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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

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Minuto Zero

21
Mar11

Sorteio Liga Europa

Minuto Zero
Do decisivo sorteio de Nyon na passada sexta-feira saí mais um importante facto que apoia a candidatura lusa a uma vitória na segunda edição da Liga Europa. Nenhuma das equipas portuguesas teve em sorte outra, pelo que os emparelhamentos ditaram que Portugal possa ter nas meias finais da competição 3 equipas ainda em prova.
No entanto para lá chegar à que primeiro ultrapassar os novos desafios colocados pelo sorteio.

O "quase" campeão Futebol Clube do Porto volta a encontrar uma equipa russa, curiosamente tendo de jogar a segunda mão em Moscovo no mesmo estádio, e no mesmo relvado sintético, no qual derrotou o Cska na primeira-mão dos Oitavos de Final. O adversário é agora um menos conhecido talvez Spartak mas que promete trazer dificuldades acrescidas.
Com a segunda mão fora de portas, os dragões terão certamente de impor o seu futebol no Dragão, fazendo valer o favoritismo logo nos primeiros 90 minutos.
Pela frente uma equipa repleta de jogadores estrangeiros onde se destaca o ex-Internacional, mas à muito radicado em Moscovo Alex, camisola dez estilo algo lento, mas com uma enorme capacidade de passe e criatividade. Ele é o epicentro de um 4x2x3x1 com diferentes velocidades. Se pelo centro Alex faz a bola correr bem mais do que ele próprio, pelas faixas os talentosos Aiden McGeady e os gémios Kamborov garantem repelões que fazem abanar as defesas adversárias. No ataque surge solto Wellinton, mais um brasileiro "vive" solto na busca de diagonais e espaços por entre os centrais, parecendo no entanto algo desapoiado por vezes, algo que só muda com a entrada de Ari (outro brasileiro) ou Obukhov, ambos mais físicos e posicionais do que Wellinton.
No duplo-pivô de meio-campo, Ibson (ex-Porto) é o box-to-box que transporta a bola para transições rápidas, deixando em Alex para este passar um pedra de gelo na partida e adormecer o adversário com bola.
Uma equipa de rotações baixas, que vive muito de repelões dos talentosos alas.

Quem vai ter de jogar também no leste Europeu será o Braga, avizinhando-se uma deslocação na segunda-mão de alto risco a Kiev para defrontar o Dynamo local.
Considerado por muitos um dos mais sérios candidatos á conquista do trofeu, e uma das equipas revelação (a par do Braga também) da Europa do futebol, o Dynamo de Yuri Simin junta o que de melhor a formação ucraniana produz, com alguns talentos estrangeiros.
Distribuidos num 4x2x3x1, que será mais um 4x2x2x1x1, coloca o redimido Shevchenko nas costas do potente avançado internacional ucraniano Milevsky, como 9,5 procurando diagonais curtas em busca do remate. Nas faixas soltam-se os talentos formados também eles no clube Yarmolenko, um avançado que cai bem nas faixas e Alyev, médio-ofensivo ucraniano, podendo também surgir Ninkovic médio-ala Sérvio.
No pivô de meio campo o nigeriano Yussuf apoiado pelo croata Vukojevic formam uma dupla de grande intensidade dando aos homens da frente a segurança e equilíbrios necessários.

Deslocação bem mais cómoda terá o Benfica, que depois de eliminar o PSG em Paris terá pela frente o PSV, equipa que traz amargas recordações aos encarnados.
Se é verdade que o Benfica finalista da Taça dos Campeões Europeus tinha de facto um nível superior ao actual clube da Luz, a verdade é que o PSV tarda em dar resposta acabada aos dourados anos 70 e 80 onde conseguia grandes resultados a nível europeu.
Num estilo tipicamente holandês, surge em campo no seu habitual 4x3x3, com duplo-pivô no meio campo (Hutchinson e Engelaar) ambos jogadores de enorme capacidade física (1,87 e 1,97m respectivamente) mas que apesar da estampa física garantem uma amplitude de movimentos considerável. Depois surge Toivonen, avançado sueco que caí para uma zona recuada, tornado-se sobretudo um falso 10, sempre pronto a juntar se ao compatriota Berg um dos novos valores do futebol nórdico.
Nas alas Duzcudzac e Lens, surgem como elementos de risco. O primeiro é talvez o jogador que mais se destaca na formação holandesa: esquerdino, rápido e com capacidade técnica acima da média. Quanto a Lens é uma das boas promessas de extremo holandesas, rápido e incisivo no 1x1. À atenção de Maxi e Coentrão.

