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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

03
Jan11

Terceiro Anel

Minuto Zero
Ontem ficou explicado porque é que Pinto da Costa elogiou Jesus

Antes de subir ao terceiro anel, ao verdadeiro anel do Estádio da Luz de onde toda a verdade incomoda muito boa gente, queria agradecer a oportunidade que o “Minuto Zero” me deu de colaborar em tal projecto. Aos leitores do blogue e aos benfiquistas em particular espero que gostem do meu trabalho, parcial, mas não exageradamente, que vou desempenhar aqui, defendendo semanalmente as cores do meu clube, como qual quer bom adepto, seja ele do Benfica, Porto, Sporting, Braga, Guimarães, Beira-Mar ou qualquer outro.
O ano fechou com Salvio em grande e o ano coemçou com Salvio em grande, parece que este é cada vez mais uma peça importante no esquema de Jorge Jesus, o extremo direito nada tem a ver com o Ramires do ano passado, mas as suas qualidades (velocidade e drible) tem colmatado as deficiências do lado esquerdo, não que Gaitán não seja um óptimo jogador, bem pelo contrário, mas torna-se demasiado interior para ser o substituto de Dí Maria, pelo que Salvio esse sim está a ser o verdadeiro substituto do astro argentino do Real Madrid.

A arrogância de Villas-Boas começa a custar-lhe caro
Fonte: MSN Desporto

Será este “menino” como lhe chamou Jorge Jesus uma aposta de futuro, sim, penso que sim, mas também acho que o Benfica não aposte desde já na sua contratação isto porque corre o risco de Eduardo Salvio, como qualquer jogador se encostar desde já à sombra do contrato da próxima temporada e o Benfica ainda precisa e muito do Salvio desta época.
Pela primeira vez na época não vi Villas-Boas a falar do Benfica na sala de conferência de imprensa, depois de um mês de Dezembro onde o Porto só não perdeu porque as arbitragens assim o quiseram, chegou a vez de Villas-Boas provar o sabor amargo da derrota. Não será porém a última senão vejamos: vitória 1-0 ao Setúbal, mais do que tremida foi falsa, já que o penalti marcado sobre Falcão não existe (menos 2 pontos), vitória sobre o Paços de Ferreira 3-0, novamente com um penalti fantasma que só o senhor árbitro terá visto, numa altura em que estava bem mais próximo o empate que o segundo golo do Porto (menos 2 pontos), juntando aos pontos roubados ao Benfica no inicio da época, éramos líderes isolados do campeonato.
Convenço-me portanto cada vez mais que Pinto da Costa tem visão de olheiro, ora não tinha elogiado Jorge Jesus, pois sabe perfeitamente que o inicio de Villas-Boas não é mais do que fogo-de-artifício de um menino que é arrogante de mais para o que ganhou, ou seja nada!

by Simão Santana
02
Jan11

Comunicado nº1/2011

Minuto Zero

A Equipa Minuto Zero' informa oficialmente que Simão Santana será o novo colaborador Minuto Zero', responsável pela nova coluna semanal das Segundas-feias, Terceiro Anel
Esta nova colaboração decorre da saída do colaborador João Vargas, tal como já foi anteriormente anunciado no Comunicado nº4/2010 e resulta da parceria entre o Minuto Zero' e o Blog Livre Directo.

A Equipa Minuto Zero' 
(Ricardo Campos de Sousa, Sílvia Santos e Tiago Luís Santos)
02
Jan11

Fogo sem Fumo

Minuto Zero
Os 3 grandes – Balanço e Perspectivas

Acabou 2010 e como tal, penso que é tempo de fazer um resumo daquilo que foi o ano transacto para os três grandes do futebol português e por outro lado, fazer um género de previsões para a segunda metade da actual época. Como nestas situações a ordem pela qual se escreve é sempre um dos pontos relevantes e indicador de preferências subjectivas, escolhi um critério (objectivo) para expor as minhas ideias – a sequência classificativa do último campeonato de futebol. Assim sendo:
Benfica – Dois mil e dez parece ser o ano do tudo ou nada, do ser e não ser, de uma coisa e do seu oposto para os lados da Luz. Devido à clara clivagem nas performances dos encarnados, o ano divide-se em dois semestres. No primeiro, um Benfica demolidor, uma forma de jogar a que eu nunca tinha assistido nas águias (talvez, justificável pelo facto de ter nascido no início dos anos 90 – altura em que começou a agonia benfiquista), vitórias atrás de vitórias, uma equipa a arrastar o sonho e a vontade dos adeptos. Só em Anfield e aos pés do Liverpool, foi travado um Benfica que se afigurava como potencial vencedor da Liga Europa. No fim do primeiro semestre, os benfiquistas somaram duas conquistas: A Liga e a Taça da Liga. Um semestre que ainda hoje deve estar presente nos sonhos de muitos adeptos, o que se percebe, pois o Benfica tanto ganhava no campo, como também somava pontos cada vez que os confrontos se disputavam em túneis.
O segundo semestre coincide com a nova época (a actual) e a chama, o brilhantismo, as vitórias e as exibições de gala desapareceram. Desde o treinador (outrora, o Messias) aos jogadores, nada parece ser igual. Desde derrotas surpreendentes a humilhações, já tudo aconteceu ao Benfica versão 2010/2011. Recambiado da Liga dos Campeões, onde não se confirmou a antiga promessa de Jorge Jesus para a Liga Europa, o Benfica poderá apenas sonhar com a Taça de Portugal e/ou a Taça da Liga. O campeonato e a Liga Europa parecem estar longe de ser alcançáveis a este Benfica. O ano passado viu o melhor Benfica dos últimos vinte anos, mas também aquele que já vinha sendo hábito desde meados dos anos 90.

