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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

30
Abr12

Livre Direto

Cláudio Guerreiro

Sharapova ganha a Azarenka em Estugarda

 

 

Neste último domingo , Maria Sharapova, atual nº2 mundial, levou de vencida a nº1 Victoria Azarenka, na final do Torneio WTA de Estugarda por 6-1 e 6-1. Depois de ter sido derrotada pela bielorrussa, este ano, em outras duas finais (no Open da Austrália e no Torneio de Indian Wells), a russa conseguiu conquistar-lhe a primeira vitória numa final de um torneio (anteriormente, haviam disputado 4 finais).

 

No 1º set , Sharapova mostrou muito mais agressividade que a adversária, conseguiu impor o seu ritmo de jogo mais facilmente e aproveitou bem todos os break points que teve a favor. Já no 2º set, Azarenka subiu de produção, mas Sharapova manteve o mesmo nível exebicional, factor que contribuiu para que finalizasse o jogo neste set.

 

É certo que Sharapova não é uma jogadora especialista em pisos de terra batida, mas a sua evolução nestes de há um ano para cá tem sido evidente. A russa é uma jogadora com um ténis de pontos mais curtos, mas hoje em dia, mesmo não o fazendo de forma perfeita, já se move com um relativo à vontade no fundo do court, deslizando um pouco melhor na terra batida. Neste  torneio, Maria Sharapova mostrou-se também como sendo uma jogadora com uma exclente fibra mental, uma vez que nos quartos-de-final , num jogo decidido num tie break e que teve um grande equilíbrio, eliminou a australiana Samantha Stosur (atual nº 5 mundial), depois de ter conseguido contrariar um match point.

 

No geral, Azarenka mostra ser uma jogadora mais completa, mas pode ver o seu lugar de nº1 ameaçado por a russa, que já demosntrou querer conquistar o próximo Grand Slam da temporada (Roland Garros).

 

Este é um encontro que já vem sendo muito usual, no circuito de ténis feminino, e comprova que são as duas tenistas em melhor momento de forma, actualmente. Caso não sejam atormentadas por lesões, penso que o título em Roland Garros cairá claramente para uma das duas. No entanto, o ténis feminimo já provou que nem sempre os resultados finais vão de encontro ao que era esperado antes do início dos torneios.

 

 

Por Cláudio Guerreiro

27
Abr12

3x4x3: E agora???

Minuto Zero

 

1. E tudo uma semana levou... campeonato em Camp Nou, Liga dos Campeões também em Camp Nou... Guardiola anuncia a sua saída... e agora Barcelona? Que futuro?

 

A resposta não podia ser mais clara: continuidade. Mais do que uma equipa, que uma sombra do ego do treinador o temos de falar do incrível projecto Barcelona, com sede em La Masia. Agora com um ilustre desconhecido ao leme, o tiki-takapoderá sofrer algumas alterações, poderá até arredar um pouco do nível dos últimos tempos, mas a verdade, é que se este projecto sobreviveu a Laporta e às suas loucuras financeiras (leia-se Zlathan Ibraimovic) certamente que a saída de Guardiola será um mal menor.

 

Confesso que Pep não me convenceu desde início. A equipa que tudo ganhou em 2008/2009 era simplesmente fantástica, e percebeu-se desde cedo que só necessitava de uma limpeza de balneário e de um farol para os guiar. Mas a verdade, é que ao longo dos últimos 4 anos Guardiola revelou uma capacidade para reinventar a equipa incrível. Soube perceber o que estava mal quando em 2010 afastou Ibra do seu 4x3x3, soube criar um novo sistema para fazer a equipa jogar de forma ainda mais divina (3x4x3), com vários jogos onde as suas opções e apostas arriscadas lhe foram valendo vitórias importantes.

 

Ao fim de quatro temporadas de pressão constante, diz-se cansado. Para o "filosofo" como ironicamente lhe chamam é tempo de repousar antes de abraçar o maior desafio da sua carreira e viajar até um outro gigante do futebol, onde não mora o tiki-taka culé. Fica no entanto o trabalho realizado e um padrão de jogo que certamente Tito Vilanova deverá respeitar.

Vão existir mudanças é claro. Percebe-se claramente a necessidade de renovar a defesa, com a entrada de um jogador de alto nível para o centro pensando na substituição do quase eterno Puyol. Já do lado esquerdo, os problemas de Abidal forçam a equipa a encontrar uma solução dentro do perfil: um jogador que possa jogar como defesa-esquerdo em 4x3x3, mas também fechar pelo centro em 3x4x3. Por isso, afasto os nomes de Jordi Alba (Valência) ou mesmo Bale (Tottenham) da agenda blaugrana. Com o limitado orçamento já anunciado, não será esta uma época de grandes apostas. Neymar vai ter de esperar por dias mais abonados.

