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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

22
Jun12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Temos Rei

 

Lebron James já tem um anel. A primeira parte da profecia dos mais de seis títulos pelos Superfriends de Miami está finalmente cumprida. Não digo finalmente de forma inocente, pois era apologista de que não queria ver um jogador tão fabuloso como James ser privado de títulos colectivos. E os Thunder têm tempo para chegar ao topo da montanha nos próximos anos.

Agora, aquilo que eu não esperava era ver a eliminatória ser resolvida apenas em 5 jogos, e ver Miami ganhar os 4 últimos que dariam a vitória de forma consecutiva. O que se viu - e bem - foi uma equipa que, apesar de dificilmenteconseguir algum dia  chegar ao equilíbrio e quiçá perfeição patentes no modelo de Oklahoma, porque o seu modelo salarial ancorado quase na totalidade em James, Wade e Bosh é proibitivo a contratações de grandes jogadores, foi uma equipa de campeonato. Além do trio, nestes playoffs (e na época regular) liderado por James que tem tido performances possantes (até nos seus malogrados quartos períodos da época passada), o banco de Miami fez aquilo que é suposto se esta equipa quer colmatar as suas deficiências. Com uns quase históricos 7 em 8 triplos convertidos de Mike Miller, um jogo sólido (durante todas as rondas) de Shane Battier, Mario Chalmers também a assumir responsabilidades de atirador e Norris Cole que, juntamente com Udonis Haslem, têm um espírito indomável (ontem à noite os comentadores da ESPN apelidavam Cole de um Udonis Haslem em ponto pequeno), Miami conseguiu juntar as peças do puzzle.

Isto deve chegar para silenciar alguns, mas viu-se este ano que Miami, especialmente James, já não joga para silenciar críticas. Alías, confessou-o nos últimos dias, e que isso naturalmente o fez ganhar de novo o MVP, e finalmente o título. Quem sabe se essa mentalidade tem existido na época passada se não estávamos a falar de algo inédito na NBA, 4 MVPs consecutivos.

E portanto, deixá-los serem reis por uns tempos, que bem merecem. Mas quanto ao futuro? Oklahoma vai voltar com a experiência que não teve nestas finais, de outra forma não se entende porque carga de água foram perder quatro jogos seguidos contra uma equipa que alguns nem achavam que ganhasse esta série, após terem mostrado compostura invulgar para a tenra idade nas séries anteriores, especialmente contra os veteranos San Antonio Spurs. E será precisa boa gestão de cima para manter esta equipa competitiva nos próximos anos: viu-se este ano que os anos vão começar a pesar em Wade, há que saber que James não é seguro de ficar em Miami caso o sucesso seja grande no final do contrato, portanto rodear o mais possível, e com os recursos autorizados, as estrelas do talento certo para jogar é fulcral. A próxima época, inteira, com uma pré-época completa e uma 'offseason' também longa que permita aos escritórios das equipas ponderar os planos para as suas formações. E o futuro promete, tanto para os Heat como para os Thunder. Mas cuidado, os Lakers vão-se reparar, os Spurs vão novamente reinventar-se, os Bulls vão-se segurar, e os Clippers vão crescer, portanto a competição estará lá. Neste momento, só não consigo apostar nos Knicks, disfuncionais que dói. Agora, vem o draft dia 28, e as esperanças das equipas mais pequenas (vamos Detroit...) jogam-se neste palco, e também promete, depois da primeira escolha que se espera ser Anthony Davis, nada é certo nos 15 primeiros.

15
Jun12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Algo para inspirar

 

Perdoem-me se esta semana misturo o basquetebol com o futebol, mas parece-me oportuno para cada um dos lados. Não sendo um conhecedor do desporto rei, há aqui um foco de inspiração que penso ser interessante de referir. Todo o português amante de bola viu os dois falhanços de Cristiano Ronaldo frente à Dinamarca, de um jogador que marcou 60 golos esta época ao serviço do Real Madrid, mas que parece nunca traduzir por completo o seu talento ao serviço da selecção nacional. O que se passará?

A resposta parece estar na própria cabeça do jogador. Pressão do país? Da equipa? Dos media? Dele próprio? Só podemos especular, mas aqui deixo um caso de superação de debilidades de um outro astro desportivo. Lebron James, que esta época se sagrou pela terceira vez MVP da NBA ao serviço dos Miami Heat, já foi noutra ocasião comparado neste blogue a Ronaldo: discutivelmente (muito até, embora seja compreensível), ambos são vistos como os melhores nas suas modalidades, tremendamente dotados do ponto de vista físico e atlético, e, acima de tudo, extremamente trabalhadores pelas suas capacidades (neste ponto até darei alguma vantagem a Ronaldo). E sim, um pouco prima-donas em dados momentos.