By Tiago Luís Santos
20
Mar11

Fogo sem Fumo

Minuto Zero
A hora dos trunfos

As eleições no Sporting estão mesmo à porta. Dentro de uma semana, haverá novo presidente verde e branco. Desde que me conheço enquanto ferrenho adepto leonino, nunca tinha visto algo assim: cinco candidatos à presidência do Sporting Clube de Portugal. É a exigência e a circunstância do momento. É o reconhecimento de uma triste realidade que se assume como inquestionável – O Sporting Clube de Portugal bateu no fundo. Mas tal como já o disse numa crónica anterior: ele levantar-se-á. O Sporting é um grande clube, com cerca de 2 milhões de adeptos, pessoas orgulhosas da história do clube, preocupadas com o presente aterrador e com vontade de construir um novo futuro.
A discussão, mesmo no actual momento, não muda muito em relação às discussões do passado: “continuidade” vs “ruptura”. É triste ver a postura dos elementos da continuidade, e até aqueles que no passado exigiam rupturas, mas que agora estão confortados com promessas de vice-presidente e outros favores. Estes senhores até podem ser grandes sportinguistas, porém, não entendem que a sua permanência em Alvalade é bastante maléfica para o clube, pois estão rodeados pelos interesses, pelos favores, porque pertencem às empresas a quem o Sporting deve dinheiro ou porque querem que as suas empresas sejam as futuras credoras do Sporting. É com isto que é necessário romper. Com este amor incondicional ao Sporting e aos seus interesses. É necessário escolher: Eu e os meus amigos ou o grande Sporting. Eles são como polvos, estão no meio. Querem que o Sporting cresça, que volta a ganhar, mas também querem encher-se e encher os seus amigos. Perdoem-me a linguagem, mas é isto que se passa em Alvalade. O senhor do estádio novo que prometia que nunca ficariam dívidas com o mesmo encargo, agora fala em regeneração? Basta ver as listas da referida candidatura para se perceber ao que se propõe. As moscas apenas levam uma ligeira refrigeração e o dito sustento das mesmas continuará igual. E quem paga? O Sporting. Isto não pode acontecer. É hora de mudar, de romper com os roquetteiros e os seus ultimatos: ou “eu” o “abismo”. Esta atitude apenas revela o quanto estão agarrados ao poder. É triste, muito triste.
Gosto bastante de Dias Ferreira e até já o disse que não me importava que ele vencesse, declarei publicamente que o apoiava. Porém, penso que me precipitei. Errei no julgamento que fiz. Esperei para o dizer, pois ainda esperava uma eventual aliança entre Dias Ferreira e o candidato que mais me tem agradado nesta campanha verde e branca – Bruno Carvalho. Infelizmente, tal não é possível. Não por Bruno Carvalho, que até se demonstrou favorável a uma negociação, mas por Dias Ferreira ter dito que não faria coligações com ninguém. Tenho pena. Fico com pena. A meu ver, ganharia o Sporting com a coligação Dias Ferreira - Bruno Carvalho. Como tal não é possível, fico dividido. Gostaria de ver o que faria Bruno Carvalho caso vencesse as eleições do próximo dia 26. Concordo com a análise que faz do actual estado do clube, o fundo dos milionários russos parece ser uma boa solução e Van Basten é, tal qual Frank Rijkaard, um bom treinador e que com certeza, acrescentaria valor ao plantel do Sporting.
É isto que me divide. É isto que me leva a voltar atrás e a repensar quem será o melhor candidato à presidência do clube. O passado dizia-me que era Dias Ferreira, o presente – e especialmente, a campanha – tem-me dito que o melhor é Bruno Carvalho. Faço votos que as dúvidas dos sportinguistas sejam semelhantes às minhas e que andem indecisos entre estes dois senhores. Vamos ver se é desta que corremos com o gang da “continuidade”. Viva o Sporting!

by Alexandre Poço

19
Mar11

Porque ao Sábado se Destaca...

João Perfeito
Gerir ou descansar? Correr atrás da bola ou fazer a bola correr?
Estudar futebol ou entreter os adeptos? Ganhar ou ser equipa do quase?


