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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

17
Dez10

Voleibol à Sexta

Minuto Zero
Na Selecção

Volto à formação, nesta semana. Não para falar de um aspecto específico, mas sim porque me pareceu a altura apropriada para partilhar aqui um testemunho que me foi enviado, no início de Novembro, por uma rapariga, a Neusa, que foi este ano chamada a estagiar permanentemente com a Selecção Nacional de Cadetes Femininos.
Selecção Cadetes
Fonte: Federação Portuguesa de Voleibol
No passado dia 8, essa mesma Selecção participou e ganhou o Torneio de Voleibol Feminino de Voleibol do Sporting Clube das Caldas, tendo vencido à equipa sénior desse clube e à equipa júnior do Lusófona Voleibol Clube (apesar de ser ainda juvenil, é esta equipa que a Neusa representa ao fim-de-semana, quando volta a Lisboa para o treino de clubes e jogos do campeonato nacional). Parece um bom presságio, numa altura em que se continua a fazer a preparação para a Fase de Qualificação para o Campeonato da Europa, que se realizará em Janeiro de 2011, na Sérvia.
Por ser um testemunho muito pessoal que mostra uma dimensão que extravasa em muito as fronteiras do desporto, e que pode ser aplicado a todos os outros, segue o texto da Neusa Neto: 
«Agradeço também a oportunidade de poder partilhar as minhas (poucas) vivências neste desporto. Sou uma jogadora ainda muito "verde", só tenho 2 épocas completas, não tenho muita competição ou experiência, mas posso dizer que estou comprometida com o voleibol.
Este ano tive a oportunidade de ser convocada para estágio permanente com a Selecção Nacional de Cadetes Femininos.
Os treinos são em Vila Nova de Gaia, pelo que, sendo eu de Lisboa, tive que passar a estudar nos Carvalhos e residir no colégio onde outras atletas da Selecção também estão instaladas.
Estou há 2 meses no norte, mas já sinto muitas diferenças. O trabalho é mais sério, é preciso mais dedicação, mais esforço e, com isto tudo, tem-se em maior consideração tudo e todos os envolvidos no trabalho diário.
Tenho vivido um voleibol mais puro.
"Saí de casa" para jogar voleibol, e penso que só isto me tem dado outra forma de viver o desporto. E não só! Mudou a minha vida, o dia-a-dia. Tenho aprendido muitas lições que não só me servem em campo como fora dele. "Nunca desistir", "Lutar por cada ponto como se fosse o único", "Todas as acções dependem de toda a equipa"... Coisas simples que, de uma forma ou de outra, já todos ouvimos e dizemos cumprir, mas quando chega o momento, acabamos por falhar na aplicação da tão repetida fórmula para o sucesso, porque, na verdade, a lição não está aprendida. E todos estes conselhos confluem numa só demanda: Vencer. E isto, para mim, tem grande significado. Quero vencer acima de tudo; quero vencer os meus obstáculos e aprender com os meus erros, quero vencer os meus defeitos, limitações e inseguranças, quero ganhar experiência e confiança, quero ganhar o melhor que há em mim. Mas não basta querer, há que ambicionar e inspirar-se nos desafios diários. É essencial respirar, comer e viver voleibol. A competição tornou-se mais real e parece surgir em todo o lado. Começo a identificar-me mais como atleta do que indivíduo, o que me tem feito crescer, em todos os aspectos, como pessoa.
Tirando o torneio bilateral com Espanha no mês de Outubro, não participei em mais nenhuma competição oficial como Cadete.
Não é possível comparar um torneio bilateral com outra Selecção com o campeonato regional de Juvenis da AVL ou o campeonato nacional. A experiência deixou-me sequiosa.  Não só por competir como Cadete. Fiquei com ainda mais vontade de aproveitar todas as pequenas oportunidades que me fossem dadas e de procurar cada vez mais desafios.
Conheço muito pouco de voleibol, mas acredito estar no caminho certo para aprender.
Jogar voleibol fez-me acreditar mais em mim, fez-me querer mudar. Melhor será dizer que fez-me querer potenciar as minhas qualidades, restringir os meus defeitos e assumir uma atitude mais própria.
Tornou-se tudo muito diferente desde que fui para Gaia. Não foi a mudança de cidade que alterou a minha vida, foi a decisão de querer transformá-la. Tal como o jogo não é definido pelo campo em que se joga, mas sim pelos jogadores.
(…)
Neusa Neto»

by Sarah Saint-Maxent

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