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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

05
Abr11

Em Frente

Minuto Zero

Factor Quim


                Uma renovação na baliza encarnada. Sai um guarda-redes experiente, campeão nacional por duas vezes, para se gastar 8.5 milhões de euros num outro. A terceira transferência mais cara da história do clube e uma das maiores a nível de guarda-redes, no panorama mundial. Porquê? Era necessário um guarda-redes que desse pontos…

                Existe dois tipos de jogador em questão. Um primeiro que passe a maioria dos jogos despercebido e que no momento em que é chamado a intervir o faz categoricamente. E, um segundo que tem na irregularidade o seu cartão-de-visita. Alguém capaz de grandes e quase impossíveis defesas, mas que quando menos se espera lá deixa a bola entrar, num falhanço astronómico.

                O primeiro tipo de jogador – Quim – era já um veterano, é certo. No entanto, isso para a posição em questão nunca representou um problema. Pelo menos, não deveria ter representado. Apesar de mal-amado pelos adeptos, foi o guarda-redes que teve presente na conquista de metade dos títulos nacionais conquistados nos últimos vinte anos, pela equipa. Era alguém regular. Sim, por vezes também tinha uma descaída, mas isso era raro. Nunca comprometeu a baliza, ao contrário de quem assumiu as redes encarnadas após a sua saída.

Fonte: slbenfica.planetaportugal.com

 


                Chegou então um novo atleta, o segundo tipo de jogador – Roberto. Espanhol de origem, tido como uma forte promessa das balizas do seu país, desde a sua chegada que foi tendo sobre si os holofotes. E pela quantia a que foi contratado nem de outra forma poderia ser. Todavia, a pressão inicial deve ter sido de tal modo elevada, que nos primeiros meses da época foi responsável por condicionar a equipa na conquista dos objectivos finais. Foram falhanços escandalosos, uns a seguir aos outros. Tremia por todo o lado, tornando-se a defesa do atleta cada vez menos possível.

                A única que até poderia ser utilizada era a questão da idade e da adaptação. Mas, sabendo dessa hipótese, então só se tem de culpar os dirigentes, responsáveis por esta contratação. Dispensar o titular, já histórico no clube, para ir buscar um atleta por uma quantia acima da realidade nacional, tem de ter, desde logo, efeitos imediatos. Não se pode desculpar com o facto de ser uma promessa, um atleta para o futuro, de ter um enorme potencial, etc… É que para essa história já havia o Moreira, que tendo 20 ou 30 anos, será sempre a eterna promessa do Benfica.

                Foi um erro a saída de Quim. Foi um erro de enorme importância na resolução do campeonato. A Roberto está associada a perda de grande parte dos pontos da equipa. E, voltando à questão de ter ou não um guarda-redes que dê pontos, realmente foi o que aconteceu, ou não tivesse o Futebol Clube do Porto ganho uma vantagem pontual confortável, logo no início do campeonato, devido a este jogador, um erro de casting bastante grave.

 

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa

23
Mar11

Em Frente

Minuto Zero
Eleições Cansativas


Finalmente as eleições estão a chegar. Tenho acompanhado a campanha dos diferentes candidatos e neste momento, tal como creio que acontece com estes, sinto um certo desgaste enquanto sócio do clube. Começo a estar farto desta espera, das constantes notícias e contra-notícias, dos constantes actos de difamação.
Ainda bem que é já sábado que – espero eu – seja definitivamente colocado um ponto final nesta crise de liderança. E, sendo sincero, começo a nem querer saber quem sairá vencedor. Se há duas semanas sentia-me inclinado a votar no candidato da Lista C, Bruno de Carvalho e, no decorrer da última semana, tomava o voto neste como um dado adquirido, agora sinto que nem este, nem nenhum outro candidato fez por merecer o meu voto. Senão vejamos:
Bruno de Carvalho foi o único a apresentar um projecto, isso é incontornavelmente claro. No entanto, a campanha “Por um Sporting sem complexos” parece ter entrado numa espiral de arrogância que eu verificava em outras candidaturas. De adepto praticamente anónimo a possível figura central do Universo Leonino parecia ser um passo realista, no entanto torna-se notório que o candidato não tem conseguido lidar com o processo de difamação que se tem deparado sobre si. Apresenta um grande cansaço inerente a todo o acto eleitoral e enquanto favorito das massas, com os holofotes centrados na sua pessoa, tem-se descaído, dando luz a algumas falhas no seu projecto e à perda de votos que tinha assegurado.

