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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

15
Jun11

Em Frente

Minuto Zero

O nosso destino é descer…

 

     … E em boa parte dos casos acabar. Pois bem, como Figueirense uma das coisas que sempre se comentou quanto à Naval foi que após subir de divisão, uma eventual descida, representaria o provável fim do clube centenário. E creio eu que este pensamento não será só próprio dos adeptos do clube local, havendo inúmeros casos idênticos por esse país fora.

 

     A Naval não é um clube dos seus associados. Há muito que não é. A Naval é um ponto central tendo em conta a busca de interesses complexos por parte de quem a dirige. Toda a gente sabe que no clube quem manda, investe e controla é Aprígio Santos. É este que sem nunca contratar grandes estrelas foi usando o clube para se elevar, não se preocupando com a contracção de dívidas fatais por parte do emblema. Agora, bem, agora já são salários em atraso, dificuldades em construir uma equipa a tempo de inscrever na Liga, etc…

 

     Em Portugal, facilmente se constata que existem três grandes clubes que aconteça o que acontecer têm o seu lugar demasiado bem definido no panorama nacional de forma que, mesmo nas ruas da amargura a nível financeiro, se mantêm activos, tal o seu tamanho, poderio e apoiantes. Depois existem determinados clubes que aparentemente alcançaram um estatudo privilegiado – Braga e Guimarães – mas que não têm esse como certeza (veja-se o Belenenses e o Boavista). Existem ainda clubes que têm vindo a alcançar uma certa tranquilidade financeira – Rio Ave e Nacional – e, claro, todos os restantes clubes que lutam num permanente mata-mata financeiro. O próprio Marítimo, clube com quota-parte de importância alcançada, atravessa dificuldades. Leiria, Académica, Beira-Mar, históricos do futebol nacional, choram a maldita hora em que sonharam ter um estádio no Europeu. Vitória de Setúbal não passa de um clube moribundo que ano após ano vai sobrevivendo e os restantes – clubes como a Naval, Olhanense – vivem o presente, sendo que a exemplos passados, o mais certo é depois de alcançarem a primeira divisão, descerem a pico endividados e sem que ninguém lhes pegue.

 

     O Futebol Português necessita de uma forte reestruturação. Se constantemente aparece um Varzim, um Leça, um Alverca, um Salgueiros, um Campomaiorense, porque não tentar de uma vez por todas congelar a situação. Estádios vazios, subsídios utilizados para no futuro caírem por terra. Enfim, não sou eu que tenho de formular resoluções. Está na hora de quem de devido direito torne o nosso futebol, a nossa liga de onde saem Cristiano Ronaldo, Figo, Mourinho, etc. … algo vantajoso a todos e não só a meia dúzia de empresários.

 

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa