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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

09
Fev11

Buzzer - Beater

Minuto Zero
Polpa no caneco

         Esta semana decido dar uma pausa à NBA e regressar ao nosso lado do Atlântico para chamar à atenção de um evento basquetebolístico que este ano terá a sua segunda edição: a Taça Compal. A realizar-se no Campo Pequeno este fim-de-semana, contará com as equipas vencedoras dos respectivos campeonatos nacionais e taças de Portugal e Angola.
         Do lado português alinham-se na sexta-feira à noite o FC Porto e o SL Benfica, vencedores da Taça de Portugal e Campeonato, respectivamente. Já dizendo respeito a Angola, o troféu vai contar com a participação do 1º de Agosto, que por ser detentor dos dois títulos do seu país irá defrontar o Libolo, equipa derrotada na final da Taça de Angola.
         A Taça Compal procura promover a lusofonia partilhada pelos dois países, e até aí o objectivo parece-me bem. No entanto as equipas portuguesas com direito a participar espelham um problema na modalidade no nosso país.
Fonte: cadetes-slbenfica.blogspot.com
         Não sendo algo surpreendente para a maioria, a classificação actual do Campeonato Nacional é semelhante no futebol e no basquetebol: Porto primeiro, Benfica segundo. Infelizmente, são os dois clubes com meios suficientes para discutirem a grande parte dos títulos no nosso país. E digo infelizmente não por não ser adepto de nenhum, mas porque mais uma vez há um problema de pluralidade que torna uma modalidade hegemónica no nosso país.
         Para o caso, apesar de estar em segundo lugar, é mais flagrante o caso do Benfica. Há alguns anos decidiram reforçar-se com o melhor do que havia disponível para o nosso campeonato, e não perderam um único jogo da competição. Mobilizaram grande parte dos jogadores da selecção. João Santos (agora no Porto), Miguel Minhava, Sérgio Ramos, Élvis Évora. Já para não falar dos americanos (que no basquetebol são o equivalente aos “atletas para todas as medidas” brasileiros que jogam em Portugal, havendo também uma tendência para a naturalização de alguns) Heshimu Evans, Ben Reed e Greg Jenkins, que fazem um 5 bastante forte do lado benfiquista. Do lado do Porto, nomes como Greg Stepin, Miguel Miranda ou Carlos Andrade fazem também um plantel bastante forte, mais recheado de talento nacional que os seus rivais de Lisboa.
         Que soluções para quebrar hegemonias? A resposta cai sobre os fundos, embora isso seja muito mais fácil de dizer que fazer. Talvez iniciativas de patrocínios, investidores, ou começar a melhorar a formação, que a nível do Estado têm mais com que se preocupar neste momento. Porém, não há muita perspectiva de melhorias do paradigma profissional a um nível significativo nos próximos anos.
         Destaques para esta semana: a nota positiva vai para a justiça, relativa diga-se, dos nomes a serem escolhidos pelos treinadores da NBA para o jogo All-Star, com Blake Griffin a figurar nos convocados bem como Kevin Love, substituto de Yao Ming, sendo estas duas jovens estrelas recompensadas pelas suas épocas tremendas, apesar de estarem em equipas más. A nível negativo, não destacando Cleveland pelas suas 25 derrotas consecutivas (record de sempre na NBA), deixo o meu desagrado para Dwight Howard, que juntando-se a Amar’e Stoudemire, acumulou a 13ª falta técnica da época regular, incorrendo em suspensões a partir da número 15. O reforço das regras chegou para ficar, e, agrade ou não, há que manter a contenção.

by Óscar Morgado

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