fonte: Diário de Notícias
Mas, entre ter falhas no projecto, ou não ter projecto algum venha o diabo e escolha. Dias Ferreira, em virtude dos debates na RTPN e no Jornal Jogo (em conjunto com o DN) tem vindo a ganhar força. No entanto, talvez seja já muito tarde para conseguir ganhar as eleições. Apresentou um director desportivo polémico no início da campanha que o parecia colocar logo de parte na corrida à presidência do clube. Conseguiu voltar à ribalta com a apresentação de um treinador reputado, mas, voltou a perder visibilidade nos órgãos de comunicação social. Regressou agora em força num último pressing demagógico, com o dom da fala que todos lhe reconhecem e com a apresentação de jogadores na próxima quinta-feira.
Por falar em jogadores, Pedro Baltazar parece ter aí o seu grande trunfo à vitória. Adriano, Léon, Drenthe são alguns dos nomes falados pela sua lista em caso de eleição do candidato. No entanto, novamente, tal como o antigo comentador da SIC, não tem apresentado ideias concretas para o clube, preocupando-se mais em atacar os seus rivais. Pior, ao contrário de Dias Ferreira, não tem o dom da palavra (ainda por cima é gago, o que não ajuda nesse ponto) e a gafe relativa a um outro clube terá sido a “morte do artista” para este candidato, que mesmo com a derrota, parece ser um nome importante no futuro do clube em virtude dos seus investimentos neste.
 Falar parece ser também o forte do candidato Abrantes Mendes. É quase um dado certo que não vencerá as eleições. Mesmo assim avançou, fazendo notar que como ele haverá poucos Sportinguistas. Não tem ideias à vista, no entanto é um forte crítico do Projecto Roquette e um conhecedor da realidade do clube. No entanto, apresentar discursos elaborados e honestos não chega e os sócios terão isso em conta.
Por fim, falando em sócios, será o apoio dos mais antigos que dará ainda hipóteses a Godinho Lopes de almejar a sua eleição. Começou por ser o grande favorito, mesmo sendo o candidato da Continuidade (por muito que ele o tende negar). Mesmo assim, para além de juntar em seu torno notáveis do Universo Leonino, acabou por não conseguir realizar uma campanha positiva. Prometia união e, em termos eleitorais, acabou apenas por dar importância a atacar os seus oponentes, nomeadamente Bruno de Carvalho. Medidas foram poucas as que teve em conta, refere 100 milhões de euros, mas fugindo sempre à explicação profunda deste valor. Enfim, tem acabo por ser aniquilado nos diferentes debates e arrogância da sua lista terá igualmente sido responsável pela sua provável derrota.
Não sei quem vencerá. Quem o fizer será com números baixos, sendo neste momento a eleição por maioria uma miragem. Godinho Lopes e Bruno de Carvalho pareciam até agora ir disputar a vitória. No entanto, a estes junta-se agora Dias Ferreira, o grande outsider. As eleições são no sábado e o meu voto irá para…