Como a maioria que acompanha esta coluna deverá por esta altura já saber, James vai no seu segundo ano a jogar em Miami, após a sua saída controversa de Cleveland. Apesar de ser desprezível o programa de uma hora feito de banalidades que culminaram no final com a revelação da decisão de Lebron (que concordou com o circo mediático possivelmente deliciado com o pacote avançado por uma das marcas que o patrocina), o então também MVP teve uma posição legítima em deixar o clube onde estava, que não teve capacidade para o rodear com os jogadores certos para este alcançar o título, apesar de ter estado sete anos no clube (chegou a haver Carlos Boozer, mas alguém se lembrou que não valia a pena pagar-lhe).

E depois escolheu jogar com Dwayne Wade e Chris Bosh, mas já toda a gente devia saber o contexto por esta altura. O ponto-chave: James, alvo de tanta crítica, bem como o resto da equipa, passou a época enfurecido e usando esse combustível para jogar, e chegar até às Finais, onde a sua equipa tombou perante os Dallas Mavericks. Só que essa fúria culminava com o ponto-chave da crítica do ano anterior: nos jogos grandes, James encolhia-se, e não era MVP para ninguém. Isto fez com que um novo buraco no seu jogo fosse constantemente escrutinado, a falta de eficácia nos 4ºs períodos decisivos de cada jogo.

Este ano, de volta às Finais, empatados a um jogo com os Thunder, James já é mais que completo: faz tudo muitíssimo bem em campo, joga em todas as posições se necessário, e já resolve nos momentos decisivos. E porquê? O próprio já o confessou: a fúria e frustração foram embora e deram lugar à fluidez e capacidade natural para o basquetebol, e, acima de tudo, a paixão pelo jogo que sempre caracterizou James enquanto esteve ao serviço dos Cavaliers. Por isso voltou o prémio de MVP, e se os Heat não ganharem o título este ano não será por causa dos 4ºs períodos de James, que tem dominado estes playoffs como mais ninguém. Só é pena a sua equipa ser tão desfalcada em tanto sítio.

A inspiração fica: não sei até que ponto Ronaldo terá algum problema com a fúria ou críticas, nem me parece que seja o caso, mas interessa que com todas as estrelas vem controvérsia e adversidade. É só uma questão de tempo até essa adversidade assolar os Thunder, cujas expectativas acabaram de chegar ao máximo com o final desta época que se aproxima, e de o público geral se aperceber que Durant também não é nem será perfeito, tão pouco que seja sequer melhor que James. Assim as estrelas, porque o são, acabam por ultrapassar estes períodos, e normalmente, como aconteceu a James, voltam melhor que nunca. Terá sido doloroso ver vezes sem conta os vídeos dos seus piores momentos nos playoffs do ano passado, mas isso parece ter-lhe limpo a alma. E acredito que um jogador como Ronaldo não deixará de fazer algo que lhe surta o mesmo resultado.

                                                          

                         

01
Jun12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Velhos e novos

 

Antes de mais peço perdão aos leitores que acompanham esta crónica a ausência, por excesso de carga académica em dias de fins de curso. Para quem tem acompanhado os playoffs até agora, nas finais de conferência, a história tem um ângulo bastante interessante: dos conjuntos que se enfrentam de cada lado, novas dinastias e velhas resistentes do passado mantêm confronto.

A terminologia é dúbia admito - de entre Oklahoma e Miami, só os primeiros se podem dizer que são um talento novo, tendo em conta que Wade já tem 30 anos, e James e Bosh têm 27 e 28, respectivamente. E ainda para mais que nas reservas os veteranos são aos molhes, com Haslem, Joel Anthony, Mike Miller ou Shane Battier sendo já veteranos mais que testados. Os miúdos mais promissores são Chalmers e Cole, os bases da equipa. Mas o núcleo é novo sim - e não, já não vão a tempo de ganhar mais do que sete títulos, como prometeram há quase dois anos - e promete ser uma das forças a considerar durante a década já iniciada, tendo em conta que em três super-estrelas, um já foi campeão da NBA e outro MVP em três ocasiões.

Oklahoma parecem muito bem artilhados para a década - embora com o final dos pequenos contratos de Ibaka e Harden se preveja que um deles vá à procura de riquezas noutras paragens, já que com dois grandes contratos garantidos às estrelas Durant e Westbrook, só mais um novo contrato chorudo parece possível nas contas dos Thunder, ainda que ambos os mereçam.

E depois temos os velhos. Mais ou menos, digo novamente. Do lado de Boston, é uma velha guarda liderada por um jovem base que ainda esta semana fez o jogo da sua carreira, e que ainda assim perdeu. Rondo apontou 47 pontos (com muitos lançamentos exteriores que normalmente lhe são atribuídos como calcanhar de aquiles), 10 assistências e 8 ressaltos, e tem envolvido um algo-que-rejuvenescido Kevin Garnett, um sempre consistente Paul Pierce, e um muito apagado Ray Allen, devido a joelhos eventualmente. Mas daqui não parece haver muita pedalada para Miami. E há a questão de os árbitros não lhes estarem de feição...