Porto – Se o compararmos ao Benfica, é o inverso: 1º semestre – recusou-se jogar futebol, 2º semestre – um Porto à Porto, isto é, uma equipa a jogar como nos habituou nas últimas décadas. O azarado Jesualdo deu lugar a um talentoso Vilas Boas e os dragões que já não se viam afastados da Liga dos Campeões há uns anos, estão a demonstrar esta época que têm saudades e que o regresso está para breve. De positivo nos últimos tempos do 1º semestre, destaca-se a conquista da Taça de Portugal. Facto que não conseguiu fazer esquecer o 3º lugar no campeonato. Esta época viu chegar ao Porto um treinador novo e com fama de ser “parecido” com José Mourinho, seu mentor. Da desconfiança geral passou-se a uma certeza absoluta, o Porto de Vilas Boas joga tanto ou mais futebol que aquele que dominou a Europa durante o reinado do Special One. Este Porto caminha a passos largos para mais um título de campeão nacional e promete na Liga Europa. A Taça de Portugal e a Taça da Liga, se forem encaradas de uma forma séria e não servirem para rodar a equipa, também não escaparão aos azuis e brancos. A segunda metade do ano foi um passeio para os dragões e pelo meio, ainda conseguiram golear os seus velhos rivais, o Benfica, com uns expressivos 5-0. Uma tareia das antigas.

Sporting – Em Alvalade, não há semestre, trimestres ou o quer que seja. Mudam jogadores, equipas técnicas, directores, mas o futebol lento, desagradável e chato não se altera. O Sporting atravessa um difícil período e 2010 foi mais um ano para esquecer. Das declarações infelizes dos dirigentes às prestações medíocres dos jogadores, nada fica a registar como positivo. Na época passada, a Liga Europa ainda parecia prometer algo, mas num jogo quente frente ao Atlético de Madrid, o Sporting de Carlos Carvalhal acabou eliminado. Liga, Taça e Taça da Liga foram igualmente outras desgraças. O 4º lugar da época passada garantiu a Liga Europa ao Sporting deste ano e para já, as coisas parecem melhores, vitórias folgadas e exibições mais sólidas demonstram que existe um Sporting a nível interno e outro – consideravelmente melhor – a nível europeu nesta época 2010/2011. A Taça de Portugal terminou no Bonfim. A Taça da Liga, apesar de parecer enguiçada para os leões, começa por estes dias e ainda poderá reservar surpresas. O campeonato, esse há muito que terminou para a equipa de Paulo Sérgio. Deve lutar para manter o 3º lugar, se o conseguir já se pode dar por contente, em razão do futebol que tem praticado. O Sporting necessita de uma grande reflexão ou habilita-se a que anos como o de 2010 passem a ser o habitual nas hostes leoninas.

Em suma, 2010 deu para assistir a um Benfica que de águia passou a passarinho, a um Porto que após um interregno de meio ano voltou a ser aquilo que tem sido nos últimos anos e a um Sporting bastante regular – isso é indiscutível – o problema é o facto de ser regular em mau futebol e em fracassos. Em relação a 2010, estamos conservados… Então, que venha 2011 que é preciso a bola para animar a malta.