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa
15
Mar11

Em Frente

Minuto Zero
Conto do Vigário                

                Já se tornou regular escrever sobre as eleições leoninas, mas também não se preocupem que a partir de dia 26 deixo este meu vício. Quer dizer, deixo se o Godinho Lopes não ganhar. E, infelizmente, entre injúrias, actos de difamação, influências nos media, o mais provável é mesmo isso acontecer e, mais uma vez, os Sportinguistas darem um tiro nos seus pés (esperemos que não seja na cabeça).
                O Sporting está mal, blá, blá, blá… Sim, já sabemos. Culpa? Também já sabemos que um tal de Projecto Roquette, que iria tornar o clube grandioso, está na origem dos nossos males. Isso e o trabalho de uns brilhantes gestores, que em perfeita sintonia têm alcançado o sucesso na decadência leonina. Vitória atrás de vitória, mentira atrás de mentira, a verdade é que os Sportinguistas não têm tido a coragem de os expulsar (o medo do “nós ou o abismo” tem sido maior). No entanto, enquanto anteriormente era fácil para este grupo alcançar vitórias folgadas, desta feita a coisa começa a apertar e só através de golpes de baixo nível é que irão eventualmente conseguir os seus objectivos, continuando a rugir para dentro e miando para fora, provocando uma ainda maior divisão entre os associados do clube.
                Dizia um dos seus membros, candidato a maior cambalhota do ano (de candidato da ruptura passar a vice-presidente da continuidade, no curto espaço de dois anos é magnifico) Paulo Pereira Cristóvão, para os Sportinguistas não caírem no Conto do Vigário e nesse capítulo, dou-lhe toda a razão. E por isso mesmo, é que um voto neste senhor e na sua lista não devia ser uma realidade. Mas também, tendo a este senhor sido prometido ficar a cargo da sua empresa a segurança no estádio e na academia (belo tacho), eu também tentaria a todo o custo conseguir os mais de 10% que alcançou nas últimas eleições.
Fonte: blog SportingPorNós
                E pensar que este senhor pregava por uma auditoria externa às contas do Sporting. Compreendo que agora nem disso fala, estaria a ir contra os seus novos amigos. Estaria a ir contra Filipe Nobre Guedes, administrador da Sporting, SAD para a área financeira, que pelos vistos terá acordado tarde para o Sportinguismo (o seu número de sócio assim o dá a entender). Mas isso também Carlos Barbosa, presidente da ACP, que só agora se terá lembrado de tomar parte activa no clube, mas nunca contra os seus amigos (que anteriormente criticava). Mas atenção, esta lista apresenta Rogério Alves, o maior no que toca a falar em frente as câmaras, a demonstrar fervor, a demonstrar que quer sempre o melhor do clube. Quer dizer, só se não perder o seu tacho, que no final de contas é isso que interessa. No entanto, o mais engraçado é que estamos perante uma personagem que tanto já se ouviu criticar os eternos rivais e agora nada disse quando o “seu” chefe, Godinho Lopes, ofendeu um outro candidato a presidente comparando-o com Vale e Azevedo. Mas também, só este senhor poderia fazer tamanha declaração, ou não fosse ele uma pessoa que compreende o que é estar envolvido em casos de corrupção (foi absolvido no caso dos Barcos da Expo por falta de provas). Mas pronto, o que interessa igualmente é que este senhor continua a ter consigo a força dos bancos, de tal forma que até estão presentes na sua lista alguns membros destes. Sem dúvida, grandes Sportinguistas, pessoas que apenas querem o melhor para o clube e que, de forma alguma estão ali para salvaguardar os interesses das suas empresas.
                Mas não esqueci. Ainda temos a dupla que nos fez campeões (jogadores e treinador pouca ou nenhuma importância nesse capítulo tiveram, aliás pelas palavras de Godinho Lopes, até ele com a pasta do Património teve um maior relevo, tão grande que faz sempre questão de o lembrar sempre que possível, omitindo o seu cargo na altura, que curiosamente até era o responsável pela construção do estádio, aquele que não daria dívidas ao clube). Temos então Luís Duque, mito leonino, responsável por trazer os reforços de Inverno que ajudaram a tornar o clube campeão em 1999/2000 (a ele o seu mérito nesse ponto), mas igualmente responsável por trazer um bando de jogadores acabados para o futebol no ano seguinte (as comissões deviam ser boas). De Carlos Freitas nem é preciso falar muito, é só necessário verificar os belíssimos jogadores que foi trazendo ao longo da sua estadia em Alvalade e o lucro que gerou, mas infelizmente a alguns a memória vai falhando.
                Portanto, só sucesso, nada de interesses, o Conto dos Vigaristas… Peço desculpa, do Vigário segue para batalha e o outro é que é difamado por isto ou aquilo. Seria fácil, responder, contra-atacar estes senhores, mas Bruno de Carvalho tem seguido a máxima que “vozes de burro não chegam ao céu”, refugiando-se em fazer o melhor possível para ter um projecto real, longe de eventuais demagogias. Acredito nele e terá o meu voto. Espero, não me vir a desapontar um dia mais tarde com uma cambalhota à Paulo Pereira Cristóvão, mas também é um risco que estou disposto a cumprir. Nem todos entram no clube à procura de um tacho, alguns ainda entram por amor ao clube. Creio ser o caso.

