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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

05
Mar11

Porque ao Sábado se destaca...

Colaborador Minuto Zero
Vergonha atletismo Nacional, Benfica sem surpresa e o preço da fama

Fonte:jpn.icicom.up.pt
1-Em primeiro lugar gostaria de falar de atletismo. É uma vergonha Sara Moreira ter ficado fora dos 3000 metros do europeu de Pista Coberta. Aos 25 anos depois do bronze nos 5000 no pretérito europeu, Sara Moreira mais do que nunca ambicionava chegar ao ceptro europeu. Um erro na inscrição impediu-a de participar na prova. Como é possível uma federação hipotecar desta forma a participação duma atleta, independente das probabilidades de “A portuguesa” ser ouvida ou não em plena Paris.
Grave é também o facto de a selecção nacional de corta-mato júnior ter ficado fora do mundial. O medalhado dos últimos europeus, Rui Pinto será o único elemento a representar as cores lusas em tão importante competição. Todos os outros 5 elementos da equipa nacional, classificados entre o 2º e o 6º no Campeonato Nacional podiam lutar para fazer Portugal estar entre as melhores 6 equipas do Mundo e ambicionar o topo europeu. Mas mais uma vez a falta de sensibilidade dos nossos responsáveis não seleccionou a equipa. Consequências? Sem este investimento como podemos obter os resultados de outrora?


2- O Benfica somou na passada quarta-feira a sua 18ª vitória consecutiva (novo marco histórico do clube). Ao longo do presente ano de 2011 várias são as pessoas que se mostram surpreendidas por este avolumar de resultados da turma de Jorge Jesus. Muitos até dizem que acham surpreendente todo este caudal e qualidade técnica ofensivos tendo em conta a performance desempenhada na fase embrionária da época. A mim só me dá vontade de rir… Aqueles que diziam que o Benfica este ano estava a milhas do ano passado… Uma boa maneira de soltar uma boa gargalhada. No fundo a equipa do Benfica apenas teve o azar dos 3 jogos que lhe correm mal na época terem-se verificado nas 4 primeiras jornadas. Sim porque perder com o Porto é normal e se perdesse 2-0 tinha as mesmas hipóteses de ser campeã, não venham com histórias dos 5-0… Esta equipa defensivamente em jogos com em Alvalade e no Dragão, revelou uma consistência defensiva que o ano passado era impossível, mesmo perdendo Ramires. Imagino a primeira volta do Benfica e este início de segunda volta se jogasse tantas vezes em superioridade numérica como na pretérita época, bem ai os números eram ainda mais incomparavelmente superiores. Acho estranho também certas pessoas acharem que só agora o Benfica está ao nível da época passada. Quando na verdade exibições com a de Coimbra, a de Setúbal e a caseira frente ao Nacional estarem longe dos padrões normais da equipa. Mas enfim existem pessoas que só por goleadas 8-1, 6-0, 5-0 acham que uma equipa está claramente melhor, curioso é o facto do Benfica na primeira volta este ano ter dado mais goleadas do que na época transacta em jogos com igualdade numérica.