A presente edição da Liga dá-nos as melhores equipas nacionais dos últimos 15 anos. Desde o início do penta do Porto (1994/1995) que nunca vimos duas equipas tão demolidoras no nosso campeonato. O actual Porto e Benfica são bem melhores que os últimos 15 campeões nacionais. O Porto soma 21 vitórias em 23 jogos. O Benfica conseguiu em todas as competições nacionais a proeza de 25 vitórias em 26 jogos. Palavras para que? Benfica e Porto rumo aos calcanhares das grandes potências mundiais. O Porto pode ser o melhor campeão de sempre. O Benfica nada pode fazer contra isso.
Nesta epopeia europeia e nacional o Porto está acima do Benfica. Qualidade individual? Super Hulk. Aimar, Saviola. Falcão- Cardozo. Álvaro Pereira- Coentrão. Não me parece… Qualidade técnica? Muito menos. Futebol espectáculo? Claramente menos.
Tão iguais e tão diferentes. Tão próximos e tão distantes. No fundo o Benfica ressuscitou a sua história e galvanizou o seu jogo, fazendo triangulações perfeitas, acelerações formidáveis, sincronizações de olhos fechados e golos artísticos. Na verticalidade de Salvio… o talento de Chalana. No pé direito de Eusébio… o esquerdo de Cardozo (destaque para a potência não é como é óbvio uma comparação entre os dois jogadores). Na astúcia de Simões… as diagonais de Gaitán. No talento de Valdo… a dádiva de Aimar. Um Benfica que faz os adeptos ingleses pedir mais e adorar vê-lo jogar.
No Porto uma liderança, uma identidade, uma táctica. Um futebol apoiado, um futebol no chão, um futebol pragmático, um futebol largo. A técnica no passe e na recepção, a genialidade artística na genialidade táctica. Atacar a defender, defender a atacar. Forte nas transições. Forte em ataque continuado e em contra-atque. Forte em tudo, fraco em nada. Defesa sólido, ataque sólido. A bola corre de Hélton a Falcão passando um por um pelos restantes 9 jogadores, uma triangulação, uma mudança de flanco, uma subida do lateral, um movimento interior do extremo, uma explosão de Hulk um refinar da orquestra de Moutinho. No fundo a mistura com o previsível e o imprevisível. Um ritmo certo… uma explosão. Perder a bola e pressionar, recuperar e ter linhas de passe. Campo Grande a atacar, campo pequeno a defender. Recuperar, entregar atrás e devolver ao dono da orquesta (Moutinho) que depois decide mudar o pop do ritmo para o jazz (improviso) de Hulk sem desequilíbrios. O Porto é a crença do futebol moderno. Do saber atacar, do saber defender. Da supremacia do espectáculo como forma de guardar a bola e não de dar goleadas, de sofrer faltas quando ganha, de empurrar o adversário à sua baliza sem se desequilibrar. O triunfo dum treinador que estuda e está atento às mudanças do futebol. O Porto descansa a jogar, o Benfica cansa-se a jogar. O Porto faz correr a bola, os jogadores escolhem o ritmo do movimento. O Benfica faz correr os jogadores, com bola no pé, com tabelas, com movimentações desgastadíssimas… grandes golos, grandes perdidas, Javi Garcia fica só na perca de bola e tem de se desgastar. No Porto Fernando divide com Belluschi e Moutinho.
O Porto nunca saí desgastado. Porque o Porto gere o jogo como quer independente do adversário. O Porto pode fazer entrar o seu melhor onze e jogar de dois em dois dias que a sua equipa recupera sempre? Porquê? Porque tem qualidade nos suplentes e alterna os intocáveis. No Benfica Coentrão, Gaitán, Saviola, Salvio fazem jogos a fio e rebentam. No Porto, Moutinho é uma daquelas pérolas raras que até podem jogar 80 jogos por ano. Belluschi emerge e estagna… Guarín afirma-se e explode. Fernando sente o peso da carga de jogos, baixa o Guarín fresco, joga Belluschi. No jogo seguinte Belluschi retoma o banco. James Rodriguéz prepara-se durante 4 meses e rende um Varela a acentuar a quebra de forma. Falcão melhor que nunca depois da lesão (sem desgaste). Nas laterais Álvaro Pereira recupera aos poucos o seu estatuto de indiscutível. Sapunaru rigoroso e Fucile ambicioso alternam. No centro da defesa o seguro Maicon alterna com o imponente Otamendi. Sem perder qualidade, mas sim aumentando. Em função da subida de forma física e mental. Na gestão da motivação. Cada um destes jogadores acredita que pode ser titular. No Benfica temos 12 jogadores (Martins), os outros não estão preparados para serem lançados. Por isso o Porto apresenta sempre a melhor equipa e nunca se cansa, o Benfica joga como diz o seu treinador para entreter todos os adeptos (até aqueles que não são do Benfica) a equipa desgasta-se o Coentrão arrasta-se , Aimar e Cardozo pedem substituições. Uma equipa explode e desequilibra-se. Outra mantém o mesmo ritmo do início ao fim e nunca se parte. Uma ganha o campeonato… outra é a equipa do quase. Porquê? Porque o Benfica ataca melhor que o Porto. Só que o Porto defende a atacar e o Benfica apenas defende, quando perde a bola. Esta é a diferença. Esta é a viragem do futebol. A ideia romântica …a ideia eficaz. A ideia prática de quem jogou (Jesus)… a ideia teórica de quem estudou (Vilas Boas). A gestão descansando os jogadores, a gestão rodando os jogadores.
Por isso o Porto ganha, o Benfica é a equipa do quase… O Benfica não desiludiu, foi mais do mesmo da época passada. O Porto inovou o seu jogo face ao exacerbamento da táctica e da gestão em prol do espectáculo e da individualidade… no fundo da nova sustentação do futebol actual… que tem a Espanha a pontificar de forma máxima a caminho da conquista de três títulos internacionais seguidos (algo inédito). Porque será?



By João Perfeito
19
Mar11

Porque ao Sábado se destaca...

Colaborador Minuto Zero
Gerir ou descansar? Correr atrás da bola ou fazer a bola correr?
Estudar futebol ou entreter os adeptos? Ganhar ou ser equipa do quase?