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa
08
Mar11

Em Frente

Minuto Zero
Bruno de Carvalho  
       
                Começa a ser assunto recorrente no meu dia-a-dia as eleições leoninas. Normal, o futuro do clube, mais do que nunca, preocupa-me. Anseio por uma mudança no rumo seguido nos últimos anos, mesmo que isso seja pouco provável de acontecer. Só com um milagre, ou melhor, um conjunto de milagres é que vamos lá. Muitos começam a abrir os olhos, mas ainda falta um longo percurso a percorrer para que o Sporting dê o passo em frente.
Fonte: Blog Sporting-sempre
                Sou sincero, estou bastante inclinado a dar à candidatura de Bruno de Carvalho o meu voto. É o único candidato com um verdadeiro projecto, é um candidato sem grandes ligações ao passado do clube (é Vice-Presidente do Hóquei em Patins, modalidade autónoma da direcção). No entanto, a sua candidatura é olhada com bastante desconfiança. Augusto Inácio, último campeão português no clube, causa alguma polaridade de opiniões. A máquina comunicacional por detrás da candidatura não é das melhores. E, acima de tudo, a sua posição, para mim correctíssima diga-se, no que diz respeito a uma auditoria externa tem provocado de tal forma uma dor de cabeça à apelidada continuidade, que até já houve o avançar por parte do clube em si, de uma acção judicial contra o candidato.
                A candidatura “Por um Sporting sem complexos” necessitava portanto de um milagre para começar a circular como verdadeira hipótese a considerar nas próximas eleições de 26 de Março. E esse milagre começou a ganhar forma no debate eleitoral promovido pelo canal SIC Notícias. No meio de todos aqueles que combatem uma mudança no clube, foi esta a candidatura que conseguiu impor-se, assumindo assim a posição que Dias Ferreira tinha de grande candidato contra Godinho Lopes. Soube apresentar o seu projecto, e em momentos específicos soube atacar devidamente a candidatura da verdadeira continuidade.
                Mas essa seria só a primeira parte do milagre. A partir do debate começou a desenrolar-se um verdadeiro efeito de bola de neve. Bruno de Carvalho cresce dia-a-dia, surpreendentemente. Segunda-feira foi dia de Eduardo Barroso, confesso apoiante da continuidade até então assumir o seu apoio ao candidato, num movimento que poderá ter mais importância do que a aparente. Terça-feira, o candidato tem a sua primeira capa de jornal, mesmo que seja a par de Godinho Lopes. E, notícia das notícias, aparece como bem colocado na intenção de voto leonina.
                Amanhã será dia de apresentação da lista, por volta das 19 horas, em Alvaláxia, na sua sede de campanha. Ficaram prometidas grandes surpresas, nomeadamente no que a apoio notório diz respeito. Para outro dia ficará ainda a apresentação dos seus investidores, recordando que o candidato apresenta um fundo de 50 milhões de euros, e ainda a apresentação do seu treinador e eventuais reforços (uma medida populista, sem dúvida, mas infelizmente aí se pode ganhar uma eleição).
                Engraçado de ver, que desesperadamente, quem apoia a continuidade perde a cada dia que passa maior poder de contra-argumentação, restringindo-se neste momento à idade do candidato, à sua falta de experiência. Engraçado também que esse argumento é esquecido se quiserem recordar Pinto da Costa ou Joan Laporta, por exemplo. A mudança provoca de tal forma um temor tão grande que a tudo se agarram, começando aos poucos a cair na realidade. É triste, mas a realidade é que perante tamanha evidência, começa a construir-se uma luta geracional no clube e, seja qual for o vencedor, o período pós-eleitoral será bastante complicado de gerir, ou não se fosse viver uma paz precária. 

by Jorge Sousa
01
Mar11

Em Frente

Minuto Zero
Cartas de Amor



O Dia dos Namorados já vai longe, mas ainda ontem os sócios do Sporting receberam mais uma carta de amor eleitoral. A velha namorada continuidade parece não desistir de tentar conquistar quem já tanto enganou. E, por muito que já tenho ouvido a sua fraudulenta cantiga, jamais me cativará. Pelo menos a mim, o que também não interessa muito, uma vez que os associados mais antigos (e com mais poder de voto), já foram levados por este canto da sereia novamente.


Custa perceber. É difícil e, por vezes, parece-me mesmo que são os próprios Sportinguistas que não querem alterar o rumo destrutivo que o clube tem seguido. A continuidade está bem identificada, o período de ruína também, no entanto muitos preferem assobiar para o lado como se nada fosse e como se isso não interessa-se. Não temos património, equipa de futebol competitiva, finanças salvaguardadas, mas para alguns “não passa nada”. Mas o pior, é que fora do círculo leonino, há quem consiga ver o mal que com esta candidatura advém. Ainda ontem, ouvia Manuel Serrão, portista, a referir que a eleição de Godinho Lopes era o melhor que poderia acontecer ao seu clube, o que, curiosamente, vai de encontro ao que Rui Moreira dizia nas eleições anteriores sobre Bettencourt. Nada que surpreenda, pois apenas é uma constatação de factos, mas dizer isso a determinados associados leoninos rapidamente levaria ao insulto fácil da sua parte.


