21
Mar11
Sorteio Liga Europa
Minuto Zero
Do decisivo sorteio de Nyon na passada sexta-feira saí mais um importante facto que apoia a candidatura lusa a uma vitória na segunda edição da Liga Europa. Nenhuma das equipas portuguesas teve em sorte outra, pelo que os emparelhamentos ditaram que Portugal possa ter nas meias finais da competição 3 equipas ainda em prova.
No entanto para lá chegar à que primeiro ultrapassar os novos desafios colocados pelo sorteio.
O "quase" campeão Futebol Clube do Porto volta a encontrar uma equipa russa, curiosamente tendo de jogar a segunda mão em Moscovo no mesmo estádio, e no mesmo relvado sintético, no qual derrotou o Cska na primeira-mão dos Oitavos de Final. O adversário é agora um menos conhecido talvez Spartak mas que promete trazer dificuldades acrescidas.
Com a segunda mão fora de portas, os dragões terão certamente de impor o seu futebol no Dragão, fazendo valer o favoritismo logo nos primeiros 90 minutos.
Pela frente uma equipa repleta de jogadores estrangeiros onde se destaca o ex-Internacional, mas à muito radicado em Moscovo Alex, camisola dez estilo algo lento, mas com uma enorme capacidade de passe e criatividade. Ele é o epicentro de um 4x2x3x1 com diferentes velocidades. Se pelo centro Alex faz a bola correr bem mais do que ele próprio, pelas faixas os talentosos Aiden McGeady e os gémios Kamborov garantem repelões que fazem abanar as defesas adversárias. No ataque surge solto Wellinton, mais um brasileiro "vive" solto na busca de diagonais e espaços por entre os centrais, parecendo no entanto algo desapoiado por vezes, algo que só muda com a entrada de Ari (outro brasileiro) ou Obukhov, ambos mais físicos e posicionais do que Wellinton.
No duplo-pivô de meio-campo, Ibson (ex-Porto) é o box-to-box que transporta a bola para transições rápidas, deixando em Alex para este passar um pedra de gelo na partida e adormecer o adversário com bola.
Uma equipa de rotações baixas, que vive muito de repelões dos talentosos alas.
Quem vai ter de jogar também no leste Europeu será o Braga, avizinhando-se uma deslocação na segunda-mão de alto risco a Kiev para defrontar o Dynamo local.
Considerado por muitos um dos mais sérios candidatos á conquista do trofeu, e uma das equipas revelação (a par do Braga também) da Europa do futebol, o Dynamo de Yuri Simin junta o que de melhor a formação ucraniana produz, com alguns talentos estrangeiros.
Distribuidos num 4x2x3x1, que será mais um 4x2x2x1x1, coloca o redimido Shevchenko nas costas do potente avançado internacional ucraniano Milevsky, como 9,5 procurando diagonais curtas em busca do remate. Nas faixas soltam-se os talentos formados também eles no clube Yarmolenko, um avançado que cai bem nas faixas e Alyev, médio-ofensivo ucraniano, podendo também surgir Ninkovic médio-ala Sérvio.
No pivô de meio campo o nigeriano Yussuf apoiado pelo croata Vukojevic formam uma dupla de grande intensidade dando aos homens da frente a segurança e equilíbrios necessários.
Deslocação bem mais cómoda terá o Benfica, que depois de eliminar o PSG em Paris terá pela frente o PSV, equipa que traz amargas recordações aos encarnados.
Se é verdade que o Benfica finalista da Taça dos Campeões Europeus tinha de facto um nível superior ao actual clube da Luz, a verdade é que o PSV tarda em dar resposta acabada aos dourados anos 70 e 80 onde conseguia grandes resultados a nível europeu.
Num estilo tipicamente holandês, surge em campo no seu habitual 4x3x3, com duplo-pivô no meio campo (Hutchinson e Engelaar) ambos jogadores de enorme capacidade física (1,87 e 1,97m respectivamente) mas que apesar da estampa física garantem uma amplitude de movimentos considerável. Depois surge Toivonen, avançado sueco que caí para uma zona recuada, tornado-se sobretudo um falso 10, sempre pronto a juntar se ao compatriota Berg um dos novos valores do futebol nórdico.
