, destacando as grandes surpresas e as grandes deceções.

Começando pelas surpresas, a República Checa, a Grécia e porque não Portugal foram as seleções que se destacaram pela positiva na fase de grupos.

No grupo A, em que os grandes favoritos à passagem aos quartos-de-final eram a Rússia e a Polónia, República Checa e Grécia contrariaram todas as expetativas garantindo o apuramento na última jornada. A República Checa alcançou o apuramento à semelhança de Portugal (perdendo o primeiro jogo e ganhando os dois seguintes), sendo que conseguiu mesmo a liderança do seu grupo. Até agora, os jogadores que mais se destacaram na República Checa foram, na minha opinião, Rosicky, Pilar e Jiracek pelo que, no jogo de amanhã, Portugal terá de ter muito cuidado com estas três unidades de ataque de forma a não ser surpreendido. Já a Grécia continua a assentar o seu futebol, tal como em 2004, no cinismo, jogando à defesa e concretizando em golo as poucas oportunidades de que dispõe.

Portugal também acaba por ser, para mim, uma surpresa pela positiva, na medida em que a maioria dos adeptos de futebol (na qual eu me incluo) estava à espera do apuramento da Alemanha e da Holanda, pelo futebol que estas duas seleções apresentaram na fase de qualificação, tendo vencido todos os jogos. A partir do momento em que a nossa seleção chega aos quartos-de-final, acho que Portugal tem tudo para ir pelo menos até às meias-finais, já que na semi-final é muito provável que encontremos a campeã europeia e mundial Espanha, num jogo que a acontecer será muito difícil para a nossa seleção.

Quanto às grandes deceções da fase de grupos, destaco a Rússia e a Holanda. A Rússia pelo que fez na primeira jornada, quando goleou a República Checa por 4-1, parecia estar em condições de garantir um apuramento fácil para a fase a eliminar e até de lutar pela vitória final. No entanto, duas exibições menos conseguidas frente à Polónia e à Grécia atiraram a seleção de Dick Advocaat para fora deste campeonato da Europa.

A Holanda, pelo facto de ser a vice-campeã do Mundo em título, foi para mim uma grande deceção e ainda bem que o foi, porque assim Portugal garantiu o apuramento para a fase seguinte. No meu ponto de vista, o principal fator para este “descalabro” da Holanda foi a má gestão do selecionador Bert van Marwijk relativamente aos egos de alguns jogadores. Marwijk não soube gerir da melhor maneira o facto de ter o melhor marcador da liga inglesa (van Persie) e o melhor marcador da liga alemã (Huntelaar) na mesma equipa e não soube tirar o melhor proveito de van der Vaart, tendo-o deixado no banco de suplentes nos dois primeiros jogos, em detrimento do seu genro (Mark van Bommel).

Outro aspeto que marca pela negativa o fim da fase de grupos do Euro 2012 é as declarações de Michel Platini acerca das equipas que vão estar na final (Espanha e Alemanha). Sendo o presidente da UEFA, Platini devia ter estado calado de forma a garantir ao máximo a imparcialidade dos árbitros neste Europeu. Ainda ontem, no jogo entre Inglaterra e Ucrânia, já se sentiram as palavras de Platini quando o árbitro húngaro Viktor Kassai não validou um golo limpo à equipa da Ucrânia. Ou seja, os árbitros já começaram a beneficiar os mais fortes. Para além deste grave erro ocorrido ontem, acho curioso ter sido um árbitro alemão a apitar o Espanha-Croácia e um árbitro espanhol a apitar o Alemanha-Dinamarca.

Concluindo, espero que os árbitros não se sintam condicionados pelas palavras de Platini nos jogos decisivos que se avizinham e que Portugal vá, pelo menos, até às meias-finais. Venha de lá o mata-mata!

 

 

15
Jun12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Algo para inspirar

 

Perdoem-me se esta semana misturo o basquetebol com o futebol, mas parece-me oportuno para cada um dos lados. Não sendo um conhecedor do desporto rei, há aqui um foco de inspiração que penso ser interessante de referir. Todo o português amante de bola viu os dois falhanços de Cristiano Ronaldo frente à Dinamarca, de um jogador que marcou 60 golos esta época ao serviço do Real Madrid, mas que parece nunca traduzir por completo o seu talento ao serviço da selecção nacional. O que se passará?