A minha esperança é que mais sigam a linha de Eduardo Barroso, antigo apoiante confesso da linhagem, que agora assume uma posição de renovação dos órgãos sociais do clube. Mas para tal acontecer, a oposição não pode estar dividida em quatro ou mais listas (não conto com Dias Ferreira, que tendo estado lá dentro, para mim é uma continuidade disfarçada e com Pedro Baltazar, antigo accionista da SAD, pela mão da Nova Expressão). É Bruno de Carvalho, é Zeferino Boal, é Abrantes Mendes, é João Rocha Jr., nomes não faltam. A maioria até pode ser uma incógnita, mas sem ser Abrantes Mendes é tudo figuras refrescantes, nomeadamente o primeiro candidato, que segue para batalha com Augusto Inácio, último campeão português no clube.

fonte: 4bp blogspot
Todos nos têm enviado as suas cartas, umas mais emotivas, outras mais racionais. Agora, eu não sei do que é que a maioria é capaz, mas sei o que uns já fizerem. E assim, entre escolher a namorada traiçoeira, ou a rapariga nova creio que a minha escolha se torna óbvia. Ainda por cima em pleno Carnaval, onde tantas máscaras circulam e a palhaçada é constante. São favoritos, quase de certeza irão ganhar, mas o seu disfarce há muito já caiu, faltando agora a certos indivíduos conseguir escapar ao seu encanto e tentar reconstruir o Sporting Clube de Portugal.



Saudações Leoninas,


by Jorge Sousa


22
Fev11

Em Frente

Minuto Zero
                Ping-Pong
 
               Não digo que fartei. Nunca o farei e se alguma dia tal coisa tiver perto de acontecer é porque algo está muito mal comigo. No entanto, claro que é desgastante, claro que é preciso saber sofrer. Claro… Portanto, em vez de me estar por aqui a lamentar vou adoptar uma personagem bem conhecida de Herman José: um tal de José Severino, ou pelo menos uma coisa parecida.
fonte: blog comunidadevirtualdeopp
                Pois, “eu é mais bolos”, dizia ele. Bem, não é bem bolos, mas no meu caso uma coisa parece clara, futebol não é certamente. Não ganho, vejo violência gratuita, saio deprimido do estádio, enfim… Talvez pingue-pongue. “Eu é mais ténis de mesa”. Que tal? Sob risco de estar a ser injusto, parece-me que pouca gente dá grande atenção a essa modalidade. Quer dizer, toda a gente joga, mas certamente que ninguém sabe quem é o Messi, o Cristiano Ronaldo desse belo desporto. Pelo menos, eu na minha ignorância não sei.
                “Então, viste ontem o jogo?”. A partir de agora será isso que vou fazer quando me perguntarem tal coisa – “eu é mais ténis de mesa… e pesca desportiva, também vejo pesca desportiva”. Quem leva a mal? Eu é que ficarei bem chateado quando as pessoas não souberem como ficou o Ponte do Pargo ou outra dessas grandes equipas. Há tantos adeptos que só se lembram que são de x ou y quando estão a ganhar, portanto será sempre uma bela forma de também eu fugir a temas indesejados quando me apetecer.
                Não me tenho de chatear e acaba por ser uma bela maneira de ir aprendendo algo sobre uma modalidade diferente. Para já, posso dizer que após cinco minutos de exaustiva pesquisa na internet, já sei que o Zidane desta actividade era um sueco e que o actual campeão do mundo é um chinês. O que até parece chato, uma vez que este país conta ainda com os campeões do sector feminino e de dupla feminina, masculina e mista. Mas pronto, eu que pensava que o maior campeão de todos os tempos até tinha sido o Forrest Gump, já sei mais do que muita gente sobre este meu novo passatempo.
                E, estando eu aqui de boa vontade, querendo sempre promover um tão belo desporto, convido mesmo as pessoas, assim que possível, a assistirem a um jogo de ténis de mesa. Digam-me quando o fizerem para podermos trocar ideias sobre ele. Mas primeiro deixem-me ver em que situações há fora-de-jogo na modalidade, ou de que outra forma o árbitro pode prejudicar quem eu apoio. O que não quer dizer que aconteça sempre. Nunca sei quando tal coisa se verificará e portanto é melhor estar atento, que isto de jogos de bastidores no pingue-pongue deve ser uma clara realidade.

