Buzzer Beater
Temos Rei
Lebron James já tem um anel. A primeira parte da profecia dos mais de seis títulos pelos Superfriends de Miami está finalmente cumprida. Não digo finalmente de forma inocente, pois era apologista de que não queria ver um jogador tão fabuloso como James ser privado de títulos colectivos. E os Thunder têm tempo para chegar ao topo da montanha nos próximos anos.
Agora, aquilo que eu não esperava era ver a eliminatória ser resolvida apenas em 5 jogos, e ver Miami ganhar os 4 últimos que dariam a vitória de forma consecutiva. O que se viu - e bem - foi uma equipa que, apesar de dificilmenteconseguir algum dia chegar ao equilíbrio e quiçá perfeição patentes no modelo de Oklahoma, porque o seu modelo salarial ancorado quase na totalidade em James, Wade e Bosh é proibitivo a contratações de grandes jogadores, foi uma equipa de campeonato. Além do trio, nestes playoffs (e na época regular) liderado por James que tem tido performances possantes (até nos seus malogrados quartos períodos da época passada), o banco de Miami fez aquilo que é suposto se esta equipa quer colmatar as suas deficiências. Com uns quase históricos 7 em 8 triplos convertidos de Mike Miller, um jogo sólido (durante todas as rondas) de Shane Battier, Mario Chalmers também a assumir responsabilidades de atirador e Norris Cole que, juntamente com Udonis Haslem, têm um espírito indomável (ontem à noite os comentadores da ESPN apelidavam Cole de um Udonis Haslem em ponto pequeno), Miami conseguiu juntar as peças do puzzle.
Isto deve chegar para silenciar alguns, mas viu-se este ano que Miami, especialmente James, já não joga para silenciar críticas. Alías, confessou-o nos últimos dias, e que isso naturalmente o fez ganhar de novo o MVP, e finalmente o título. Quem sabe se essa mentalidade tem existido na época passada se não estávamos a falar de algo inédito na NBA, 4 MVPs consecutivos.
E portanto, deixá-los serem reis por uns tempos, que bem merecem. Mas quanto ao futuro? Oklahoma vai voltar com a experiência que não teve nestas finais, de outra forma não se entende porque carga de água foram perder quatro jogos seguidos contra uma equipa que alguns nem achavam que ganhasse esta série, após terem mostrado compostura invulgar para a tenra idade nas séries anteriores, especialmente contra os veteranos San Antonio Spurs. E será precisa boa gestão de cima para manter esta equipa competitiva nos próximos anos: viu-se este ano que os anos vão começar a pesar em Wade, há que saber que James não é seguro de ficar em Miami caso o sucesso seja grande no final do contrato, portanto rodear o mais possível, e com os recursos autorizados, as estrelas do talento certo para jogar é fulcral. A próxima época, inteira, com uma pré-época completa e uma 'offseason' também longa que permita aos escritórios das equipas ponderar os planos para as suas formações. E o futuro promete, tanto para os Heat como para os Thunder. Mas cuidado, os Lakers vão-se reparar, os Spurs vão novamente reinventar-se, os Bulls vão-se segurar, e os Clippers vão crescer, portanto a competição estará lá. Neste momento, só não consigo apostar nos Knicks, disfuncionais que dói. Agora, vem o draft dia 28, e as esperanças das equipas mais pequenas (vamos Detroit...) jogam-se neste palco, e também promete, depois da primeira escolha que se espera ser Anthony Davis, nada é certo nos 15 primeiros.