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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

20
Jun12

Lado B

Bruno Carvalho

Balanço da fase de grupos do Euro 2012

 

 

No primeiro dia sem futebol jogado desde o seu início, é altura de fazer o balanço da fase de grupos do Euro 2012, destacando as grandes surpresas e as grandes deceções.

Começando pelas surpresas, a República Checa, a Grécia e porque não Portugal foram as seleções que se destacaram pela positiva na fase de grupos.

No grupo A, em que os grandes favoritos à passagem aos quartos-de-final eram a Rússia e a Polónia, República Checa e Grécia contrariaram todas as expetativas garantindo o apuramento na última jornada. A República Checa alcançou o apuramento à semelhança de Portugal (perdendo o primeiro jogo e ganhando os dois seguintes), sendo que conseguiu mesmo a liderança do seu grupo. Até agora, os jogadores que mais se destacaram na República Checa foram, na minha opinião, Rosicky, Pilar e Jiracek pelo que, no jogo de amanhã, Portugal terá de ter muito cuidado com estas três unidades de ataque de forma a não ser surpreendido. Já a Grécia continua a assentar o seu futebol, tal como em 2004, no cinismo, jogando à defesa e concretizando em golo as poucas oportunidades de que dispõe.

Portugal também acaba por ser, para mim, uma surpresa pela positiva, na medida em que a maioria dos adeptos de futebol (na qual eu me incluo) estava à espera do apuramento da Alemanha e da Holanda, pelo futebol que estas duas seleções apresentaram na fase de qualificação, tendo vencido todos os jogos. A partir do momento em que a nossa seleção chega aos quartos-de-final, acho que Portugal tem tudo para ir pelo menos até às meias-finais, já que na semi-final é muito provável que encontremos a campeã europeia e mundial Espanha, num jogo que a acontecer será muito difícil para a nossa seleção.

Quanto às grandes deceções da fase de grupos, destaco a Rússia e a Holanda. A Rússia pelo que fez na primeira jornada, quando goleou a República Checa por 4-1, parecia estar em condições de garantir um apuramento fácil para a fase a eliminar e até de lutar pela vitória final. No entanto, duas exibições menos conseguidas frente à Polónia e à Grécia atiraram a seleção de Dick Advocaat para fora deste campeonato da Europa.

A Holanda, pelo facto de ser a vice-campeã do Mundo em título, foi para mim uma grande deceção e ainda bem que o foi, porque assim Portugal garantiu o apuramento para a fase seguinte. No meu ponto de vista, o principal fator para este “descalabro” da Holanda foi a má gestão do selecionador Bert van Marwijk relativamente aos egos de alguns jogadores. Marwijk não soube gerir da melhor maneira o facto de ter o melhor marcador da liga inglesa (van Persie) e o melhor marcador da liga alemã (Huntelaar) na mesma equipa e não soube tirar o melhor proveito de van der Vaart, tendo-o deixado no banco de suplentes nos dois primeiros jogos, em detrimento do seu genro (Mark van Bommel).

Outro aspeto que marca pela negativa o fim da fase de grupos do Euro 2012 é as declarações de Michel Platini acerca das equipas que vão estar na final (Espanha e Alemanha). Sendo o presidente da UEFA, Platini devia ter estado calado de forma a garantir ao máximo a imparcialidade dos árbitros neste Europeu. Ainda ontem, no jogo entre Inglaterra e Ucrânia, já se sentiram as palavras de Platini quando o árbitro húngaro Viktor Kassai não validou um golo limpo à equipa da Ucrânia. Ou seja, os árbitros já começaram a beneficiar os mais fortes. Para além deste grave erro ocorrido ontem, acho curioso ter sido um árbitro alemão a apitar o Espanha-Croácia e um árbitro espanhol a apitar o Alemanha-Dinamarca.

Concluindo, espero que os árbitros não se sintam condicionados pelas palavras de Platini nos jogos decisivos que se avizinham e que Portugal vá, pelo menos, até às meias-finais. Venha de lá o mata-mata!

