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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

12
Abr11

Em Frente

Jorge Sousa

Rui Patrício

  

                  O jovem guarda-redes português começa a dar mostras de estar muito rapidamente a tornar-se num dos melhores guarda-redes a nível mundial. Patrício, mal amado em Alvalade sem explicação racional à vista (o tribunal leonino por vezes tem destas coisas), tem sido um dos únicos pontos positivos do Sporting versão 2010/2011. No meio de tanta intranquilidade gerada em torno da equipa, no momento da verdade tem sido este a aparecer, à imagem do último jogo contra a Académica, com intervenções no limite, impróprias para cardíacos.

 

 

 

               

                 Os adeptos não sabem ao certo valorizar aquilo que têm, muito à imagem do que aconteceu, por exemplo, com Nani. Sim, o jogador já errou (este ano aponto o golo sofrido contra o Beira-Mar e um dos golos sofridos em casa contra o Paços de Ferreira como as suas falhas mais marcantes). Todavia, foram casos tão isolados, que em comparação com os golos certo de que nos salvou, parecem insignificantes. É um guarda-redes que dá pontos à equipa, sendo assim necessário enaltecer quem o lançou (mesmo que talvez o tenha feito demasiado cedo), acabando por demonstrar que não é necessário gastar fortunas em negócios de risco, para alcançar qualidade entre os postes. Apostar na casa também dá resultados, ficando assim no ar uma crítica a outros clubes designados de grandes, que com meios válidos, raramente apresentam um jogador da sua formação como parte efectiva da equipa principal, desvalorizando o futebol nacional ao fazê-lo.

                Agora, caso se comprove o interesse dos maiores clubes europeus no jovem guarda-redes de 23 anos, o que deve ser feito? Vender e obter assim um valor considerável, talvez mesmo um dos mais dispendiosos do mercado internacional a nível da posição? Ou fazer de Rui Patrício uma figura emblemática do clube, como já não existe nos dias correntes no clube? Sou sincero, a minha resposta teria sempre de ser bipolarizada. Como sócio do Sporting pretendia ver a figura de Vítor Damas tornada uma realidade no século XXI, querendo que o guarda-redes permaneça toda a sua carreira com o leão ao peito, mas tal não vai acontecer. Rui Patrício sairá do Sporting, provavelmente já na próxima época, tornando-se a curto trecho o titular indiscutível da selecção e de uma equipa com melhores meios que qualquer clube português pode neste momento almejar. E, no ponto de vista do atleta, é o melhor que lhe pode acontecer, sob risco de estagnar no campeonato nacional, que para o potencial que apresenta começa a tornar-se limitado.

                Pela sua qualidade, Patrício merece mais que jogar semanalmente contra equipas como a Naval, Portimonense e Olhanense (sem desrespeito por estas). A sua qualidade torna-o num jogador válido para disputar uma liga Italiana, Espanhola ou Inglesa e, essa realidade que está para breve, fará aqueles que tanto o assobiaram e que tanto duvidaram dele, os primeiros a chorar a sua saída, percebendo todos os Sportinguistas, que substituir este guarda-redes será uma tarefa de difícil resolução.

 

Saudações Leoninas,

 

by Jorge Sousa

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