A presente edição da Liga dá-nos as melhores equipas nacionais dos últimos 15 anos. Desde o início do penta do Porto (1994/1995) que nunca vimos duas equipas tão demolidoras no nosso campeonato. O actual Porto e Benfica são bem melhores que os últimos 15 campeões nacionais. O Porto soma 21 vitórias em 23 jogos. O Benfica conseguiu em todas as competições nacionais a proeza de 25 vitórias em 26 jogos. Palavras para que? Benfica e Porto rumo aos calcanhares das grandes potências mundiais. O Porto pode ser o melhor campeão de sempre. O Benfica nada pode fazer contra isso.
Nesta epopeia europeia e nacional o Porto está acima do Benfica. Qualidade individual? Super Hulk. Aimar, Saviola. Falcão- Cardozo. Álvaro Pereira- Coentrão. Não me parece… Qualidade técnica? Muito menos. Futebol espectáculo? Claramente menos.
Tão iguais e tão diferentes. Tão próximos e tão distantes. No fundo o Benfica ressuscitou a sua história e galvanizou o seu jogo, fazendo triangulações perfeitas, acelerações formidáveis, sincronizações de olhos fechados e golos artísticos. Na verticalidade de Salvio… o talento de Chalana. No pé direito de Eusébio… o esquerdo de Cardozo (destaque para a potência não é como é óbvio uma comparação entre os dois jogadores). Na astúcia de Simões… as diagonais de Gaitán. No talento de Valdo… a dádiva de Aimar. Um Benfica que faz os adeptos ingleses pedir mais e adorar vê-lo jogar.
No Porto uma liderança, uma identidade, uma táctica. Um futebol apoiado, um futebol no chão, um futebol pragmático, um futebol largo. A técnica no passe e na recepção, a genialidade artística na genialidade táctica. Atacar a defender, defender a atacar. Forte nas transições. Forte em ataque continuado e em contra-atque. Forte em tudo, fraco em nada. Defesa sólido, ataque sólido. A bola corre de Hélton a Falcão passando um por um pelos restantes 9 jogadores, uma triangulação, uma mudança de flanco, uma subida do lateral, um movimento interior do extremo, uma explosão de Hulk um refinar da orquestra de Moutinho. No fundo a mistura com o previsível e o imprevisível. Um ritmo certo… uma explosão. Perder a bola e pressionar, recuperar e ter linhas de passe. Campo Grande a atacar, campo pequeno a defender. Recuperar, entregar atrás e devolver ao dono da orquesta (Moutinho) que depois decide mudar o pop do ritmo para o jazz (improviso) de Hulk sem desequilíbrios. O Porto é a crença do futebol moderno. Do saber atacar, do saber defender. Da supremacia do espectáculo como forma de guardar a bola e não de dar goleadas, de sofrer faltas quando ganha, de empurrar o adversário à sua baliza sem se desequilibrar. O triunfo dum treinador que estuda e está atento às mudanças do futebol. O Porto descansa a jogar, o Benfica cansa-se a jogar. O Porto faz correr a bola, os jogadores escolhem o ritmo do movimento. O Benfica faz correr os jogadores, com bola no pé, com tabelas, com movimentações desgastadíssimas… grandes golos, grandes perdidas, Javi Garcia fica só na perca de bola e tem de se desgastar. No Porto Fernando divide com Belluschi e Moutinho.
O Porto nunca saí desgastado. Porque o Porto gere o jogo como quer independente do adversário. O Porto pode fazer entrar o seu melhor onze e jogar de dois em dois dias que a sua equipa recupera sempre? Porquê? Porque tem qualidade nos suplentes e alterna os intocáveis. No Benfica Coentrão, Gaitán, Saviola, Salvio fazem jogos a fio e rebentam. No Porto, Moutinho é uma daquelas pérolas raras que até podem jogar 80 jogos por ano. Belluschi emerge e estagna… Guarín afirma-se e explode. Fernando sente o peso da carga de jogos, baixa o Guarín fresco, joga Belluschi. No jogo seguinte Belluschi retoma o banco. James Rodriguéz prepara-se durante 4 meses e rende um Varela a acentuar a quebra de forma. Falcão melhor que nunca depois da lesão (sem desgaste). Nas laterais Álvaro Pereira recupera aos poucos o seu estatuto de indiscutível. Sapunaru rigoroso e Fucile ambicioso alternam. No centro da defesa o seguro Maicon alterna com o imponente Otamendi. Sem perder qualidade, mas sim aumentando. Em função da subida de forma física e mental. Na gestão da motivação. Cada um destes jogadores acredita que pode ser titular. No Benfica temos 12 jogadores (Martins), os outros não estão preparados para serem lançados. Por isso o Porto apresenta sempre a melhor equipa e nunca se cansa, o Benfica joga como diz o seu treinador para entreter todos os adeptos (até aqueles que não são do Benfica) a equipa desgasta-se o Coentrão arrasta-se , Aimar e Cardozo pedem substituições. Uma equipa explode e desequilibra-se. Outra mantém o mesmo ritmo do início ao fim e nunca se parte. Uma ganha o campeonato… outra é a equipa do quase. Porquê? Porque o Benfica ataca melhor que o Porto. Só que o Porto defende a atacar e o Benfica apenas defende, quando perde a bola. Esta é a diferença. Esta é a viragem do futebol. A ideia romântica …a ideia eficaz. A ideia prática de quem jogou (Jesus)… a ideia teórica de quem estudou (Vilas Boas). A gestão descansando os jogadores, a gestão rodando os jogadores.
Por isso o Porto ganha, o Benfica é a equipa do quase… O Benfica não desiludiu, foi mais do mesmo da época passada. O Porto inovou o seu jogo face ao exacerbamento da táctica e da gestão em prol do espectáculo e da individualidade… no fundo da nova sustentação do futebol actual… que tem a Espanha a pontificar de forma máxima a caminho da conquista de três títulos internacionais seguidos (algo inédito). Porque será?