by Alexandre Poço


01
Jan11

Porque ao Sábado se Destaca

Minuto Zero
Formar, Criar, Consolidar, Competir e Ganhar

Penso que este deve ser o seguimento estrutural de qualquer desporto.
Ao praticar um desporto necessitamos de etapas muito concretas para poder concretizar os nossos objectivos.
Olhamos para a nossa vizinha Espanha, e temos um enorme modelo desportivo. País constantemente a lutar por ser campeão mundial de basquetebol, andebol, futsal, hóquei em patins, futebol. Para não falar das referências individuais do ciclismo, ténis ou atletismo.
De certa forma não nos podemos comparar à Espanha, pois esta apresenta uma população muito maior que a nossa. Mas na verdade se assim fosse a Espanha poderia comparar-se à França, à Alemanha, à Ucrânia?
Parece-me que não. Mais do que viver na tristeza incessante de que somos os país pequeno e de que muito já fazemos nós é preciso pensar no futuro. Redimensionar objectivos e métodos de trabalho- porque só assim se pode vencer.
A Islândia tem a população da Madeira (300000 habitantes) e é a actual vice-campeã olimpica de Andebol. Porque? Por acaso? Não me parece. Porque trabalha o andebol de forma sustentada e continuada. Trabalhou num processo contínuo e ganhou uma geração de jogadores. Portugal é o actual vice-campeão europeu de Juniores de Andebol. Mas depois? Depois perdem-se uns quantos jogadores e a equipa fica fragmentada de qualidade que outrora foi sua. É preciso trabalhar para aparecerem mais Carlos Resendes (andebol), Migueis Maias (Voleibol) e Carlos Lisboas (Basquetebol). Todas estas figuras tiveram uma carreira brilhante mas viveram-na infelizmente sós. Sós de colegas que os acompanhassem e pudessem trazer resultados dignos à modalidade.
Mas não ficamos por aqui, Diana Gomes, Tiago Venâncio e outros lideraram rankings europeus e mundiais na natação - depois desapareceram.
João Cunha e Silva foi líder do ranking mundial de juniores do Ténis. A carreira dele é uma autêntica lástima comparada com o estatuto que teve enquanto júnior.
Mais importante do que tentar ganhar um jogo, um set, uma corrida é tentar ganhar uma geração.
Não se ganha uma geração sem trabalho. Sem trabalho aparecem talentos de vez em quando, mas que sem o acompanhamento competitivo necessário não conseguem catapultar a modalidade que representam para o estatuto que eles tem. Daí que Carlos Resende seja conhecido perante todos os amantes do andebol europeu, mas Portugal nunca se tornou uma equipa conhecida.
Até no futebol vivemos assim. Tirando Cristiano Ronaldo não temos nenhum jogador claramente fora-de-série. Nenhum jogador que qualquer treinador quisesse ter na sua equipa. Imaginem que Portugal e Espanha aboliam as suas fronteiras e formavam uma equipa ibérica, quantos jogadores lusos eram claramente titulares? Apenas Ronaldo e Coentrão.
Isto é preocupante. Tem que se tornar medidas para potencializar o desporto. Às vezes oiço jogadores da II ou III divisão profundamente descontentes por não ser profissionais. Eu penso, se em Portugal todos fossem profissionais até as Distritais então quanto dinheiro havia ainda para as restantes modalidades?
Todas as cidades têm uma equipa de futebol e tem inúmeros miúdos a jogar futebol. As equipas de futebol no nosso país são elevadíssimas. Depois o que acontece. A maior parte deixam de jogar quando vão para a universidade ou arranjam trabalho e o Benfica, o Sporting e o Porto jornada após jornada ganham os seus jogos por 5, 6 ou 7 . O que é que um Cedric, um Nélson Oliveira, um Roderick ou um Sérgio Oliveira evoluí a jogador nos juniores? Nada, apenas estagnam.
Quantos talentos de jovens em Portugal poderiam estar ao serviço das modalidades e estão no futebol? Quantos campeões mundiais e olímpicos apenas o são porque por acaso a vida encarregou-se de lhes fazer abandonar o futebol e abraçar outra modalidade.
Fonte: drec.min-edu.pt
Onde eu quero chegar é que temos de apostar forte no desporto escolar. Abolir a Educação Física e tentar com que cada jovem encontre o seu desporto. Tentando fazer vê-lo que é esse deporto em que pode ter futuro.
Eu moro numa cidade (Vendas Novas) que tem a melhor pista sintética abaixo do Tejo, tem uma das melhores corridas de Portugal. Mas não tem um único treinador de atletismo, os resultados são absolutamente medíocres. Quando teve um treinador produziu-se um campeão nacional de desporto escolar, um lançador de dardo dos melhores do país e dois velocistas que davam cartas nos escalões jovens.
Tem de se trabalhar para que cada escola tenha um núcleo de basquetebol, andebol, voleibol, atletismo, ténis… Não é assim tão utópico quanto isso.
O trabalho passa por uma maior mediatização destes desportos, uma divulgação que alicie os jovens a abraçarem determinadas modalidades em vez do futebol. Trabalho rigoroso e diário e os resultados apareceram.
Esta estruturação passa também por uma mudança do sistema educativo em Portugal. Permitir com que as aulas sejam maximizadas ao máximo, encurta a carga lectiva permitindo aos alunos terem aulas de manhã e durante a tarde poderem praticar diariamente o seu desporto de eleição nos pavilhões das respectivas escolas - não custa assim tanto dinheiro.
Quem pratica um desporto a sério, sabe que não é a treinar duas ou três vezes por semana que vai a algum lado.
Aqueles que não gostassem de desporto teriam outras actividades: música, teatro…
Parece uma ideia, tão básica e tão evidente. Mas às vezes o mais difícil é efectivar o fácil.
Antes de acabar o meu artigo, gostaria de frisar que esta minha ideia só ia beneficiar o futebol. Os melhores tinham mais competitividade, menos equipas fáceis com quem jogar e evoluíam rumo a um patamar de top, em que em vez de se produzirem Eusébios, Figos e Ronaldos em 50 anos. Produziam-se 3 ou 4 vezes mais.
Apenas uma questão de formar para criar para consolidar para competir para Ganhar. Só assim se pode vencer continuadamente e acabar uma vez por todas por uma esperança incessante que apareça um talento que apenas de vez enquanto eleva o nosso nome rumo ao topo do Mundo.

by João Perfeito

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