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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

15
Abr12

Área de Ensaio

Pedro Santos

Campeonato ao rubro

 

 

    A fase final da Divisão de Honra que se iniciou na passada semana, trouxe este fim de semana mais jogos de qualidade e um novo líder na luta pelo titulo. Com quatro jogos para disputar, CDUL, Agronomia e Direito ainda podem ambicionar o título.

    No sábado, o GD Direito deslocou-se até Coimbra para defrontar a equipa da Académica. Ambas as equipas vinham de derrotas na jornada inaugural, mas o GD Direito tinha mais a perder, uma vez que uma derrota praticamente tirava a equipa da luta pelo título.

    Em relação ao jogo passado, o GD Direito apresentou algumas alterações, João Correia entrou para a 1ª linha, Gonçalo Malheiro e José Pinto formaram a dupla de médios e nas linhas atrasadas, Adérito Esteves e Miguel Leal foram também novidades. Já a equipa da casa notava apenas uma alteração, com a entrada de André Matias para a 2ª linha, mantendo-se os cincos estrangeiros da equipa a jogar de inicio.

    O resultado final foi de 25-11 a favor do GD Direito, mas o resultado podia ter sido mais dilatado. Sem fazer um jogo de grande nível, os "advogados" conseguiram criar várias situações de perigo e sobretudo colocar o poder que têm nos defesas em jogo (a isto não será estranho a nova dupla de médios) e a Académica nunca conseguiu contrair esse domínio. Mais uma vez ficou provado que a equipa de Coimbra ainda não tem capacidade de se bater de igual para igual com os principais candidatos e desta forma o GD Direito continua a poder ambicionar o titulo.

    Na Tapada, a Agronomia recebeu o CDUL num jogo que colocava frente a frente os dois primeiros classificados desta fase. A Agronomia entrou em campo com vantagem pontual, mas o CDUL sabia que uma vitória colocaria a equipa na liderança da prova.

    A Agronomia apresentou-se ainda sem Cardoso Pinto e com Francisco Mira ainda na posição "10", enquanto que o CDUL viu regressar Pedro Cabral para médio de abertura, passando Penha e Costa para a ponta e saindo Appleton do XV inicial.

    Contudo uma equipa que apresenta nas linhas atrasadas homens como Frederico Oliveira, Gonçalo Foro, Carl Murray e Pedro Cabral tem de ser sempre candidato e neste momento o CDUL parece ser o mais forte pretendente ao título nacional.

    Mais do que a vitória 40-19, ficou expressa a superioridade do CDUL sobre uma equipa da Agronomia que parece algo perdida na manobra ofensiva sem Cardoso Pinto. A verdade é que neste momento é a Agronomia que se vê atrás na classificação e a necessitar de esperar que o CDUL perca pontos. Quatro jogos, quatro finais e muita expectativa em saber como serão os próximos jogos.

    O CDUL lidera com 12 pontos, o Direito segue com 9, Agronomia com 8 pontos e a Académica está na última posição com 1 ponto.

Na fase de descida, o Belenenses continua o seu "passeio", provando mais uma vez que o seu lugar não é definitivamente neste "campeonato". Os "azuis do Restelo" receberam e venceram o Benfica por 43-27, mostrando a sua superioridade, enquanto que a equipa benfiquista mostrou que ainda não está ao nível em condições de disputar o 1º lugar nesta fase.

    O CDUP veio até Lisboa vencer o Técnico por 22-20, acentuando ainda mais a crise do Técnico que parece cada vez mais incapaz de fugir à despromoção. A equipa do Norte continua a fazer um trajecto tranquilo.

    Nesta altura o Belenenses é líder com 12 pontos, Benfica e CDUP seguem com 7 e o Técnico é último com 2 pontos.

 

By Pedro Santos

13
Abr12

3x4x3: A outro nível...