By João Perfeito
18
Mar11

Voleibol à Sexta

Minuto Zero
O Passado já lá vai?

Um pequeno apontamento que calha hoje «que nem ginjas»: O Sporting Clube de Espinho comemora hoje, dia 18 de Março, os dez anos da conquista da Top Teams Cup, onde bateu na meia-final os espanhóis do Unicaja Almeria e na final a forte equipa russa do Izmrud Ekaterinburg, por 3-2. O clube vai organizar um jantar de convívio entre atletas, dirigentes e adeptos, desse e de outros anos, para assinalar aquele que foi o melhor resultado de sempre de uma equipa portuguesa de voleibol.

Fonte: http://www.facebook.com/scespinho.voleibol
                Qual a pertinência de falar deste assunto aqui? Bem, nunca fez mal um relembrar dos feitos de uma equipa que sempre foi um dos grandes do panorama do voleibol português. Relembrar, sim, porque este ano o SC Espinho está a «ir-se abaixo» (à falta de melhor expressão).
                Dos jogadores que, no ano passado, conquistaram o título nacional, apenas três se mantêm no plantel: Miguel Maia e Bruno Gonçalves, distribuidores, e Hugo Ribeiro, libero. Uma migração de jogadores para outros clubes nacionais, nomeadamente para o Vitória SC, obrigou à renovação da equipa que, apesar de muitas contratações internacionais, não tem vindo a mostrar resultados. A revalidação do título parece, de facto, cada vez mais longe – e a AJ Fonte Bastardo, de quem já aqui falei, tem estado a consolidar a sua posição de topo.
                Fica um registo mais desapontado: tenho pena que o campeonato nacional se torne cada vez mais o SL Benfica e os outros. O SC Espinho, dada a sua história, devia ser um adversário à altura. Mas não é.

by Sarah Saint-Maxent
17
Mar11

Steve Field

Minuto Zero
Quando o melhor jogador é um problema

No passado domingo assisti ao jogo do Real Madrid, como faço na maioria dos jogos, para acompanhar a época de Mourinho. Antes de começar o jogo, calculei o que iria acontecer: Real Madrid jogaria bem.
Fonte: Academia-de-talentos.com
Apesar de ter falhado um pouco no prognóstico, o Real não fez uma exibição de encher o olho, notou-se claramente a falta que Cristiano Ronaldo fez à equipa…pela positiva! Passo a explicar. Sem o melhor jogador, (que não concordo em nada que o seja, mas isto sou eu…) viu-se o Real diferente, tal como na semana anterior em Santander, dessa vez com uma boa exibição. Viu-se um Real que jogava para a equipa e não para um jogador.
Tem sido um dos problemas do Real Madrid época. Parece que todos os jogadores assinaram um contracto que dizia ‘tornem o Ronaldo no melhor marcador do campeonato’…bem, isto nem parece de uma equipa do Mourinho que, mais que ninguém, privilegia o colectivo em vez do individual.
Então, posso concluir que, paradoxalmente, o Real joga melhor sem o considerado melhor jogador da equipa e, para alguns, melhor do mundo. (peço desculpa por discordar, mas não entendo mesmo como podem considerar isso). Estranho, não acham?
Pela primeira vez vejo uma equipa de Mourinho a privilegiar o individual. É um motivo para não estar na liderança? Provavelmente não, pela magnífica equipa do Barcelona. Só que o certo é que não se faz sentir este efeito Mourinho na equipa do Real no que toca à força colectiva. Uma decepção para mim, seu fiel seguidor. A meu ver, o Real Madrid pode tornar-se uma ameaça para o todo-poderoso Barcelona se abandonar a obsessão desmedida em tornar Ronaldo no que não é, num fenómeno.

