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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

28
Fev11

Terceiro Anel

Minuto Zero
Só nos resta vencer, vencer e vencer
O jogo de ontem na Luz quase que me levou às urgências de um qualquer hospital, aquilo que presenciei juntamente com as restantes 54.990 pessoas foi algo nunca antes visto e que me enche de orgulho por ter presenciado tal momento.
O Benfica fez uma recuperação de raiva, quando já ninguém acreditava que seria possível. Ficou claramente demonstrado a chama do Benfica de Jesus, um Benfica como não existe igual em Portugal capaz de vencer qualquer das competições em que está envolvido.
Fonte: Associated Press

Para mim é claro, não me contento com o segundo lugar, mas fico claramente satisfeito e de consciência tranquila se o Benfica vencer os próximos nove jogos do campeonato, caso isso aconteça não nos poderemos queixar de nada, pois se não vencermos o campeonato não será por culpa próprio, será porque alguém foi melhor que nós, com legitimidade ou não a verdade é que serão.
Não me desculparei com árbitros, nem com resultados feitos, nem com jogadores castigados, como o fizeram connosco no passado. Quem ganha tem sempre legitimidade para isso, temos que o saber aceitar como desportistas.
Se realmente houve irregularidades isso não é problema da nossa cabeça, quem as fez é que terá que acordar e deitar-se com elas todos os dias.
Mais do que o campeonato temos três competições completamente ao nosso alcance, vamos continuar a lutar como até aqui e vamos por certo conquistar ainda muito este ano
 by Simão Santana
28
Fev11

Terceiro Anel

Simão Santana
Só nos resta vencer, vencer e vencer

O jogo de ontem na Luz quase que me levou às urgências de um qualquer hospital, aquilo que presenciei juntamente com as restantes 54.990 pessoas foi algo nunca antes visto e que me enche de orgulho por ter presenciado tal momento.
O Benfica fez uma recuperação de raiva, quando já ninguém acreditava que seria possível. Ficou claramente demonstrado a chama do Benfica de Jesus, um Benfica como não existe igual em Portugal capaz de vencer qualquer das competições em que está envolvido.
 
Fonte: Associated Press
 
Para mim é claro, não me contento com o segundo lugar, mas fico claramente satisfeito e de consciência tranquila se o Benfica vencer os próximos nove jogos do campeonato, caso isso aconteça não nos poderemos queixar de nada, pois se não vencermos o campeonato não será por culpa próprio, será porque alguém foi melhor que nós, com legitimidade ou não a verdade é que serão.
Não me desculparei com árbitros, nem com resultados feitos, nem com jogadores castigados, como o fizeram connosco no passado. Quem ganha tem sempre legitimidade para isso, temos que o saber aceitar como desportistas.
Se realmente houve irregularidades isso não é problema da nossa cabeça, quem as fez é que terá que acordar e deitar-se com elas todos os dias.
Mais do que o campeonato temos três competições completamente ao nosso alcance, vamos continuar a lutar como até aqui e vamos por certo conquistar ainda muito este ano
 