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa
16
Fev11

Em frente

Minuto Zero
Aqui vamos nós…


“Somos Campeões rugindo no vento, seguindo a bola a todo o momento, vamos ganhar, poder é crer”. Pois bem, é já para a semana que se realiza o primeiro de dois encontros entre os eternos rivais da 2ª circular. Trata-se de um jogo que parece nada resolver nas contas do campeonato; o Benfica com o segundo lugar confirmado, o Sporting resignado a uma época miserável e em período pré-eleitoral. Mesmo assim, para muitos adeptos encarnados poderá proporcionar um abrir de olhos definitivo no sonho utópico que os leva a considerar a hipótese do Futebol Clube do Porto perder onze pontos em dez jornadas, quando nas restantes vinte perdeu apenas quatro.
fonte: Sporting por Nós

Curioso, para mim este jogo poderá proporcionar-me a primeira vitória em casa contra os eternos rivais. E já está na altura; Estive até agora presente em cinco destes jogos: dois empates e três derrotas. Sofri oito golos, apenas festejei por duas vezes. Parece maldição, falho jogos míticos onde em 20 minutos a equipa faz cinco golos, para depois apanhar jogos da Taça da Liga onde, aos quatro minutos já está um jogador (mal) expulso, e no final apanho quatro. Enfim, vou novamente estar no estádio, vou novamente acreditar. E espero, vou finalmente ganhar. Favoritos?


Bem, neste derby não acredito que algum clube parte em clara vantagem. Sim, o Benfica está a atravessar um bom momento, o Sporting está nas ruas da amargura (já sabemos, não é preciso estar constantemente a referir isso…), mas mesmo assim, acredito que se possa vir a desenrolar um encontro ao nível do Sporting vs. Porto desta época. Também nessa altura, após golear os encarnados no Dragão todos pensavam que em Alvalade seriam favas contadas. Que faziam isto e acontecia aquilo. No entanto, o certo é que a equipa leonina apresentou-se a um bom nível e, por pouco, não provocou maiores dissabores aos pupilos de Villas-Boas.
Ainda para mais, jogamos em casa! E, neste momento bem que os adeptos merecem, por mais pequena que seja, uma alegria. Não fico satisfeito com vitórias morais, nem tão pouco ficarei após conquistar estes três pontos. Claro, desanuvia um pouco o ambiente em Alvalade, mas não dá para ficar alegre. Isso deixarei para outros tempos quando a glória voltar a sorrir, quando a equipa voltar a estabilizar.
Bem, por fim, estando o lado racional algo reticente em relação a este encontro, o lado irracional só pensa na vitória e, portanto, só me resta dizer “Em Frente, vamos ganhar, vamos vencer”.

Saudações Leoninas,
by Jorge Sousa





08
Fev11

Em Frente

Minuto Zero
                O morto não saiu à rua, mas está na televisão.

                Abalado, falido, destruído, ou ainda como muitos desejam e gostavam de poder dizer, morto. Tantas são as formas como o Sporting Clube de Portugal tem vindo a ser caracterizado pelos seus rivais e mesmo pelos seus adeptos. Não sou palerma como o Costinha em considerar que são somente os vários factores extra-futebol que condicionam o clube e que o tem vindo a reduzir, nem sou palerma ao ponto de também pensar que estes não existem – o contrário, só se tivesse uma visão muita positiva do futebol, ou então se fosse cego. Infelizmente pela primeira, felizmente pela segunda, não é o meu caso. Todavia, não apresentando uma visão muito optimista, também não acredito só em coisas negativas no meu clube actualmente.
                Do modo que estamos, ou que pelo menos nos querem fazer estar, é inacreditável o tempo de antena que tivemos nesta última semana. Candidatos. Directores. Jogadores. Enfim, houve tempo suficiente para que todos, mesmo os adeptos de outros clubes, conhecem mais um pouco do clube, ou melhor, da realidade do clube e do que se segue. Vamos enumerar?
                O candidato José Bráz da Silva com a sua participação no Jornal Nacional foi o primeiro a entrar em cena. E, pelo que deu para perceber, entre outras medidas, pretende criar um fundo à margem do actual plantel, provavelmente através de dinheiro angolano (faz lembrar algum outro clube?). No entanto, só isso não chegou para saciar os Sportinguistas (culpas no cartório também para o jornalista que conduziu a entrevista, que nem um raciocínio permitia que fosse finalizado) e, portanto, lá tivemos direito a prolongamento noutro canal, desta feita com Fernando Correia a realizar as questões.
                Segue-se Bruno de Carvalho, outro candidato, que teve direito a que a sua candidatura tivesse honras de ser apresentada em directo. Novamente um fundo, desta feita, com mais 92 medidas a completar o seu programa. E, curiosamente, tudo parece apontar que Zé Eduardo, que certamente conhecem aquando da elaboração de um projecto para o futebol leonino (igualmente com direito a tempo de antena, há bem pouco tempo), fará parte desta lista, ou não houvessem bastantes parecenças em alguns pontos entre ambos.
                Pelo meio, Couceiro e Liedson ainda tiveram o seu tempo televisivo, um para tentar esclarecer o que não dá para o fazer, outro para puxar pelas lágrimas de uma plateia que durante quase oito anos ele fez vibrar.
                Por fim, Costinha, que à bela moda do clube, veio lavar roupa em directo para quem o quisesse ouvir. E, curiosamente, acaba com essas declarações por fazer capa em dois dos principais desportivos de Portugal.
                Portanto, só me resta pensar que se deve estar a cometer uma grande injustiça com o espaço leonino atribuído pela comunicação social. Quer dizer, assim sendo é um exagero, certo? Há até quem já não nos considere um dos três principais clubes do país, vejam só! Ou isso, ou como me foi dito na Liga Portuguesa de Futebol, nenhum dos grandes alguma vez acabará. E, portanto, aquela conversa do coitadinho para aqui, diminuído para ali deveria deixar de fazer sentido. Pelo menos na cabeça do Sportinguistas; estando na hora de mudar, de melhor gerir para ganhar. Só assim problemas financeiros são esquecidos e só assim podemos pensar em voltar a crescer. Adeus à hipocrisia de considerar o clube morto, longe com quem mal quer ao clube, que sinceramente aqui não são precisos.