by Steve Grácio
16
Mar11

Buzzer-Beater

Minuto Zero

Os melhores do mundo


                Hoje decidi debater sobre um assunto que conseguiu de alguma maneira causar polémica no seio da NBA. Apenas quero mostrar uma posição simples, e não me alongarei: na passada quinta-feira, defrontaram-se Miami Heat e Los Angeles Lakers na American Airlines Arena em Miami. A vitória foi para Miami, 94-88. Kobe Bryant converteu apenas 8 dos 24 lançamentos que tentou ao longo m da partida, o que prefaz uma percentagem de lançamento que ronda os 33%.
                Isto para um jogador como Kobe Bryant é baixo. Aliás, para qualquer um que se preze de querer ser bom na NBA é baixo. E então Kobe fez aquilo que cada vez menos jogadores fazem hoje em dia: ficou no ginásio até mais tarde a praticar o lançamento.
                Uma coisa é certa, não é nos jogos o local de praticar. Para isso há os treinos. Mas geralmente os treinos são de equipa, ou de algo específico que o treinador pretende de um jogador. Exceptuando talvez a pré-época, um jogador não tem designado pelos assistentes ou pelo treinador treinos individuais, ainda mais de lançamento. Se um jogador quer ser melhor, tem que fazer por isso.
Fonte: billhustle.com
                Ray Allen, que recentemente se tornou o maior lançador de 3 pontos da história da NBA, vai para o pavilhão 3 ou 4 horas antes do jogo, e lança de todas as formas possíveis durante essas 3 ou 4 horas, porque não é do nada que ele tem o lançamento mais eficiente de toda a liga (e, a título de curiosidade, Allen lança a bola num ângulo tão próximo da altura do aro do cesto quanto possível, tal que a bola faz o trajecto mais curto para o cesto, gastando menos energia do lançador premiando a eficiência). Michael Jordan também o fazia, mas antes dos treinos. Mas no caso dele tinha uma rotina (porque é com rotinas que os atletas se tornam bons em qualquer desporto) de meia hora antes de qualquer treino, punha-se em frente a uma parede a praticar o gesto do seu braço (e de todo o corpo, que ajuda ao lançamento) no acto de lançamento, só para o conseguir fazer sempre da mesma maneira…e acertar. Se calhar todos estes três sabem que uma coisa que os americanos não são assim tão melhores que o resto do mundo é a lançar, portanto é algo no qual treinam diariamente.
                Por isso mesmo, lamento os críticos que acharam que por Bryant ir para o ginásio principal onde há câmaras por todo o lado em vez do ginásio reservado. E que ele tenta apenas combater os efeitos dos seus quase 33 anos. Lamento que se tente enxovalhar uma estrela por tentar dar um exemplo de trabalho que já poucos na liga fazem, como dizia o Ray Allen. Se estavam lá as câmaras para documentar toda a hora que Bryant esteve aos berros consigo mesmo quando falhava lançamentos, isso foi algo de extraordinário, porque assim os exemplos passam a todos aqueles que se quiserem inspirar por meio dos grandes. E Bryant é discutivelmente um dos 10 grandes de sempre da modalidade.
                Eu espero sinceramente que este tipo de prática volte a estar em voga, para que vejamos mais Allens, mais Bryants e mais Jordans. O tempo extra dedicado a melhorar aquilo que se pode melhorar é essencial, e os bons não são bons por acaso. E se por acaso eles continuam a ser bons por muito tempo também não é por acaso. Se calhar de Kobe não passasse as horas que passa a desenvolver-se individualmente não estava a chegar aos 33 anos em rumo de um possível 3º título da NBA, ou Karl Malone não teria também ganho um MVP nos anos 90 quase aos 40 anos. E se calhar haveria menos daqueles jogadores que se mostram muito num par de épocas e logo se eclipsam.
                Pelos Allens, pelos Bryants, pelos Malones, e pelos Jordans.