 

O essencial irá se manter. O projecto de La Masia continua a dar frutos. Na forja, uma equipa B que consegue ser competitiva na Liga Adelante, com várias pérolas que prometem entrar nas contas da equipa principal brevemente. Destaco aqui Rafinha Alcantra (irmão mais novo de Thiago), Gerard Deulofeu (embora com algumas reticencias por não encaixar bem no perfil), ou os defesas Montoya e Bartra.

Na equipa principal Xavi, Puyol, Abidal e Keita devem perder minutos, sendo que o ultímo deverá mesmo sair. Não sei bem qual será o papel de Villa, dependerá da vontade do treinador.

 

Certo é, que o Barcelona irá certamente manter o nível competitivo, embora possa perder alguma vantagem anímica face a um Real Madrid que mais uma vez apontará para a conquista de todas as competições.

 

By Tiago Luís Santos

 

27
Abr12

Buzzer Beater

Óscar Morgado

Os Playoffs estão aí

 

Agora sim, está tudo definido. Ontem à noite terminou a fase regular da NBA, que apenas confirmou os confrontos já previstos para a derradeira fase do campeonato. Aqui fica a antevisão de toda a acção, que começa Sábado à noite:

 

Conferência de Este

 

1º - Chicago Bulls vs. 8º - Philadelphia 76ers

 

     Antes da época começar, não me iria surpreender com os sixers aqui. Mas depois de esta equipa dominar nos lugares cimeiros da conferência até meio da época, é pena o seu rendimento ter descido, e terem apanhado um confronto que dificilmente vão vencer. A equipa aguerrida, comandada pelo ala Andre Iguodala e liderada pelo treinador Doug Collins, não fará uma prestação que os embarace, mas garra Chicago também tem, simplesmente com uma dose muito maior de talento. Fica a dúvida da condição física de Derrick Rose, que segura toda esta equipa junta, mas mesmo sem ele, pelo menos a primeira ronda parece acessível a Chicago. Previsão: vencem os Bulls em 5 jogos.

 

2º - Miami Heat vs. 7º - New York Knicks

 

    Este fará correr tinta nos jornais, e irá disparar as audiências, mais altas que qualquer outro jogo da primeira ronda. Lebron James, Dwayne Wade, Carmelo Anthony, Amare Stoudemire, Chris Bosh, e até o lesionado Jeremy Lin. As estrelas não acabam. Do lado de Nova Iorque, uma época decepcionante, em que todos esperavam que esta fosse a 3ª melhor equipa da conferência, levou ao 7º lugar. Anthony e Stoudemire não funcionam juntos, o treinador não sabia o que fazer com esta equipa, e o talento é algo desperdiçado. E depois apareceu Lin, e deu esperança de grandes coisas. Mas Miami é mais competente, apesar de menos profunda em termos de banco e de jogadores que suportam as estrelas, pode aproveitar o facto de Lin estar lesionado para esta ronda e não ter a fraqueza do confronto entre bases. O perigo vai estar em Tyson Chandler, sem igual debaixo das tabelas, pois James sabe bem o que fazer com o seu amigo de longa data, Carmelo Anthony. Ainda assim, equilibrado em muitos aspectos. Previsão: Miami em 6, eventualmente 7.

 

3º - Indiana Pacers vs. 6º - Orlando Magic

 

     Os Pacers continuaram a evoluir esta época, e o 3º lugar é perfeitamente justificado, com uma equipa perfeitamente equilibrada em todas as posições, e com banco à altura de qualquer outra equipa. Orlando...não. Dwight Howard enfrenta uma cirurgia brevemente, e está fora para todos os playoffs, portanto os Magic não parecem ter qualquer hipótese. E mesmo que lá estivesse, o seu rendimento baixou brutalmente na segunda metade da época, depois de toda a novela sobre a sua eventual saída,  e a equipa parece muito desfigurada a jogar, nada a ver com a equipa que foi às finais há uns anos atrás. Teria que acordar Turkoglu, Nelson fazer os jogos da sua vida, e Ryan Anderson jogar como All-Star todas as noites. Salvo alguma surpresa, Orlando não tem hipótese, e a previsão é arrojada: Pacers vencem em 4 jogos.

 

4º - Boston Celtics vs. 5º - Atlanta Hawks

 

     O velho trio de Boston não desiste. Os Hawks, sem surpresa, surpreendem mais um ano, mesmo depois de Al Horford ter sido perdido por lesão, Josh Smith justificava a sua presença no All-Star, talvez até como membro do 5 inicial, e Joe Johnson tem estado à altura, só não à altura do seu contrato, bem como Jeff Teague, que se vem a afirmar como o base aceitável que os Hawks não têm conseguido encontrar. Em Boston, Garnett e Allen estão no final dos seus contratos milionários, e tinham que jogar esta época para que Boston se reestruture em seguida, mas toda a coesão está lá. Talvez não tenham as pernas para uma campanha longa, embora Rajon Rondo ajude nesse departamento, com a sua constante ameaça de triplo duplo todas as noites. Previsão: não consigo decidir, mas vai a 6 ou 7 jogos.

 

Conferência de Oeste

 

1º - San Antonio Spurs vs. 8º - Utah Jazz

 

     Sim, parece que eles nunca mais deixam de jogar bem. San Antonio é uma equipa que quase que chateia. Se não joga bem Duncan, Ginobli carrega a equipa. Este ano, ambos estiveram mais de fora, por lesão ou condição física. Não há problema: Tony Parker joga á la MVP. E Utah? O lugar, conquistado à última da hora, motiva uma equipa cheia de promessa para o futuro, que mostra que sem Deron Williams também se ganha. Jefferson e Millsap ancoram o agora, Favors, Hayward e Kanter o futuro. É afinal, é sempre bom ver os Spurs jogar. Previsão: Spurs em 6 jogos.

 

2º - Oklahoma City Thunder vs. 7º - Dallas Mavericks

 

    Oh doce vingança! Os Thunder devem estar a pensar porque é que não conseguiram manter o primeiro lugar. Tiveram problemas de confrontos directos este ano (especialmente com os Clippers), e alguns jogos ficaram por ganhar. Mas continuaram a crescer, como esperado, e são finalmente uma equipa que está a lutar pelo título. Durant é a mega estrela, Westbrook a super estrela, Harden e Ibaka, as estrelas. Brilham, são jovens, e continuarão a brilhar. Melhoraram a defesa, o ataque mantém-se de alta qualidade. E há a motivação extra de jogarem contra os Mavericks, sombra da equipa que ganhou um título na época passada. Não vejo este ano (e ainda assim, não via o ano passado) Dirk Nowitzki carregar o fardo contra os 5 do outro lado, ainda por cima, sedentos de vigança da derrota do ano passado. Sem Chandler no meio, um Terry e um Kidd envelhecidos, já não é a mesma coisa, e a época regular correu pior que no ano passado. É altura de Oklahoma ter uma verdadeira chance ao título. Previsão: OKC em 6 jogos.

 

3º - Los Angeles Lakers vs. 6º - Denver Nuggets

 

     Os Lakers são uma equipa interessante. Pagos a peso de ouro, não se sabe bem se jogam bem ou se é Kobe Bryant. Tentaram atrair Chris Paul e Dwight Howard, mas Bynum já joga ao ponto de fazer pessoas este ano dizerem que pode ser melhor que o último. Com a brincadeira, perderam a âncora de Lamar Odom ao tentar aliviar tecto salarial,  e o seu banco desmoronou-se. Mas Gasol voltou a ser um jogador do mais fiável que há (mas não estrela indiscutível) e Bynum uma legítima estrela. E Bryant...escusado será dizer, só Durant fez médias pontuais mais altas este ano. Estão lá para o título. E as trocas correram bem antes do deadline: Jordan Hill dá força ao banco e Ramon Sessions é finalmente um base aceitável para esta equipa, que despachou Fisher para os Thunder. Quanto aos Nuggets, mais um ano eles são o grupo coeso, ainda jovem, e ainda mais promissor que o ano passado. O rookie Kenneth Faried é uma máquina de ressaltos, tanto que até valeu a troca de Nenê por McGee, dos Wizards, apostando na juventude. O treinador, George Karl, nunca mais se reforma, mantém o ataque como um dos melhores da NBA. Só se o star power de Los Angeles falhar, aí podemos estar perante um upset. Previsão: Lakers em 7.

 

4º - Memphis Grizzlies vs. 5º - Los Angeles Clippers

 

    Ver os Clippers ganhar esta dificilmente será considerado um upset. Renascidos da ridicularidade com Chris Paul, prometem ser relevantes e candidatos ao título para os próximos anos. Foi custoso perder Billups, a espinha veterana que dava excelência ao duo exterior com Paul, mas Nick Young, pelo menos, dá pontos aos molhes. Memphis é novamente a equipa do esforço e trabalho, mas com Rudy Gay a jogar como deve, sem lesões. Isto tanto dá para um lado ou para outro, e não será o star power de Los Angeles que fará uma desvantagem. Previsão: qualquer um, 7 jogos.

25
Abr12

Lado B

Bruno Carvalho

Fórmula 1: Vettel regressa ao topo

 

 

À quarta prova do campeonato do mundo de Fórmula 1, Sebastian Vettel venceu a sua primeira corrida da temporada, no Grande Prémio do Bahrein, que decorreu no passado domingo. Com esta vitória, Vettel regressou não só aos triunfos em grandes prémios como também à liderança do mundial de pilotos de F1.

Depois das vitórias de Button na Austrália, de Alonso na Malásia e de Rosberg na China, agora foi a vez do bicampeão do mundo de F1 em título, Vettel, vencer no Bahrein. Há 29 anos que este cenário (quatro vencedores diferentes nas quatro primeiras corridas do ano) não se repetia na Fórmula 1.

Vettel, que partiu da pole position, teve uma tarefa complicada com Kimi Raikkonen a discutir a vitória na corrida, depois de partir do 11º lugar da grelha.

Com esta vitória do piloto alemão, a Red Bull regressou à disputa dos grandes prémios, até de forma surpreendente, na minha opinião.