E ainda há os Spurs. Oh, os Spurs! São uma equipa frustrante devo admitir: todo o santo ano parecem fora da corrida à partida para o título, e acabam por estar sempre nos lugares cimeiros dos playoffs. Na edição do ano passado parecia que o reinado tinha finalmente chegado ao fim, com a derrota na primeira ronda com o 8º classificado Memphis, mas este ano estão novamente a rebentar. É que quando não é Duncan a dominar, domina Ginobli (o ano passado), e quando este não o faz, domina Parker (este ano). Só não se mantêm invictos nos playoffs (feito que terminou ontem à noite face à derrota em Oklahoma) porque estão perante uma equipa muito consistente e bem montada para vencer, porque varreram as últimas duas rondas sem falhar. E não tenham dúvidas, a fórmula que este ano resultou em ter um banco fortíssimo, que descansa sem precalços Duncan (que agora tem jogado mais, fresquinho da época) e Ginobli (que esteve muito tempo lesionado este ano), está a colocar os Spurs na melhor posição para ganhar o título neste momento, embora Oklahoma vá continuar a ser dura de roer. E parece que o campeão vai sair da final do Oeste...

Mas a com todo o atleticismo da NBA de hoje, que já quase só reside nos jovens, os velhos lobos parecem aguentar-se à bronca, até dar umas aulinhas à criançada. E tem imensa piada ver isto tudo.

04
Mai12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Só em Miami se ouve o relógio

 

Começados os playoffs da NBA, ainda não há grandes surpresas. Oklahoma e Miami dominam os seus confrontos com Dallas e Nova Iorque, vencendo por 3-0. Os Lakers voltaram à sua mentalidade campeã e vencem Denver por 2-0. Memphis e Clippers discutem a passagem taco-a-taco. Boston e Atlanta também. Indiana com algum trabalho mas lá ganha a Orlando 2-1. A maior surpresa talvez esteja no empate a 1 entre Chicago e Philadelphia, não pelo resultado, mas porque Derrick Rose está lesionado para o resto dos playoffs.

E contudo não vejo muitas equipas com muito a perder. Utah e Denver são equipas jovens, com talentos por desenvolver, e já é uma vitória terem chegado aos playoffs. É pouco provável que causem estragos, a perder por 2-0. Orlando, sem Howard, já só com um milagre. Em Boston, a idade há um par de anos que já vai avançada nas estrelas, excepção feita a Rondo. Já Atlanta, que passou há uns anos de burro a cavalo, hoje não passa de cavalo a unicórnio, e já não será com esta equipa.

O que me leva a falar daqueles que estão a disputar hipóteses de título este ano, ou num futuro muito próximo. Começando pelos Pacers, tenho pena que provavelmente Danny Granger já não estará no topo quando essa atitude surgir, mas Hibbert e George estarão. Mas se perderem este ano ninguém os irá martirizar. O mesmo não se pode dizer dos Knicks, nos quais muito tenho cascado durante meses, porque com um plano consistente degolado pelo dono da equipa, Jim Dolan, não é assim tão estranho que tenham acabado em 7º lugar, e que saiam novamente da primeira ronda dos playoffs, com um eventual 4-0 às mãos dos Heat. E tão cedo não conseguem uma equipa à altura, com uma organização semelhante.

Em Philadelphia, a equipa está sólida, com talento jovem, mas a âncora defensiva, Iguodala, parece melhor adequado numa equipa mais forte, e já caminha para os 30. Também ninguém os vai importunar. E em Memphis? Fazem-me lembrar os Detroit Pistons de meados da década passada, que ganharam um título em 2004. Aguerridos, com talento mas sem estrelas. Ficam sempre bem na fotografia, mesmo que percam. Já os Clippers, passaram de burro a unicórnio, mas têm a desculpa de Billups se ter lesionado para a equipa não estar na forma máxima este ano. Este ano, primeiro desta equipa renovada, ainda vai passar ao lado das críticas.

Quem já está blindado às críticas são os San Antonio Spurs. Com Tim Duncan nos 36 anos, Ginobli nos 35 e Parker nos 30, só o facto de terem terminado a época regular em 1º lugar, aparentemente sem grande peso das estrelas (salvo Parker), faz com que uma passagem da primeira ronda pareça fazer-lhes justiça, embora seja Memphis ou Clippers a seguir, e possam muito bem chegar à final. Chicago teve o desaire de Rose se lesionar, e então ninguém espera mais do que uma segunda ronda, ou uma eventual final de conferência. Os Lakers, apesar de rejuvenescidos, já ganharam dois títulos com esta equipa, e Bynum ainda tem muitos anos pela frente. Kobe Bryant já construiu o seu legado histórico como um dos melhores de sempre. E Oklahoma nem se fala. Ridiculamente jovens, ridiculamente bons. Têm uma década inteira pela frente.