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa
01
Fev11

Em Frente

Minuto Zero
Quem conhece Peyroteo?

                No futebol português vai-se rapidamente dos oito aos oitenta. Actualmente a selecção nacional é reconhecida mundialmente como nunca o tinha sido. Nas últimas duas décadas, brindámos ao mundo com talentos como Luís Figo e Cristiano Ronaldo. Tivemos equipas de excelência como o caso do Futebol Clube do Porto de Mourinho. E, claro, campanhas únicas da selecção como a do Euro’04 e Mundial’06. No entanto, segundo a lógica da maioria o futebol português resume-se a estes tempos e a Eusébio nos anos 60. E o resto? Conhecem Peyroteo?
                Confesso que me faz bastante confusão o tratamento que tal assunto obtém junto da comunicação social e dos próprios portugueses. Eusébio tem o reconhecimento devido, nem tão pouco eu cairia no ridículo de pelos dados da sua carreira não o considerar um dos melhores jogadores que vestiu a camisola das quinas. No entanto, como é o meu caso, também todos aqueles que afirmam sem qualquer dúvida se tratar do melhor jogador nacional de sempre, terão no máximo assistido (e em gravação) a umas cinco exibições da figura em conta. Não critico, mas coloco em causa. E, mais uma vez, não o faço por não acreditar que por ventura até seja o melhor, mas não o sei. É o que me é vendido todos os dias na comunicação social, parecendo que antes do jogador encarnado não havia futebol em Portugal e que só até bem pouco tempo atrás é que voltou a existir. E o resto? Conhecem Peyroteo?
Fonte: BigSoccer

                Temos vários grandes nomes muitas vezes remetidos para um segundo plano no nosso futebol. Todos sabem quem é Eusébio, não é preciso estar sempre a recordar. Para um maior engrandecimento da modalidade em Portugal é triste não se lembrar antes mais vezes os heróis de Viena, a equipa do Benfica que alcançou a final europeia de 1988 em Estugarda, a equipa leonina que em 1974 em vésperas de revolução portuguesa caiu aos pés do Magdeburg na Taça das Taças e que contava com um excelente grupo (que aliás, conquistou a dobradinha em Portugal). E, claro, os primeiros tetracampeões nacionais, que em oito campeonatos venceram por sete vezes, contanto entre 1946 e 1949 com a mais bela sinfonia de cinco violinos únicos do futebol português.
                Eusébio, mais uma vez, foi alvo de homenagem a semana passada. Em contrapartida, estes vão sendo esquecidos ao longo dos tempos. Sabem quem é Peyroteo? Pois bem, é o maior goleador da história do futebol nacional. Nunca o vi a jogar, mas apoio-me em dados, tantas vezes lembrados para recordar uns, tantas vezes omitidos e negados para elevar outros. Não o digo a quente, apenas analiso. Em 432 jogos, 694 golos, em 20 internacionalizações, 14 tentos (melhor média na selecção). Seis vezes o melhor marcador do campeonato nacional, a melhor média de golos num campeonato a nível mundial (mais de 1,6 golos por jogo). Recorde de golos num só jogo na nossa liga (nove contra o Leça), de golos consecutivos num só encontro (cinco ao Guimarães), e é ainda o jogador que mais golos marcou ao Benfica (64 em 55 jogos) e ao Porto (33 em 32 jogos).
                E como Peyroteo há muitos mais, sejam do Sporting, do Benfica, do Porto, ou do Belenenses como é o caso de Matateu. O nosso futebol é único, é vasto, não tentem diminuir quando não é justo fazê-lo. Façam galas! Mas, se não estiver a pedir muito, variem. Não tem e não deve ser sempre sobre os mesmos. Quem leu esta crónica, já sabe um pouco mais sobre um dos melhores (para mim, não há um melhor, isso é parvo e acaba por desvalorizar outros tão bons como tal). E o resto? Podiam dar-nos umas luzes, em vez de vangloriar os mesmos de sempre.