A resposta parece estar na própria cabeça do jogador. Pressão do país? Da equipa? Dos media? Dele próprio? Só podemos especular, mas aqui deixo um caso de superação de debilidades de um outro astro desportivo. Lebron James, que esta época se sagrou pela terceira vez MVP da NBA ao serviço dos Miami Heat, já foi noutra ocasião comparado neste blogue a Ronaldo: discutivelmente (muito até, embora seja compreensível), ambos são vistos como os melhores nas suas modalidades, tremendamente dotados do ponto de vista físico e atlético, e, acima de tudo, extremamente trabalhadores pelas suas capacidades (neste ponto até darei alguma vantagem a Ronaldo). E sim, um pouco prima-donas em dados momentos.

Como a maioria que acompanha esta coluna deverá por esta altura já saber, James vai no seu segundo ano a jogar em Miami, após a sua saída controversa de Cleveland. Apesar de ser desprezível o programa de uma hora feito de banalidades que culminaram no final com a revelação da decisão de Lebron (que concordou com o circo mediático possivelmente deliciado com o pacote avançado por uma das marcas que o patrocina), o então também MVP teve uma posição legítima em deixar o clube onde estava, que não teve capacidade para o rodear com os jogadores certos para este alcançar o título, apesar de ter estado sete anos no clube (chegou a haver Carlos Boozer, mas alguém se lembrou que não valia a pena pagar-lhe).

E depois escolheu jogar com Dwayne Wade e Chris Bosh, mas já toda a gente devia saber o contexto por esta altura. O ponto-chave: James, alvo de tanta crítica, bem como o resto da equipa, passou a época enfurecido e usando esse combustível para jogar, e chegar até às Finais, onde a sua equipa tombou perante os Dallas Mavericks. Só que essa fúria culminava com o ponto-chave da crítica do ano anterior: nos jogos grandes, James encolhia-se, e não era MVP para ninguém. Isto fez com que um novo buraco no seu jogo fosse constantemente escrutinado, a falta de eficácia nos 4ºs períodos decisivos de cada jogo.

Este ano, de volta às Finais, empatados a um jogo com os Thunder, James já é mais que completo: faz tudo muitíssimo bem em campo, joga em todas as posições se necessário, e já resolve nos momentos decisivos. E porquê? O próprio já o confessou: a fúria e frustração foram embora e deram lugar à fluidez e capacidade natural para o basquetebol, e, acima de tudo, a paixão pelo jogo que sempre caracterizou James enquanto esteve ao serviço dos Cavaliers. Por isso voltou o prémio de MVP, e se os Heat não ganharem o título este ano não será por causa dos 4ºs períodos de James, que tem dominado estes playoffs como mais ninguém. Só é pena a sua equipa ser tão desfalcada em tanto sítio.

A inspiração fica: não sei até que ponto Ronaldo terá algum problema com a fúria ou críticas, nem me parece que seja o caso, mas interessa que com todas as estrelas vem controvérsia e adversidade. É só uma questão de tempo até essa adversidade assolar os Thunder, cujas expectativas acabaram de chegar ao máximo com o final desta época que se aproxima, e de o público geral se aperceber que Durant também não é nem será perfeito, tão pouco que seja sequer melhor que James. Assim as estrelas, porque o são, acabam por ultrapassar estes períodos, e normalmente, como aconteceu a James, voltam melhor que nunca. Terá sido doloroso ver vezes sem conta os vídeos dos seus piores momentos nos playoffs do ano passado, mas isso parece ter-lhe limpo a alma. E acredito que um jogador como Ronaldo não deixará de fazer algo que lhe surta o mesmo resultado.

                                                          

                         

06
Jun12

Lado B

Bruno Carvalho

Euro 2012 à porta

 


A dois dias de começar o Euro 2012 de futebol, está na altura de fazer as previsões e as expetativas para este campeonato europeu.

Em primeiro lugar, aquelas que eu considero serem as grandes favoritas à vitória final são a Espanha, a Alemanha, a Holanda e a França. Penso que do lote destas quatro equipas sairá o novo campeão europeu de futebol, em termos de seleções. Em circunstâncias normais, poderia incluir neste grupo de favoritos Portugal, Itália e Inglaterra mas os factos ocorridos nos últimos tempos à volta destas três seleções fazem com que eu não as considere favoritas a arrecadar o troféu de campeão da Europa. Passo a explicar:

Os últimos três encontros particulares de Portugal (frente a Polónia, Macedónia e Turquia) não são um bom prenúncio para que a nossa seleção faça um grande Europeu. Claro que há sempre quem pense que os jogos amigáveis não contam para nada e que os jogos a sério é que são a valer, mas, as outras seleções do nosso grupo (Alemanha, Dinamarca e Holanda) têm dado provas, nos últimos particulares, de que estão em melhor forma do que Portugal. No entanto, uma seleção que tem na sua equipa um jogador chamado Cristiano Ronaldo “arrisca-se” a ser campeã da Europa. Estou-me a lembrar do Euro de 1984 em que Michel Platini levou claramente ao colo a seleção francesa à vitória final, pelo que tenho alguma esperança de que Cristiano Ronaldo possa “imitar” a antiga glória francesa e leve Portugal à vitória no Euro 2012.