Minuto Zero

Não se percebe de facto, em que rumo quer seguir o futebol europeu e mundial. Vários são os problemas estruturais que saltam neste momento à vista, escrevo este post para enumerar alguns apenas:

 

1. Fico preocupado (senão mesmo horrorizado) quando vejo Platini ameaçar uma vez mais o futebol europeu com as suas inovadoras competições. Concordo que a remodelação da Taça Uefa para Liga Europa foi um bom movimento, embora ache que a fase de grupos deveria ser encurtada para 32 equipas de forma a aumentar o nível de competição. Concordo com o novo sistema de Playoff da Liga dos Campeões, porque possibilita de facto que equipas campeãs de países com menos ranking possam brilhar. Mas não consigo gostar da ideia de uma competição única com 64 equipas. Penso que seria o banalizar da competição. Para as equipas de países com menos ranking, o essencial é jogar a nível europeu, e se possível com bons retornos. Por isso, acho que o melhor seria manter a Liga Dos Campeões nos moldes actuais, mantendo a Liga Europa, mas reduzindo o número de equipas para os países de maior ranking, dando maior destaque às equipas campeãs de outras federações. Reduzir por exemplo de 4 para 3 o número máximo de equipas inglesas na Champions seria uma medida e estudar. Mas é claro, para isto acontecer, a Liga Europa teria de aumentar os seus prémios, garantido o interesse dos colossos europeus na competição.

Nesta lógica, a longo prazo, seria de estudar um terceira competição, que se alimentaria sobretudo dos clubes que hoje em dia chegam à fase de grupos a 64 equipas da Liga Europa.

São apenas pensamentos.. mas uma Champions a 64 apenas iria banalizar a maior e mais prestigiada competição futebolística mundial e a grande arma da UEFA em termos de marketing e prestigio mundial e provavelmente, criar um conflito com os chamados G-14, que em tempos tanto procuraram criar uma Liga Europeia, apenas para um determinado grupo de equipas de top, o que seria desastroso ao nível do crescimento das ligas de menor reputação.

 

2. Acho absolutamente repugnante o novo modelo de competição para os campeonatos europeus a partir de 2016. Das duas uma, ou se joga uma fase de grupos a 16 ou a 32. Grupos com 5 equipas, onde se apuram os melhores 3 classificados de alguns é passar um atestado de mediocridade ao futebol europeu. Já se percebeu que os campeonatos da Europa precisam urgentemente de ser revistos para bem da sua reputação, mas adoptar um modelo sul-americano de grupos é dar 10 passos atrás... espero que o senhor Platini esteja a prever que a situação seja apenas transitória, para bem do futebol da UEFA.

 

3. Do outro lado do Atlântico vêm raras boas vibrações. O futebol brasileiro tem agora oportunidade de se refundar, depois do afastamento de Ricardo Teixeira da CBF. Esperemos que não regresse, porque o mundo merece um futebol brasileiro reabilitado. Veremos como termina este jogo de poderes com lobbys infindáveis que denegriu durante os últimos anos a organização do futebol canarino.

 

4. José Veiga teima em crucificar a sua imagem junto da opinião publica. As declarações pós Sporting-Benfica, foram concerteza mal medidas. Não duvido da importância do trabalho de Veiga enquanto esteve no clube da Luz, mas existem outras formas de se dirigir à actual direcção (da qual fez parte) mesmo para quem prepara terreno para um novo ciclo de poder a partir das próximas eleições encarnadas. Seria de todo mais prudente uma outra abordagem mais cuidada, mais cautelosa, não se perderia o efeito e ficaria bem melhor ao antigo responsável desportivo.

 

By Tiago Luís Santos

 

 

13
Abr12

3x4x3: Como pode o Real crescer?

Minuto Zero

Apesar da temporada para já dentro do desejado pela direcção (pesa apenas a eliminação na Taça do Rei), parece-me de todo oportuno pensar em que sentido pode o Real de Mourinho crescer a curto/médio prazo.

 

O encurtar da distancia de 10 pontos face ao eterno rival Barcelona, será seguramente o primeiro ponto por onde pegar para perceber um pouco melhor as possibilidades de evolução do projecto madridista. Deu para entender claramente, que a quebra se deveu a factores psicológicos, fica mais uma vez latente que este grupo de jogadores não está ainda rotinado para lidar com a pressão de ser primeiro. Vale a inspiração de Ronaldo sobretudo, para que a enorme distancia que deixava o Barça longe do título não desaparece-se de vez.

 

Em termos de futebol jogado, o erro na maior parte das partidas em que perdeu pontos, parece partir sobretudo da incapacidade de controlar as partidas, exercendo desde início um pressing constante, agressividade defensiva, que impeça o adversário de construir jogadas apoiadas. O melhor Real, pelo que já se percebeu mesmo frente ao Barcelona é aquele que entende a defesa como os segundo subsequentes à perca de bola, com pressing desde Benzema ao sector defensivo. É na agressividade de Benzema, Ronaldo, Ozil ou Di Maria, que se faz a primeira plataforma de pressão e recuperação de bola, em zonas adiantadas. Depois, essencial o adiantamento de Xabi Alonso e Khedira, como duplo-pivot subido, perto dos 4 jogadores que compõem a primeira zona de pressing. Essencial também o adiantamento momentâneo de S.Ramos e Pepe, centrais tipicamente aguerridos na antecipação, apesar de algumas falhas individuais nesse ponto.