Por outro lado, a Lotus teve uma prestação brilhante no Bahrein ao colocar os seus dois pilotos no segundo (Raikkonen) e no terceiro lugar (Grosjean) da classificação final.

Mark Webber (Red Bull) ficou em quarto lugar e Nico Rosberg (Mercedes) em quinto, em mais uma boa corrida, apesar de ter estado longe do sucesso alcançado na China.

Por sua vez, a McLaren teve uma corrida para esquecer: Lewis Hamilton teve 2 paragens com problemas que o atrasaram bastante, enquanto Jenson Button teve um furo já no fim da corrida, abandonando a pista mais tarde com um problema no escape do carro.

Hamilton voltou a ter os mesmos problemas que já tinham acontecido na China, ou seja, duas paragens (pit stops) a correr mal, ambas com o problema na fixação do pneu traseiro esquerdo. Este é um aspeto que, no meu ponto de vista, a McLaren terá de alterar em termos de processo, a partir do Grande Prémio da Espanha. Mais do que erro humano, tudo aponta para que o sistema de fixação seja pouco fiável. Hamilton terminou a corrida no 8º lugar, perdendo a liderança do Mundial de pilotos.

Quanto a Jenson Button, nunca conseguiu ser eficaz na gestão dos pneus.

Mas o grande mérito da corrida tem de ser dado à Lotus, devido ao seu impressionante ritmo de corrida. Raikkonen prescindiu de uma qualificação mais agressiva de forma a poder resguardar os pneus para a corrida, ficando com o composto mais macio o que o levou a uma extraordinária subida de ritmo. Já Grosjean teve uma prova tranquila, limitando-se a gerir o ritmo de Webber. Aliás, Webber nunca esteve em condições de discutir o terceiro lugar, terminando a quase 30 segundos de Grosjean.

Nico Rosberg envolveu-se em momentos “picantes” com Hamilton e com Alonso, mas conseguiu terminar a prova no quinto lugar após um duelo final com Paul di Resta (Force India) nas últimas voltas.

Di Resta também teve uma prestação muito boa, liderando a corrida pontualmente, aquando da ida dos outros pilotos às boxes. Com uma tática de apenas duas paragens, Di Resta terminou à frente dos Ferrari, de Alonso e Massa, e do Mercedes, de Michael Schumacher.

Fernando Alonso ficou-se pelo sétimo lugar. O seu brilhante começo permitiu-lhe subir dois lugares na classificação (partiu de nono), lutou como pôde e considero o resultado normal, tendo em conta aquilo que a Ferrari podia fazer. Destaque também na equipa italiana para os primeiros pontos do ano de Felipe Massa, ao terminar no nono lugar.

Agora e antes do Grande Prémio da Espanha, é tempo da Ferrari rever todo o atraso de evolução, corrigir e procurar ter uma época melhor daqui para a frente.

Concluindo, Vettel lidera o Mundial de pilotos com quatro pontos de avanço sobre Hamilton, cinco sobre Webber e dez sobre Button e Alonso. No Mundial de construtores, a Red Bull comanda com nove pontos de avanço sobre a McLaren.    

 

24
Abr12

Porque a vida também é feita a correr...

João Perfeito

O triunfo da previsibilidade relativa do futebol- Um destroçado Chelsea melhor que o divino Barça

 

             Aquilo que distingue a competitividade do futebol relativamente com outros desportos (individuais ou colectivos) reside na sua ampla relatividade.

               O futebol não pode ser encarado como um fenómeno absoluto, como um ranking quantitativo que ordena a qualidade das equipas. A equipa A é melhor que a equipa B. A equipa B é melhor que a equipa C, mas isso não significa necessariamente que a equipa A é melhor que a C. É necessário perceber que a cada equipa, mais que um estilo de jogo, existe uma identidade própria que é moldada de maneiras diferentes na intersecção com a qualidade do adversário. De forma mais simples “Uma equipa joga aquilo que a outra deixa jogar”.

             Portanto, parece previsível esta eliminação do Barcelona. O tiki-taka blaugrana - órfão de passes aéreos, diagonais/longos, finalizações a primeiro toque não consegue encontrar maneira para desfeitear a baliza blue. O Barça tem no seu estilo de jogo, uma identidade demasiadamente rígida, pouco adaptável a certas vicissitudes do futebol moderno. Não se trata de defender o futebol praticado pelos londrinos. No futebol actual, qualquer equipa tem que ter mecanismos diferentes que resolvam os diferentes contextos inerentes ao jogo.

              Hoje, viu-se um Barça que não soube inovar o seu jogo e morreu com a sua previsibilidade outrora fantástica, hoje sintomaticamente quebrada.

               Do lado do Chelsea um posicionamento excelente, apenas sofre os golos em transições rápidas do Barça (paradoxo). O Barça não soube perceber que a melhor maneira de encontrar espaço seria deixar o Chelsea subir e por isso viu-se impossibilitado de marcar golos perante o avião blue.