 
by Simão Santana
27
Fev11

Fogo sem Fumo

Minuto Zero
Para os lados de Alvalade

Muito se tem dito sobre o actual momento do Sporting, muita tinta fazem correr os resultados do futebol, as polémicas e as próximas eleições do dia 26 de Março. Recorde-se que nesta altura já há três candidatos assumidos à presidência leonina, para as eleições de 26 de Março - Dias Ferreira, Zeferino Boal e Bruno de Carvalho. Para a semana, esperam-se mais candidatos, Godinho Lopes e Pedro Baltazar formalizarão as respectivas candidaturas. No meio de tudo isto, a eliminação da Liga Europa perante o Glasgow e a saída de Paulo Sérgio do comando técnico da equipa. Impera a desordem e o caos em Alvalade. Ao que parece, é Couceiro que vai assegurar o leme do Sporting até ao final da temporada.
Recentemente, num texto aqui publicado – A Presidência Bettencourt – apelei a que os 4 rostos do futebol leonino abandonassem o clube. Parece que estava a adivinhar. Desses quatro senhores, Bettencourt, Costinha e Paulo Sérgio já arrumaram as malas. Porém, e pela existência de presidenciais dentro de um mês, concordo com a escolha de Couceiro para “aguentar” até Junho e pelo menos, garantir o 3º lugar no campeonato. Depois disso, também pode arrumar a trouxa e zarpar. A morfina, isto é, a presença do Sporting na Liga Europa – onde pelo 2º ano consecutivo é eliminado sem sofrer uma única derrota – terminou e agora é sofrer até ao fim da época. Cada jogo será uma dor de alma para a equipa e para os adeptos.
Das eleições e já com um leque tão alargado de candidatos, ainda não ouvi o que penso que deveria ser dito – o Sporting está em crise há cerca de 30 anos. E qual o motivo que me leva a ter uma visão tão negativa da realidade leonina? Os títulos de campeão nacional. O Sporting nos últimos 30 anos conquistou 3 campeonatos (1981/82, 1999/00, 2001/02). É este o motivo que me preocupa. O Sporting é, indiscutivelmente, um grande do futebol português e um clube muito respeitado a nível europeu. Contudo, vencer 3 títulos em 30 anos deve exigir uma certa ponderação. Os mais optimistas dirão que nas outras 27 épocas, o clube não deixou de andar pelos lugares cimeiros, a disputar o primeiro lugar e em certos casos, a perder campeonatos por 1 ou 2 pontos. Para não falar das Taças de Portugal (5, no mesmo período), Supertaças (7) e presenças consecutivas nas competições europeias. Tudo isto é verdade e concordo por completo. É também isso, mas não só (número de adeptos, ecletismo e inúmeros prémios nas outras modalidades), que me leva ainda a considerar o Sporting como um grande e não um histórico como um Belenenses ou um Boavista. Somos um grande, não há a mínima dúvida.
E queremos continuar a sê-lo, por isso, é que não me limito ao fracasso da presente época nem da anterior, efectuo, antes, uma abordagem alargada num tempo temporal. Eu gostava que neste acto eleitoral, a conversa dos candidatos não se limitasse a falar de jogadores vedetas e de treinadores de sonho que fazem salivar qualquer sportinguista, nem muito menos, da cor das bancadas ou dos célebres fundos. São questões importantes, mas antes é necessário perceber a raiz do problema, ou seja, 3 campeonatos em 30 anos. E depois analisar o que aconteceu, as estratégias de gestão, as escolhas de treinadores, directores e jogadores, a venda de patrimónios, os contractos de patrocínio. Perceber os erros do passado é essencial para apresentar estratégias de sucesso no futuro. O Sporting, e neste caso, os candidatos a presidente, devem reflectir sobre isto. Porque este é que é o verdadeiro flagelo e ponto central da crise que o Sporting atravessa – a falta de títulos. O resto é conversa acessória e com vista a bons soundbytes para a imprensa. O Sporting não pode ser isto, tem de ser muito mais. Tem de se pensar a si mesmo com cabeça e realismo. Tem de perceber o que necessita para continuar a ser o grande Sporting Clube de Portugal.

        by Alexandre Poço  


26
Fev11

Porque ao Sábado se destaca...