 

 

13
Jun12

Lado B

Bruno Carvalho

Hooliganismo no Euro 2012

 


Além do futebol jogado dentro das quatro linhas, há outro fenómeno que ocorre fora do futebol jogado em campo e que, infelizmente tem marcado pela negativa o Euro 2012. Refiro-me ao hooliganismo, o lado B deste campeonato da Europa.

Ainda ontem, antes do jogo entre Polónia e Rússia, a polícia teve de recorrer a canhões de água e a gás lacrimogéneo para controlar os confrontos entre adeptos nacionalistas de extrema-direita polacos e russos.

Neste caso em particular, penso que a relação hostil entre adeptos polacos e russos se deve a um período da História (após a 2ª Guerra Mundial e até ao início da Guerra Fria) em que a Polónia esteve sob o domínio político da Rússia, de Estaline. Mas, de qualquer forma, é sempre de condenar a violência no desporto e no futebol, sobretudo quando se mistura política com desporto.

O desporto e, neste caso o futebol em particular, deve ser um momento de confraternização entre adeptos de países e de culturas diferentes, mas o hooliganismo teima em contrariar aquilo que deve ser regra.

Mais uma vez, foram hooligans de ambos os países os protagonistas desta cena de violência nas imediações do estádio e pouco antes do início do jogo. Na minha opinião, o hooliganismo é um fenómeno que deve ser erradicado de uma vez por todas do futebol, tal como outros fenómenos negativos como a corrupção.

No entanto e infelizmente, a violência entre adeptos no futebol continua a pairar, protagonizando o lado negativo do desporto-rei (o futebol).

Já no desafio a contar para os 16 avos-de-final da Liga Europa entre o Sporting e o Légia de Varsóvia, os adeptos hooligans do clube polaco provocaram distúrbios em Lisboa, acabando alguns por serem detidos pela PSP.

Concluindo e rematando, esta não foi a primeira vez e infelizmente não deverá ser a última que os adeptos hooligans minam a atmosfera, que se vive antes de um jogo de futebol, com violência.

06
Jun12

Lado B

Bruno Carvalho

Euro 2012 à porta

 


A dois dias de começar o Euro 2012 de futebol, está na altura de fazer as previsões e as expetativas para este campeonato europeu.

Em primeiro lugar, aquelas que eu considero serem as grandes favoritas à vitória final são a Espanha, a Alemanha, a Holanda e a França. Penso que do lote destas quatro equipas sairá o novo campeão europeu de futebol, em termos de seleções. Em circunstâncias normais, poderia incluir neste grupo de favoritos Portugal, Itália e Inglaterra mas os factos ocorridos nos últimos tempos à volta destas três seleções fazem com que eu não as considere favoritas a arrecadar o troféu de campeão da Europa. Passo a explicar:

Os últimos três encontros particulares de Portugal (frente a Polónia, Macedónia e Turquia) não são um bom prenúncio para que a nossa seleção faça um grande Europeu. Claro que há sempre quem pense que os jogos amigáveis não contam para nada e que os jogos a sério é que são a valer, mas, as outras seleções do nosso grupo (Alemanha, Dinamarca e Holanda) têm dado provas, nos últimos particulares, de que estão em melhor forma do que Portugal. No entanto, uma seleção que tem na sua equipa um jogador chamado Cristiano Ronaldo “arrisca-se” a ser campeã da Europa. Estou-me a lembrar do Euro de 1984 em que Michel Platini levou claramente ao colo a seleção francesa à vitória final, pelo que tenho alguma esperança de que Cristiano Ronaldo possa “imitar” a antiga glória francesa e leve Portugal à vitória no Euro 2012.

Quanto à Itália, o novo caso de corrupção que envolveu um dos jogadores que estava em estágio com a seleção (Domenico Criscito) pode afetar psicologicamente, pela negativa, os jogadores da equipa italiana pelo que não incluo a Itália no lote de favoritos.

