Porque a vida também é feita a correr...
Maratonas amordaçadas
Ao longo do presente mês de Abril, Jéssica Augusto e Dulce Félix fizeram correspondentemente a segunda e quarta melhor marca portuguesa de todos os tempos na Maratona. Poderá ser esta uma aposta de futuro para duas das melhores fundistas lusas?
Num futuro próximo não me parece... Parece-me, sim, o segredo mais bem guardado do fundo feminino europeu. As portuguesas, há muito que estão só na hegemonia do cross europeu, na pista correspondem igualmente com medalhas. Contudo, parece que a nível mundial, face ao poderio africano a margem de manobra é escassa.
Por essa razão, restam apenas os 3000 obstáculos e sendo, Jéssica Augusto a melhor especialista europeia de corta-mato, não estará ela a desviar atenções, para aparecer nos Mundiais deste ano nos 10000 à procura duma grande marca e no ano seguinte na sua última oportunidade olímpica lutar por uma medalha tal como Sara Moreira. Sara Moreira não embarca já na Maratona devido à sua velocidade base e à sua tenra idade. Quanto a Dulce Félix, que tentou a Maratona antes dos Europeus para desviar atenções, tentará ela ganhar resistância para aparecer fulgurante nos 10000 em Londres. A portuguesa desistiu da Maratona em Novmenbro passado e depois foi brilhantemente 3ª classificada no europeu de cross transacto, espantando tudo e todos.
Numa açtura em que o fundo nacional e europeu estão em crise, não será está uma amardinha nacional para os olímpicos de Londres? Se Marta Dominguéz é campeã, porque não Portugal regressar ao estatuto gloriosamente alcançado por Rosa Mota e Fernanda Ribeiro. E, se Fernanda Ribeiro acabou com 10 anos de invencibilidade duma atleta chinesa, as africanas não teram um dia menos mau?
Esta é a crença. Esta é a luz ao fundo do túnel para tentar relançar o fundo nacional.
Agora resta treinar e sofrer, sofrer, sofrer.
By João Perfeito