Colaborador Minuto Zero
O enorme gosto de que a minha equipa saiba jogar mal





Na passada quinta-feira o Steve fez referência à forma como as estatísticas podem ser ilusórias. Na minha perspectiva pactuo totalmente com essa ideia, porque no fundo as estatísticas são relativas.
Elas dizem-nos alguma coisa somente quando as enraizamos no contexto global do jogo.
No Sporting-Benfica para além da posse da bola, dos remates, dos passes o Benfica falhou recuperou menos bolas e teve menos percentagem de passes correctos. Do ponto de vista artístico o Benfica não fez uma boa exibição, as grandes jogadas de recorte técnico quase ímpar na Europa (tirando os colossos) quase não se viram. Aliás um senhor, sim chamo-lhe senhor e não jogador, Aimar nem sequer jogou. E aos 31 anos continua num nível absolutamente espectacular e tem pormenores que me fazem pensar como certos jogadores jogam em grandes clubes europeus e ele não, apesar da idade. A aceleração, os rompimentos diagonais a capacidade de último passe não foram necessárias para romper a teia sportinguista. Porque com uma construção sólida e uma largura fortíssima nos últimos 30 metros Gaitán e Salvio mostraram que uma equipa a jogar sem extremos puros, ganha uma maior rotatividade posicional e um correspondente preenchimento dos espaços mais rápidos e sobretudo com maior possibilidade de surpreender o adversário. Talvez por isso o Benfica apareça com muitos homens dentro da área adversária e tenha nascido assim num movimento praticamente atípico no futebol português o golo de Salvio.
O Benfica controlou o jogo, o Sporting espalhou-se bem no campo deu largura e soube construir na primeira e segunda fase, na terceira, faltavam ideias, faltava sobretudo sincronização entre os movimentos de ruptura.
O Benfica fechou a casa, jogou no contra-ataque, Javi Garcia foi pau para toda a obra e tapou todos os buracos. O Benfica recuperava a bola, muitas vezes não tinha soluções e perdia a bola. Salvio e Gaitán tiveram apenas 33% de eficácia no passe e foram dos melhores em campo. Sobretudo porque mostravam agressividade, pureza técnica e incisão. Predicados mais que suficientes para resolver o jogo. Cardozo deu mais do que trabalho a Torsiglieri e Polga permitindo aos colegas apareceram na área, em 24 passes só acertou 8. Isto são estatísticas. Polga em 34 passes falhou 10, mas todos eles impediram a construção de boas jogadas ofensivas do Sporting logo na sua fase embrionária. O Benfica sobe jogar futebol sobe respeitar-se a si, ao Sporting e ao jogo. Dar a bola ao adversário, arriscar e perder a bola só quando tinha cobertura e defender, defender, defender. Com critério, rigidez táctica e agressividade circunstancial. Perdia bolas mas não abria buracos. Na quinta-feira em Estugarda voltou a acelerar nos últimos 30 metros com o espectacular futebol que nos evidenciou em circunstâncias pretéritas. O Benfica não joga melhor contra o Guimarães do que jogou contra o Sporting. O Barcelona actual não é mais equipa que a Grécia em 2004. Esta é a minha filosofia de vida, esta é a minha filosofia do desporto. Mais do que saber jogar espectacular é preciso saber jogar mal, saber abdicar da construção de jogo, jogar bem defensivamente e matar o jogo na hora certa. Não é uma perspectiva calculista é uma perspectiva realista.
E sim claro leitor não pense que não sou apaixonado pela técnica. Mas sim gosto de ver a técnica, a velocidade e a agilidade em espaços curtos e no desbloqueio de situações complexas. Não tenho palas que dizem que o golo de Maradona em 86 foi o melhor de todos os tempos, quando na verdade ele fintava um adversário e depois, depois não havia cobertura, mais 10 metros de progressão mais um adversário batido. Talvez por isso não tenha tido mais de 5 anos de fama. Mas só talvez. E sim identifico-me mais com o Porto actual que ganha jogos por 1-0, 2-0 e adormece o jogo e faltas e mais faltas do que certos jogos do meu clube em que ganha mas sofre dois golos, mesmo marcando 4 ou 5. Porque ganhar 1-0 será eternamente melhor do que ganhar 2-1,3-2, 4-3. E não é só basquetebol que os ataques resolvem jogos e as defesas campeonatos.