by Óscar Morgado

15
Mar11

Em Frente

Minuto Zero
Conto do Vigário                

                Já se tornou regular escrever sobre as eleições leoninas, mas também não se preocupem que a partir de dia 26 deixo este meu vício. Quer dizer, deixo se o Godinho Lopes não ganhar. E, infelizmente, entre injúrias, actos de difamação, influências nos media, o mais provável é mesmo isso acontecer e, mais uma vez, os Sportinguistas darem um tiro nos seus pés (esperemos que não seja na cabeça).
                O Sporting está mal, blá, blá, blá… Sim, já sabemos. Culpa? Também já sabemos que um tal de Projecto Roquette, que iria tornar o clube grandioso, está na origem dos nossos males. Isso e o trabalho de uns brilhantes gestores, que em perfeita sintonia têm alcançado o sucesso na decadência leonina. Vitória atrás de vitória, mentira atrás de mentira, a verdade é que os Sportinguistas não têm tido a coragem de os expulsar (o medo do “nós ou o abismo” tem sido maior). No entanto, enquanto anteriormente era fácil para este grupo alcançar vitórias folgadas, desta feita a coisa começa a apertar e só através de golpes de baixo nível é que irão eventualmente conseguir os seus objectivos, continuando a rugir para dentro e miando para fora, provocando uma ainda maior divisão entre os associados do clube.
                Dizia um dos seus membros, candidato a maior cambalhota do ano (de candidato da ruptura passar a vice-presidente da continuidade, no curto espaço de dois anos é magnifico) Paulo Pereira Cristóvão, para os Sportinguistas não caírem no Conto do Vigário e nesse capítulo, dou-lhe toda a razão. E por isso mesmo, é que um voto neste senhor e na sua lista não devia ser uma realidade. Mas também, tendo a este senhor sido prometido ficar a cargo da sua empresa a segurança no estádio e na academia (belo tacho), eu também tentaria a todo o custo conseguir os mais de 10% que alcançou nas últimas eleições.
Fonte: blog SportingPorNós
                E pensar que este senhor pregava por uma auditoria externa às contas do Sporting. Compreendo que agora nem disso fala, estaria a ir contra os seus novos amigos. Estaria a ir contra Filipe Nobre Guedes, administrador da Sporting, SAD para a área financeira, que pelos vistos terá acordado tarde para o Sportinguismo (o seu número de sócio assim o dá a entender). Mas isso também Carlos Barbosa, presidente da ACP, que só agora se terá lembrado de tomar parte activa no clube, mas nunca contra os seus amigos (que anteriormente criticava). Mas atenção, esta lista apresenta Rogério Alves, o maior no que toca a falar em frente as câmaras, a demonstrar fervor, a demonstrar que quer sempre o melhor do clube. Quer dizer, só se não perder o seu tacho, que no final de contas é isso que interessa. No entanto, o mais engraçado é que estamos perante uma personagem que tanto já se ouviu criticar os eternos rivais e agora nada disse quando o “seu” chefe, Godinho Lopes, ofendeu um outro candidato a presidente comparando-o com Vale e Azevedo. Mas também, só este senhor poderia fazer tamanha declaração, ou não fosse ele uma pessoa que compreende o que é estar envolvido em casos de corrupção (foi absolvido no caso dos Barcos da Expo por falta de provas). Mas pronto, o que interessa igualmente é que este senhor continua a ter consigo a força dos bancos, de tal forma que até estão presentes na sua lista alguns membros destes. Sem dúvida, grandes Sportinguistas, pessoas que apenas querem o melhor para o clube e que, de forma alguma estão ali para salvaguardar os interesses das suas empresas.
                Mas não esqueci. Ainda temos a dupla que nos fez campeões (jogadores e treinador pouca ou nenhuma importância nesse capítulo tiveram, aliás pelas palavras de Godinho Lopes, até ele com a pasta do Património teve um maior relevo, tão grande que faz sempre questão de o lembrar sempre que possível, omitindo o seu cargo na altura, que curiosamente até era o responsável pela construção do estádio, aquele que não daria dívidas ao clube). Temos então Luís Duque, mito leonino, responsável por trazer os reforços de Inverno que ajudaram a tornar o clube campeão em 1999/2000 (a ele o seu mérito nesse ponto), mas igualmente responsável por trazer um bando de jogadores acabados para o futebol no ano seguinte (as comissões deviam ser boas). De Carlos Freitas nem é preciso falar muito, é só necessário verificar os belíssimos jogadores que foi trazendo ao longo da sua estadia em Alvalade e o lucro que gerou, mas infelizmente a alguns a memória vai falhando.
                Portanto, só sucesso, nada de interesses, o Conto dos Vigaristas… Peço desculpa, do Vigário segue para batalha e o outro é que é difamado por isto ou aquilo. Seria fácil, responder, contra-atacar estes senhores, mas Bruno de Carvalho tem seguido a máxima que “vozes de burro não chegam ao céu”, refugiando-se em fazer o melhor possível para ter um projecto real, longe de eventuais demagogias. Acredito nele e terá o meu voto. Espero, não me vir a desapontar um dia mais tarde com uma cambalhota à Paulo Pereira Cristóvão, mas também é um risco que estou disposto a cumprir. Nem todos entram no clube à procura de um tacho, alguns ainda entram por amor ao clube. Creio ser o caso.