Assim, com um bloco médio-alto, plataforma de pressão sobre defesa e médios recuados adversários, a maior parte das equipas do campeonato espanhol vem o seu jogo sem soluções de saída, perdendo a bola facilmente.

Como é obvio, nem sempre é possível fazer este tipo de jogo, sobretudo devido à imensa exigência, mais do que física, psicológica. Mais difícil do que ganhar e chegar ao top, é manter. Nem sempre os jogadores se sentem motivados para dar o corpo e alma num jogo contra uma equipa que está a 50 pontos na tabela. É aqui que entra Mourinho, é por aqui que se mede a capacidade de um treinador em termos de motivação.

 

Quanto ás pedras fundamentais do jogo do Real, percebe-se cada vez mais a importância de Ozil na organização ofensiva. Nos últimos jogos, descaindo sobre a esquerda em diagonais, tem mostrado de facto que é, depois de Ronaldo, a grande arma ofensiva blanca. Tem criatividade, 1x1, e uma capacidade de leitura de jogo e definição raras, que oferecem a Ronaldo e Benzema situações de desequilíbrio. Com Kaká perde-se a imaginação e rotação, ganha em capacidade de ruptura e chegada à área, perde-se o dinamismo e o descobrir de espaços.

Depois, os movimentos de Ronaldo são sobretudo diagonais interiores, para a zona do ponta-de-lança, partindo da esquerda. Dar-lhe espaço nesta zona, é garantir que o jogo está próximo de ser ganho, como foi exemplo o jogo contra o At. Madrid.

Na frente ainda, Benzema esta mais agressivo, mais forte psicologicamente e em termos de movimento, crescendo como um dos melhores avançados do futebol mundial. Pela direita, Di Maria é garantia de equilíbrio, pela boa capacidade para fechar o flanco a defender. Callejon é boa solução partindo do banco como garantia de golo, e Higuain uma boa solução para aumentar a agressividade ofensiva e defensiva na frente em combinação com Benzema e Ronaldo.

 

No miolo a chave da consistência. Xabi Alonso define os batimentos cardíacos da equipa com bola, com passe curto ora passe largo na frente, sempre com critério. A defender, carece de um jogador rápido por perto, com boa capacidade de desarma e velocidade nas dobras. Esse jogador pode ser Khedira (na sua melhor forma) ou mesmo Lass. Jogar ou não com Alonso é, quanto a mim a questão mais interessante para este Real. Pelo que dá à equipa com bola acho excepcional, sem ela, quando não está num bom momento obriga o companheiro de sector a um esforço extra.

 

Depois, na linha defensiva, o 4x2x3x1 de Mourinho mostra a sua verdadeira assimetria. Coentrão e Marcelo têm ordem para atacar, deixando o espaço defensivo para Khedira (mais rápido que Xabi) fechar. Um risco, sobretudo quando se joga com Ronaldo e Marcelo ao mesmo tempo sobre o mesmo flanco, mas que pode ser compensado com o adiantar da defesa e com o binómio S.Ramos (central pela esquerda)/Khedira.

Já no eixo, a grande questão prende-se com erros individuais de S.Ramos, em muito derivados de alguma falta de rotina e pela enorme vontade de mostrar em cada lance o enorme jogador que é. Um pouco como David Luiz, exagera na impetuosidade, claudica em lances divididos na antecipação, onde com um trabalho se poderia tornar exímio. Tem de controlar a sua abordagem aos lances, percebendo um pouco melhor que o papel do central em termos defensivos deve estar sempre de acordo com o posicionamento colectivo. Pepe parece-me mais sólido, apesar de pecar em lances divididos. Outra questão pertinente é a capacidade (ou melhor a falta de critério) dos dois centrais com bola. Exageram quando querem sair em posse, erram quando com passe longe precipitam a equipa no ataque. No banco mora um central que em tempos dava uma outra inteligência: Ricardo Carvalho, mas os seus dias como titular parecem ter terminado com as sucessivas lesões.

Pela direita a grande questão: Arbeloa cumpre mas não impressiona. Poderá ser por aqui o primeiro posto a reforçar no Verão. Nos grandes jogos que se avizinham, advinham-se entradas intermitentes de Haltintop e Coentrão neste posto.

