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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

02
Mai11

Terceiro Anel

Simão Santana

Jesus não viu... e enganou-se

Jorge Jesus errou. Ponto assente. Não pode ser aceitável que Roberto continue na baliza do Benfica após tantos erros. Eu próprio cheguei a apoiar o espanhol na baliza, mas neste momento não existe desculpa que o salve.
Foi o jogador que mais errou no clube no último ano e que acabou por ser aquele que apesar dessas clamorosas falhas foi o mais apoiado. O César Peixoto que não custou ponto nenhum ao Benfica durante a época acaba por ser mais assobiado que um guarda-redes que está pela negativa em 17 pontos perdidos pela equipa.
Primeiro erro logo contra a Académica, primeiro golo chega atrasado ao cruzamento (ainda isto era o início!), segundo até pode ter sido um bom golo, mas ficam as dúvidas do seu posicionamento. Segundo jogo e para mais dois erros: um cruzamento em que chega novamente atrasado e um golo caricato com a bola a bater na trave sem que Roberto fizesse nada para o impedir sequer o ressalto para uma cabeçada vitoriosa do jogador do Nacional.
Quarta jornada e mais um golo em que podia ter feito mais, segundo tento dos vitorianos novamente de cabeça e onde o espanhol é lento a reagir ao cabeceamento de Rui Miguel, para o meio da baliza.
Nos 5-0 no Dragão, não teve culpa em nenhum golo, mas nada fez para evitar que a derrota se torna-se tão pesada.
Fonte: Associated Press
Após 10 jornadas com algumas fifías sem consequência chegamos a Braga com obrigatoriedade de vencer e Roberto novamente ele, em novo cruzamento inventa o golo do empate dos arsenalistas.
Jogo com o Porto na Luz, para a defesa da honra, na tentativa de evitar que o rival não fizesse a festa na nossa casa e novamente Roberto num cruzamento que de ofensivo nada tinha e Jiménez consegue torná-lo no canto do cisne para o Benfica.
Agora a Olhanense em novo cruzamento e de olhos fechados, outra imagem de marca do semi-guarda-redes.
Sempre apoiei o Roberto, até porque acho que tem qualidade, mas são erros a mais e o Benfica não vive dos jogadores vive das vitórias.
Só JOrge Jesus não quer ver e na próxima semana só espero não estar aqui a apontar mais um erro de Roberto, pois significa que fomos eliminados da Liga Europa, algo que eu acho quase impossível não acontecer, já que a equipa está completamente destroçada e a pedir férias desde a 4ª jornada do campeonato.
Aprender com os erros, pede-se para a próxima época.
by Simão Santana
01
Mai11

Fogo sem Fumo

Alexandre Poço

Um conselho – Saia daí!

 

 

 

Gosto muito de José Mourinho. Nunca vi nele os clássicos defeitos que muitos portugueses sempre viram. A partir do momento em que Mourinho abandonou Portugal - no Verão de 2004 para rumar ao Chelsea – passei a apoiar a desejar o maior sucesso às equipas orientadas pelo treinador português. Foi assim em Inglaterra e posteriormente, em Itália, quando assumiu o cargo de treinador do Inter de Milão. Fiquei muito contente quando conquistou o primeiro campeonato em terras de Sua Majestade e mais tarde, quando venceu a Liga dos Campeões com o seu Super-Inter.

 

A partir daqui, já não consigo apoiar Mourinho. Continuo a gostar dele, mas quero que o Barcelona vença o campeonato (é garantido) e a Liga dos Campeões. Não por gostar mais do Barcelona do que gosto do Real Madrid, mas por detestar o estilo de jogo da equipa merengue. Em Itália, Mourinho utilizava uma defesa coesa e jogava à retranca, é certo, mas depois tinha um jogo ofensivo que apaixonava qualquer adepto de futebol. Em Madrid, e apesar das vedetas, o futebol do Real Madrid é sempre apressado, parece que os jogadores não querem ter a bola nos pés, vive do pontapé para o ar e da fé que depositam em Cristiano Ronaldo. É um estilo de futebol que não me agrada. Quando comparado com o Barcelona, então a equipa do grande treinador português é reduzida a uma nulidade e o jogo assemelha-se a um Porto- Desportivo das Aves. O Real não tem iniciativa de jogo, só consegue parar o Barça com o recurso à falta, pouco ataca e suspira de alívio quando a equipa catalã não acerta na baliza.

