23
Jan11
Fogo sem Fumo
Minuto Zero
A Presidência Bettencourt
O Sporting saltou para as bocas do país e para as aberturas dos telejornais e, mais uma vez, por maus motivos. A honra de tal facto deve-se à demissão do seu Presidente e por consequência, dos seus órgãos sociais. O Presidente Bettencourt não deixará saudades em Alvalade, ao contrário do Director Bettencourt que então mereceu os mais rasgados elogios pela sua prestação. Aliás, foi o Director Bettencourt e o carinho que adquiriu junto dos sócios que permitiu, um dia, ter o Presidente Bettencourt. A sua eleição tratou-se de um passeio, pois ao invés do seu oponente, prometia um caminho sério, honesto, sem aventuras e com um horizonte de títulos. Quando chegou a Presidente, revelou-se um perfeito exemplo do Princípio de Peter, que nos diz que numa hierarquia todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência, o Director Bettencourt era um exemplo, o Presidente Bettencourt foi um fiasco. O princípio não falha. Mas a tragédia não se fica por aqui, pois o incompetente Bettencourt quis estar rodeado dos seus pares e contratou Costinha e José Couceiro. O primeiro demonstrou o seu valor, mais concretamente a falta dele, na sua acção enquanto Director, o segundo já teve tais funções no Sporting e também não deixou saudades. Depois disso, já foi tudo, treinador, seleccionador, treinador adjunto, enfim, qualquer dia é promovido a roupeiro. Pelo meio, o Presidente Bettencourt ainda conseguiu contratar dois treinadores. Se o primeiro – e após ter prometido uma “surpresa” – foi Carlos Carvalhal, ainda se percebeu, era uma solução de última hora, um tapa-buracos depois da saída de Paulo Bento, que para o Presidente Bettencourt seria forever. Quanto ao segundo (e actual) não se percebem os motivos da sua escolha, na medida em que nunca ganhou nada, é um treinador sem experiência que o máximo que alcançou na sua carreira foi uma ida ao Jamor com o Paços de Ferreira. E não se poderá aceitar a desculpa da falta de dinheiro, pois um clube que tem 6,5 milhões de euros para dar por Pongolle e, passado pouco tempo, empresta-o é porque tem dinheiro que sobra. Paulo Sérgio é outro à medida de Bettencourt, um incompetente. Mas não só. É arrogante, teimoso e pouco inteligente nas opções técnicas. Com Bettencourt na presidência, o Sporting não ganhou nada, não construiu uma equipa, reforçou-se mal, continuou um cemitério de jogadores, não teve prestações à altura, ouviram-se as mais estapafúrdias declarações da história do Sporting, as preocupações deslocaram-se da equipa para a vestimenta dos funcionários e conseguiu ainda outro fenómeno, colocou o José de Alvalade às moscas, com assistências a rondar os 15 mil adeptos. Uma vergonha. Não fora as cadeiras serem coloridas e aquilo seria aterrador para jogar. Obrigado Tomás Taveira. O Presidente Bettencourt até na saída foi infeliz, demitiu-se após um jogo, atitude típica de um treinador, não de um presidente. Enfim, para o que estaria o meu Sporting reservado. Um clube histórico transformou-se numa gamela, tudo come à custa do Sporting. Dos 4 principais incompetentes que por lá pairam, um já foi. Agora, só falta correr com os dois directores e com a personagem que orienta a equipa. Que venha um novo Presidente e que corra com esta gente para fora de Alvalade. Queremos um Presidente sério e que não se rodeie de incompetentes para gerir o Sporting. Queremos que o Sporting volte a abrir telejornais, mas não pelo facto de um director do clube querer que os funcionários andem de fato no Estádio. Queremos um Presidente que não chame de “maçã podre” a um jogador e, que passado uns meses, elogie o mesmo jogador pelo seu elevado profissionalismo. Queremos um Presidente que traga vitórias, sucessos, títulos. Que coloque o Sporting no seu devido lugar e que não ande a lutar pelo 4º ou 5º lugar com o Marítimo ou com o Vitória de Guimarães. Basta de mediocridade! É hora de pegar no Sporting e devolver-lhe “esforço, dedicação, devoção e glória”.
by Alexandre Poço