 

By Tiago Luís Santos

 

13
Abr12

Buzzer - Beater

Óscar Morgado

O fantasma das lesões está zangado

 

Esta curta campanha da NBA está quase no final. Parece mentira, embora por esta altura já seja costume falar-se em playoffs. Mas, por ter começado no dia de Natal, dá a sensação de que falta muito para trás.

Blá blá blá…e onde é que eu quero chegar? É que para muitos a época acabou ainda mais cedo, como se não bastasse ela já ser curta. Podia falar de muitos jogadores que sofreram lesões que lhes hipotecaram o resto da temporada, mas há dois que se destacam – falo de Ricky Rubio e Kyrie Irving.

Rubio lesionou-se no início de Março. Uma rotura nos ligamentos do joelho deitou por terra as esperanças de playoff dos Timberwolves, que finalmente encontraram o mago que iria guiar uma das maiores estrelas em ascensão (mas já lá bem alto) em Kevin Love, e mais algumas jovens promessas ao sucesso nas Cidades Gémeas. O base espanhol, rookie na NBA, mas provavelmente o mais experiente profissionalmente de todos os jogadores de 1º ano (porque joga profissionalmente desde os 14 anos), liderava todos os jogadores desde grupo em média de assistências, e estava lá no topo desse valor com todos os restantes bases da liga.

Irving parecia o favorito para o prémio de Rookie do Ano, sendo o melhor marcador entre os seus pares de estreantes, e estava a manter os Cleveland Cavaliers á tona da qualificação para os playoffs. Impensável seria no ano passado, quando a equipa, após um ano com o melhor record da NBA liderada por Lebron James, passa de cavalo a burro e sofre a pior sequência de derrotas da história, e acaba a época com o segundo pior record da liga (atrás de Minnesota aliás). Não se adivinha um novo James em Irving é certo, mas o jovem base faz esquecer esporadicamente que o melhor jogador da NBA foi embora sem ficar nada em troca. E nos últimos dias lesionou-se.

Ok, então alguma entidade divina muito mesquinha, provavelmente zangada com a novela do lockout da NBA, decidiu acabar com o entusiasmo dos dois favoritos ao título de melhor rookie? Provavelmente. Apesar de Isiah Thomas, o pequeno base dos Sacramento Kings, ter ficado com maior destaque após estas duas lesões, não creio que ainda seja relevante para alterar o veredicto do painel de votantes: Irving vence, Rubio fica em segundo.

É pena não se ver já nenhum dos dois em acção nos playoffs, mas mais espectáculo nos espera, com mais jogadores de topo, e muitos confrontos de resultado imprevisível. Game on!


12
Abr12

Veni, vidi, vici

Minuto Zero

Sumário escolar

 

Chegou a altura de rever a matéria. Não é difícil, a matriz mantém-se ano após

ano, só muda semestre a semestre. Não percebem? É fácil de entender, quase tão

fácil como a tabuada. A finalidade é sempre a mesma e tem de dar um FC Porto

campeão. Caso não cheguem a esse resultado, não se preocupem: os meios nem

sempre têm de justificar os fins. E o Benfica é campeão? Depende do semestre.

Até às férias do Carnaval, os catedráticos devem dizer que sim, depois normalmente,

no segundo, houve marosca. Marosca, marosquinha, isso já é à Sporting. Vai avisando

todos, mas ninguém o parece querer ouvir… Só se perderem e aí faz lembrar aquela

história da criança que chora e é gozada, mesmo tendo razão. Na escola todos vivemos tempos difíceis…

 

Entre outras coisas, torna-se chato quando quem está ao nosso lado, nos copia e tira melhor
nota. Que o diga Vítor Pereira, que depois de ter visto a cábula do seu
antecessor não necessitou de muito para igual resultado, mesmo que com letra
mais difícil de entender. Graças a deus ninguém se apercebeu da marosca, ou
então aquilo podia dar chumbo. E por falar em chumbo, se a português já era
difícil passar, Jorge Jesus arrisca-se a perder o ano inteiro. Mesmo assim
ainda teria um lucro de sete milhões, um pouco impensável, em ano de eleições.