Fonte:geracaobenfica.blogspot.com

3- Por fim vergonhoso é o preço da fama… O preço da fama de Fábio Coentrão. Que no jogo com o Marítimo obrigou Jardel a jogar a defesa-esquerdo e central ao mesmo tempo. Um Fábio Coentrão que recuperava na transição mais lentamente que Cardozo, um Fábio a andar enquanto a bola estava do lado esquerdo da defesa do Benfica. Um Fábio que só corria no seu meio-campo para recuar 20 metros para fazer um lançamento, porque os adversários podiam atacar que ele nem se quer estava lá. Mas um Fábio que faz uma assistência e marca um golo decisivo. Um Fábio que recebe nota 8 no jornal A Bola. Bem um lateral que não defende, que só ataca merece essa nota, então imagino se defendesse, teria o que? 11 ou 12? Ai não a escala é só até 10. Pois este é o preço da fama. O Preço de saber atacar, de saber conduzir a bola, de ter meio-mundo atrás dele, de ter um contrato milionário à sua espera… Outros tem de fazer o trabalho por dois e acabam vaiados, como Jardel. Este é o preço da fama. Um é idolatrado, outro acabou de chegar e é olhado com desconfiança pelos adeptos. E sim Coentrão não revelou atitude, a atitude não se mostra do meio-campo para a frente, ainda para mais sendo um lateral, mostrasse no campo todo, isto é a verdadeira entrega. Nesse campo muito tem que invejar do seu companheiro Maxi Pereira, para mim um dos melhores laterais do mundo no momento. Mas talvez também seja só eu que acho O’Shea um dos laterais da década. Talvez seja só eu que mesmo que Roberto Carlos não marcasse golos nem atacasse tão bem o achava o melhor defesa esquerdo da década. Mas talvez seja só eu, mas penso que o trabalho dum lateral é mais defender que atacar. Talvez seja só eu que tenha reparado nos buracos defensivos de Coentrão no Mundial. As pessoas vivem formatadas e uniformizadas pela comunicação social. Caro leitor, não concorda comigo. Argumente e explique porque? Porque na verdade estou farto de ouvir respostas padronizadas, similares e idênticas. Estou farto da falta que a maior parte das pessoas tem de construir opiniões por si próprias. Talvez por isso eu acabe por ter opiniões tão divergentes ao longo das semanas, porque construo a minha opinião. Mas só talvez.


by João Perfeito
04
Mar11

"Mercado de Primavera"

Minuto Zero
Pode parecer estranho falar de mercado nesta altura, mas a verdade é que as sucessivas notícias de negócios no futebol português deixam antever um animado mercado de Verão, num ano que poderá ser o ultimo com as actuais orientações sobre gestão financeira dos clubes europeus por parte da UEFA.

Em ano de mundial de Sub-20, grande montra de jovens jogadores para o futebol europeu, o futebol clube do Porto antecipou-se à concorrência e antes mesmo do torneio Sul-americano de Sul 20 no passado mês de Janeiro, conseguiu acordo para a contratação do jovem paraguaio-argentino (!?) Juan Manuel Iturbe. Pelo pouco que consegui ver, sobretudo pelo inúmeros golos e jogadas fantásticas ao serviço da selecção alvi-celeste e do Cerro Porteño parece ser sem sombra de dúvida um belíssimo projecto de jogador. Apesar do seu metro e 70 de altura, mostra uma boa capacidade física, sobretudo atendendo à sua tenra idade (17 anos) que lhe permite fazer valer a sua enorme capacidade de explosão em velocidade no futebol sénior. Tem raça, um excelente pé esquerdo, finaliza bem e ganha lances sobretudo pela sua enorme aceleração em espaços curtos para além de ganhar bem lances divididos algo raro num jogador tão novo. Precisa de melhorar no capítulo do passe e da relação com a restante equipa.
fonte: olé
Do Brasil chegara Kelvin um ilustre desconhecido para os portugueses mas que tem tido uma ascenção meteórica na equipa do Paraná. Joga preferencialmente no apoio ao ponta-de-lança, é esquerdino e cai bem nas alas. Habilidoso pode jogar como 10 embora no meio-campo do Porto me pareça dificil ter espaço e especial vocação para funções que são hoje de Belluschi.
Kléber, Lima, Sílvio e Djalma são os restantes nomes de que se fala, numa clara aposta em valores do nosso campeonato. Kléber é um talentoso avançado, embora a sua transferência deva ser dificultada pela direcção do Marítimo. Tem técnica, velocidade, joga bem de costas para a baliza e aparece bem em terrenos recuados. Com 20 anos é sem dúvida um dos maiores talentos da nossa liga. Sílvio e Lima parecem bem encaminhados para chegar ao Dragão vindos do Minho. O primeiro é um defesa lateral que poderá jogar nas duas alas, sendo sobretudo uma excelente opção para a direita. Lima é um avançado móvel com bom remate, bastante inteligente em termos de movimentação, parece puder ser uma boa segunda opção. Por fim Djalma, extremo angolano, parece ser mais uma opção para as alas, num plantel onde Mariano Gonzaléz e Cristian Rodriguez parecem estar de saída. Rápido, boa técnica, tem semelhanças com Varela pelo estilo embora seja mais ágil mas talvez menos robusto.