             O Chelsea nos 27% de posse de bola, conseguiu ter uma enorme verticalidade no espaço vazio, um Drogba que jogou sozinho contra o Mundo e um Ramires tacticamente perfeito. Por isso apesar de todo o apetrechamento excessivamente defensivo, o golo de Ramires patenteia a qualidade ofensiva dos blues- antagónica dos blaugranas (incisão- passe espaço vazio- finalização primeiro toque).

              Num contexto actual de pressão sobre o portador da bola é preciso executar rápido e não apenas pensá-lo.

            Nota para mais uma péssima exibição de Lionel Messi. A exibição de Messi é mais uma réplica da ideia de relatividade do futebol Moderno.

Messi é um génio e hoje morreu com todas as adversidades patentes dum ser especial.

            A genialidade é limitativa. As suas finalizações, movimentos, remates, passes em certos contextos são belos, únicos, artísticos. Mas noutros, Messi vê-se impossibilitado de conseguir deixar a sua arte. E Messi sem Arte é reduzido a um jogador banal.

Messi será eternamente um jogador que consegue redescobrir a sua arte em 95% dos jogos, mas não consegue adaptar-se aos 5% em que ela é ofuscada na casa táctica do adversário.

           Mais que razões meramente futebolísticas, razões humanas. Messi- a cara dum ser humano completamente desfeito sem capacidade para remar contra a maré, sem capacidade de solucionar problemas em situações extremamente adversas, sem capacidade para pegar no jogo da equipa e impulsioná-la para a vitória.

           Arrostou-se em campo, desistiu do jogo e atirou a eternidade desta equipa para os livros de História.

           Um génio incapaz de acender a lâmpada da vitória com uma magia pessoal. Sem a luz de Xavi e Iniesta a lâmpada de Messi ficará eternamente às escuras.

             Barça- um estilo de jogo, uma identidade, uma atitude, uma filosofia. O futebol construiu-se, moldou-se e melhorou com a marca desta equipa…

             O caminho está no fim e o testemunho está lançado.

            Quem será a próxima equipa a apanhá-lo e a reescrever a História?

              Aceitam-se apostas…

23
Abr12

Livre Direto

Cláudio Guerreiro

O Campeão Dortmund

 

 

O campeonato alemão conheceu este fim-de-semana o seu campeão. O Borussia de Dortmund renovou o título que conquistara na época transata, num jogo em que levou de vencida o outro Borussia, o de Monchengladbach, por 2-0 com golos de Perisic e Kagawa.

 

Mesmo sem a presença da sua principal estrela, Mario Gotze, devido a uma lesão de longa duração o Dortmund conseguiu levar por vencido o seu principal adversário nesta luta: o poderoso Bayern de Munique que tinha equipa para ser campeão, mas a luta para chegar à final da Champios, com final no seu estádio, pode ter sido um fator importante para uma menor regularidade de resultados a nível local.

 

O sucesso um ano depois deve-se também à manutenção de um conjunto de jogadores que já se conheciam da época anterior, uma vez que do onze base, apenas Nuri Sahin saiu. Com a ausência de Gotze, foi o médio ofensivo Shinji Kagawa quem se destacou mais e comandou a equipa até à vitória no campeonato. O médio japonês, que tem uma ótima capacidade de ditar o ritmo de jogo, já fora figura da equipa na época passada, dando continuidade à boa forma neste ano, marcando 13 golos em 29 jogos até à data. No entanto, apesar de algumas individualidades que se têm destacado o Dortmund vale mais pelo seu conjunto.

 

Em primeiro lugar, o guarda-redes alemão Weidenfeller, apesar de não ser um grande nome do futebol alemão, oferece muita segurança a uma defesa que por si já coloca os avançados adversários em sentido. No conjunto dos quatro defesas destaco os centrais habitualmente titulares, Hummels e Subotic, que têm potencial necessário para se tornaram centrais de elite, com especial vantagem para o alemão. As laterias também estão bem entregues a Piszczek a Schmelzer, que apesar de não serem excecionais, cumprem os seus papéis de maneira eficaz.


O meio campo, para além de Kagawa é composto por Großkreutz, Kehl, Gundogan e Kuba (Bender também figura muitas vezes entre os titulares). Este meio-campo junta criatividade e destruição na dose certa. O goleador desta equipa é o polaco Lewandowski que conta com 20 golos em 32 jogos e que conseguiu sentar no banco Lucas Barrios.

 

O próximo passo desta equipa é conseguir afirmar-se em pleno nas competições europeias, algo que o Bayern de Munique já vem conseguido há uns anos.

 

 


 

 

 

 

 

22
Abr12

Área de Ensaio

Pedro Santos

CDUL cada vez mais perto

 

 

    O Estádio Universitário de Lisboa assistiu este sábado ao "passo de gigante" que o CDUL deu em direcção à finalíssima que vai decidir o novo campeão nacional de rugby.