Eleições por
ocorrer – em Outubro, caso queiram saber – eleições ocorridas. No caso de Pinto
da Costa não são permitidos «atirei o pau ao gato» violados, nem tão pouco
clássicos perdidos. A Godinho, o que de Godinho é. Infelizmente já é pouco e na
sua escola poucos parecem querer saber. E porque saber é poder, resta a Vieira,
mais uma vez, ocultar a verdade antes do acto eleitoral. «Professora, eu não
menti, só não disse a verdade», algo deste género deve sair dali, com umas
ameaças a Platini pelo meio, e com novo anúncio de um Benfica europeu idêntico
ao dos anos 60. É quase como o fim do mundo, alguma vez deve acertar, ou então
algum adepto enganar. Seja como for, esta malta «está brava».

E assim segue o futebol nacional,
sem grandes complicações, sempre igual. Pelo meio um ou outro caso – como o
alargamento da Liga – mas nada de especial. Vão mudando umas escolas privadas –
Belenenses, Boavista, Braga – mas a coisa compõe-se sempre à maneira dos três
principais estabelecimentos, com quota generosa no quotidiano de todos os
portugueses.

 

Especial, por Jorge Sousa

11
Abr12

Porque a vida também é feita a correr...

João Perfeito

                                 

Cristiano Ronaldo- Uma máquina solucionadora de Problemas

            

 

                     O  Real Madrid venceu o Atlético de Madrid por 4-1 e deu um passo de gigante rumo à recuperação do ceptro espanhol que lhe tem fugido nas pretéritas 3 temporadas.

               Apesar do avolumar do resultado, a diferença entre as duas equipas no jogo de hoje não coincide com o placar final.

               O Atlético de Madrid demonstrou ser uma equipa pressionante e com boa qualidade ofensiva. Já o Real Madrid, sem brilhar, voltou a demonstrar um naipe de jogadas e movimentações colectivas interessantes, mas com pouca incisão finalizadora.

Sendo forte no processo a equipa foi fraca na finalização do mesmo. Com toda a pressão que estava sujeito face aos escassos 4 pontos de vantagem sobre o seu eterno rival, o Real Madrid parecia que ia deixar fugir mais 2 pontos e acender a luta pelo título, a um patamar que muitos já consideravam impossível.

                Mais uma vez o Real Madrid ofuscou as suas debilidades colectivas pela individualidade do futuro melhor jogador da História do futebol (quiçá dos desportos colectivos).

               O Real Madrid voltou a ser Real Ronaldo, com mais 3 golos do internacional português. Os dois primeiros com execuções perfeitas e um efeito histórico que deve ser atualizado nos futuros manuais de futebol.

               Sem precisar de grandes rasgos individuais nem colectivos, Ronaldo desferiu 3 pontapés fulminantes sem hipótese de defesa deixando o prodígio Curtuouis numa posição injustamente ingrata.

               Se toda a individualidade de Messi nasce numa tabela ou numa correria onde apanha a bola já em velocidade, Ronaldo depende 0 da organização colectiva. Recebe a bola, para, corre e golo… Tão simples que até parece fácil.

               Dum lado a genialidade pura do futebol no seu estado de maior transcendência do outro lado um ser humano capaz de solucionar todas as adversidades que lhe colocam pela frente.

                Dum lado um artista e toda a falta de completude que o nutre, do outro lado um ser humano normal que completa todos os parâmetros de jogo…

                  Podemos fugir, mas não podemos ignorar a realidade. Sendo um futebol um jogo, que na sua concepção epistemológica envolve uma luta por uma vitória que se traduz em golos a eficácia é o grande pêndulo criterioso da nossa escolha.

Messi diverte-nos e rualiza o futebol ao patamar mais bonito da história da Humanidade, Ronaldo dá-nos a eficácia no cume da montanha das possibilidades…

                Por isso a rivalidade é a dois mas o destino é só um: Ronaldo melhor jogador da História do futebol Mundial…

 

11
Abr12

Lado B

Bruno Carvalho

FC Porto embala para o título


 

A 26ª jornada da Liga Portuguesa de futebol foi claramente a jornada do título e o FC Porto foi o grande vencedor. A vitória do FC Porto aliada às derrotas de Benfica e Sp. Braga permitiu aos “dragões” ganharem uma embalagem de 4 pontos de avanço sobre o segundo classificado (o Benfica).

Após esta jornada, o FC Porto necessita de conquistar oito dos doze pontos que faltam disputar nesta liga portuguesa para poder conquistar o campeonato de futebol e passa a ser a única equipa que depende apenas de si própria para conseguir esse objetivo.