E então chegamos a Miami. Dwayne Wade tem 30 anos. Lebron James e Chris Bosh têm 28. Parecem distante dos mais de 6 títulos que prometeram há dois Verões atrás. Parecem bem posicionados para ganhar este ano. Mas se perderem começa-se a questionar esta equipa. Até porque os contratos das 3 estrelas continuam a aumentar, e o espaço para um bom grupo complementar de jogadores torna-se mais apertado com cada ano que passa. E é aí que eles poderão vacilar nos próximos anos. Portanto, o relógio ouve-se em Miami, os segundos a passar, e uma oportunidade de título já lá vai. E se passar esta, será outra. E os críticos eventualmente devoram esta equipa. Claro que se ganharem, tudo está bem. Mas é a única equipa nestes playoffs que não pode perder.

13
Abr12

Buzzer - Beater

Óscar Morgado

O fantasma das lesões está zangado

 

Esta curta campanha da NBA está quase no final. Parece mentira, embora por esta altura já seja costume falar-se em playoffs. Mas, por ter começado no dia de Natal, dá a sensação de que falta muito para trás.

Blá blá blá…e onde é que eu quero chegar? É que para muitos a época acabou ainda mais cedo, como se não bastasse ela já ser curta. Podia falar de muitos jogadores que sofreram lesões que lhes hipotecaram o resto da temporada, mas há dois que se destacam – falo de Ricky Rubio e Kyrie Irving.

Rubio lesionou-se no início de Março. Uma rotura nos ligamentos do joelho deitou por terra as esperanças de playoff dos Timberwolves, que finalmente encontraram o mago que iria guiar uma das maiores estrelas em ascensão (mas já lá bem alto) em Kevin Love, e mais algumas jovens promessas ao sucesso nas Cidades Gémeas. O base espanhol, rookie na NBA, mas provavelmente o mais experiente profissionalmente de todos os jogadores de 1º ano (porque joga profissionalmente desde os 14 anos), liderava todos os jogadores desde grupo em média de assistências, e estava lá no topo desse valor com todos os restantes bases da liga.

Irving parecia o favorito para o prémio de Rookie do Ano, sendo o melhor marcador entre os seus pares de estreantes, e estava a manter os Cleveland Cavaliers á tona da qualificação para os playoffs. Impensável seria no ano passado, quando a equipa, após um ano com o melhor record da NBA liderada por Lebron James, passa de cavalo a burro e sofre a pior sequência de derrotas da história, e acaba a época com o segundo pior record da liga (atrás de Minnesota aliás). Não se adivinha um novo James em Irving é certo, mas o jovem base faz esquecer esporadicamente que o melhor jogador da NBA foi embora sem ficar nada em troca. E nos últimos dias lesionou-se.

Ok, então alguma entidade divina muito mesquinha, provavelmente zangada com a novela do lockout da NBA, decidiu acabar com o entusiasmo dos dois favoritos ao título de melhor rookie? Provavelmente. Apesar de Isiah Thomas, o pequeno base dos Sacramento Kings, ter ficado com maior destaque após estas duas lesões, não creio que ainda seja relevante para alterar o veredicto do painel de votantes: Irving vence, Rubio fica em segundo.

É pena não se ver já nenhum dos dois em acção nos playoffs, mas mais espectáculo nos espera, com mais jogadores de topo, e muitos confrontos de resultado imprevisível. Game on!


02
Fev12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Estranheza pegada

 

Já se previa que esta época a NBA ia estar um caos. Não tanto como a última época de lockout, em 98/99, mas quase que parece. Na Conferência de Este, há surpresas em grande escala: os Philadelphia 76ers estão neste momento em segundo lugar da classificação, apenas atrás dos Chicago Bulls, liderados por Andre Iguodala, o base Jrue Holiday e o melhor marcador, a liderar um dos bancos com mais qualidade da liga neste momento, Louis Williams; Miami, lar de Dwayne Wade, Lebron James e Chris Bosh, ocupa apenas a 4ª posição (mas faça-se justiça, perdem apenas desempates com 76ers e Atlanta Hawks, dado que todas têm o mesmo número de vitórias e derrotas); Nova Iorque está a algumas vitórias de competir sequer por um lugar no playoff, quando era suposto estarem entre as 3 ou 4 melhores equipas do Este; Cleveland, após a maior sequência de derrotas da história da NBA atingida na época passada, parece estar determinada a chegar aos playoffs, estando numa posição semelhante à de Nova Iorque.