    A equipa azul, recebeu e venceu o GD Direito por 13-12, num jogo que apesar de equilibrado nunca foi verdadeiramente bem jogado. O CDUL entrou no jogo a vencer, logo no primeiro minuto Carl Murray respondeu à solicitação de Pedro Cabral e inaugurou o marcador, quando as duas equipas ainda estavam a "aquecer os motores". A partir daí o jogo centrou-se nos avançados, com o GD Direito a ganhar ligeira vantagem, mas sem conseguir traduzir isso em situações de perigo, muito por culpa de (mais uma vez) não conseguir interligar o jogo com os seus defesas. Já a equipa azul tentou utilizar a mesma receita que lhe valeu a vitória sobre a Agronomia, mas nem Pinto Magalhães nem Pedro Cabral conseguiam colocar a bola rápida e em condições em Frederico Oliveira, Gonçalo Foro ou Carl Murray, limitando-se a transmitir a bola lateralmente e de forma previsível. Apesar das dificuldades o GD Direito conseguiu reduzir no 1º tempo, fruto de duas penalidades de Gonçalo Malheiro (será que já não tem qualidade para a selecção?) fixando o resultado a meio da primeiro tempo em 7-6.

    As duas equipas limitavam-se a defender o jogo previsível do lado contrário, com defesas bem organizadas, mas ataques lentos e demasiado centrados nos avançados. A acabar a 1ª parte, Malheiro virou o resultado com um bom drop (9-7), mas na bola de saída uma penalidade permitiu a Pedro Cabral levar o CDUL em vantagem para o intervalo.

O GD Direito ainda conseguiu voltar à vantagem por 12-10 (mais uma vez Malheiro), mas com o avançar da 2ª parte os homens de Monsanto começaram a mostrar dificuldades físicas evidentes, o que condicionou o seu jogo. O CDUL passou a controlar a iniciativa de ataque e com maior capacidade física, foi montando sucessivas fases de ataque, esperando que uma desconcentração adversária. Desconcentração essa que surgiu já mesmo no final, uma penalidade que permitiu a Pedro Cabral (falhou 4 pontapés durante a partida) fazer o 13-12 e dar os 4 pontos ao CDUL.

    O GD Direito, voltou a mostrar uma excessiva dependencia dos avançados, um Gonçalo Malheiro excelente no jogo ao pé, mas com dificuldades em abrir jogo nos seus defesas e sobretudo uma quebra fisica na segunda parte, de qualquer forma podiam ter ganho o jogo. O CDUL teve maior capacidade fisica, inteligência e também aquela estrelinha que faz os campeões, e é neste momento a melhor equipa do campeonato e aquela que melhor alia defesas e avançados, tendo jogadores de grande nível em todas as posições.

    A Agronomia foi até Coimbra vencer por 20-0, colocando novamente à vista as dificuldades de uma equipa que chegou a ser a "sensação" do campeonato. A partida foi totalmente dominada pela equipa lisboeta, que poderia ter ganho por uma margem mais dilatada, contudo este jogo serviu sobretudo para rodar jogadores e fazer regressar alguns lesionados. A equipa da Agronomia decerto que vai crescer a partir de agora, com o regresso de Jacques Le Roux e Cardoso Pinto, a equipa irá melhorar e dar luta no acesso à finalíssima. Já a equipa de Coimbra, é a desilusão desta fase, ninguém lhes exigia o título, eram (e são) uns outsiders, mas no mínimo deveriam dar maior luta, pois já provaram que são capazes de fazer melhor. A presença nesta fase nunca pode ser encarada como um prémio, mas sim como uma motivação para fazer mais e melhor.

    Neste momento, o CDUL lidera com 16 pontos, a Agronomia está em 2º com 12 pontos, o GD Direito é 3º com 10 pontos e a Académica está na ultima posição com 1 ponto.

 

    Na fase de descida, o Belenenses voltou a provar que não merece estar aqui e que na luta pelo título poderiam fazer boa figura, contudo não conseguiram esse acesso apenas por culpa própria, situação que deverá ser reposta na próxima época. A equipa deslocou-se ao Estádio Nacional para "cilindrar" o Técnico por 98-17, e não há muito a dizer sobre este jogo. Superioridade total, 16 ensaios marcados e uma equipa do Técnico que parece não pertencer a este lote. Uma equipa com a história e o palmarés do Técnico merece mais que uma serie de exibições e resultados que em nada dignificam o clube, e a descida à 1ª Divisão parece evidente.

    Já o CDUP recebeu e venceu o Benfica em Leça da Palmeira, por 27-17. Os portuenses marcaram cedo e aos 5 minutos já venciam por 10-0, e com essa vantagem limitaram-se a gerir o resultado, perante uma trabalhadora mas pouco eficaz equipa encarnada. Tal como o Técnico, uma equipa como o Benfica, um dos fundadores do rugby nacional, com uma palmarés vastíssimo, onde pontificam por exemplo algumas Taças Ibéricas, merecia mais do que lutar pela manutenção e arrastar-se nos últimos lugares da classificação. Mas o que é que se pode pedir quando a direcção do clube esqueceu por completo a modalidade, que vive "desterrada" em Almada e que apenas sobrevive graças ao trabalho de alguns ex-jogadores e apreciadores da história do rugby do Benfica? Nada de bom se prevê para o futuro do rugby encarnado.