Nas alas Duzcudzac e Lens, surgem como elementos de risco. O primeiro é talvez o jogador que mais se destaca na formação holandesa: esquerdino, rápido e com capacidade técnica acima da média. Quanto a Lens é uma das boas promessas de extremo holandesas, rápido e incisivo no 1x1. À atenção de Maxi e Coentrão.
By Tiago Luís Santos
No entanto para lá chegar à que primeiro ultrapassar os novos desafios colocados pelo sorteio.
O "quase" campeão Futebol Clube do Porto volta a encontrar uma equipa russa, curiosamente tendo de jogar a segunda mão em Moscovo no mesmo estádio, e no mesmo relvado sintético, no qual derrotou o Cska na primeira-mão dos Oitavos de Final. O adversário é agora um menos conhecido talvez Spartak mas que promete trazer dificuldades acrescidas.
Com a segunda mão fora de portas, os dragões terão certamente de impor o seu futebol no Dragão, fazendo valer o favoritismo logo nos primeiros 90 minutos.
Pela frente uma equipa repleta de jogadores estrangeiros onde se destaca o ex-Internacional, mas à muito radicado em Moscovo Alex, camisola dez estilo algo lento, mas com uma enorme capacidade de passe e criatividade. Ele é o epicentro de um 4x2x3x1 com diferentes velocidades. Se pelo centro Alex faz a bola correr bem mais do que ele próprio, pelas faixas os talentosos Aiden McGeady e os gémios Kamborov garantem repelões que fazem abanar as defesas adversárias. No ataque surge solto Wellinton, mais um brasileiro "vive" solto na busca de diagonais e espaços por entre os centrais, parecendo no entanto algo desapoiado por vezes, algo que só muda com a entrada de Ari (outro brasileiro) ou Obukhov, ambos mais físicos e posicionais do que Wellinton.
No duplo-pivô de meio-campo, Ibson (ex-Porto) é o box-to-box que transporta a bola para transições rápidas, deixando em Alex para este passar um pedra de gelo na partida e adormecer o adversário com bola.
Uma equipa de rotações baixas, que vive muito de repelões dos talentosos alas.
Quem vai ter de jogar também no leste Europeu será o Braga, avizinhando-se uma deslocação na segunda-mão de alto risco a Kiev para defrontar o Dynamo local.
Considerado por muitos um dos mais sérios candidatos á conquista do trofeu, e uma das equipas revelação (a par do Braga também) da Europa do futebol, o Dynamo de Yuri Simin junta o que de melhor a formação ucraniana produz, com alguns talentos estrangeiros.
Distribuidos num 4x2x3x1, que será mais um 4x2x2x1x1, coloca o redimido Shevchenko nas costas do potente avançado internacional ucraniano Milevsky, como 9,5 procurando diagonais curtas em busca do remate. Nas faixas soltam-se os talentos formados também eles no clube Yarmolenko, um avançado que cai bem nas faixas e Alyev, médio-ofensivo ucraniano, podendo também surgir Ninkovic médio-ala Sérvio.
No pivô de meio campo o nigeriano Yussuf apoiado pelo croata Vukojevic formam uma dupla de grande intensidade dando aos homens da frente a segurança e equilíbrios necessários.
Deslocação bem mais cómoda terá o Benfica, que depois de eliminar o PSG em Paris terá pela frente o PSV, equipa que traz amargas recordações aos encarnados.
Se é verdade que o Benfica finalista da Taça dos Campeões Europeus tinha de facto um nível superior ao actual clube da Luz, a verdade é que o PSV tarda em dar resposta acabada aos dourados anos 70 e 80 onde conseguia grandes resultados a nível europeu.
Num estilo tipicamente holandês, surge em campo no seu habitual 4x3x3, com duplo-pivô no meio campo (Hutchinson e Engelaar) ambos jogadores de enorme capacidade física (1,87 e 1,97m respectivamente) mas que apesar da estampa física garantem uma amplitude de movimentos considerável. Depois surge Toivonen, avançado sueco que caí para uma zona recuada, tornado-se sobretudo um falso 10, sempre pronto a juntar se ao compatriota Berg um dos novos valores do futebol nórdico.
Nas alas Duzcudzac e Lens, surgem como elementos de risco. O primeiro é talvez o jogador que mais se destaca na formação holandesa: esquerdino, rápido e com capacidade técnica acima da média. Quanto a Lens é uma das boas promessas de extremo holandesas, rápido e incisivo no 1x1. À atenção de Maxi e Coentrão.
By Tiago Luís Santos