No Benfica os nomes em cima da mesa parecem sobretudo segundas opções, jogadores bem referenciados pelo gabinete de prospecção que podem ser opções de qualidade.
fonte: abola
Matic, jogador emprestado pelo Chelsea ao Vitesse, aparece como uma opção interessante para o meio-campo encarnado, sobretudo para quando Jorge Jesus pretender jogar mais próximo do 4x2x3x1, com duplo-pivô, sendo um parceiro interessante para Javi Garcia. Altíssimo (1,93m) tem uma capacidade técnica anormal para a sua compleição física, tendo boa capacidade de passe e leitura de jogo. A defender é bastante competente, sobretudo no jogo aéreo.
Depois Wass, jovem lateral sueco sub-21, jogador do Brondbly. Do pouco que vi parece ser um jogador equilibrado, sobretudo competente a defender sem se aventurar muito no ataque. Vem claramente para o lugar de Luís Filipe que deverá ser dispensado.
Da América do sul Rodrigo Mora, um avançado interessante, jogador do Defensor Sporting. Bastante cotado no seu país, apesar de jovem (22 anos), parece ser uma boa promessa de avançado móvel, caindo bem sobre as faixas e destacando-se sobretudo pela capacidade de remate. Poderá ser uma opção para a frente de ataque juntamente com Cardozo, Saviola, Jara jogadores que devem ter presença garantida no plantel da próxima temporada.
O mais badalado mas ainda somente uma “forte possiblidade” será o extremo-esquerdo Nolito, jogador do Barcelona B. Embora o clube da Catalunha lhe acene com a possibilidade de integrar o plantel principal, aos 24 anos Nolito parece ter a consciência de que terá de rumar a um clube de menor dimensão para se impor. Destaca-se pela capacidade para entrar em diagonais desde a esquerda, aproveitando o facto de ser destro e detentor de um bom remate, para além de boa capacidade técnica. Não me parece para já ao nível de Gaitan ou de Salvio (deve regressar inevitavelmente ao Atlético) mas tem potencial enorme. Aos 24 anos será certamente uma decisão que irá marcar a sua afirmação como jogador.

By Tiago Luís Santos


04
Mar11

Voleibol à Sexta

Minuto Zero
O que fizeram aos chineses?

Ontem acordei e dei logo de caras com uma grande notícia: Portugal vai voltar a disputar a Liga Mundial de Voleibol, onde participou pela última vez em 2006 – qualificou-se em 13º depois de, no ano anterior, ter ficado em 5º lugar.
A explicação era bastante simples: o Egipto, qualificado para a prova, desistiu por – como é facilmente compreensível – não assegurar condições para continuar em prova dados os tumultos que assolam o país e toda a região do Magrebe. Por isso, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), «repescou» Portugal – não resisti a usar a expressão típica do atletismo, desculpem. Tudo bem, certo?
fonte da imagem: newshopper.sulekha.com
Não: então e a China? Portugal perdeu com Porto Rico na primeira ronda do torneio de qualificação para a Liga; os chineses perderam na segunda ronda, para a mesma equipa. Isso quer dizer que quem devia entrar era a China. Para mim é bastante simples: por mais feliz que tenha ficado por estarmos apurados, sou pela justiça. E a justiça diz-me que a China é que devia lá estar.
Fui procurar explicações, mas não serviu de muito. Aquilo que a FIVB diz no seu site (www.fivb.org) não me satisfaz: informam que a China tinha direito ao primeiro lugar no caso da desistência do Egipto, mas que é o nosso país que garante as condições necessárias para a permanência do torneio. Boa. Essa parte não era difícil. Que raio de condições faltam à China é que eu gostava de saber. Sobretudo tendo em conta que tem uma das melhores equipas de voleibol feminino da actualidade – que condições são essas que servem elas e não para eles?
Enfim, estou destinada a passar mais horas a vaguear para tentar encontrar uma resposta. Depois partilho. Entretanto, vou expressar o meu contentamento: estamos outra vez na Liga Mundial, boa. Melhor ainda, estamos no grupo da Sérvia, Argentina e Finlândia, que ficaram em 3º, 5º e 14º lugares, respectivamente, na edição de 2010. Bons jogos, portanto.
Já estou a suspirar por voleibol. O torneio terá lugar de 27 de Maio a 10 de Julho, sendo fase final jogada na Polónia. Fica mais um pedido – pode ser que seja ouvido – para uma transmissão jeitosa nos nossos media. Afinal, sempre se trata da participação de Portugal num torneio com as melhores selecções mundiais.