    A classificação segue com o Belenenses em 1º com 19 pontos, o CDUP é 2º com 11 pontos, o Benfica está em 3º lugar com 7 pontos e o Técnico é último com 2 pontos.

 

By Pedro Santos

20
Abr12

3x4x3: Aceitam-se Apostas!

Minuto Zero

 

 

Esta é confesso a minha fase predilecta da época futebolística. A patir dos quartos de final da Liga dos Campeões (e também na Liga Europa) cresce o interesse, sobretudo porque por ai moram as melhores equipas da Europa (e brasileiros que me desculpem.. do mundo).

 

1.Grande ronda a desta semana, com várias notas de destaque. Comecemos por Munique. Palco da final, o magnífico Allianz Arena recebeu um dos mais esperados confrontos da temporada. Levou a melhor o Bayern de Jupp Heynckes, equipa de repelões ofensivos, guiados pelo talento e repentismo de Frank Ribery e Arjen Robben.

Do duelo Mourinho/Henynkes, destaque para a incapacidade do Real em controlar a partida. Não falo de domínio em posse, mas sim da capacidade para fechar os caminhos para a baliza e esperar transições de qualidade. Na Baviera, frente a uma equipa que se desequilibra com facilidade como é o Bayern, José Mourinho tentou explorar com naturalidade os diferentes momentos do jogo, ora pressionando mais alto, ora baixando o bloco e permitindo que o Bayern joga-se como menos lhe convêm, em ataque organizado. O grande problema é que a defesa do Real cedo se percebeu que não estava a dar resposta. Inteligentemente, Mario Gómez apareceu muitas vezes mais recuado, na busca da bola e jogando de costas, aproveitando vezes sem conta os erros de S.Ramos, sempre precipitado nas saídas em antecipação. Valeu a grande exibição de Pepe para equilibrar um eixo desequilibrado pelo irreverente espanhol.

Do lado oposto, Ribery e Robben souberam aproveitar os espaços, com apoio de Kroos (no lugar de Muller de inicio) e do par de médios Sweinsteiger/L.Gustavo. No segundo tempo, face a um cada vez mais inseguro Real, Muller acabaria por ser pedra de toque na caminhada para um logo anunciado. A resposta de Mourinho, com Marcelo a fechar a esquerda e Di Maria ao centro como transportador de bola, não seriam suficientes para aproveitar os espaços concedidos por um Bayern balanceado para a frente.

Em Madrid a segunda parte da eliminatória. Continuo a apostar no Real para a final, com o génio de Ronaldo, mas a verdade é que o Bayern irá vender cara a eliminatória e a histórica presença na final. Para já, parte em vantagem com o 2-1.

 

2. A face imutável de Di Matteo no banco de um pouco sereno Chelsea, contrasta com o fervilhar catalã no banco de Guardiola. Em Londres, naquele que é já um clássico dos últimos anos de Champions, o Chelsea versão "bloco de gelo" garantiu vantagem ao fim de 90 minutos. Poucos são os que no entanto apostam nos blues.

Apesar das oportunidades, percebeu-se que Di Matteo tinha claramente a lição táctica bem estudada. Fechando o espaço interior com Obi Mikel próximo de Cahill e Terry, ladeado por Lampard e Meireles, dois box-to-box agressivos tacticamente. Xavi, Cesc e Messi esbarraram consecutivamente na falta de espaços no meio, sendo os raides de Alexis e o talento de Iniesta pela esquerda as principais armas de um Barcelona manietado.

Pois bem é verdade que isto nem sempre resulta. Mas os jogos começam sempre 0-0, e por isso mesmo, jogando desta forma é possível de facto vencer as triangulações interiores culé. Pensando bem no entanto, se a bola de Alexis na trave entrasse tudo seria diferente e este meu comentário forçosamente também... no fim conta o resultado.

Do lado do Chelsea ainda, começam a faltar os adjectivos para Ramires. Com Di Matteo, parte de uma posição mais caída na faixa, sempre com uma noção de box-to-box, com um motor infindável de quem parece puder jogar durante 4 horas ao mesmo ritmo. Exibição incrível. Encontrou o seu espaço, numa equipa que joga de forma que lhe agrada. Por ultimo, o destaque natural para o inevitável Drogba com mais um golo decisivo.

Se há pouco disse que no fim conta o resultado, digo-vos ainda que pouco me importa que o Chelsea seja campeão europeu. Mantenho a minha opinião romantica sobre o desporto... não trocava um bilhete para Camp Nou por um para Standford Bridge.

 

By Tiago Luís Santos

18
Abr12

Lado B

Bruno Carvalho

Athletic de Bilbao ao raio X

 

 

O Sporting defronta amanhã o Athletic de Bilbao em jogo a contar para a primeira mão das meias-finais da Liga Europa. Importa agora fazer o raio X à equipa basca.

