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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

15
Jun12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Algo para inspirar

 

Perdoem-me se esta semana misturo o basquetebol com o futebol, mas parece-me oportuno para cada um dos lados. Não sendo um conhecedor do desporto rei, há aqui um foco de inspiração que penso ser interessante de referir. Todo o português amante de bola viu os dois falhanços de Cristiano Ronaldo frente à Dinamarca, de um jogador que marcou 60 golos esta época ao serviço do Real Madrid, mas que parece nunca traduzir por completo o seu talento ao serviço da selecção nacional. O que se passará?

A resposta parece estar na própria cabeça do jogador. Pressão do país? Da equipa? Dos media? Dele próprio? Só podemos especular, mas aqui deixo um caso de superação de debilidades de um outro astro desportivo. Lebron James, que esta época se sagrou pela terceira vez MVP da NBA ao serviço dos Miami Heat, já foi noutra ocasião comparado neste blogue a Ronaldo: discutivelmente (muito até, embora seja compreensível), ambos são vistos como os melhores nas suas modalidades, tremendamente dotados do ponto de vista físico e atlético, e, acima de tudo, extremamente trabalhadores pelas suas capacidades (neste ponto até darei alguma vantagem a Ronaldo). E sim, um pouco prima-donas em dados momentos.

Como a maioria que acompanha esta coluna deverá por esta altura já saber, James vai no seu segundo ano a jogar em Miami, após a sua saída controversa de Cleveland. Apesar de ser desprezível o programa de uma hora feito de banalidades que culminaram no final com a revelação da decisão de Lebron (que concordou com o circo mediático possivelmente deliciado com o pacote avançado por uma das marcas que o patrocina), o então também MVP teve uma posição legítima em deixar o clube onde estava, que não teve capacidade para o rodear com os jogadores certos para este alcançar o título, apesar de ter estado sete anos no clube (chegou a haver Carlos Boozer, mas alguém se lembrou que não valia a pena pagar-lhe).

E depois escolheu jogar com Dwayne Wade e Chris Bosh, mas já toda a gente devia saber o contexto por esta altura. O ponto-chave: James, alvo de tanta crítica, bem como o resto da equipa, passou a época enfurecido e usando esse combustível para jogar, e chegar até às Finais, onde a sua equipa tombou perante os Dallas Mavericks. Só que essa fúria culminava com o ponto-chave da crítica do ano anterior: nos jogos grandes, James encolhia-se, e não era MVP para ninguém. Isto fez com que um novo buraco no seu jogo fosse constantemente escrutinado, a falta de eficácia nos 4ºs períodos decisivos de cada jogo.

Este ano, de volta às Finais, empatados a um jogo com os Thunder, James já é mais que completo: faz tudo muitíssimo bem em campo, joga em todas as posições se necessário, e já resolve nos momentos decisivos. E porquê? O próprio já o confessou: a fúria e frustração foram embora e deram lugar à fluidez e capacidade natural para o basquetebol, e, acima de tudo, a paixão pelo jogo que sempre caracterizou James enquanto esteve ao serviço dos Cavaliers. Por isso voltou o prémio de MVP, e se os Heat não ganharem o título este ano não será por causa dos 4ºs períodos de James, que tem dominado estes playoffs como mais ninguém. Só é pena a sua equipa ser tão desfalcada em tanto sítio.

A inspiração fica: não sei até que ponto Ronaldo terá algum problema com a fúria ou críticas, nem me parece que seja o caso, mas interessa que com todas as estrelas vem controvérsia e adversidade. É só uma questão de tempo até essa adversidade assolar os Thunder, cujas expectativas acabaram de chegar ao máximo com o final desta época que se aproxima, e de o público geral se aperceber que Durant também não é nem será perfeito, tão pouco que seja sequer melhor que James. Assim as estrelas, porque o são, acabam por ultrapassar estes períodos, e normalmente, como aconteceu a James, voltam melhor que nunca. Terá sido doloroso ver vezes sem conta os vídeos dos seus piores momentos nos playoffs do ano passado, mas isso parece ter-lhe limpo a alma. E acredito que um jogador como Ronaldo não deixará de fazer algo que lhe surta o mesmo resultado.

                                                          

                         

06
Jun12

Lado B

Bruno Carvalho

Euro 2012 à porta

 


A dois dias de começar o Euro 2012 de futebol, está na altura de fazer as previsões e as expetativas para este campeonato europeu.