by Sarah Saint-Maxent
04
Mar11

Steve Field

Minuto Zero

 O Futebol de rua

Ontem, depois de jogar futebol com uns amigos, fiz uma pequena viagem ao passado. Comecei a recordar os (bons) velhos tempos em que uma bola servia para divertir (-me) e entreter muitas pessoas. Tempo em que tudo era esquecido e só interessava o jogo.
         Esta nostalgia também é sentida cada vez que vejo Messi a jogar. O seu talento ultrapassava o normal, parece um desenho animado que faz as maravilhas dos leitores. Se pensarmos que este talento esteve para abandonar o futebol por problemas de crescimento, apercebemo-nos melhor destes super poderes. Super poderes que realçam a magia do futebol. Com todas as suas divergências físicas, consegue encantar a maioria dos adeptos, consegue ser o melhor do mundo.
         No outro dia, o técnico do Atlético Bilbao dizia que Ronaldo era o jogador do futuro. Vi muitos comentários dos fans de Ronaldo bastantes felizes por tal comentário. Porém, para mim não foi bem um elogio as declarações de Caparros. Caparros dizia que Ronaldo, e com razão, era o jogador do futuro por ser um jogador de laboratório, um jogador que tem o que tem hoje por mérito próprio, por todo o trabalho que teve. Dizia ainda Caparros que o futebol vai deixar de ter Messis, vai deixar de ter a magia do futebol de rua.
         Ora, aqui está o ponto que queria focar. Estou completamente de acordo com o técnico do Bilbao. O futebol de rua tende a desaparecer. Hoje só uma bola é escassa para um miúdo, ele precisa de bem mais. Para mim, uma bola e meia dúzia de metros para poder chutar seria suficiente. Sim, tenho apenas 19 anos, já sou do tempo das tecnologias, ao contrário das gerações anteriores, mas abdicava de qualquer computador só pelo prazer de jogar futebol.
         A magia e o virtuosismo tendem a desaparecer. Hoje há bem menos Maradonas. Amanhã haverá bem menos Messis e Xavis. Haverá mais Ronaldos, jogadores que apesar do enorme talento que dispõe, nunca terão a magia dos jogadores de rua, parece que é tudo programado. Como se costuma dizer, a melhor escola de futebol é jogar na rua. Não quero chegar a tanto, mas que é essencial, disso ninguém duvide, já que é ‘disso que o meu povo gosta’.

