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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

01
Mai11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Introdução ao Mundo do Rugby

 

Para tema de abertura deste espaço semanal, gostaria de abordar alguns aspectos referentes ao mundo do rugby. E gostaria de faze-lo por duas razões, primeiro porque creio que a grande maioria das pessoas desconhece a modalidade, sabendo apenas que tem uma bola “estranha” e que só se pode passar para trás (e a culpa não é obviamente de quem não sabe mas sim de quem tendo o poder e o dever de divulgar a modalidade não o faz, mas isto são outros assuntos para mais tarde), e segundo porque não faria sentido semanalmente abordar a modalidade sem primeiro a introduzir a todos vós.

Abordados os motivos desta crónica, vamos agora perceber o que é o rugby.

Não pretendo fazer aqui explicações com cariz histórico (para isso serve a Wikipedia), apenas que o rugby surgiu na Inglaterra, mais concretamente na cidade que mais tarde veio a dar nome à modalidade, em 1823, pela mão (alegadamente) de um senhor chamado William Webb Ellis, a quem, por ser o pioneiro da modalidade, se decidiu homenagear dando o seu nome ao Campeonato do Mundo de Rugby ou Rugby World Cup, ou ainda William Webb Ellis Cup.

O facto de, em pleno século XIX, a Inglaterra ser ainda uma potência colonial explica o porque de o jogo se ter tornado tão popular, nas então colónias inglesas Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.

O rugby nasceu ligado ao futebol, mas cedo ganhou popularidade e vida própria, tanta popularidade que diversas variantes foram surgindo. A variante – rainha, mais popular a nível mundial e sobre a qual principalmente irão incidir esta crónicas é o Rugby Union, jogado com 15 jogadores. Existem ainda o Rugby League, que se joga com 13 jogadores, a variante de Sevens (com sete jogadores, e que será modalidade olímpica em 2016 no Rio de Janeiro). E existem ainda outras variantes com pouca expressão como o rugby de praia ou o Touch Rugby (ou em português “Bitoque”). 

Tal como disse, estas crónicas irão incidir sobretudo na variante que mais popularidade tem tanto no hemisfério Norte como no Sul, a variante de XV.

Assim, as equipas dividem se num campo com (aproximadamente) as mesmas medidas de um campo de futebol (mais as áreas de ensaio). Cada XV, é composto por oito avançados e 7 defesas (também chamados de “Três Quartos” por se dispersarem por grande parte do campo). No pack avançado existem 3 linhas de jogadores, a 1ª linha com dois pilares e um talonador, a 2ª linha com dois saltadores e a 3ª linha com dois asas e uma posição denominada “número 8”. Os sete defesas compõem se da seguinte forma, dois médios, um de formação e um de abertura, dois médio – centro, dois pontas e um arriere, ou “número 15”. Como tudo isto não é fácil de compreender, e como pode ainda ficar muito mais complexo, vou deixar para uma próxima crónica a explicação das funções de cada jogador.  

O jogo tem duas partes de 40 minutos, e joga-se continuamente sem paragens (em caso de lesão o jogador pode ser assistido no campo com o jogo a decorrer, apenas jogadores da 1ª linha quando lesionados motivam a paragem do jogo), o objectivo primordial do jogo é marcar o maior número possível de pontos e tentar não sofrer. Para pontuar existem três maneiras, com um ensaio, ou seja entrando com a bola na área de ensaio adversária e tocando com ela no chão, valendo isto 5 pontos e seguindo-se um pontapé de conversão aos postes que pode valer 2 pontos adicionais, através de um chuto aos postes fruto de uma penalidade a sancionar uma falta, que vale 3 pontos, ou ainda efectuando um drop – kick, ou seja um jogador que, através de um pontapé, faça a bola passar entre os postes, valendo também 3 pontos.

         Vale ainda informar que com as mãos a bola só pode ser passada para trás, os jogadores devem sempre estar atrás do colega que lhe antecede de modo a poder receber a bola, a progressão no campo faz-se de duas maneiras, ou através de pontapés ou através de passes para trás correndo com a bola antes de a passar.

       

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