Na Conferência Oeste só não sobressaem tanto as surpresas porque o caos é maior e a capacidade de ver no meio de tanta poeira é escassa: das 15 equipas, as 10 primeiras (tendo em conta que apenas 8 chegam a playoff) estão apenas separadas por 6 vitórias entre a primeira e a 10ª posição, causando uma classificação extremamente volátil, onde os deslizes saem mais caro que o costume e as vitórias dão mais satisfação que o normal. Denver Nuggets mantém-se no 3º posto sem grandes estrelas; LA Clippers parecem estar a aguentar o barco em 2º à custa das contratações de Chris Paul, Chaucey Billups e Caron Butler, que vieram solidificar o núcleo de Blake Griffin e Deandre Jordan; os Utah Jazz, também sem astros de renome, mas com um jogo sólido de Paul Millsap, Al Jefferson e Devin Harris, seguram um 6º lugar; LA Lakers sofrem alguns desaires, mas que curiosamente não são fruto da idade, estando a ocupar neste momento um 8º lugar que daria, neste momento, uma autêntica final na primeira ronda do playoff, enfrentando Oklahoma City; Ricky Rubio e Kevin Love também se lembraram de elevar o seu jogo para um novo nível e dar esperanças a Minnesota como não se via desde Kevin Garnett.

Mas quer dizer, isto não é inédito pois não? Na época após o último lockout, os New York Knicks de Patrick Ewing (fazendo uma referência rápida, alguém se lembra de ele ser uma das estrelas do filme 'Space Jam'?) foram os 8º classificados no Este e chegaram às Finais da NBA, sendo depois derrotados pelas Torres Gémeas dos San Antonio Spurs, Tim Duncan e David Robinson, passando de uma das piores equipas na época anterior para a melhor (o reverso aconteceu com os Chicago Bulls).

Portanto, o que esperar? Confrontos desiquilibrados em rondas avançadas dos playoffs é um bom exemplo, dadas as classificações. Algumas equipas, como LA Lakers, Memphis Grizzlies, Miami Heat, podem estar em lugares abaixo do que se espera na época regular, mas no playoff vê-se sempre quais as melhores equipas. O contrário também acontece com os Utah Jazz, 76ers, Atlanta Hawks, e, quem sabe, New York Knicks, se é que alguma vez conseguirão por a actual equipa a funcionar sem um base competente. Por outro lado torna a competição mais interessante, menos previsível (deixem-se de apostas este ano), mas também de menor qualidade por vezes, dado que se tem notado um grau mais baixo de jogo devido à falta de uma pré-época em condições. Algumas equipas, como os Washington Wizards (que vão jogando com uma maturidade de uma equipa de liceu, e a sua jovem estrela, John Wall, parece não ter encontrado um ritmo para o seu desenvolvimento este ano), Charlotte Bobcats (onde o talento, simplesmente, é muito escasso, excepção feita a alguns jogadores, que simplesmente prometem para o futuro mas não têm todas as capacidades agora, como Kemba Walker ou Bismack Biyombo) e Detroit Pistons (onde só Greg Monroe se destaca claramente como uma estrela para o futuro) fazem desejar que um Real Madrid, um Regal Barcelona ou um CSKA viessem mesmo jogar para os Estados Unidos.

26
Jan12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

A morte dos 'Boston Three Party'?

 

Corria o Verão de 2007 quando Danny Ainge, ex-estrela e Director-Geral dos Boston Celtics tomou duas decisões que iriam mudar a cara da equipa mais galardoada da NBA. A época anterior tinha sido um desastre, com a equipa a averbar o segundo pior resultado da temporada com apenas 24 vitórias e 58 derrotas, já para não falar da morte do histórico ex-treinador dos Celtics, Red Auerbach, figura incontornável dos primórdios da NBA. E como se isto não bastasse, até as esperanças de uma boa escolha de draft que permitisse ir buscar Greg Oden ou Kevin Durant, na altura dois jovens vindos da universidade com um potencial tremendo, foram por água abaixo, com o sorteio a correr mal aos Celtics, que apenas conseguiram a 5ª escolha, muito abaixo do que seria possível para adquirir qualquer um dos outros dois.

