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Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

01
Dez10

Buzzer - Beater

Minuto Zero
Passagem do testemunho

         Esta semana vi um artigo muito interessante no NBA.com que falava do verão de Dwight Howard. Segundo consta o jogador passou meia dúzia de dias a treinar no seu jogo interior com a ex-estrela dos Houston Rockets e “Hall of Famer” Hakeem Olajuwon (1ª escolha de draft do ano em que Michael Jordan entrou na NBA).
Fonte: statesman.com

         Um vídeo destacado no mesmo artigo mostrava alguns exercícios ofensivos realizados pelos dois. Apesar de por já dois anos consecutivos Howard ter ganho o prémio de melhor defesa da liga, e de ser, discutivelmente, o melhor poste a jogar na actualidade, o seu jogo ofensivo não se encontra no mesmo patamar de excelência do defensivo.  E aqui entra Olajuwon: o “Dream” era um jogador exímio do seu trabalho de pés, e com um lançamento de curta distância mortífero para a equipa adversária, tornou-se num dos melhores de sempre na posição.
         Olajuwon já o tinha feito com Yao Ming há alguns anos; Scottie Pippen também com Kirk Hinrich. No fundo parece-me óptimo que antigas estrelas passem o seu testemunho aos talentos de hoje (não sei até que ponto este tipo de coisas serão pagas ou não), mesmo sem serem treinadores de desenvolvimento específicos nas equipas.
E muitas vezes não quer dizer que todos consigam transmitir com a mesma eficácia aquilo que outrora conseguiam fazer tão bem em campo. Howard afirma, ainda no mesmo artigo, que num dado momento apenas estava sentado na casa de Olajuwon a conversar com este, e que o simples facto de poder conhecer um dos seus ídolos e de saber as suas perspectivas na posição e na modalidade em si lhe dava motivação para levar o seu jogo para um nível diferente. Parece-me a mim este o verdadeiro poder de estrelas como Olajuwon – a confiança que conseguem de facto transmitir àqueles que os procuram.
E o destaque positivo vai mesmo para Dwight Howard: nos últimos 3 jogos averbou 23, 32 e 9 pontos (contra Cleveland, Washignton e Detroit respectivamente) e 11, 11 e 14 ressaltos (mesmos 3 jogos), e começa a notar-se este trabalho ofensivo que tem vindo a desenvolver: a sua média pontual está nos 21.8 por jogo quando na época passada foi apenas de 18.3. E nem por isso os seus índices defensivos têm andado a diminuir: 1.2 roubos de bola por jogo (melhor que qualquer época sua até agora) e 2.4 desarmes de lançamento por jogo, superior à sua média de carreira de 2.1.
Negativamente terei que destacar o incidente do jogo entre Miami e Washington: Hilton Armstrong, poste dos Wizards, derrubou Joel Anthony (poste de Miami) a meio do ar enquanto este fazia um lançamento. Em seguida o seu colega Juwan Howard empurrou Armstrong para o chão. Boa decisão dos árbitros que excluíram os dois da partida, mas fraca atitude desportiva  de Armstrong. Não tanto de Howard, mas as regras quanto à violência em jogo são claras.

by Óscar Morgado
01
Dez10

Notas da liga dos campeões - Tottenham de Redknapp e Bale

Minuto Zero
De Londres surge esta temporada uma "nova" potência, estreante nestas andanças apesar de todo o seu historial. Orientado por Harry Redknapp, o Tottenham garantiu já a passagem à segunda fase com atestado de competência.
Num grupo onde estão também Inter de Milão, Werder Bremem e  o campeão holandês Twente, destacou-se claramente consistência (perdeu apenas com o Inter em Milão..4-3) exibicional que vem apresentando.
Com um plantel de enorme valia, ao qual soube acrescentar esta temporada o nome de Rafael van der Vaart e William Gallas, este gigante inglês parece de volta ao mais alto nível, tendo esta época um oportunidade única (porque estamos a falar de um clube da Premier League) de se destacar na mais prestigiada competição de clubes.
Partindo de um 4x4x1x1, com um estilo bem britânico, como é de resto imagem de marca de Redknapp, forma duas linhas de 4 bem definidas, libertando depois o talento de Van der Vaart nas costas de um ponta-de-lança, seja ele Crouch ou Pavlyuchenko. 
Apesar dos portentoso planteis das ultimas épocas, em nenhuma delas esta equipa tinha estado a um nível tão alto: a inclusão de Gallas deu à sua defesa um novo improve de qualidade substancial; no meio-campo surge duplo-pivô onde Huddlestone funciona como 6 ao lado de Jenas ou mesmo de Modric, os quais funcionam como principais municiadores da transição em posse; nas alas não faltam soluções, sejam elas Modric ou Kranjkar, falsos-alas, Bentley ou Lennon, e sobretudo o "ala" Bale, grande figura de destaque deste arranque de temporada. 
A dinâmica de Redknaap é no entanto como disse antes de base bem britânica: o passe longo para a frente de ataque é solução mais recorrente, procurando o ponta-de-lança alto (daí que Defoe não seja opção habitual), em torno do qual se movem os talentosos Modric e Van der Vaart. 
Mas não só. Bale, Modric ou Jenas são jogadores com uma enorme capacidade de transporte de bola,  sempre opção na saída para o ataque em posse.

