19
Fev11
Dois mundos
Minuto Zero
Pode parecer estranha a comparação que proponho, mas vejo nela alguma utilidade: Bastante doente, decidi passar a tarde a ver televisão, até porque a gripe pouco mais me deixou fazer.
Fonte: Nba.com |
Comecei por ver a repetição do Rookie Challenge do All-Star game da NBA. Grande "show" bem ao estilo dos desportos norte-americanos. No final apenas a injustiça de John Wall ter levado para casa o prémio MVP (12 pontos e 22 assistências) quando Cousins, o problemático poste dos Sacramento Kings, deveria pelo menos com ele ter partilhado o prémio. Não interessou à NBA que Da Marcus Cousins o novo "bad boy" da liga conquista-se tal prémio. Mais do que a injustiça do jogo, é sem dúvida uma reprimenda bem conseguida por parte da liga. Cada vez mais a imagem é essencial para os desportistas americanos, nomeadamente numa liga como a NBA, e por isso mesmo jogadores como Cousins estão destinados a ficar apenas com manchetes dos jornais ligadas às suas tresloucadas atitudes.
Depois, lá pela hora do lanche um grande jogo de Juniores servido para quem apetite tinha pouco: Benfica-Sporting no Seixal. Resultado 2 a 0 para os visitantes. Não é no entanto da justiça do resultado que quero falar, até porque foi um jogo equilibrado e o resultado é aceitável. Aquilo que destaco é a Miserável atitude do nossos jovens jogadores de 17, 18 anos, que num jogo onde imperaram as barbaras entradas e as percas de tempo perfeitamente evitáveis, até mesmo pela actuação da quase inerte equipa de arbitragem.
Fonte: Record Online |
Uma expulsão (estrela do Sporting Ricardo Esgaio) perto do final, foi claramente escassa olhando para aquilo que se passou em campo. Mas pior que isso, os 4 minutos perdidos com esta expulsão perto do final da partida e a barbara entrada de um jovem leão no lance seguinte (quase a pedir para ir embora também... talvez para demorar mais uns 4 minutos) deixaram claramente perceber que talvez em vez de formar jogadores seria especialmente benéfico pensar em formar homens.
De um e de outro lado do atlântico as diferenças são óbvias, quer na optimização da performance-se dos jovens jogadores, quer na mentalidade incutida nas próprias ligas (NBA, D-League ou NCAA).
by Tiago Luís Santos