E então tudo estava péssimo, até que Ainge realiza as transacções da década (os 3 reis magos de Miami ainda não resultaram em campeonato, e vieram todos pela 'free agency'): na noite do draft, envia a sua 5ª escolha, Jeff Green, Wally Szczerbiak e Delonte West para os então Seattle Supersonics (actualmente Oklahoma City Thunder) em troca do que é, discutivelmente, o melhor atirador de 3 pontos de todos os tempos e um grande marcador de pontos, Ray Allen, mais uma escolha de 2ª ronda desse mesmo draft, usada em Glen Davis. Finalmente uma estrela para jogar ao lado de Paul Pierce desde Antoine Walker. Isto tornava os Celtics uma equipa já de si importante, de playoff no mínimo, mas não era suficiente. Ainge ainda conseguiu aproveitar o descontentamento de Kevin Garnett em Minnesota, obtendo o ex-MVP em troca de Ryan Gomes, Gerald Green, Al Jefferson, Theo Ratliff e Sebastian Telfair, trocando ainda com a equipa as escolhas de 1ª ronda no draft do ano seguinte. Estava feita uma equipa de veteranos muito decorados individualmente, mas não no colectivo. Sendo 3 estrelas com maturidade já mais que provada, e com papéis bem definidos, vontade de vencer sacrificando o invidual se necessário e em grande forma, juntos alcançaram nessa mesma época o título da NBA, aniquilando por completo os LA Lakers nas Finais ao 6º jogo.

E a artimanha ainda fez desabrochar dois anos depois uma 4ª estrela, Rajon Rondo, que tornou o quarteto fantástico uma força temível na NBA.

Mas a idade chega a todos. E já se sabia que haveria de terminar assim, não se trata de Miami que foi buscar dois jovens talentosos (um deles mais a puxar para o super-herói) em Chris Bosh e Lebron James para se juntarem á superestrela Dwayne Wade e fazer uma equipa para muitos anos, já era de esperar que três veteranos já não funcionassem tão bem ao fim de 4, 5 anos. A produção de todos diminuiu, ainda por cima numa época muito condensada em que as pernas sofrem mais, os resultados não são os mesmos. Em 7º lugar na Conferência de Este, com 7 vitórias e 9 derrotas, os Celtics já não inspiram medo de equipa de campeonato como há um par de anos, embora ainda sejam uma força a considerar em termos de playoff, e sempre com um mínimo de chances de surpreederem tudo e todos.

Resta esperar que os dispendiosos contractos de Garnett e Allen expirem esta época para os renovar por muito menos ou até enviar os jogadores para outra equipa, para recalibrar o nível de talento em torno de Rajon Rondo. É possível que a reconstrução não demore tanto como antes de Garnett e Allen, mas será preciso um ou dois nomes de peso, especialmente um deles sendo um jogador interior de muita qualidade, para tornar a equipa uma potência novamente.

05
Jan12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Estado de condensação

 

Uma das coisas que torna esta época da NBA tão sui generis é a forma como está estruturada. Devido ao lockout prolongado, houve necessidade de encurtar a quantidade de jogos para se gerir um calendário mais apertado. Em vez de 82 partidas para cada equipa como é normal, vão ser jogadas 66 (um pouco melhor que na última época vinda de lockout, em 1998/1999, onde cada equipa apenas realizou 50 jogos). Mas que implicações traz este novo calendário para a NBA?

Para começar, o facto de haver menos jogos não significa que eles estejam distribuídos da mesma maneira. Enquanto que numa época normal os grandes desafios de resistência para os jogadores são os chamados back-to-back, onde se jogam dois jogos em dois dias, este ano a fasquia sobre: surgem os back-to-back-to-back, três jogos em três dias. Esta realidade, embora não se aplique a todas as equipas, causa as suas mazelas nos atletas. Espera-se que, lá para Fevereiro, o número de lesões aumente em relação ao ano anterior. Até agora só os Lakers passaram por este sistema, tendo curiosamente perdido os dois primeiros jogos e vencendo o último. Mas este aspecto está a ser até reflectido nos sites de apostas desportivas, com factores maiores para equipas no 3º jogo consecutivo.

Ainda relacionado com as lesões, a previsão é que as equipas com jogadores mais jovens irão safar-se muito melhor com os menores tempos de repouso. Equipas como Dallas, San Antonio, Boston ou Lakers estão em maior risco de sofrer derrotas e baixas a um ritmo mais elevado que o costume. Até ao momento ainda não é possível correlacionar directamente as duas variáveis, por apenas se estar a jogar nem há duas semanas, mas a longo prazo é muito provável que aconteça. Até Gregg Popovich, treinador de San Antonio, tem repousado Tim Duncan (ao ponto de não jogar sequer 30 minutos por jogo) para o poupar para momentos mais importantes. Esta estratégia foi usada na época passada, porém Duncan esteve bastante apagado nos playoffs.

Uma outra consequência virá no final da época: as conquistas desportivas serão mais facilmente criticáveis. Phil Jackson, mítico treinador dos Bulls de Michael Jordan e dos Lakers de Shaq e Kobe, agora reformado, desvalorizou o título conquistado pela equipa de San Antonio na época 1998/1999 por se tratar de um calendário muito mais permissivo, bem como de playoffs desregulados para os padrões normais (os New York Knicks de Patrick Ewing foram os 8º classificados na conferência de Este e derrotaram o 1º classificado, a equipa de Miami, na altura liderada por Alounzo Mourning). Pelo que me parece dos resultados e dos jogos que já vi, este tipo de disparidades não será muito significativo nos 3 ou 4 primeiros lugares de cada conferência, mas poderão haver algumas equipas "fora do lugar" nas posições inferiores.