fonte: Daily Telegraph 


Mas a grande figura da época é o inevitável Gareth Bale. Mais uma vez o país de Gales dá ao futebol mundial um esquerdino genial. Depois de Ryan Giggs, Bale é na nova figura de proa do futebol gaulês, deixando a Europa do futebol de queixo caído com os 3 golos incríveis que marcou em Milão (derrota 4-3). Surge esta temporada com médio-ala esquerdo, aproveitando a sua incrível velocidade e potencia física, para além de uma qualidade técnica acima da média. Ganha-se um muito bom médio-ala esquerdo, perde-se um excelente lateral. Para além da capacidade ofensiva, Bale é, como lateral um bom defensor, apesar de, como a sua juventude indica, ter muito que evoluir. Parece dominar bem os tempos de saída para o ataque, mas a sua capacidade acima da média faz com que Redknapp o coloque mais à frente no terreno.
Será seguramente um dos jogadores mais cobiçados do mercado de Inverno, mas ai como promessa de enorme lateral-esquerdo. Digo isto porque, tendo em conta que o seu futuro passa por um gigante europeu, o seu verdadeiro espaço no terreno será na defesa, como defesa esquerdo ofensivo é claro, mas sempre como lateral. Resta agora saber quem consegue ganhar a corrida por este Enorme jogador.

fonte: Daily Telegraph

By Tiago Luís Santos
01
Dez10

Em Frente

Minuto Zero
              UEFA Cup
              Não devia ter ocorrido e certamente poucos pensavam que fosse possível. O Benfica partia como claro favorito no seu grupo da Uefa Futsal Cup, ou não fosse o actual vencedor da competição. Por seu lado, o Sporting defrontava o bicampeão espanhol e principal candidato à vitória final do torneio. Nunca Portugal tinha tido duas equipas na fase final da competição, mas ocorreu.
                Em Odivelas foram 5.000 os que, aos longo de três dias de competição, puxaram incansavelmente pela sua equipa. E, no início, apesar de muita esperança, o empate (4-4) contra o Chrudim da República Checa, consentido nos últimos segundos da partida, foi um rude golpe nas aspirações do Sporting.
                Seguiu-se vitória fácil (4-1) contra o City US Targus More da Roménia e a esperança voltou. Era difícil, mas era possível. Domingo, o pavilhão de Odivelas estava cheio para assistir a um capítulo grandioso na história do Futsal sportinguista. No início, começou mal. Foi consentido um golo logo a começar. Mas a reviravolta seria alcançada ainda na primeira parte, com golos do pequeno génio Deo (aos 13 e 20 minutos). Na segunda parte, os níveis de concentração baixaram. Foi uma chuva de golos, que tornou o jogo emocionante até ao final. Os espanhóis alcançaram o empate aos 22 minutos, o Sporting voltou à liderança aos 23. O El Pozo voltava a alcançar o empate aos 24 e, ainda no mesmo minuto, já o clube português voltava a festejar. Uma final antecipada, com a melhor equipa portuguesa da actualidade a ombrear com o colosso espanhol. No final, mais um golo (aos 39 minutos) para os verde-e-brancos que assim faziam história ao conseguir o que nunca uma equipa leonina tinha conseguido antes, alcançar a Final Four da Uefa Futsal Cup.
                Seguia-se o Benfica. O seu grupo era disputado na Sérvia e, portanto, ao contrário dos seus rivais portugueses, não tinha o factor casa do seu lado. A equipa portuguesa iniciou a sua caminhada derrotando o Nacional Zagred da Croácia, a equipa mais fraca do grupo, pelo resultado mínimo (1-0). Seguiu-se o Time Lviv da Ucrânia e, novamente, uma vitória pela margem mínima, desta feita por 2-1.
                Chegava então o momento da decisão para os encarnados. Jogo contra os anfitriões que até ai, como a equipa comandada por Paulo Fernandes, só contavam com vitórias. No entanto, se os outros jogos foram difíceis para a equipa portuguesa, este, ao contrário do esperado, foi facilmente resolvido. O Kragujevac não teve a mínima hipótese contra um Benfica demolidor. Ao intervalo o resultado era já de 0-2 (golos de Diece, aos 5 minutos e de Arnaldo aos 13). E, passados seis minutos da segunda parte, os campeões europeus já contavam com cinco golos (Diece aos 24, Joel Queirós aos 25 e Diego Sol aos 26). No final, o resultado de 5-2 demonstrava bem a intenção que o Benfica tem em renovar o título e, assim, se tornar bicampeão europeu.
Fonte: Sporting.pt

                A Federação Portuguesa de Futebol já fez questão de apresentar a sua candidatura para que o Pavilhão Atlântico seja novamente o palco das decisões. O sonho comanda a vida e, em Abril, dois eternos rivais terão hipótese de disputar entre si (sem esquecer a equipa italiana Montesilvano e os cazaques Kairat Almaty) uma competição, no que promete ser mais um grande capítulo do desporto nacional e da rivalidade entre estes dois clubes.

Saudações Leoninas,
 by Jorge Sousa

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