Quanto à Itália, o novo caso de corrupção que envolveu um dos jogadores que estava em estágio com a seleção (Domenico Criscito) pode afetar psicologicamente, pela negativa, os jogadores da equipa italiana pelo que não incluo a Itália no lote de favoritos.

Por fim, a Inglaterra também não me parece que seja a nova campeã europeia, uma vez que durante o estágio perdeu três peças fundamentais na estrutura da equipa: Gareth Barry, Frank Lampard e Gary Cahill. E os jogadores que foram chamados para os seus lugares (Jagielka, Henderson e Martin Kelly) não dão as mesmas garantias aos ingleses.

Voltando às quatro seleções que considero serem as grandes favoritas, a Espanha é, no meu ponto de vista, aquela que é a mais candidata à vitória final, uma vez que a sua equipa-base é formada na maioria por jogadores do Barcelona e do Real Madrid, que são só as duas melhores equipas do mundo, na minha opinião.

A Alemanha é também uma equipa a ter em conta nesta fase final, visto que é constituída por jogadores que atuam no Bayern de Munique, Borussia de Dortmund e Real Madrid e que já têm uma larga experiência acumulada nestas andanças.

A Holanda apesar de, no meu ver, não ter um coletivo tão forte como a Alemanha tem um conjunto de jogadores como Robben, Van Persie, Sneijder e Huntelaar que podem decidir um jogo a seu favor a qualquer momento.

Por último, a França é também para mim uma das favoritas, apesar de estar num processo de renovação da sua equipa. Jogadores como Ribéry, Benzema e Ménez se estiverem num plano máximo podem levar a equipa gaulesa à vitória final.

Concluindo, Espanha, Alemanha, Holanda e França são os grandes favoritos à vitória final do Euro 2012, mas não coloco de parte que seja uma outra seleção a vencer o Europeu, uma vez que já vimos em outras edições (nomeadamente em 2004) que o rótulo de favorito, por vezes, não conta para nada.

 

 

29
Fev12

Lado B

Bruno Carvalho

A afirmação de Nélson Oliveira

 

O dia de hoje poderá ficar marcado pela estreia de Nélson Oliveira, um avançado de apenas 20 anos que representa actualmente o Benfica, com a camisola da principal selecção portuguesa de futebol (AA), num desafio de carácter amigável que opõe Portugal à Polónia.

Já aqui afirmei que, na minha opinião, Nélson Oliveira será o futuro avançado titular da selecção portuguesa, por toda a evolução que tem mostrado num curto espaço de tempo. Com apenas 7 meses de plantel principal do Benfica, Nélson Oliveira tem surpreendido muitos com os golos que já apontou com a camisola encarnada. No entanto, penso que Nélson Oliveira já merecia ter tido mais tempo de jogo dado por Jorge Jesus, de forma a poder mostrar todo o seu valor. Com isto quero dizer que não é apenas jogando 10 ou 15 minutos por jogo, que um jogador jovem consegue evoluir favoravelmente.

O brilhante mundial de sub-20 no passado Verão, na Colômbia, onde Nélson Oliveira foi considerado o segundo melhor jogador do torneio foi, no meu ponto de vista, o momento decisivo para o jogador natural de Barcelos dar o salto.

A chamada à selecção AA portuguesa é apenas a confirmação daquilo que já era esperado por alguns. Contudo, Nélson Oliveira ainda terá de trabalhar muito para conseguir ser titular numa equipa onde Hugo Almeida e Hélder Postiga levam vantagem, não esquecendo Nuno Gomes que também poderá ser chamado para o Euro 2012 por toda a experiência que possui.

É verdade que muitos podem pensar e dizer que Nélson Oliveira ainda é muito novo para fazer parte do grupo dos 23 que vão à fase final do campeonato da Europa, mas não podemos esquecer que Cristiano Ronaldo foi habitual titular no Euro 2004, com apenas 19 anos.

 

Relativamente à convocatória de Paulo Bento para o jogo com a Polónia, não consigo perceber a ausência persistente de Hugo Viana dos eleitos, um dos melhores médios portugueses do nosso campeonato a par de João Moutinho. Para além de Hugo Viana, também não compreendo a ausência de Quim (um guarda-redes que tem feito excelentes exibições) e a chamada de Eduardo (um guarda-redes que apenas joga para a Taça da Liga).