By João Perfeito
26
Fev11

Voleibol à Sexta

Minuto Zero
Um caso de sucesso

Já disse, repeti e voltei a repetir que são raros os casos de sucesso no voleibol em clubes a sul do Tejo. É tema recorrente, por estas bandas, porque me é muito caro. Ainda assim, há excepções – e que bela excepção que vos trago hoje.
Na semana passada, tinha pensado escrever sobre o Lusófona VC. É um caso de sucesso que merece o meu destaque. Trata-se do único clube que conseguiu colocar os vários escalões de formação no campeonato nacional – a que só acedem as equipas classificadas no topo do regional. Iniciadas, Juvenis e Juniores juntam-se, assim, às Seniores em deslocações por todo o país para se baterem pelas cores da camisola.
Podia discursar sobre isto durante horas, mas não o vou fazer. Tudo porque no domingo se fez, mais uma vez, história na Lusófona: depois de uma vitória por 3-0, em casa, sobre o Boavista FC, a equipa passou pela primeira vez na sua história às meias-finais da Taça de Portugal. Mesmo quando consideramos equipas de Lisboa, é preciso recuar largos anos para encontrar uma que se possa gabar do mesmo.
fonte: voleibol.ulusofona.ot
Umas palavras sobre esta equipa da Lusófona: são miúdas. Não há volta a dar, são mesmo miúdas. Produto da formação do clube – onde estão, na sua maioria, desde os escalões mais baixos –, são a prova que construir de raiz uma equipa pode dar óptimos resultados. São, em geral, seniores de primeiro ou segundo ano – nascidas depois de 1990, portanto. Ainda assim, lutam pela subida à divisão principal do voleibol português e, no dia 19 de Março, discutirão a passagem à final da Taça de Portugal com a equipa detentora do título, CA Trofa. E são de Lisboa.



O que mais posso dizer? Uma equipa que, com uma história não tão longa assim – e que só criou uma equipa de seniores na época passada – consegue resultados destes merece o nosso louvor. Seja de Lisboa, da Covilhã ou do Porto. É um trabalho a ser estudado e um modelo a ser aplicado nos clubes que querem manter-se em jogo. E é, também, um investimento no voleibol português feminino: imaginemos o que poderão fazer estas atletas daqui a 8 anos, no seu pico de forma, e com anos e anos de voleibol ao mais alto nível nas pernas.
Tenho inveja. Mas resta-me dizer: parabéns, Lusófona VC.

by Sarah Saint-Maxent
26
Fev11

Porque ao Sábado se Destaca...

João Perfeito
O enorme gosto de que a minha equipa saiba jogar mal





Na passada quinta-feira o Steve fez referência à forma como as estatísticas podem ser ilusórias. Na minha perspectiva pactuo totalmente com essa ideia, porque no fundo as estatísticas são relativas.
Elas dizem-nos alguma coisa somente quando as enraizamos no contexto global do jogo.
No Sporting-Benfica para além da posse da bola, dos remates, dos passes o Benfica falhou recuperou menos bolas e teve menos percentagem de passes correctos. Do ponto de vista artístico o Benfica não fez uma boa exibição, as grandes jogadas de recorte técnico quase ímpar na Europa (tirando os colossos) quase não se viram. Aliás um senhor, sim chamo-lhe senhor e não jogador, Aimar nem sequer jogou. E aos 31 anos continua num nível absolutamente espectacular e tem pormenores que me fazem pensar como certos jogadores jogam em grandes clubes europeus e ele não, apesar da idade. A aceleração, os rompimentos diagonais a capacidade de último passe não foram necessárias para romper a teia sportinguista. Porque com uma construção sólida e uma largura fortíssima nos últimos 30 metros Gaitán e Salvio mostraram que uma equipa a jogar sem extremos puros, ganha uma maior rotatividade posicional e um correspondente preenchimento dos espaços mais rápidos e sobretudo com maior possibilidade de surpreender o adversário. Talvez por isso o Benfica apareça com muitos homens dentro da área adversária e tenha nascido assim num movimento praticamente atípico no futebol português o golo de Salvio.
O Benfica controlou o jogo, o Sporting espalhou-se bem no campo deu largura e soube construir na primeira e segunda fase, na terceira, faltavam ideias, faltava sobretudo sincronização entre os movimentos de ruptura.
O Benfica fechou a casa, jogou no contra-ataque, Javi Garcia foi pau para toda a obra e tapou todos os buracos. O Benfica recuperava a bola, muitas vezes não tinha soluções e perdia a bola. Salvio e Gaitán tiveram apenas 33% de eficácia no passe e foram dos melhores em campo. Sobretudo porque mostravam agressividade, pureza técnica e incisão. Predicados mais que suficientes para resolver o jogo. Cardozo deu mais do que trabalho a Torsiglieri e Polga permitindo aos colegas apareceram na área, em 24 passes só acertou 8. Isto são estatísticas. Polga em 34 passes falhou 10, mas todos eles impediram a construção de boas jogadas ofensivas do Sporting logo na sua fase embrionária. O Benfica sobe jogar futebol sobe respeitar-se a si, ao Sporting e ao jogo. Dar a bola ao adversário, arriscar e perder a bola só quando tinha cobertura e defender, defender, defender. Com critério, rigidez táctica e agressividade circunstancial. Perdia bolas mas não abria buracos. Na quinta-feira em Estugarda voltou a acelerar nos últimos 30 metros com o espectacular futebol que nos evidenciou em circunstâncias pretéritas. O Benfica não joga melhor contra o Guimarães do que jogou contra o Sporting. O Barcelona actual não é mais equipa que a Grécia em 2004. Esta é a minha filosofia de vida, esta é a minha filosofia do desporto. Mais do que saber jogar espectacular é preciso saber jogar mal, saber abdicar da construção de jogo, jogar bem defensivamente e matar o jogo na hora certa. Não é uma perspectiva calculista é uma perspectiva realista.
E sim claro leitor não pense que não sou apaixonado pela técnica. Mas sim gosto de ver a técnica, a velocidade e a agilidade em espaços curtos e no desbloqueio de situações complexas. Não tenho palas que dizem que o golo de Maradona em 86 foi o melhor de todos os tempos, quando na verdade ele fintava um adversário e depois, depois não havia cobertura, mais 10 metros de progressão mais um adversário batido. Talvez por isso não tenha tido mais de 5 anos de fama. Mas só talvez. E sim identifico-me mais com o Porto actual que ganha jogos por 1-0, 2-0 e adormece o jogo e faltas e mais faltas do que certos jogos do meu clube em que ganha mas sofre dois golos, mesmo marcando 4 ou 5. Porque ganhar 1-0 será eternamente melhor do que ganhar 2-1,3-2, 4-3. E não é só basquetebol que os ataques resolvem jogos e as defesas campeonatos.

By João Perfeito
24
Fev11

Steve Field

Minuto Zero

As Estatísticas

Frequentemente, sobretudo quando se trata de jornalistas da tvi, vemos comentários sobre estatísticas. Cada vez mais estas são analisadas como forma de melhor entender um desafio. No entanto, serão assim tão fulcrais no mundo desportivo?
De facto, nenhuma análise a um jogo passa sem a análise das estatísticas do encontro. No caso do futebol, visualiza-se qual das equipas teve mais bola, mais remates (…) para quem perdeu o jogo, ao ver as estatísticas percebe quem jogou melhor?
Não, de todo! As estatísticas são apenas uma parte da análise do jogo. Pegando no clássico de segunda, por exemplo, vemos nas estatísticas domínio claro do Sporting em termos de remates à baliza do Benfica e vemos bem mais posse de bola para os lados de Alvalade. Porém, quem viu o jogo percebeu que, salvo raras situações, foi o Benfica que esteve quase sempre por cima e, quando não esteve, o jogo nunca lhe fugiu de controlo.
Percebemos, então, que as estatísticas mentem. Além do exemplo dado, posso dar alguns mais: imaginemos então uma equipa que tem ao longo de todo o jogo muito mais remates que o adversário. No entanto, a outra equipa estava a perder e nos últimos 10 minutos massacra o opositor, que vinha dominando, fazendo muitos remates. No final, apareceria nas estatísticas mais remates para essa equipa que foi dominada grande parte do jogo, quando o que se viu foi que apenas ‘acordou’ nos instantes finais; outro exemplo, desta vez um pouco mais claro, prende-se com o Benfica. No início da temporada o Benfica estava bem abaixo do que produzira no ano anterior. Porém, ao final da primeira volta, apenas tinha menos 3 pontos que na época transacta. Olhando para as estatísticas, veríamos um Benfica sensivelmente no mesmo nível, o que não aconteceu. O Benfica de hoje está perto desse nível, o Benfica da maioria dos jogos da primeira volta nem lá perto andou…por fim, outro exemplo bem diferente é o facto de Cristiano Ronaldo estar constantemente no topo das listas de jogadores com mais assistências quando passa os jogos a perder bolas. Quem vir só as estatísticas, ainda pode julgar algo impensável, pode julgar que o Ronaldo é um jogador de equipa.
Em suma, as estatísticas são importantes numa análise? Até podem ser, desde que não se olhe para elas como um fim mas apenas como um utensílio para quem viu o encontro a fim de complemento da sua análise.