Saudações Leoninas,
by Jorge Sousa
                 
25
Jan11

Em Frente

Minuto Zero
                Pebolim Português

                Passavam quinze minutos das oito da noite nesta última segunda-feira, quando eu me sentei no sofá da sala para assistir a uma partida de futebol. Vinha na programação que a essa hora se iniciava um jogo correspondente ao Campeonato Português, no entanto, mal começou a emissão deparei-me com uma encontro entre uma equipa europeia e uma equipa sul-americana. De imediato, aqui entre nós, pensei que talvez estivesse perante uma nova competição no calendário desportivo. Mas seria possível? Quer dizer, a existência de uma liga europeia que reúna as melhores equipas do Velho Continente é tida como uma hipótese permanente. Agora, uma competição que junte clubes europeus e sul-americanos já é algo que creio ser demasiado optimista, não acham?
                O jogo colocava frente-a-frente o Sporting Clube de Portugal, a tal equipa europeia, e o Sport Clube Marítimo, uma equipa que suponho ser ali para os lados de Ceará, mesmo juntinho à fronteira do estado do Maranhão. Mesmo assim, gostei de ver que não só de jogadores brasileiros se constituía o onze dessa equipa, pois para além dos sete naturais desse país, ainda se juntava à festa um Francês, um Cabo-Verdiano, um Angolano e um Senegalês. Todavia, sendo o jogo disputado em território nacional, creio que não havia problema nenhum em terem colocado em campo um português, nem que tivesse este começado no banco. Sempre creio que a malta na bancada iria gostar mais do que ter visto mais dois Brasileiros e um Cabo-Verdiano a entrarem no decorrer da partida, como acabou por acontecer.
Fonte: Blog FutebolSambaeCarnaval

                E neste ponto creio que o treinador Pedro Martins (um verdadeiro estrangeiro neste clube) esteve mal. Quer dizer, eu pelo menos ouvi dizer que ele tinha dois portugueses convocados. Não podia ter colocado um em campo? O povo português acho que agradecia; mas também não vou bater muito na cabeça deste senhor, pois isto de ver jogadores nacionais em campo não pode ser todos os dias. Ainda para mais, sabendo que a outra equipa iria entrar em loucuras e, ao longo do jogo, colocar oito portugueses em campo. Vejam bem esses glutões, que exagerados… Já o Rio Ave – uma equipa portuguesa, caso não conheçam - tem a mesma mania.
                Os de Alvalade já usaram 13 portugueses nesta época e, em Vila do Conde, outros 15. Se querem que lhes diga, acho que só fazem isso para chatear os outros clubes e estragar as médias desta competição que se quer tão extravagantemente estrangeira. E nesse capítulo, tendo até agora utilizado três portugueses, sem dúvida alguma, o tal clube de Ceará tem mostrado como é. Aliás, quer se queira quer não, só estão a seguir o exemplo de uma das maiores potências mundiais, o Real Madrid. No entanto, também esses são algo exagerados ao colocar Pepe, Carvalho e Ronaldo no onze titular. Isto tem de haver limites e quantos menos jogadores portugueses houver melhor! E ainda querem os outros apostar na academia. Ridículos…
                Agora, tendo em conta o pretendido com este campeonato, creio que uma mudança de nome aplicava-se. Quem sabe, talvez “Campeonato para todos os jogadores, mas mesmo todos, do Brasil à China, dos Estados Unidos ao Qatar, a não ser que sejam portugueses e nesse caso, desculpem, mas não”. Acho que se devia ponderar essa mudança, tal como acho que os comentadores deveriam ser alvo de formação. Isto de chamar ao goleiro “guarda-redes” é inadmissível. Quero ver mais respeito pelo futebol, mais time como a do Marítimo e com a torcida sempre presente. E já agora nos festejos após o gol não ficava mal um pouco de samba. A ver se os portugueses aprendem, pelo menos, essa bela dança, que futebol não dá.

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa