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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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18
Fev11

Voleibol à Sexta

Minuto Zero
Cortes orçamentais também por aqui

Vim para casa toda lançada: hoje era o dia de voltar a escrever sobre voleibol feminino, e também sobre formação. Dei de caras, no entanto, com um comunicado do Esmoriz Ginásio Clube que não poderia deixar de referir aqui.
         O clube, na linha do que foi feito há alguns dias pelo Clube Académico da Trofa, divulgou um comunicado no qual afirma passar por momentos económicos difíceis, que põem em causa a sua sobrevivência. Pode ler-se, nesse comunicado, que «Os tempos que vivemos e os que se avizinham não são nem serão fáceis. Exigem sacrifícios, trabalho, compreensão, solidariedade e coesão, sendo certo que só assim será possível salvar o Clube».
Fonte: http://www.esmorizgc.pt
         A razão é simples: os cortes orçamentais do Estado reflectem-se, como é facilmente compreensível, em todos os projectos por ele financiados. Assim, os valores dos contratos de desenvolvimento desportivo celebrados pelas autarquias sofrerão, nesta altura, reduções significativas.
       Já aqui me queixei da falta de equipas na zona de Lisboa, e esse facto tem precisamente a ver com o que aqui está em causa: noutros municípios, como é o caso de Ovar (onde está instalado o Esmoriz Ginásio Clube), não existe a quantidade de clubes desportivos que existe na capital. As Câmaras Municipais podem, portanto, apoiar projectos deste cariz a larga escala e, por isso, manter situações benéficas para os clubes – que têm geralmente, como se vê, bons resultados.
        O problema dá-se quando as coisas não correm tão bem nos cofres das Câmaras: se um clube com um patrocinador particular, por exemplo, não sofrerá automaticamente com os cortes governamentais, o mesmo não se passa com os que são sustentados fundamentalmente por órgãos estatais. É bonito quando corre bem, mas quando não corre…
       Espero que não continuem a surgir notícias de clubes em tão grandes dificuldades como os que aqui referi. Ainda assim, não me espantava que sim: são vários os clubes – e de muitas modalidades – que são financiados sobretudo pelas Câmaras. É agora hora de ver quantos deles se aguentam por si, pelo trabalho e pelas conquistas, e quantos se afundarão quando perderem a segurança dos fundos municipais
       Concluo dizendo que acredito que uma certa dose de financiamento estatal é necessária, sobretudo no arranque de novos clubes: considero também, no entanto, que conjugar esse capital com patrocínios e afins é a opção mais sensata. Não pôr todos os ovos na mesma cesta, certo?

by Sarah Saint-Maxent

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