by Steve Grácio
03
Mar11

Da Baviera a Lisboa

Minuto Zero
São duas das equipas que mais sofrem com desequilíbrios tácticos na elite do futebol europeu. Na base um problema de “sistemas partidos”, uma falha grave em termos de transição defensiva. Benfica e Bayern de Munique. Um candidato a uma boa prestação na Liga Europa, o outro na mesma situação na Champions. Mas chegaram á tão ansiada final?
fonte: uefa.com
Já não é a primeira vez que o digo, e volto a insistir: o Benfica de Jorge Jesus tem tendência partir-se no momento em que perde a bola em determinadas zonas, deixando a defesa e o 6 Javi demasiado desprotegidos. Em desenho ofensivo os encarnados ficam distribuídos em campo por vezes num arriscado 3x3x3x2 (seria mais 2x1x2x3x1x1....), baixando Javi para junto dos centrais, e deixando o lateral do lado contrário ao da bola mais próximo do meio-campo. Não existe nesse momento no entanto nenhum jogador do 3 ofensivo do meio-campo com vocação mais defensiva : Tanto Salvio como Gaitan não têm especial apetência para fechar atrás sendo alas puros; Aimar ou Carlos Martins são jogadores de rotinas ofensivas mas mais limitados a defender.
                             
4x1x3x2 de Jorge Jesus
  ………………………………..roberto………………………
maxi …………..luisão………………sidnei……… coentrão
…………………………..…javi garcia………………………..
……………salvio…………aimar……………..gaitan…………
…………………..saviola…………..cardozo………………….



(pretendo apenas deixar uma ideia mais simplificada com o desenho, pese embora não seja a forma mais correcta de representar uma equipa, mas no entanto acho que tem alguma utilidade sobretudo para facilitar a compreensão do acima referido)

No caso da equipa bávara a situação é semelhante. Embora o sistema e forma de jogar não sejam as mesmas, o problema das transições defensivas mantêm-se.
No caso do Bayern de Van Gaal, o 4x2x3x1 apresenta claramente um maior apoio pela faixa central, com utilização de um duplo-pivô (Sweinsteiger e Luis Gustavo), em contraste com Javi no Benfica. Apesar de nenhum dos dois jogadores ser de raiz um verdadeiro cabeça de área ou até mesmo exímio recuperador de bolas, pela capacidade física de Sweinsteiger um box-to-box de nível mundial e pela cultura de movimentos de Luis Gustavo, jogador com grande capacidade de passe longo e detentor de um pé esquerdo fabuloso, em jogos de nível de dificuldade menor, sobretudo contra equipas que não aproveitem o espaço entre linhas, a falta de um verdadeiro 6 passa ao lado, mas na liga dos campeões a equipa mostra algumas dificuldades, sobretudo tendo em conta que os centrais não são jogadores de nível mundial.
Van Buyten, Brabstuber e Breno, são jogadores tendencialmente lentos, fortes no jogo aéreo mas sem grande poder de antecipação, pelo que a adaptação de Tymoshuk, raçudo médio-defensivo Ucraniano (não percebo porque não é opção mais frequente para o meio-campo) á posição de defesa central deu maior ímpeto á defesa, permitindo cobrir o espaço entre os centrais e o meio campo defensivo com os seus ágeis movimentos. Não é no entanto um central de raiz e treme claramente noutros momentos do jogo.
No meio-campo ofensivo, um médio ala (Ribery) e um extremo que parte de uma zona recuada (Robben) assumem as alas, procurando movimentos de ruptura, aparecendo Muller como segundo avançado, móvel entre-linhas no apoio a Goméz o ponta-de-lança.
Tanto Robben como Ribery são jogadores com poucas rotinas defensivas, pelo que a forma de jogar do Bayern provoca nestes a necessidade de partir de zonas mais recuadas, onde normalmente se desgastam em demasia.
fonte: kicker



Em termos ofensivos o melhor Bayern é aquele onde Ribery, mas sobretudo Robben conseguem receber a bola nos últimos 30 metros para ai fazem uso da sua capacidade individual. Para que a bola lhes chegue nestas condições o dinâmico lateral Lahm torna-se o principal municiador de jogo ofensivo, sendo que Sweinsteiger fica demasiado preso a uma posição recuada, quando deveria ser claramente ele a assumir as transições ofensivas mais rápidas.
Quando perde a bola, o Bayern fica normalmente partido deixando os dois centrais e o lateral do lado contrário ao da bola num “3” defensivo, com os dois pivôs normalmente bastante longe. Robben, Ribery, Muller e Goméz não dão o equilíbrio defensivo necessário contra adversários de alto desempenho.