Em primeiro lugar, aquelas que eu considero serem as grandes favoritas à vitória final são a Espanha, a Alemanha, a Holanda e a França. Penso que do lote destas quatro equipas sairá o novo campeão europeu de futebol, em termos de seleções. Em circunstâncias normais, poderia incluir neste grupo de favoritos Portugal, Itália e Inglaterra mas os factos ocorridos nos últimos tempos à volta destas três seleções fazem com que eu não as considere favoritas a arrecadar o troféu de campeão da Europa. Passo a explicar:

Os últimos três encontros particulares de Portugal (frente a Polónia, Macedónia e Turquia) não são um bom prenúncio para que a nossa seleção faça um grande Europeu. Claro que há sempre quem pense que os jogos amigáveis não contam para nada e que os jogos a sério é que são a valer, mas, as outras seleções do nosso grupo (Alemanha, Dinamarca e Holanda) têm dado provas, nos últimos particulares, de que estão em melhor forma do que Portugal. No entanto, uma seleção que tem na sua equipa um jogador chamado Cristiano Ronaldo “arrisca-se” a ser campeã da Europa. Estou-me a lembrar do Euro de 1984 em que Michel Platini levou claramente ao colo a seleção francesa à vitória final, pelo que tenho alguma esperança de que Cristiano Ronaldo possa “imitar” a antiga glória francesa e leve Portugal à vitória no Euro 2012.

Quanto à Itália, o novo caso de corrupção que envolveu um dos jogadores que estava em estágio com a seleção (Domenico Criscito) pode afetar psicologicamente, pela negativa, os jogadores da equipa italiana pelo que não incluo a Itália no lote de favoritos.

Por fim, a Inglaterra também não me parece que seja a nova campeã europeia, uma vez que durante o estágio perdeu três peças fundamentais na estrutura da equipa: Gareth Barry, Frank Lampard e Gary Cahill. E os jogadores que foram chamados para os seus lugares (Jagielka, Henderson e Martin Kelly) não dão as mesmas garantias aos ingleses.

Voltando às quatro seleções que considero serem as grandes favoritas, a Espanha é, no meu ponto de vista, aquela que é a mais candidata à vitória final, uma vez que a sua equipa-base é formada na maioria por jogadores do Barcelona e do Real Madrid, que são só as duas melhores equipas do mundo, na minha opinião.

A Alemanha é também uma equipa a ter em conta nesta fase final, visto que é constituída por jogadores que atuam no Bayern de Munique, Borussia de Dortmund e Real Madrid e que já têm uma larga experiência acumulada nestas andanças.

A Holanda apesar de, no meu ver, não ter um coletivo tão forte como a Alemanha tem um conjunto de jogadores como Robben, Van Persie, Sneijder e Huntelaar que podem decidir um jogo a seu favor a qualquer momento.

Por último, a França é também para mim uma das favoritas, apesar de estar num processo de renovação da sua equipa. Jogadores como Ribéry, Benzema e Ménez se estiverem num plano máximo podem levar a equipa gaulesa à vitória final.

Concluindo, Espanha, Alemanha, Holanda e França são os grandes favoritos à vitória final do Euro 2012, mas não coloco de parte que seja uma outra seleção a vencer o Europeu, uma vez que já vimos em outras edições (nomeadamente em 2004) que o rótulo de favorito, por vezes, não conta para nada.

 

 

11
Abr12

Porque a vida também é feita a correr...

João Perfeito

                                 

Cristiano Ronaldo- Uma máquina solucionadora de Problemas

            

 

                     O  Real Madrid venceu o Atlético de Madrid por 4-1 e deu um passo de gigante rumo à recuperação do ceptro espanhol que lhe tem fugido nas pretéritas 3 temporadas.

               Apesar do avolumar do resultado, a diferença entre as duas equipas no jogo de hoje não coincide com o placar final.

               O Atlético de Madrid demonstrou ser uma equipa pressionante e com boa qualidade ofensiva. Já o Real Madrid, sem brilhar, voltou a demonstrar um naipe de jogadas e movimentações colectivas interessantes, mas com pouca incisão finalizadora.