No jogo entre o Braga e o FC Porto, destaco a exibição de Hulk que provou mais uma vez o porquê de, no meu ponto de vista, ser o melhor jogador do campeonato português. Quanto ao Braga, ficou provado que ainda não tem pedalada para se impor e para vencer os desafios contra o FC Porto e contra o Benfica. Na minha opinião, resta agora ao Braga lutar pelo segundo lugar.

Há algumas semanas atrás era impensável para muitas pessoas que o FC Porto conseguisse conquistar o título de campeão nacional dada a desvantagem de cinco pontos que chegou a ter para o Benfica, mas o facto de a equipa das “águias” ter desperdiçado 13 pontos nos últimos oito jogos (3 derrotas, 2 empates e 3 vitórias) fez com que a situação se invertesse e agora é o FC Porto que tem tudo para ser campeão, no momento em que era necessário isso acontecer.

Ao contrário do Benfica, que falhou nos jogos decisivos frente ao FC Porto e ao Sporting, o FC Porto não falhou nos jogos decisivos e ganhou ao Benfica e ao Braga. É este o facto que, na minha opinião, pode ser determinante para a atribuição do título.

Mesmo não reunindo a simpatia dos adeptos portistas, a verdade é que Vítor Pereira consegue colocar a equipa do FC Porto no topo do campeonato, com algum conforto, no momento em que tudo se decide.

Já Jorge Jesus parece estar a mostrar que o seu ciclo no Benfica está a chegar ao fim, depois de em três temporadas tudo indicar que apenas conquistou um campeonato nacional de futebol, isto partindo do pressuposto de que o FC Porto será campeão. Aliás, o fraco futebol que a equipa do Benfica demonstrou nos jogos frente ao Olhanense e ao Sporting deixam evidente que a equipa do Benfica já não galvaniza os seus adeptos como galvanizava antes, quando conseguia grandes goleadas. Também me parece que fica mal a Jorge Jesus encontrar nos erros de arbitragem a boia de salvação para justificar as suas derrotas, no sentido em que os erros de arbitragem não justificam tudo e o treinador do Benfica deveria assumir os seus próprios erros.

Como já aqui referi, todas as equipas do nosso campeonato já foram beneficiadas e prejudicadas pela arbitragem e os árbitros não erram intencionalmente. Sobre este tema estou perfeitamente de acordo com Leonardo Jardim, treinador do Sp. Braga, que prefere não se pronunciar sobre arbitragem e não ser hipócrita como outros, que se queixam quando perdem e se calam quando ganham.

Também quero deixar aqui uma palavra de apreço a Ricardo Sá Pinto, treinador do Sporting, que consegue pôr a jogar uma equipa de futebol com a garra e a atitude leonina que faltou no tempo em que Domingos Paciência era o treinador, conseguindo resultados positivos.

Concluindo, penso que o FC Porto deverá ser novamente o campeão nacional de futebol, apesar de ainda haver tempo para que tudo se altere. Até porque no futebol já vi de tudo. Veja-se o caso do Real Madrid que tinha dez pontos de vantagem sobre o Barcelona e agora já só tem quatro, ou o caso do Benfica que desperdiçou 13 pontos em oito jornadas.    

 

09
Abr12

Livre Direto

Cláudio Guerreiro

Fim-de-semana de futebol jovem no Torneio Internacional da Pontinha

 


 

Realizou-se neste fim-de-semana de Páscoa o 31º Torneio Internacional de Futebol Infantil da Pontinha que contou com a presença de 8 equipas do escalão de Infantis e que teve Paulo Bento, selecionador nacional, como patrono. A nível nacional, contou-se com a presença do clube da casa, o Clube Atlético e Cultural, e dos chamados “3 grandes”: Benfica, FC Porto e Sporting. De fora de Portugal vieram o Barcelona, de Espanha, o Lyon, de França, o Shandong L.T., da China, e o PFC Academy, dos Estados Unidos.

 

Este torneio que consagrou o Benfica como campeão, numa final em que venceu o Sporting por 1-0, destaca-se por dar a conhecer aqueles que podem vir a ser os jogadores do futuro, não só das equipas nacionais, assim como das estrangeiras.

 

Num escalão em que a principal função é formar jogadores, já dá para ver que estão ali talentos que bem polidos conseguirão tornar-se jogadores de qualidade. Para além disso, este torneio deu para perceber que mesmo nas equipas mais jovens são incrementadas características de jogo específicas do próprio país ou do clube. É o caso do Barcelona que procura já fomentar nos seus jovens jogadores uma preocupação em ter uma grande posse de bola. Foi muito usual ver esta jovem equipa do Barcelona construir os ataques a partir de trás, ou seja, sem o típico pontapé para a frente do guarda-redes. Para além disso, apresentou também um meio campo com boa troca de bola. Nas equipas portuguesas há a destacar, não só a qualidade do meio campo, assim como a presença de guarda-redes bastante seguros.

