Terceiro Anel
Jesus não viu... e enganou-se
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Jesus não viu... e enganou-se
Um conselho – Saia daí!
Gosto muito de José Mourinho. Nunca vi nele os clássicos defeitos que muitos portugueses sempre viram. A partir do momento em que Mourinho abandonou Portugal - no Verão de 2004 para rumar ao Chelsea – passei a apoiar a desejar o maior sucesso às equipas orientadas pelo treinador português. Foi assim em Inglaterra e posteriormente, em Itália, quando assumiu o cargo de treinador do Inter de Milão. Fiquei muito contente quando conquistou o primeiro campeonato em terras de Sua Majestade e mais tarde, quando venceu a Liga dos Campeões com o seu Super-Inter.
A partir daqui, já não consigo apoiar Mourinho. Continuo a gostar dele, mas quero que o Barcelona vença o campeonato (é garantido) e a Liga dos Campeões. Não por gostar mais do Barcelona do que gosto do Real Madrid, mas por detestar o estilo de jogo da equipa merengue. Em Itália, Mourinho utilizava uma defesa coesa e jogava à retranca, é certo, mas depois tinha um jogo ofensivo que apaixonava qualquer adepto de futebol. Em Madrid, e apesar das vedetas, o futebol do Real Madrid é sempre apressado, parece que os jogadores não querem ter a bola nos pés, vive do pontapé para o ar e da fé que depositam em Cristiano Ronaldo. É um estilo de futebol que não me agrada. Quando comparado com o Barcelona, então a equipa do grande treinador português é reduzida a uma nulidade e o jogo assemelha-se a um Porto- Desportivo das Aves. O Real não tem iniciativa de jogo, só consegue parar o Barça com o recurso à falta, pouco ataca e suspira de alívio quando a equipa catalã não acerta na baliza.
A Final da Taça do Rei foi injusta e Pepe Guardiola e a sua equipa é que mereciam o troféu, veja-se a segunda parte do encontro. No campeonato, o domínio é óbvio e na Liga dos Campeões, as aspirações de Ronaldo, Mourinho e companhia vão morrer em Camp Nou. Agora só se fala da expulsão do Pepe e das consequências que trouxe ao jogo e à equipa da casa, mas é útil compreender que o Barcelona merecia, independentemente da expulsão, vencer o jogo. Mais uma vez, Messi brilhou. O segundo golo parecia um treino, os jogadores do Real Madrid foram reduzidos a pinos perante a magia do argentino. Este Real não consegue superiorizar-se ao Barcelona de Guardiola, digam o que disseram. Nem com mais reforços (e daqueles habituais no Barnabéu) a equipa conseguirá terminar a hegemonia “azulgrana”. Por isso, deixo um conselho a Mourinho: saia do Real Madrid no fim da época e vá fazer o que sabe – ganhar – para o outro lado. Você consegue, você sabe que consegue. Mas não em Madrid, esse clube não é para si. Quem o avisa, seu amigo é.
by Alexandre Poço
Introdução ao Mundo do Rugby
Para tema de abertura deste espaço semanal, gostaria de abordar alguns aspectos referentes ao mundo do rugby. E gostaria de faze-lo por duas razões, primeiro porque creio que a grande maioria das pessoas desconhece a modalidade, sabendo apenas que tem uma bola “estranha” e que só se pode passar para trás (e a culpa não é obviamente de quem não sabe mas sim de quem tendo o poder e o dever de divulgar a modalidade não o faz, mas isto são outros assuntos para mais tarde), e segundo porque não faria sentido semanalmente abordar a modalidade sem primeiro a introduzir a todos vós.
Abordados os motivos desta crónica, vamos agora perceber o que é o rugby.
Não pretendo fazer aqui explicações com cariz histórico (para isso serve a Wikipedia), apenas que o rugby surgiu na Inglaterra, mais concretamente na cidade que mais tarde veio a dar nome à modalidade, em 1823, pela mão (alegadamente) de um senhor chamado William Webb Ellis, a quem, por ser o pioneiro da modalidade, se decidiu homenagear dando o seu nome ao Campeonato do Mundo de Rugby ou Rugby World Cup, ou ainda William Webb Ellis Cup.
O facto de, em pleno século XIX, a Inglaterra ser ainda uma potência colonial explica o porque de o jogo se ter tornado tão popular, nas então colónias inglesas Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.
O rugby nasceu ligado ao futebol, mas cedo ganhou popularidade e vida própria, tanta popularidade que diversas variantes foram surgindo. A variante – rainha, mais popular a nível mundial e sobre a qual principalmente irão incidir esta crónicas é o Rugby Union, jogado com 15 jogadores. Existem ainda o Rugby League, que se joga com 13 jogadores, a variante de Sevens (com sete jogadores, e que será modalidade olímpica em 2016 no Rio de Janeiro). E existem ainda outras variantes com pouca expressão como o rugby de praia ou o Touch Rugby (ou em português “Bitoque”).
Tal como disse, estas crónicas irão incidir sobretudo na variante que mais popularidade tem tanto no hemisfério Norte como no Sul, a variante de XV.
Assim, as equipas dividem se num campo com (aproximadamente) as mesmas medidas de um campo de futebol (mais as áreas de ensaio). Cada XV, é composto por oito avançados e 7 defesas (também chamados de “Três Quartos” por se dispersarem por grande parte do campo). No pack avançado existem 3 linhas de jogadores, a 1ª linha com dois pilares e um talonador, a 2ª linha com dois saltadores e a 3ª linha com dois asas e uma posição denominada “número 8”. Os sete defesas compõem se da seguinte forma, dois médios, um de formação e um de abertura, dois médio – centro, dois pontas e um arriere, ou “número 15”. Como tudo isto não é fácil de compreender, e como pode ainda ficar muito mais complexo, vou deixar para uma próxima crónica a explicação das funções de cada jogador.
O jogo tem duas partes de 40 minutos, e joga-se continuamente sem paragens (em caso de lesão o jogador pode ser assistido no campo com o jogo a decorrer, apenas jogadores da 1ª linha quando lesionados motivam a paragem do jogo), o objectivo primordial do jogo é marcar o maior número possível de pontos e tentar não sofrer. Para pontuar existem três maneiras, com um ensaio, ou seja entrando com a bola na área de ensaio adversária e tocando com ela no chão, valendo isto 5 pontos e seguindo-se um pontapé de conversão aos postes que pode valer 2 pontos adicionais, através de um chuto aos postes fruto de uma penalidade a sancionar uma falta, que vale 3 pontos, ou ainda efectuando um drop – kick, ou seja um jogador que, através de um pontapé, faça a bola passar entre os postes, valendo também 3 pontos.
Vale ainda informar que com as mãos a bola só pode ser passada para trás, os jogadores devem sempre estar atrás do colega que lhe antecede de modo a poder receber a bola, a progressão no campo faz-se de duas maneiras, ou através de pontapés ou através de passes para trás correndo com a bola antes de a passar.
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