by Steve Grácio
23
Fev11

Buzzer - Beater

Minuto Zero

Beast of the East ou Best of the West?


                A questão é tão velha como a NBA (ou a antiga ABA). Qual a melhor das duas conferências?
                Na última década tem caído sobre o Oeste: um maior número de equipas com resultados positivos encontra-se nesta conferência. Mas nem sempre foi assim. Provavelmente nem sempre será assim. Nos anos 90, por exemplo, a distinção não era muito clara: tinha-se os Chicago Bulls de Jordan, os Atlanta Hawks de Dominique Wilkins, os Boston Celtics de Larry Bird (mais no início da década), os Detroit Pistons de Dumars e Thomas, e o próprio Shaquille O’neal começou os anos 90 nos Orlando Magic, tudo isto na conferência de Este. Do lado do Oeste via-se contudo outros poderes: os Lakers de Magic Johnson, os Utah Jazz de Stockton e Malone, os Trailblazers de Drexler, por aí fora.
fonte da imagem: dc.sbnation.com
                Estaríamos então perante um cenário relativamente equilibrado. Porém mesmo os não ligados ao basquetebol sabem que a década pertenceu a Michael Jordan e aos Chicago Bulls, com 6 campeonatos vencidos. Contudo, desde que essa equipa se separou, no final dos anos 90, duas dinastias têm permanecido: Los Angeles Lakers (de O’neal e Kobe Bryant, e mais recentemente de Pau Gasol e Bryant) e San Antonio Spurs (com o trio de Duncan, Parker e Ginobli à cabeça, curiosamente todos não-americanos). O Oeste tem, portanto, reinado. E isto não diz respeito apenas à elite: 9 equipas desta conferência têm mais de 30 vitórias esta época, contra apenas 5 da conferência rival com um record semelhante ou maior.
                Alguns dizem que os melhores jogadores saídos do draft têm ido todos para o mesmo lado dos Estados Unidos: Kevin Durant para Seattle, Chris Paul para New Orleans, Brandon Roy para Portland, Carmelo Anthony para Denver, Deron Williams para Utah, entre outros. Mas só por isso não é explicada a supremacia. Em teoria, muitas das actuais equipas têm planteis equilibrados entre as duas conferências, porém o Oeste tem sido melhor ao longo dos anos.
                Mas se a nível de resultados o Oeste tem mais quantidade, que dizer da qualidade? Creio que se falarmos da “nata” da NBA, falar na conferência de Este é imperativo. Boston e o seu quarteto fantástico, Miami e os seus três reis magos, Chicago com Derrick Rose à frente na corrida pelo MVP, e suportado por um elenco de grande luxo. E mesmo apesar de um pouco abaixo, Orlando e Dwight Howard são sempre uma força a ponderar, há um par de anos foram às finais. Desde ontem também devem entrar nas contas de todos Nova Iorque: numa troca que não se esperava que fosse concluída ainda esta época, Carmelo Anthony mudou-se para  Big Apple, vindo de Denver, para se juntar a Amare Stoudemire, fazendo um duo mortífero. Não são favoritos ao título, mas durante o resto da época deverão medir-se com os grandes.
                Que temos então, do lado do Oeste? San Antonio a ser a melhor equipa da liga, com um 5 muito forte e equilibrado, mais um banco espantoso, quase que ainda mais forte e equilibrado  também. Dallas tem sido também consistente ocupando o segundo lugar no Oeste, mas são conhecidas as suas fragilidades no tempo dos playoffs. Os Lakers são os campeões em título há duas épocas, mas têm tremido muito como há duas épocas não tremiam, antes da chegada de Pau Gasol. Não fosse por San Antonio, apostava as minhas mesadas dos próximos meses em como o título este ano vai para uma equipa de Este, bem como na grande parte da próxima…hum…década?
                O destaque positivo desta semana vai para o concurso de afundanços do All-Star. Foi um espectáculo como ninguém via há meia dúzia de anos, e o concurso recuperou o seu prestígio e nasceu. Diga-se o que se quiser da vitória de Griffin ter sido injusta, o certo é que fomos agraciados por performances e criatividade como há muito não se via. Do lado negativo destaco o simbolismo da troca de Carmelo Anthony de Denver para Nova Iorque. Mesmo ganhando-se uma equipa que já era muito divertida de ver jogar, ficar melhor com Anthony, e mesmo que Denver tenha recebido muitos jogadores que lhes permita reconstruir a equipa rapidamente, a troca revelou que a birra que Antohny tem feito nos últimos seis meses para ir para outra equipa levou a melhor sobre quem lhe paga os salários. E isto obviamente mostra que é necessário o acordo entre jogadores e proprietários das equipas antes da próxima época começar, ou não teremos NBA até haver acordo.