 

01
Fev12

Porque a vida também é feita a correr...

João Perfeito

Estreia auspiciosa

 

A selecção Portuguesa venceu a sua congénere azeri, por 4-1 no primeiro jogo do grupo D do 8º campeonato da Europa de Futsal.

Começou com o pé direito a participação lusa na maior competição de futsal do velho continente.

Depois do vice-título de há dois anos, apenas batidos pela sempre favorita Espanha, Portugal ambiciona finalmente trazer o ceptro europeu para solo nacional…

No arranque da competição pode-se dizer que as esperanças nacionais têm todos os motivos para se consolidarem com o desenrolar da prova.

No plano geral a equipa orientada por Jorge Braz parece mais madura do que em competições anteriores. A movimentação sem bola e o pouco tempo dos jogadores com a bola no pé são as características mais importantes desta equipa lusa.

Com o mágico Ricardinho o perfume desta equipa está sempre garantido. Por outro lado, os sempre consistentes Gonçalo Alves e Arnaldo asseguram boa posse de bola e dinâmica de movimentos. Marinho, Joel Queirós e Cardinal com bons movimentos de desmarcação dão completude a esta equipa. Bem organizada a equipa privilegia as triangulações em profundidade, jogando no campo de todo, de forma curta, com amplos movimentos de aproximação do jogador sem bola.

Mas nem por uma qualidade organizacional acima da média se fica esta equipa Nacional. Com um bom pressing na diagonal, tapa a saída do adversário. Fecha bem no quadrado defensivo e raramente permite a bola entrar entre linhas.  A solidariedade é também uma premissa desta equipa, que com a sua entreajuda e encurtar de espaços não permite remates fora-de-área em movimentos típicos pivot-ala do adversário.

O Azerbeijão é uma equipa extremamente táctica, impulsionado por brasileiros nacionalizados a equipa é uma imagem do melhor clube do país- o Araz, potência clubística da Europa do futsal.

No banco a equipa é treinada por Alesio Da Silva, ex-treinador do todo o poderoso Karat Almaty e uma das pedras basilares para o crescimento do FC Barcelona futsal na sua fase embrionária. Com um padrão de jogadas bem definidas intersectando a qualidade de recepção e segurança de jogo do seu pivot Serjão, que apesar dos 110 quilos tem uma movimentação interessante, com a criatividade de jogadores como Thiago ou Felipe, consegue construir bem o jogo, soltando a bola e raramente a perdendo em zonas proibidas mesmo com o pressing. Contudo a falta da sua maior pérola dos últimos anos Biro Jade tem-se notado na equipa. A falta de profundidade e verticalidade de movimentos tornam o jogo desta equipa previsível e face à inteligência dos portugueses defensivamente todo o espectro colectivo de jogadas de ataque é sintomaticamente quebrado. Esta equipa precisa de ideias e de um pouco mais de abertura ao seu esquema de jogo.

No plano geral um bom jogo onde se baterem duas boas equipas no plano táctico, mas a velocidade dos portugueses fez a diferença final.

25
Jan12

Porque a vida também é feita a correr...

João Perfeito

Nélson nasceu para ser campeão

 

Nélson Évora lesionou-se e vai falhar os Jogos Olímpicos de Londres. O actual campeão Olímpico hipoteca assim as hipóteses de renovar o título na casa do grande Rival Idowu.

A ausência de Évora é um duro revés nas aspirações olímpicas Nacionais. O atleta do Benfica, finda duas épocas de lesões parecia que estava a evoluir numa plataforma favorável para regressar aos seus momentos. Mas na verdade o esforço para se ser atleta de alta competição paga-se caro. Por mais acompanhamento médico que atletas de alto gabarito possam ter estão sujeitos a esforços sobre-humanos e nem sempre os músculos aguentam.

Mas Nélson com a sua determinação e força de vontade vai continuar a evoluir e a mostrar ao país que não está acabado. Psicologicamente penso que passados 2/3 meses irá aos poucos recuperar o seu forte temperamento, grande apanágio dos seus resultados.

Mas nos mundiais de 2013 penso que poderemos contar com Nélson. Nélson na verdade nasceu para ser campeão e merece bem mais que três anos dourados de medalhas internacionais.

Portugal não morre sem Nélson e outros atletas poderão arrecadar medalhas em Londres e Nélson não morrerá sem Portugal- porque ainda tem medalhas e recordes para bater- para deixar ainda mais o seu legado na história do desporto Nacional.