Uma última dura realidade desta época: cada vitória vale mais, em termos relativos, mas cada derrota é mais difícil de recuperar. Uma motivação interessante que espero que vá ser usada de treinadores para jogadores...

fonte: espnLA.com
fonte: espnLA.com
05
Jul11

Buzzer - Beater

Óscar Morgado

Bem-vindos ao reino da incerteza

 

É uma pena. Agora que a NBA estava a renascer de alguma falta de popularidade mundial do início da década passada, com os últimos dois anos a oferecerem rivalidades épicas (Lakers x Boston) e outras mais recentes repescadas (Dallas x Miami), bem como jogadores para tomarem conta da equipa de Michael Jordan (Derrick Rose), etc, as ‘verdinhas’ puseram-se no caminho.

Começou o lockout. O acordo salarial de alcançado em 1999 após um outro longo lockout expirou no início de Julho e não há acordo entre o sindicato de jogadores e o conjunto dos proprietários das equipas para que se chegue ao consenso e o basquetebol continue. Curiosamente, foi em 98 que Jordan escreveu mais umas páginas de história ao enterrar um lançamento nos últimos segundos das finais contra os Utah Jazz e a garantir o seu sexto campeonato pelos Chicago Bulls. A NBA viveu uma década de ouro nos anos 90, muito devido a esse senhor. E parece que após esse período ainda não houve outro semelhante. O curioso está no lockout ter surgido como que para o terminar. E agora que se estava a recuperar algo do que foi perdido, eis que surge outra vez.

Nestas conversações que já duram desde o início da época, já fui de ambas as opiniões. Já estive do lado dos jogadores. Se são eles que jogam, porque é que não podem ter os salários que merecem? Já estive do lado dos proprietários. Se é por causa deles que as equipas funcionam, porque é que não podem ter a liquidez necessária e não terem a obrigação de pagar contractos milionários a jogadores medíocres? Hoje, para ser sincero, não me preocupo muito com nenhum dos lados. É por causa de ambos que o acordo está ainda na estaca zero, como há muitos meses atrás.

Jogadores, porque não aceitam as receitas dos direitos televisivos das vossas equipas divididas 50-50 entre vocês e os donos? Donos, estão a perder assim tanto dinheiro? Não sabiam no que se estavam a meter quando compraram as equipas? Que os preços dos charters, do gasóleo, dos hotéis, dos planos de saúde, dos treinadores e dos jogadores sobem todos os anos?

Estou apenas a dar a palavra de um adepto da modalidade que está frustrado com as ambições pessoais dos envolvidos que afectam milhões de apaixonados pela beleza do basquetebol. Os jogadores fazem milhões e têm um emprego fixo por muitos anos, algo que a maioria do planeta não se pode dar ao luxo. Os donos se perdem uns milhões num negócio vão buscá-los a outros. Aqui fica o meu voto que esta gente ganhe juízo, e depressa.

 

by Óscar Morgado

21
Jun11

Buzzer - Beater

Óscar Morgado

Quando o todo não tem nada a ver com as partes

 

           O draft da NBA é esta quinta-feira. Ricky Rubiu finalmente decidiu-se em ir para a NBA. O lockout está muito perto de acontecer.

         

Mas sinceramente esta semana não me apetece falar disso. Antes falar do que faz um jogador ser o melhor.

         Kobe Bryant é aquele que nos últimos cinco anos tem recebido esse rótulo: cinco títulos da NBA, (estranhamente) apenas um de MVP, MVP do All-Star, MVP das Finais. Além disso, discutivelmente aquele que melhor sabe como ganhar jogos, uma força da natureza a marcar pontos no quarto período.

         Mas quase 33 anos de idade. E isso pesa a todos. Já o vimos esta época sem conseguir fazer tudo aquilo que fazia nas anteriores. Ninguém lhe tira o mérito de poder estar, discutivelmente, entre os 10, no máximo 15 melhores de sempre. E então quem merece ser coroado?

         A dica não é inocente: o “King” James é o lógico sucessor para melhor jogador de basquetebol do mundo. Muitos o têm restringido a esse tipo de consideração pela falta de títulos colectivos. E mesmo a nível individual, os seus dois MVPs de época regular em anos consecutivos parecem passar ao lado de muitos, ainda mais depois de Derrick Rose terminar o ano à sua frente nessa categoria. Mas como já o disse aqui, o MVP distingue o jogador mais valioso (para uma equipa específica), o que nem sempre significa ser o melhor dos seus pares.