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa
13
Mar11

Fogo sem Fumo

Minuto Zero
Casos

1. Mourinho tem razão. Quando o treinador português do Real Madrid se queixa de acontecimentos frequentes que prejudicam a sua equipa e favorecem o actual primeiro classificado, Barcelona, ele tem razão. O Real joga às quartas (Liga dos Campeões ou Taça do Rei) e depois, marcam o jogo seguinte – para a Liga, claro está – ao sábado. O Barcelona, nas mesmas condições de jogos, actua às terças e depois a Liga premeia-o com o jogo ao domingo. É certo que este facto não poderá servir para justificar o eventual título do Barcelona, mas é uma condicionante, lá isso é.
2. As eleições no Sporting continuam a dar que falar. O decorrer dos acontecimentos revela que só existem 4 verdadeiros candidatos (Godinho Lopes, Dias Ferreira, Pedro Baltazar e Bruno Carvalho). Os restantes não têm possibilidades. Na corrida que conta, já se percebeu que existe um género de pacto anti-Godinho Lopes por parte dos outros três candidatos. Godinho Lopes é a continuidade – eis a acusação. No trio que o ataca, estudam-se “coligações”: a mais comentada é de Dias Ferreira com Bruno Carvalho, pois este último já recusou qualquer acordo com Baltazar. Quanto aos temas da campanha, não há nada de novo – ligação e actuação com a banca, fundos de investimento, treinadores, continuidade versus ruptura. Enfim, a procissão ainda vai no adro.
3. O campeonato nacional está decidido – o FC Porto é o campeão nacional 2010/2011. E, na minha opinião, é totalmente merecido. A derrota em Braga do Benfica apenas veio antecipar o que todos já sabíamos. Com Xistra ou sem Xistra, o Porto iria conquistar o título. Execrável é a única palavra que a capa d’A Bola do dia seguinte ao Braga-Benfica suscita em mim. Que péssimo jornalismo desportivo. Até parece que o Braga não jogou para ganhar, que não marcou dois grandes golos. Pelo lado do Benfica, penso que o clube é uma instituição que não necessita de capas e coberturas noticiosas daquele género.
4. É de louvar as medalhas de ouro, Francis Obikwelu, e prata, Naíde Gomes nos Europeus de pista coberta. Habituados a ganhar, os dois atletas voltaram a dar alegrias e motivos de orgulho ao povo português.

by Alexandre Poço

13
Mar11

Porque ao Sábado se Destaca...

João Perfeito
Projecto europeu


O Benfica neste momento em 4 modalidades luta para vencer uma competição europeia.
No futebol, os comandados de Jorge Jesus face ao previsível afastamento dos seus rivais ingleses (Liverpool e Manchester City) juntamente com o Futebol Clube do Porto e a par do Vilarreal são o principal candidato ao troféu. A estratégia mais defensiva e de contra-golpe jogada nesta temporada nalguns jogos frente a adversários poderosos é o indicador das reais possibilidades da equipa do Benfica passar da ilusão à conquista.
No hóquei em patins, na Taça CERS após eliminar os italianos do Lodi, depois duma galvanizadora vitória em casa por números expressivos 7-4, mesmo com a derrota forasteira 7-5 o Benfica demonstrou à Europa a sua capacidade concretizadora. Pela frente terão os espanhóis do Lloret equipa que o ano passado eliminou o Benfica da final da referida competição.
Mesmo sendo esta Taça CERS uma Liga Europa do hóquei, o é que é certo é que muito tem feito o Benfica este ano para obrigar o enacampeão FCPorto a mostrar toda a sua valia no Campeonato Nacional, ao invés de anos e anos de campeão anunciado à 5ª ou 6ª jornada. Sendo o FC Porto a segunda melhor equipa da Europa, a seguir ao todo-poderoso Barcelona o Benfica tem tudo para num futuro próximo ambicionar um inédito título europeu, algo surpreende visto que nem no tempo de Livramento consegui tal proeza.
No basquetebol conseguiu passar a primeira fase da EuroChallenge , perdendo na segunda face somente adversários francês, letões e suecos. Deu boa réplica e provou que com trabalho o basquetebol nacional mais cedo ou mais se internacionalizará de forma efectiva.
No Andebol o Benfica luta para suceder ao Sporting como vencedor da Taça Challenge. Com vitórias categóricas e boa solidez defensiva o Benfica consegue finalmente mostrar entrosamento entre a sua espinha dorsal. Finalmente a equipa deixou de ser apenas um conjunto aglomerado de talentos nacionais.
A cereja no topo deste bolo é o futsal. Com o segundo plantel mais experiente da Europa, com um colectivismo fortíssimo e a ambição inédita de ser a primeira equipa dos últimos 7 anos a ser bi-campeã europeia o Benfica tem sérias hipóteses de repetir o memorável triunfo da época transacta.
Sem o estigma psicológico de jogar perante o Interviú, com o ElPozo eliminado, o Benfica beneficia ainda da inexperiência do seu eterno rival Sporting e da má época interna do Montesilvano de Itália. Os anfitriões Kairat Almaty jogam durante todo o ano num campeonato só com 4 equipas, onde são campeões anunciados, a falta de ritmo pode ser determinante face à experiência e preparação do Benfica.
Sem participação no corrente ano, o Voleibol do Benfica tem dominado de forma inequívoca o panorama nacional. Um plantel bem melhor do que aquele que à uns anos foi eliminado nos quartos-de-final da Challenge Cup. Assim no próximo ano o Benfica poderá assumir-se rumo a um estatuto europeu semelhante ao do Sporting de Espinho em 2001, quando pela primeira vez conquistou uma competição europeia para Portugal.
Embora num futuro próximo só no hóquei e futsal lute pelo mais alto título europeu, no basquetebol, andebol e voleibol o Benfica tem tudo para ir aumentando o seu estatuto e numa realidade mais distante porque não pensar noutros patamares.
Um bom projecto rumo à desmistificação da ideia de que o Benfica e Portugal são só futebol.


By João Perfeito