4x2x2x1x1 de Van Gaal
……………………………..Butt……………………………
Lahm…….Tymoschuk (Breno)….Buyten……Contento..........
…………………..Sweinsteiger…Luis Gustavo……………..
…..Robben…………………Muller…………...Ribery……..
……………………………Goméz…………………………




02
Mar11

Buzzer-Beater

Minuto Zero

Deadline e Redline

                Esta semana apetece-me falar de dois assuntos. Não porque não pudesse falar de um deles para a semana, mas porque me parece pertinente relacioná-los. A passada semana viu chegar ao fim o período de trocas de atletas entre equipas da NBA para a presente época. A actual época tem também visto a minha equipa favorita, os Detroit Pistons, a caírem num abismo inglório para aquela que já foi a equipa que conseguiu conter Michael Jordan no seu início de carreira.
                Mas o que têm os dois a ver, perguntam-se vocês? Permitam-me que vos explique.
                A nível das trocas, o melhor jogador a ser badalado nas conversações mudou de equipa, e até de conferência: Carmelo Anthony, estrela dos Denver Nuggets, foi trocado para os New York Knicks. A saída estava há muito anunciada, mas não se tinha a certeza para onde. Demasiados rumores depois, Carmelo foi para a equipa que desejou.
fonte: detroitbasketball.net
Outro acontecimento: Deron Williams, base excepcional dos Utah Jazz foi trocado em cima da hora para os New Jersey Nets (que andavam a tentar arranjar Anthony). Esta aconteceu nenhuns rumores depois, portanto foi uma grande surpresa para todos. E deixem-me só dar mais um exemplo: Kendrick Perkins, não exactamente uma estrela nos Boston Celtics mas uma peça essencial do seu 5 inicial na posição de poste (que garantia jogos mais cómodos contra, digo eu, Orlando e o seu colosso Dwight Howard?), bem como Nate Robinson, base suplente, foram trocados, também do nada, por Jeff Green e Nenad Kristic dos Oklahoma City Thunder. Green era o terceiro jogador nos Thunder, e grande promessa de futuro, mas algo inconsistente. E Boston estava artilhado para ganhar um título este ano com a presente equipa, o que provavelmente não poderá acontecer para o ano, devido à idade avançada dos principais jogadores.
Agora deixem-me dar o segundo exemplo. Os Detroit Pistons estão mal. Muito mal. Claro, podem não estar em penúltimo lugar como os Washington Wizards, mas esses ao menos vão ter boas hipóteses de ter um grande jogador no draft da próxima época. Detroit vai-se aguentando acima da linha de água e não passa do mesmo, vagamente sem ir aos Playoffs. Na semana passada uma série de jogadores como Richard Hamilton, Tayshaun Prince (ambos da equipa que ganhou o campeonato em 2004) e outros tantos faltaram a um treino, em protesto com o treinador. Hamilton esteve o mês de Janeiro sentado no banco, sem jogar. E até teve uma oportunidade de sair para Cleveland e ser alvo de um “buyout” (ser trocado e alguém comprar o seu restante contrato para poder estar disponível para qualquer equipa que o quisesse para um esticão ao campeonato, sei lá…Chicago para ficarem perfeitos?) mas recusou. E o proprietário de Detroit morreu há uns meses e a equipa ainda não foi vendida, portanto não há autorização para gastar muito dinheiro. E Joe Dumars, o manager da questão (pensem num director desportivo com muito mais poderes), tem tomado algumas más decisões que contribuíram para o mau estar da equipa.
E agora, que tirar disto tudo? Simples: de um lado, jogadores (Anthony) que levam a sua avante e conseguem mudar-se para cidades maiores, com mais dimensão de mercado e mais oportunidades com outras estrelas do desporto, de outro, equipas assustadas com proezas “à Lebron James” (que deixou os Cleveland Cavaliers quase a apodrecer ao sair sem aviso) que se precipitam em ganhar alguma coisa com jogadores que podem não re-assinar contractos no final da época (Perkins e Williams). E ainda há um terceiro lado: equipas como Detroit, que no meio de uma crise económica, e também da NBA, não conseguem encontrar um caminho de futuro, muito obstruído por questões financeiras.
E a razão de tudo isto? A incerteza. O acordo colectivo de jogadores e proprietários tarda em chegar, e o medo aumenta. Empregos estão em risco. E não porque os jogadores tenham medo de perder os seus salários milionários ou porque os proprietários não querem abrir os cordões à (grande) bolsa, mas porque o desporto perde muito com isso, e é isso que deve estar em causa. Andem para a frente com o basquetebol, e não deixem que o desporto se perca em questões exteriores, que cada vez o são menos.