Sendo forte no processo a equipa foi fraca na finalização do mesmo. Com toda a pressão que estava sujeito face aos escassos 4 pontos de vantagem sobre o seu eterno rival, o Real Madrid parecia que ia deixar fugir mais 2 pontos e acender a luta pelo título, a um patamar que muitos já consideravam impossível.

                Mais uma vez o Real Madrid ofuscou as suas debilidades colectivas pela individualidade do futuro melhor jogador da História do futebol (quiçá dos desportos colectivos).

               O Real Madrid voltou a ser Real Ronaldo, com mais 3 golos do internacional português. Os dois primeiros com execuções perfeitas e um efeito histórico que deve ser atualizado nos futuros manuais de futebol.

               Sem precisar de grandes rasgos individuais nem colectivos, Ronaldo desferiu 3 pontapés fulminantes sem hipótese de defesa deixando o prodígio Curtuouis numa posição injustamente ingrata.

               Se toda a individualidade de Messi nasce numa tabela ou numa correria onde apanha a bola já em velocidade, Ronaldo depende 0 da organização colectiva. Recebe a bola, para, corre e golo… Tão simples que até parece fácil.

               Dum lado a genialidade pura do futebol no seu estado de maior transcendência do outro lado um ser humano capaz de solucionar todas as adversidades que lhe colocam pela frente.

                Dum lado um artista e toda a falta de completude que o nutre, do outro lado um ser humano normal que completa todos os parâmetros de jogo…

                  Podemos fugir, mas não podemos ignorar a realidade. Sendo um futebol um jogo, que na sua concepção epistemológica envolve uma luta por uma vitória que se traduz em golos a eficácia é o grande pêndulo criterioso da nossa escolha.

Messi diverte-nos e rualiza o futebol ao patamar mais bonito da história da Humanidade, Ronaldo dá-nos a eficácia no cume da montanha das possibilidades…

                Por isso a rivalidade é a dois mas o destino é só um: Ronaldo melhor jogador da História do futebol Mundial…

 

15
Fev12

Lado B

Bruno Carvalho

“Bombardeiro” Ronaldo afasta-se de Messi na luta pela Bota de Ouro

 

 

O futebolista português Cristiano Ronaldo aumentou a sua vantagem na liderança da Bota de Ouro graças ao “hat-trick puro” (três golos seguidos) conseguido no domingo na vitória do Real Madrid frente ao Levante (4-2), em jogo da Liga Espanhola.

 

Cristiano Ronaldo, actual vencedor do troféu, encontra-se no primeiro lugar do ranking com 54 pontos, mais oito do que o avançado letão do Trans Narva, Aleksandrs Cekulajevs, que já terminou o campeonato.

 

Já Lionel Messi, terceiro classificado e vencedor do galardão em 2010, não conseguiu marcar qualquer golo na derrota do Barcelona em Pamplona, frente ao Osasuna, por 3-2.

 

Também em branco ficou Robin van Persie, avançado do Arsenal, que não conseguiu alvejar com êxito a baliza do Sunderland. O jogador holandês mantém-se assim na quarta posição da tabela, com 44 pontos, menos dois do que Messi. Quanto aos restantes jogadores do “top-10”, de salientar os golos de Antonio Di Natale (Udinese), Burak Yilmaz (Trabzonspor), Mario Gomez (Bayern de Munique) e Wayne Rooney (Manchester United), que subiu ao nono lugar com um total de 34 pontos.

 

Radamel Falcao, antigo avançado do FC Porto, encontra-se na 18ª posição, com 28 pontos, fruto dos 14 golos já marcados na Liga Espanhola com a camisola do Atlético de Madrid.

 

Com este distanciamento de Cristiano Ronaldo na liderança dos melhores goleadores do mundo, o avançado madeirense de 27 anos do Real Madrid arrisca-se a ser novamente eleito Bota de Ouro e Bola de Ouro, e por conseguinte o melhor jogador de futebol do mundo, no início de 2013, na gala da FIFA.

 

Concluindo, os 27 golos marcados por Cristiano Ronaldo ao serviço do Real Madrid em 22 jornadas da Liga Espanhola têm contribuído e muito para que a equipa de José Mourinho tenha já 10 pontos de avanço sobre o Barcelona, para além da quebra de forma da equipa catalã.

 

Será que alguém ainda tem dúvidas de que o Real Madrid vai ser campeão espanhol no fim desta época? Eu não tenho.