by Óscar Morgado

22
Fev11

Em Frente

Minuto Zero
                Ping-Pong
 
               Não digo que fartei. Nunca o farei e se alguma dia tal coisa tiver perto de acontecer é porque algo está muito mal comigo. No entanto, claro que é desgastante, claro que é preciso saber sofrer. Claro… Portanto, em vez de me estar por aqui a lamentar vou adoptar uma personagem bem conhecida de Herman José: um tal de José Severino, ou pelo menos uma coisa parecida.
fonte: blog comunidadevirtualdeopp
                Pois, “eu é mais bolos”, dizia ele. Bem, não é bem bolos, mas no meu caso uma coisa parece clara, futebol não é certamente. Não ganho, vejo violência gratuita, saio deprimido do estádio, enfim… Talvez pingue-pongue. “Eu é mais ténis de mesa”. Que tal? Sob risco de estar a ser injusto, parece-me que pouca gente dá grande atenção a essa modalidade. Quer dizer, toda a gente joga, mas certamente que ninguém sabe quem é o Messi, o Cristiano Ronaldo desse belo desporto. Pelo menos, eu na minha ignorância não sei.
                “Então, viste ontem o jogo?”. A partir de agora será isso que vou fazer quando me perguntarem tal coisa – “eu é mais ténis de mesa… e pesca desportiva, também vejo pesca desportiva”. Quem leva a mal? Eu é que ficarei bem chateado quando as pessoas não souberem como ficou o Ponte do Pargo ou outra dessas grandes equipas. Há tantos adeptos que só se lembram que são de x ou y quando estão a ganhar, portanto será sempre uma bela forma de também eu fugir a temas indesejados quando me apetecer.
                Não me tenho de chatear e acaba por ser uma bela maneira de ir aprendendo algo sobre uma modalidade diferente. Para já, posso dizer que após cinco minutos de exaustiva pesquisa na internet, já sei que o Zidane desta actividade era um sueco e que o actual campeão do mundo é um chinês. O que até parece chato, uma vez que este país conta ainda com os campeões do sector feminino e de dupla feminina, masculina e mista. Mas pronto, eu que pensava que o maior campeão de todos os tempos até tinha sido o Forrest Gump, já sei mais do que muita gente sobre este meu novo passatempo.
                E, estando eu aqui de boa vontade, querendo sempre promover um tão belo desporto, convido mesmo as pessoas, assim que possível, a assistirem a um jogo de ténis de mesa. Digam-me quando o fizerem para podermos trocar ideias sobre ele. Mas primeiro deixem-me ver em que situações há fora-de-jogo na modalidade, ou de que outra forma o árbitro pode prejudicar quem eu apoio. O que não quer dizer que aconteça sempre. Nunca sei quando tal coisa se verificará e portanto é melhor estar atento, que isto de jogos de bastidores no pingue-pongue deve ser uma clara realidade.