by Óscar Morgado
01
Mar11

Em Frente

Minuto Zero
Cartas de Amor



O Dia dos Namorados já vai longe, mas ainda ontem os sócios do Sporting receberam mais uma carta de amor eleitoral. A velha namorada continuidade parece não desistir de tentar conquistar quem já tanto enganou. E, por muito que já tenho ouvido a sua fraudulenta cantiga, jamais me cativará. Pelo menos a mim, o que também não interessa muito, uma vez que os associados mais antigos (e com mais poder de voto), já foram levados por este canto da sereia novamente.


Custa perceber. É difícil e, por vezes, parece-me mesmo que são os próprios Sportinguistas que não querem alterar o rumo destrutivo que o clube tem seguido. A continuidade está bem identificada, o período de ruína também, no entanto muitos preferem assobiar para o lado como se nada fosse e como se isso não interessa-se. Não temos património, equipa de futebol competitiva, finanças salvaguardadas, mas para alguns “não passa nada”. Mas o pior, é que fora do círculo leonino, há quem consiga ver o mal que com esta candidatura advém. Ainda ontem, ouvia Manuel Serrão, portista, a referir que a eleição de Godinho Lopes era o melhor que poderia acontecer ao seu clube, o que, curiosamente, vai de encontro ao que Rui Moreira dizia nas eleições anteriores sobre Bettencourt. Nada que surpreenda, pois apenas é uma constatação de factos, mas dizer isso a determinados associados leoninos rapidamente levaria ao insulto fácil da sua parte.


A minha esperança é que mais sigam a linha de Eduardo Barroso, antigo apoiante confesso da linhagem, que agora assume uma posição de renovação dos órgãos sociais do clube. Mas para tal acontecer, a oposição não pode estar dividida em quatro ou mais listas (não conto com Dias Ferreira, que tendo estado lá dentro, para mim é uma continuidade disfarçada e com Pedro Baltazar, antigo accionista da SAD, pela mão da Nova Expressão). É Bruno de Carvalho, é Zeferino Boal, é Abrantes Mendes, é João Rocha Jr., nomes não faltam. A maioria até pode ser uma incógnita, mas sem ser Abrantes Mendes é tudo figuras refrescantes, nomeadamente o primeiro candidato, que segue para batalha com Augusto Inácio, último campeão português no clube.

fonte: 4bp blogspot
Todos nos têm enviado as suas cartas, umas mais emotivas, outras mais racionais. Agora, eu não sei do que é que a maioria é capaz, mas sei o que uns já fizerem. E assim, entre escolher a namorada traiçoeira, ou a rapariga nova creio que a minha escolha se torna óbvia. Ainda por cima em pleno Carnaval, onde tantas máscaras circulam e a palhaçada é constante. São favoritos, quase de certeza irão ganhar, mas o seu disfarce há muito já caiu, faltando agora a certos indivíduos conseguir escapar ao seu encanto e tentar reconstruir o Sporting Clube de Portugal.



Saudações Leoninas,


by Jorge Sousa


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