         E portanto gosto de analisar os jogadores com base na sua capacidade pura para o jogo. Não olho muito a factores externos (noutro tipo de análises são importantes, as quais admito serem mais importantes que reconhecimento individual) que influenciam fortemente o desempenho final dos jogadores. E portanto, quando olho analiticamente para os melhores, eis o que vejo…

         Kobe Bryant, sendo ainda o meu favorito, vai perdendo capacidades. Derrick Rose, por mais extraordinário que seja, é difícil vê-lo apenas como um base: aquilo que faz é um misto de base e de marcador de pontos. Kevin Durant ainda precisa de aperfeiçoar o seu jogo. Já Dirk Nowitzki  pode ser considerado como o melhor jogador ofensivo do planeta. O mesmo não se pode dizer da sua defesa.

         E então temos Lebron James. E alguém me pergunta “mas ele é o melhor em quê?”. Ao qual eu respondo “eh…provavelmente em nada, excepto ser melhor que os outros”. Vamos por partes. Do lado defensivo, James é excepcional na defesa de jogadores exteriores, que jogam de frente para o cesto. Mas certamente Chris Paul, Rajon Rondo, Russell Westbrook ou Tony Allen terão uma palavra a dizer sobre isso, estando num patamar semelhante ou superior. Na defesa de postes, que jogam de costas para o cesto, a questão nem sequer se põe. E para os que acham que sim, eu dou-lhes a resposta: Dwight Howard.

         Outros departamentos. Ressalto? Se for preciso para a sua equipa James já provou com os seus números que consegue ganhar 10 ou mais ressaltos em qualquer jogo, tanto na defesa como no ataque. Mas precisaríamos sempre de citar Kevin Love antes dele nessa questão.

         Capacidade física/atlética? Aqui é discutível achar James o melhor. Sendo a força da natureza que ele é, com todos os seus desarmes de lançamento a muitos metros de altura, bem como os estrondosos afundanços, é um perigo para as equipas adversárias, dos dois lados do campo. Mas novamente a NBA está recheada de atletas fenomenais, como Blake Griffin, Derrick Rose, Dwayne Wade ou Nate Robinson.

         Domínio de bola? Aqui não hesito em dizer que James é o melhor nesse aspecto dentro da posição 3, talvez até de entre todos os extremos, por se tratar de uma rara combinação: o point forward, o jogador da posição 3 que é muito forte na posição 1, mais do que na 2 ou na 4. Ainda assim, faz 4 posições. Mas muitos bases, começando por Derrick Rose, têm melhor domínio de bola.

         Terminemos então com a análise do ataque. Há pouco já defendi Nowtizki como o melhor jogador ofensivo, portanto nem era necessário, mas fica aqui a análise. Contrapondo a capacidade de marcar pontos longe do cesto com a curta distância, James é mais forte na última. Aqui reside a minha única dúvida se ele é ou não o melhor em algo específico: a penetração para o cesto. A sua explosividade após o drible, mais a forma como acaba com afundanços poderosos ou bandejas habilidosas, ou até com uma assistência para um colega perto, fazem dele provavelmente o melhor neste aspecto, mas com uma vantagem (se é que ela existe) curta sobre Dwayne Wade, Derrick Rose, Zach Randolph, entre outros. Nos restantes domínios ofensivos há sempre alguém melhor que James: média distância (Kevin Durant), 3 pontos (Ray Allen) e lançamento com oposição (Kobe Bryant).

 

 

         Há depois a questão da inteligência em campo. Sendo certamente um dos mais atentos tanto no ataque como na defesa, e igualmente capaz de colocar 10 assistências por jogo se necessário, com capacidades de passe raras para a sua posição, não tem a mesma visão de jogo de Steve Nash. Nem a mesma motivação defensiva de Kevin Garnett, ou Dwight Howard.

         Portanto a minha demonstração serviu para reiterar que Lebron não é o melhor em coisa nenhuma. Mas eu disse que ele é o melhor. É a combinação de todos estes elementos, quase todos de uma classe de elite, mas que ficam um pouco aquém de serem os mais desenvolvidos de todos, juntando o facto de poder jogar com muita qualidade em 4 posições do campo. Foi notória a diferença dos Cleveland Cavaliers que com James foram a melhor equipa da liga, e que sem ele foram a segunda pior. Toda a sua versatilidade junta faz-nos contemplar um todo que supera em larga medida qualquer uma das suas partes. É certo, não tem campeonatos, mas estas últimas Finais foram um qualquer bloqueio mental inexplicável perfeitamente oposto a todo o restante percurso nos playoffs, que foi brilhante. Tendo ainda 25 anos, creio que Lebron James será, durante muito tempo, o melhor jogador de basquetebol do mundo. Mas a competição será dura.

 

by Óscar Morgado