 

A Final da Taça do Rei foi injusta e Pepe Guardiola e a sua equipa é que mereciam o troféu, veja-se a segunda parte do encontro. No campeonato, o domínio é óbvio e na Liga dos Campeões, as aspirações de Ronaldo, Mourinho e companhia vão morrer em Camp Nou. Agora só se fala da expulsão do Pepe e das consequências que trouxe ao jogo e à equipa da casa, mas é útil compreender que o Barcelona merecia, independentemente da expulsão, vencer o jogo. Mais uma vez, Messi brilhou. O segundo golo parecia um treino, os jogadores do Real Madrid foram reduzidos a pinos perante a magia do argentino. Este Real não consegue superiorizar-se ao Barcelona de Guardiola, digam o que disseram. Nem com mais reforços (e daqueles habituais no Barnabéu) a equipa conseguirá terminar a hegemonia “azulgrana”. Por isso, deixo um conselho a Mourinho: saia do Real Madrid no fim da época e vá fazer o que sabe – ganhar   – para o outro lado. Você consegue, você sabe que consegue. Mas não em Madrid, esse clube não é para si. Quem o avisa, seu amigo é.

 

by Alexandre Poço

 

 

01
Mai11

Área de Ensaio

Pedro Santos

Introdução ao Mundo do Rugby

 

Para tema de abertura deste espaço semanal, gostaria de abordar alguns aspectos referentes ao mundo do rugby. E gostaria de faze-lo por duas razões, primeiro porque creio que a grande maioria das pessoas desconhece a modalidade, sabendo apenas que tem uma bola “estranha” e que só se pode passar para trás (e a culpa não é obviamente de quem não sabe mas sim de quem tendo o poder e o dever de divulgar a modalidade não o faz, mas isto são outros assuntos para mais tarde), e segundo porque não faria sentido semanalmente abordar a modalidade sem primeiro a introduzir a todos vós.

Abordados os motivos desta crónica, vamos agora perceber o que é o rugby.

Não pretendo fazer aqui explicações com cariz histórico (para isso serve a Wikipedia), apenas que o rugby surgiu na Inglaterra, mais concretamente na cidade que mais tarde veio a dar nome à modalidade, em 1823, pela mão (alegadamente) de um senhor chamado William Webb Ellis, a quem, por ser o pioneiro da modalidade, se decidiu homenagear dando o seu nome ao Campeonato do Mundo de Rugby ou Rugby World Cup, ou ainda William Webb Ellis Cup.

O facto de, em pleno século XIX, a Inglaterra ser ainda uma potência colonial explica o porque de o jogo se ter tornado tão popular, nas então colónias inglesas Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.

O rugby nasceu ligado ao futebol, mas cedo ganhou popularidade e vida própria, tanta popularidade que diversas variantes foram surgindo. A variante – rainha, mais popular a nível mundial e sobre a qual principalmente irão incidir esta crónicas é o Rugby Union, jogado com 15 jogadores. Existem ainda o Rugby League, que se joga com 13 jogadores, a variante de Sevens (com sete jogadores, e que será modalidade olímpica em 2016 no Rio de Janeiro). E existem ainda outras variantes com pouca expressão como o rugby de praia ou o Touch Rugby (ou em português “Bitoque”). 

Tal como disse, estas crónicas irão incidir sobretudo na variante que mais popularidade tem tanto no hemisfério Norte como no Sul, a variante de XV.

Assim, as equipas dividem se num campo com (aproximadamente) as mesmas medidas de um campo de futebol (mais as áreas de ensaio). Cada XV, é composto por oito avançados e 7 defesas (também chamados de “Três Quartos” por se dispersarem por grande parte do campo). No pack avançado existem 3 linhas de jogadores, a 1ª linha com dois pilares e um talonador, a 2ª linha com dois saltadores e a 3ª linha com dois asas e uma posição denominada “número 8”. Os sete defesas compõem se da seguinte forma, dois médios, um de formação e um de abertura, dois médio – centro, dois pontas e um arriere, ou “número 15”. Como tudo isto não é fácil de compreender, e como pode ainda ficar muito mais complexo, vou deixar para uma próxima crónica a explicação das funções de cada jogador.  

O jogo tem duas partes de 40 minutos, e joga-se continuamente sem paragens (em caso de lesão o jogador pode ser assistido no campo com o jogo a decorrer, apenas jogadores da 1ª linha quando lesionados motivam a paragem do jogo), o objectivo primordial do jogo é marcar o maior número possível de pontos e tentar não sofrer. Para pontuar existem três maneiras, com um ensaio, ou seja entrando com a bola na área de ensaio adversária e tocando com ela no chão, valendo isto 5 pontos e seguindo-se um pontapé de conversão aos postes que pode valer 2 pontos adicionais, através de um chuto aos postes fruto de uma penalidade a sancionar uma falta, que vale 3 pontos, ou ainda efectuando um drop – kick, ou seja um jogador que, através de um pontapé, faça a bola passar entre os postes, valendo também 3 pontos.

         Vale ainda informar que com as mãos a bola só pode ser passada para trás, os jogadores devem sempre estar atrás do colega que lhe antecede de modo a poder receber a bola, a progressão no campo faz-se de duas maneiras, ou através de pontapés ou através de passes para trás correndo com a bola antes de a passar.

       

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