 

Provavelmente, muitos dos jovens jogadores presentes nos clubes nacionais não chegarão a competir nos mesmos enquanto seniores, como vem sendo habitual nos últimos anos em Portugal. Numa altura em que se avizinham cortes nos orçamentos dos clubes devia-se perceber que é possível contornar a crise com a “prata da casa”. 

08
Abr12

Área de Ensaio

Pedro Santos

As decisões do Campeonato Nacional

 

 

    Começou este fim-de-semana a fase final do Campeonato Nacional, que determinará quem será o Campeão Nacional, e quem descerá de divisão.

Esta é a primeira vez que se adopta este modelo competitivo, em que quatro equipas jogam pelo título (Agronomia, Direito, CDUL e Académica) e quatro jogam para não descer (Belenenses, Benfica, CDUP e Técnico). Da primeira fase, cada equipa traz 4,3,2 ou 1 pontos consoante a posição em que se classificou.

    Assim, no "campeonato do título", o CDUL recebeu a Académica e mostrou que pretende conquistar o título 21 anos depois. O CDUL aproveitou esta paragem para reforçar a equipa, com as entradas de dois internacionais portugueses, Tiago Girão e David dos Reis e foi sem grandes dificuldades que derrotou a Académica por 37-0. A Académica, apesar da boa primeira fase que realizou, não está ao nível dos outros três candidatos (já tinha ficado provado na Final da Taça de Portugal), apesar de possuir um pack avançado pesado e forte, sente sempre dificuldades em soltar as linhas atrasadas, ficando o seu jogo parado e com pouca dinâmica. Já o CDUL, apresenta nos defesas a sua principal arma, tem homens como Gonçalo Foro, Frederico Oliveira, Francisco Appleton ou Penha e Costa e sabe como pontenciar as suas qualidades, colocando em campo um jogo aberto e fluído.

Entre estas duas equipas, estamos perante um real candidato ao título (será o CDUL capaz de se superiorizar a Agronomia?) e uma equipa que já realizou uma época excepcional, mas sem capacidade de voos maiores.

    Ainda na luta pelo campeonato, a Agronomia recebeu e venceu na Tapada o GD Direito por 13-6. As equipas apresentaram-se desfalcadas (Agronomia sem Cardoso Pinto ou Jacques Le Roux, Direito sem João Correia), mas a Agronomia voltou a demonstrar que está acima do nível competitivo dos "advogados". O GD Direito, já na fase regular tinha desiludido, fazendo apenas o mínimo para conseguir o segundo lugar, e de uma equipa recheada de internacionais é de esperar mais. A equipa continua "orfã" da qualidade de Pedro Leal (bem tentou inscreve-lo novamente) e sem médios criativos (José Pinto continua com impedimentos) afunila constantemente o jogo nos avançados, esquecendo que tem homens como Adérito Esteves nas pontas. Já a equipa da Tapada, parece ser o mais sério candidato ao título, apresentando jogadores de qualidade nas várias posições (sem Cardoso Pinto jogou Francisco Mira e cumpriu), com destaque para José Lima, que neste jogo realizou uma excelente partida.

    No final deste jornada, Agronomia lidera com 8 pontos (4 da primeira fase+4 da vitória), o CDUL é segundo com 7 pontos (2 da primeira fase+5 da vitória), o GD Direito está em 3º lugar com 4 pontos (3 da primeira fase+1 ponto bónus defensivo) e a Académica está em último lugar com 1 ponto que trouxe da primeira fase.

    No "campeonato da descida", o Belenenses deslocou-se a Leça da Palmeira para defrontar o CDUP e com era de esperar venceu por 28-6. O Belenenses é claramente uma equipa superior a qualquer uma das que estão nesta fase, e estranho será se não vencer todas as partidas.

Já o CDUP certamente fugirá à descida, às custas do Técnico, mas a equipa do Porto necessitará de evoluir para no próximo ano puder estar num nível superior.

    O Benfica recebeu e venceu na Sobreda o Técnico, por 27-10. O Técnico já demonstrou na primeira fase que é a equipa menos preparada deste campeonato, e que dificilmente fugirá à descida, já o Benfica, apesar das "turbulências" que afetam a equipa parece ser capaz de conseguir o segundo lugar desta fase, apesar de estar ainda longe dos anos aúreos do clube lisboeta.