Por fim, a Inglaterra também não me parece que seja a nova campeã europeia, uma vez que durante o estágio perdeu três peças fundamentais na estrutura da equipa: Gareth Barry, Frank Lampard e Gary Cahill. E os jogadores que foram chamados para os seus lugares (Jagielka, Henderson e Martin Kelly) não dão as mesmas garantias aos ingleses.

Voltando às quatro seleções que considero serem as grandes favoritas, a Espanha é, no meu ponto de vista, aquela que é a mais candidata à vitória final, uma vez que a sua equipa-base é formada na maioria por jogadores do Barcelona e do Real Madrid, que são só as duas melhores equipas do mundo, na minha opinião.

A Alemanha é também uma equipa a ter em conta nesta fase final, visto que é constituída por jogadores que atuam no Bayern de Munique, Borussia de Dortmund e Real Madrid e que já têm uma larga experiência acumulada nestas andanças.

A Holanda apesar de, no meu ver, não ter um coletivo tão forte como a Alemanha tem um conjunto de jogadores como Robben, Van Persie, Sneijder e Huntelaar que podem decidir um jogo a seu favor a qualquer momento.

Por último, a França é também para mim uma das favoritas, apesar de estar num processo de renovação da sua equipa. Jogadores como Ribéry, Benzema e Ménez se estiverem num plano máximo podem levar a equipa gaulesa à vitória final.

Concluindo, Espanha, Alemanha, Holanda e França são os grandes favoritos à vitória final do Euro 2012, mas não coloco de parte que seja uma outra seleção a vencer o Europeu, uma vez que já vimos em outras edições (nomeadamente em 2004) que o rótulo de favorito, por vezes, não conta para nada.

 

 

29
Fev12

Lado B

Bruno Carvalho

A afirmação de Nélson Oliveira

 

O dia de hoje poderá ficar marcado pela estreia de Nélson Oliveira, um avançado de apenas 20 anos que representa actualmente o Benfica, com a camisola da principal selecção portuguesa de futebol (AA), num desafio de carácter amigável que opõe Portugal à Polónia.

Já aqui afirmei que, na minha opinião, Nélson Oliveira será o futuro avançado titular da selecção portuguesa, por toda a evolução que tem mostrado num curto espaço de tempo. Com apenas 7 meses de plantel principal do Benfica, Nélson Oliveira tem surpreendido muitos com os golos que já apontou com a camisola encarnada. No entanto, penso que Nélson Oliveira já merecia ter tido mais tempo de jogo dado por Jorge Jesus, de forma a poder mostrar todo o seu valor. Com isto quero dizer que não é apenas jogando 10 ou 15 minutos por jogo, que um jogador jovem consegue evoluir favoravelmente.

O brilhante mundial de sub-20 no passado Verão, na Colômbia, onde Nélson Oliveira foi considerado o segundo melhor jogador do torneio foi, no meu ponto de vista, o momento decisivo para o jogador natural de Barcelos dar o salto.

A chamada à selecção AA portuguesa é apenas a confirmação daquilo que já era esperado por alguns. Contudo, Nélson Oliveira ainda terá de trabalhar muito para conseguir ser titular numa equipa onde Hugo Almeida e Hélder Postiga levam vantagem, não esquecendo Nuno Gomes que também poderá ser chamado para o Euro 2012 por toda a experiência que possui.

É verdade que muitos podem pensar e dizer que Nélson Oliveira ainda é muito novo para fazer parte do grupo dos 23 que vão à fase final do campeonato da Europa, mas não podemos esquecer que Cristiano Ronaldo foi habitual titular no Euro 2004, com apenas 19 anos.

 

Relativamente à convocatória de Paulo Bento para o jogo com a Polónia, não consigo perceber a ausência persistente de Hugo Viana dos eleitos, um dos melhores médios portugueses do nosso campeonato a par de João Moutinho. Para além de Hugo Viana, também não compreendo a ausência de Quim (um guarda-redes que tem feito excelentes exibições) e a chamada de Eduardo (um guarda-redes que apenas joga para a Taça da Liga).