27
Dez11

2011 de Ouro

Francisco Gomes

No que toca ao futebol nacional, 2011 foi um ano sem precedentes. Apesar do falhanço deliberado na Liga Milionária, Portugal não se rendeu e acabou por conquistar a Europa. FC Porto, SC Braga e SL Benfica foram os três emblemas que mais longe chegaram, conquistando os respectivos lugares nas meias-finais da Liga Europa.

 

Para juntos dos outros
Na Liga dos Campeões, o Benfica, apesar do grupo «acessível», não foi além de duas vitórias, que só deram o terceiro posto devido a um golo alheio. Quanto à equipa bracarense, fez o expectável, atingindo o terceiro posto de um grupo com Arsenal, Shaktar e Partizan; pelo meio chegou mesmo a bater os ingleses por 2-0. Sporting e Porto já se encontravam na Liga Europa, fruto de uma classificação menos conseguida na época transacta. Ambas as formações foram sorteadas junto de grupos bastante acessíveis, grupos estes que não deixaram de dominar e vencer. Assim se iniciava a conjuntura que, mais tarde, iria ser favorável aos lusos.

 

O ano de ouro
O Sporting foi a primeira equipa a ser eliminada. Após se debater com os escoceses do Rangers, acabou por morrer na praia, sofrendo o golo eliminador já dentro do período de compensação. A partir daí, a vitória sorriu «sempre» às hostes portuguesas. Depois de um primeiro teste na Polónia, do Minho chegavam notícias de eliminações de Liverpool e Dynamo de Kiev. O Porto bem se debateu contra o Sevilha, mas a bola simplesmente não entrava, aí valeu a vitória na capital da Andaluzia. A partir daí: passeio por um parque russo que não apresentou calibre para responder. O Benfica progredia sem dificuldades, ainda que tenha apanhado um susto nos «quartos» frente ao PSV.

 

Chegavam, desta maneira, três equipas lusas aos últimos quatro sobreviventes de uma competição europeia. Entre Portugal e o título «apenas» estavam os nuestros hermanos do Villarreal, categoricamente despachados na primeira-mão pelo Porto e um Falcão verdadeiramente inspirado. Braga e Benfica debatiam-se na outra meia-final, na qual a squadra minhota levou a melhor, com um jogo defensivo bastante eficaz e já característico. Duas equipas chegavam ao derradeiro jogo, e foi o Porto que conquistou a taça. E era assim que Portugal terminava uma época de ouro, arrecadando pontos como nunca o havia feito, registando a melhor média de vitórias por jogo na Europa (0.60).

 

Final de ano «positivo»

Em termos europeus, nesta primeira metade de época, as formações portuguesas não estiveram nada mal, tirando os recorrentes desaires do Porto na Champions, que levaram a um mísero 3º lugar. O Benfica está nos oitavos-de-final daquela competição, e com o Zenit como adversário, pode muito bem continuar a sua campanha europeia. Aos azuis-e-brancos o sorteio não sorriu, e pela frente está o temível Manchester City; o Braga podia ter tido melhor sorte, já que vai defrontar os turcos do Besiktas. Já o Sporting, a esse calhou uma equipa mais modesta, e vai à Polónia bater-se com o Légia de Varsóvia - se vencer viaja para Manchester ou para o Porto.

 

Não deixam de ser quatro equipas em jogo, mas, na generalidade, o sorteio não foi favorável a Portugal, o que pode levar a resultados menos positivos. O que esperar das equipas lusas este ano? Será possível atingir um resultado tão - ou quase tão - positivo quanto o ano passado? E o que esperar do próximo ano, em que poderemos ter três equipas na fase de grupo da Champions e outras três na Liga Europa?

07
Set11

Buzzer - Beater

Óscar Morgado

No país do basquetebol


            Após ausência por motivos profissionais, eis que o buzzer-beater volta à acção. E nesta semana em que ainda nada se sabe de NBA para a próxima época e o fim da WNBA aproxima-se, há algo de muito mais importante a acontecer.

            Eurobasket 2011. A Lituânia tem sido palco do europeu estes últimos dias. Agora que a segunda fase vai começar, os confrontos tornam-se mais interessantes e as grandes equipas seguem em frente. Portugal, infelizmente, não conseguiu uma única vitória na fase de grupos, ficando abaixo das expectativas. É certo que estávamos no grupo mais difícil, com a super-poderosa Espanha, que, na minha opinião sem grande discussão, tem o melhor trio de grandes de todo o mundo (incluindo a NBA), a fortíssima Turquia de Turkoglu, Ilyasova, Asik, e daqui a uns anos de Kanter, e a sempre coesa equipa da Lituânia, que fora das individualidades sempre alcança os seus resultados.