    Na fase de descida, O Belenenses é 1º com 9 pontos (4 da primeira fase+5 da vitória), o Benfica é 2º com 6 pontos (2 da primeira fase+4 da vitória), o CDUP é 3º com 3 pontos (3 da primeira fase) e o Técnico é 4º com 1 ponto.

 

By Pedro Santos

06
Abr12

3x4x3: Notas europeias

Minuto Zero

 

Em Londres, na passada quarta-feira, o Benfica de Jorge Jesus jogava mais do que uma histórica passagem às meias-finais da Champions o estatuto europeu do seu projecto. Pedia-se aos encarnados uma exibição inteligente, percebendo que o Chelsea iria entregar a posse ao Benfica explorando o contra-ataque.

Mais do que posse, o que o Benfica precisava era de facto qualidade na forma como deveria entender os momentos do jogo: ora acelerando em posse, ora mantendo-se organizado mesmo com bola, procurando não dar espaço na zona entre os centrais o meio-campo com Matic e Witsel.

O penalty a favor do Chelsea e expulsão de Maxi viriam no entanto complicar uma exibição até então de qualidade, com oportunidades e sagacidade, fazendo perceber claramente que a diferença de qualidade entre as equipas estava longe de ser gritante.

O primeiro grande erro dos encarnados, tem que ver com um problema de atitude competitiva: num jogo fora, num jogo de quartos de final da Champions, num jogo em aberto e com possibilidades de prolongamento reais, discutir decisões arbitrais dá normalmente azo a cartões desnecessários, que se reflectem depois no desenrolar do jogo. Foi sobretudo por isso que Jesus viu a equipa reduzida a 10 no final da primeira parte, e foi obrigado a perceber que de facto, valia mais pensar no jogo de segunda próxima com o Sporting, do que propriamente obrigar os jogadores a um desgaste inglório.

Com a expulsão de Maxi, a eliminatória mudou. No segundo tempo, as entradas de Djaló e Nelsón Oliveira, deram outro gás a uma equipa desgastada, reavivando o sonho com o golo tardio de Javi.

Fica a atitude colectiva, mesmo depois do treinador à muito ter baixado os braços (embora se perceba porque). Qual o pensamento de Jesus no balneário pós-jogo? Certamente reconheceu que de facto, o grupo de jogadores que tem a seu cargo tem potencial para chegar longe na Europa e ser campeão. Perdeu a eliminatória mas ganhou uma equipa com outro espírito competitivo. Até mesmo Cardozo e Gaitan, dispensados do jogo na segunda parte, devem ter saido de Standford Bridge com ganas para ganhar o próximo jogo.

 

Antes, na terça, o jogo mais interessante desta segunda-mão: em Camp Nou, Barcelona e Milan voltavam a encontrar-se, depois de um jogo azarado para a equipa culé em Milão onde saiu sem marcar.

Mais um vez, Guardiola entrou com o "seu" 3x4x3, com Dani Alves como ala na primeira parte, fazendo todo o corredor direito, aparecendo no meio campo Xavi, Iniesta, Cesc e Messi em combinações pelo espaço central, com Cuenca a fixar o lateral contrário junto da faixa esquerda.

Não foi uma exibição brilhante, aliás, antes do penalty de Nesta, a equipa culé parecia de facto com dificuldades para evitar as investidas rossoneri sobretudo com Ibraimovic baixava para procurar a bola.

Com 3 defesas apenas, e sem Abidal do lado esquerdo, Puyol aparecia claramente como o elo mais fraco, dando demasiado espaço para entradas de Robinho e Nocerino vindo de trás.

Com o 2-1, o Milan quebrou. Na segunda parte, já com Daniel Alves fixado a lateral-direito numa defesa a 4, Cuenca passou para o lado direito, deixando Iniesta do lado contrário. A troca de Xavi por Thiago, e de Keita por Cesc, dariam ao Barcelona rotação suficiente para controlar a partida até final, criando sempre várias oportunidades, frente a um Milan extenuado.

Em suma, penso que o Barcelona teve a sorte do seu lado no 2-1, caso contrário o Milan puderia ter causado mais problemas. Mesmo sem esse golo, com os reajustes de Guardiola depois dos primeiros 45 minutos, ficou claro que o Barcelona está num outro patamar onde o Milan de Allegri dificilmente chega neste momento.

 

By Tiago Luís Santos