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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

12
Jul11

Buzzer - Beater

Óscar Morgado

15 anos de WNBA, 15 jogadoras

 

         A NBA anda aos caídos. A falta de acordo salarial entre jogadores e proprietários das equipas faz com que as minhas visitas ao site dos meus favoritos do browser de Internet se tornem frustrantes. Algo como uma notícia nova a cada três dias. Não se podem usar fotos de jogadores actuais, nem falar deles. E portanto viro-me para outros temas.

         Já tinha prometido abordar mais a WNBA no Verão, quando a competição decorre. Noutra ocasião já expus um pouco a liga e o basquetebol feminino em geral. Hoje tenciono falar da votação para as 15 melhores jogadoras de sempre da WNBA, a melhor liga feminina de basquetebol do mundo. Criada em 1996, o 15º aniversário da competição motiva a escolha das atletas. Poderão consultar a lista em http://top15players.wnba.com/.

         Estão lá 30 nomes, a maioria de jogadoras que ainda estão em exercício, e outras tantas já reformadas. Vou dar destaque a algumas que acho que merecem estar nas 15 finais. De notar que não conheço as jogadoras com a profundidade que conheço os do basquetebol masculino, mas ainda assim reconheço algum do palmarés impressionante que algumas carregam.

         Cynthia Cooper, lenda das extintas Houston Comets, juntamente com as colegas do ex-trio letal Tina Thompson e Sheryl Swoopes, Lisa Leslie, ex-MVP pelas LA Sparks bem como Candace Parker (actual estrela da equipa que está há 3 anos na liga e no ano de rookie foi MVP; além disso estas duas últimas são duas das 4 mulheres até hoje a afundar num jogo da WNBA) Lauren Jackson e Sue Bird, o duo mortífero das Seattle Storm, a italiana Diana Taurasi, ex-MVP pelos Phoenix Mercury, e finalmente Yolanda Griffith (já reformada) e a nossa conterrânea Ticha Penicheiro, estrelas do título das já extintas Sacramento Monarchs em 2005. Estas são para mim as atletas que mais se distinguem dos nomes em voga, seja por prémios individuais ou colectivos já obtidos, bem como pela forma como jogam.

         A nível da eleição, acho finalmente justo que após já ter havido uma eleição para os 50 melhores jogadores de sempre da NBA em 1996, se faça algo semelhante para as senhoras. Tal como já disse numa crónica há alguns meses, o jogo feminino apenas peca pela falta de espectacularidade (muito devido aos escassos afundanços) e por menos aptidão física das jogadoras em relação aos homens (que está ligado com a razão anterior). De resto, considero-o tecnicamente equiparável ao masculino (com a indispensável excepção à mecânica de lançamento feminina). Infelizmente acho que se aposta demasiado na WNBA como entretenimento de Verão para quando a NBA está parada. Apenas 34 jogos são feitos por cada equipa (em contraste com os 82 dos homens) e as jogadoras são quase que obrigadas a jogar na Europa ou noutro continente o resto do ano para continuarem a competir e, logicamente, a ganhar dinheiro. Isto gera um desgaste grande nas jogadoras, que quase não têm férias, entre pré-épocas, playoffs para duas equipas, etc.~

         Actualmente são as Indiana Fever que vão à frente na fase regular, com 9 vitórias e 3 derrotas na Conferência de Este, lideradas por Tameka Catchings e Katie Douglas.

 

by Óscar Morgado