Saudações Leoninas,

by Jorge Sousa
20
Fev11

Fogo sem Fumo

Minuto Zero
Um bom prenúncio

Na passada quinta-feira, as equipas portuguesas presentes na Liga Europa entraram em campo para iniciar a nova fase da competição. Benfica, Braga, Porto e Sporting disputaram a primeira mão dos 16-avos-de-final. Contra adversários diferentes, em situações e performances quase opostos e a jogar em terrenos ora mais fáceis ora mais difíceis, as nossas equipas tiveram sortes e resultados igualmente diferentes. Houve desfechos para todos os gostos. Mas no geral, a primeira “metade” da eliminatória correu bem e traz esperança para todos os emblemas lusos.
O actual campeão nacional, SL Benfica, recebeu e bateu o Estugarda por 2-1. Num jogo em que os encarnados não tiveram o melhor começo, conseguiram dar a volta – à custa de dois grandes golos – e levar por vencida uma partida que se jogou a um elevado ritmo competitivo, com muitos ataques, sprints, disputas de bola bastante quentes. O Benfica poderia ter conseguido uma maior vantagem para a segunda mão que ocorrerá em território germânico, mas uma excelente exibição do guarda-redes do Estugarda impediu tal facto. O resultado é curto, mas o Benfica tem futebol e qualidade suficientes para levar por vencida a equipa alemã.
O Braga, actual vice-campeão português e que não tem tido uma boa prestação interna na presente época, deslocou-se à Polónia para disputar a partida contra o Lech Poznan. Numa exibição em que demonstrou bastante coesão, o Braga acabou por perder devido a uma decisão errada de Hugo Viana que acabou por resultar no golo dos polacos. Não obstante, a equipa bracarense conseguiu chegar com perigo à baliza do Lech por diversas vezes. Poderá falar-se em azar e um pouco de inexperiência em competições europeias, mas não se poderá negar que o Braga se bateu de peito aberto num jogo disputado em condições meteorológicas bastante adversas para a sua equipa e favoráveis para a equipa da casa, habituada a jogar naquele contexto. Em Portugal e a jogar perante os seus adeptos, a equipa de Domingos tem todas as possibilidades para seguir em frente na Liga Europa.
O FC Porto, primeiro classificado do campeonato português, tinha – provavelmente – a deslocação mais difícil neste primeiro jogo da fase a eliminar da Liga Europa. Os dragões deslocaram-se a uma cidade onde já venceram a extinta Taça UEFA para defrontar o Sevilha. Num terreno hostil, contra uma torcida incansável e uma boa equipa, os azuis e brancos conseguiram realizar uma excelente exibição, com bastante segurança a defender e uma excelente eficácia a atacar. O resultado acabou em 2-1 para a equipa de Villas Boas, o que faz com que o Porto tenha a tarefa facilitada na segunda mão quando receber, no Dragão, a equipa da Andaluzia.
Por último, o Sporting tinha uma deslocação difícil à Escócia em que também a história jogava contra os leões – nunca venceu em terras escocesas. O adversário desta vez era o Glasgow Rangers e o jogo acontece numa altura bastante delicada para o clube de Alvalade. Num jogo morno e pouco disputado, o Rangers dominou, de modo geral, a equipa portuguesa. A estratégia de Paulo Sérgio foi segurar atrás para conseguir, através do contra-ataque, importunar o guarda-redes McGregor. Após ter entrado a perder na segunda parte da partida, o Sporting conseguiu, já em cima do cair do pano, empatar a partida com um golo de Matías Fernandez e trazer a decisão final para o jogo de Alvalade. Um bom resultado dos leões.

by Alexandre Poço

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