A equipa de futebol do Athletic de Bilbao assenta a sua dinâmica de jogo em quatro pontos fundamentais:

1 – A equipa basca atua protegida pelo ambiente fervoroso dos seus adeptos que normalmente se deslocam ao estádio de San Mamés. Este é um fator a favor da equipa do Sporting, uma vez que o jogo de amanhã será realizado em Alvalade, pelo que a formação espanhola não terá tanto apoio quanto o que gostaria de ter (são esperados cerca de 3 mil adeptos do Athletic de Bilbao no Estádio José de Alvalade).

 

2 – O jogador nuclear de toda a estratégia coletiva do Athletic de Bilbao aparenta ser Óscar de Marcos, de 23 anos, que alicerçado no fácil drible e poder de explosão dinamiza todo o futebol dos espanhóis do meio-campo para a frente.

O excelente momento de forma de Susaeta também não passa despercebido. O jogador que atua à direita do meio-campo imprime uma grande versatilidade ao futebol da equipa espanhola.

 

3 – A defesa aparenta ser o ponto mais fraco da equipa de Bilbao. Javi Martínez está suspenso e não pode jogar em Alvalade, pelo que a equipa poderá mostrar-se permeável, devido à lentidão dos seus jogadores, à fragilidade do jogo aéreo e à forma como sai a jogar. Na minha opinião, a ausência de Javi Martínez neste jogo poderá estar a favor do Sporting, uma vez que todos nós sabemos o quão é importante para uma equipa de futebol ter o seu principal trinco disponível (veja-se o caso do Benfica, que quando não teve Javi García disponível obteve uma série de maus resultados, ou o caso do Sporting, que sentiu um pouco a ausência de Rinaudo nos jogos em que Daniel Carriço ainda estava a adaptar-se a jogar na posição de trinco, ou mesmo o caso do FC Porto que, quando não tem Fernando disponível, vê-se obrigado a alterar completamente a sua dinâmica de jogo com a introdução de Defour na equipa).

 

4 – Por fim, as bolas paradas aparentam ser um dos principais trunfos da equipa do Athletic de Bilbao com Fernando Llorente a responder bem de cabeça às solicitações dos seus colegas (recorde-se que, neste último fim-de-semana, Llorente voltou a marcar um golo de cabeça na vitória da sua equipa sobre o Maiorca por 1-0. Aliás, com este tento, Llorente marcou o seu décimo golo de cabeça nesta temporada).

 

Concluindo, esperam-se algumas dificuldades para o Sporting no desafio de amanhã a contar para as meias-finais da Liga Europa, mas penso que se o Sporting mantiver a postura que teve no jogo em casa frente ao Manchester City, poderá sair vencedor deste jogo levando um resultado positivo para Bilbao. Muito sinceramente e como português, espero que o Sporting consiga vencer o jogo de amanhã sem sofrer golos, pois todos nós sabemos que em competições a eliminar é fundamental não sofrer golos em casa e marcar pelo menos um golo no estádio do adversário.

 

16
Abr12

Livre Direto

Cláudio Guerreiro

Liverpool aposta nas taças nacionais

 

Há algumas épocas arredado da luta pelo campeonato inglês, o Liverpool apostou claramente esta época nas taças nacionais: Taça da Liga e Taça de Inglaterra.

 

Na época passada, o 6 º lugar final custou caro ao Liverpool, uma vez que foi insuciente para para se conseguir qualificar para as competições europeias. De modo a evitar uma repetição disto, o clube deciciu dedicar-se com mais entrega às taças de forma a garantir, pelo menos, um lugar na Liga Europa. Pode-se ver agora que essa entraga deu frutos, uma vez que já conquistou a Taça da Liga perante o Cardiff do segundo escalão inglês, garantido já, deste modo, a presença na Liga Europa da próxima época desportiva.

  

Após esta conquista, o Liverpool poderia deixar um pouco de lado a Taça de Inglaterra para se concentrar a 100% no campeonato. No entanto, não foi isso que aconteceu, pois a equipa estará na final que se disputará a 5 de Maio no Estádio de Wembley, após ter eliminado o rival Everton, num jogo em que Luis Suárez e Andy Carroll deram a volta ao marcador na 2ª parte. Como adversário terá os londrinos do Chelsea que cilindraram o Tottenham por uns expressivos 5-1.

 

A chegada de um novo treinador, na época passada, e consequente adaptação dos jogadores a um novo técnico, assim como a saída de alguns jogadores-chave, como era o exemplo de Fernando Torres, o melhor marcador da equipa durante várias épocas, foram talvez algumas razões que estiveram na base desta quebra.

 

A vitória na Taça da Liga e a presença na final da taça de Inglaterra dão agora confiança a uma equipa que, num futuro próximo, pretenderá entrar novamente no lote de candidadatos à vitória na Premier League e às competições europeias. 

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