Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Minuto Zero

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

A Semana Desportiva, minuto a minuto!

Minuto Zero

29
Nov10

Depois da carta de José Mourinho... o futebol português no seu melhor...

Minuto Zero
  FC Porto:

«Na sequência das ocorrências no final do encontro de ontem entre o Beira Mar e o Benfica e que, segundo relata a Comunicação Social, terminaram com ameaças e escolta policial a um jornalista da TVI, a FC Porto – Futebol, SAD não pode deixar de recordar um rol de comportamentos que têm um clube e uma pessoa como denominadores comuns e que configuram perfis dignos de um filme sobre «gangsters».

1 – Agressão à estalada a um amigo do guarda-redes Moretto em pleno Aeroporto de Lisboa;

2 – Agressões a um cidadão junto à Caixa Geral de Depósitos de Telheiras, na sequência de um estacionamento indevido;

3 – Desrespeito pelo trabalho de um jornalista e agressão a um repórter de imagem da RTP à saída de uma reunião com Hermínio Loureiro. Os relatos dizem ainda que um dos intervenientes pegou no microfone da estação e o atirou ao chão;

4 – Agressão a pontapé ao Team Manager do FC Porto, verificada em plena área técnica do Estádio da Luz e que, apesar do esforço de um dirigente para, previamente, desviar o foco das imagens, ficou inequivocamente registada;

5 – Invasão de um estúdio da SIC no decorrer de um programa em directo.

Todos estes factos, sublinhe-se, têm sempre o mesmo emblema associado. Foram amplamente difundidos nos Média e rapidamente esquecidos, ao mesmo tempo que revelavam a urbanidade, o estilo e, acima de tudo, a credibilidade de quem os praticou e/ou comanda.

Porto, 29 de Novembro de 2010

O Conselho de Administração»

 
Benfica:

«Co Adriaanse
Luís Fabiano
Derlei
Paulo Assunção
Adriano
Rodriguez
Costinha
Raul Meireles
Matt Fish (basquetebolista)
Paulo Martins (RTP)
Pedro Figueiredo (RTP)
João Pedro Silva (RTP)
Marinho Neves (jornalista)
Fotógrafo do JN atropelado à saída do tribunal.
E mais um sem número de pessoas que optaram pelo silêncio!
A todos a nossa solidariedade!»

Apreciem o nosso futebol no seu melhor, aproveitando uma segunda feira com 30 minutos de futebol..... em Faro claro

By Tiago Luís Santos e Ricardo Campos de Sousa
29
Nov10

Barcelona... um mundo á parte no futebol e na vida

Minuto Zero
Confesso que este é um post de cariz um pouco mais pessoal e menos objectivo do que é meu apanágio, mas devido as semanas que estive ausente do blog acho que faz todo o sentido regressar desta forma. 
Começo pelo porque deste comentário: numa curta viagem de carro, ligo o rádio na Tsf só para ver o que se ouvia por lá... o tema prendeu-me: um analista político esclarecia qual a situação da Catalunha em relação à Espanha. Produtora de 25% da riqueza espanhola esta região e as suas gentes sentem-se como um autentico salva vidas da economia do país vizinho (à quem lhe chame irmão... não gosto do termo) ... a certa altura em jeito de remate final o apresentador fala do clássico com o Real, como devem imaginar fiquei de "orelhas em bico".

Mais do que falar em duelo de 2 grandes clubes, falar de Barça-Real ou Real-Barça é falar de assuntos que vão muito além do futebol... da posição subalterna em que se encontra a Catalunha, aos problemas económicos que o país enfrenta, passando pelas "vergonhosas" capas dos jornais desportivos catalães...

Não tomo partido no duelo... como digo prefiro ver um grande jogo de futebol do que roer as unhas de emoção, perdoem-me a visão sei que não é partilhada por muitos (e ainda bem talvés), mas não consigo ver de outra forma futebol de elite...

Olhando para a história do Barça esta confunde-se com a do próprio futebol... do caos económico ao genialismo fruto do talento de jogadores e treinadores... de Maradona e Shuster a Cruyff e o seu Dream Team... até ao mundo dos Ronaldinhos, Xavis e Messis... o bom futebol em tons de azul e grená...

Penso sempre na forma de jogar do Dream Team de Cruiff ao ver jogar o Barça de Guardiola. 3x4x3, com um pivô-defensivo genial (Guardiola claro, digo genial porque executa a sua missão na perfeição), talvez a forma de jogar mais sedutora de sempre, consubstanciada no esquema "perfeito" para muitos... pena é que por vezes a triste realidade do futebol não permita que mais equipas assim joguem...

Mas as bases do bom futebol mantêm-se... a equipa com bola sobe no terreno, os centrais transportam, o pivô equilibra, os interiores (Xavi e Inista hoje em dia) dão cor ao futebol culé... no ataque os extremos dão largura e obrigam o adversário a afastar os seus jogadores... Pedro, Henry... Stoichkov... e Messi sobretudo, ziguezagueando por entre as defesas... a defender o primeiro é o ponta-de-lança... Romário .. Eto'o... pressing alto, no caso do brasileiro logo no guarda-redes adversário, para que não haja sequer tempo de este respirar e estragar algo tão belo como o futebol deste(s) Barça(s).

No Banco o olhar atento.. Cruyff e Guardiola... dois romanticos do futebol.. no campo a imposição natural de quem tem mais técnica, de passe, de remate, de drible mas sobretudo quem... pensa bem e executa melhor!


fonte: www.taticaemjogo.blogspot.com


By Tiago Luís Santos


29
Nov10

Segunda é o dia

Minuto Zero
Perguntas inconvenientes

Na fash interview no final do jogo entre o Beira-Mar e o Benfica, este domingo, o jornalista da TVI que entrevistava Jorge Jesus perguntava ao treinador encarnado como estava o ambiente no balneário benfiquista e se era verdade que a sua liderança era criticada. Jesus recusou-se a responder, dizendo que só falava do jogo. O jornalista da TVI, perante tal ultimato, atirou algo do género “Aqui quem decide as perguntas sou eu!”. Jorge Jesus não foi de modas e abandonou a entrevista.
Este episódio entre o jornalista da TVI e o treinador do Benfica é apenas um de muitos que ao longo dos anos têm acontecido. Não só no mundo do futebol e do desporto, mas também um pouco por toda a sociedade (recorde-se as respostas de Carlos Cruz a Rita Marrafa de Carvalho quando saía da leitura da sentença do caso da Casa Pia), tem-se tornado uma prática corrente tentar responder apenas às perguntas convenientes. Alberto João Jardim é talvez o maior ás na arte de instrumentalizar entrevistadores, mas, uns mais, outros menos, muitos são os personagens da vida pública portuguesa que vão tentando levar a sua a melhor.
No caso do futebol, todos no lembramos da tomada de posição do Porto, há uns meses, quando se recusava a responder a perguntas dos jornalista do jornal A Bola, por não gostar do que a publicação escrevia. Ou os célebre black-outs do tempo de José Mourinho, também no dragão.
Depois, há também exemplos daqueles que intervêm por sua livre espontânea vontade para fazer um pouco da sua propaganda. Um exemplo disso é Luís Filipe Vieira que, há uns anos, “invadiu” o estúdio do programa da SIC Notícia “O dia seguinte” para apresentar a sua versão sobre os factos em análise. Ou ainda outro episódio com o mesmo protagonista, em que Vieira ligou para o programa da RTP “Prós e Contras”, também para dar a sua opinião sobre a discussão.
Muitos outros exemplos poderíamos trazer para este texto, mas os apresentados são já suficientes para mostrar o fundamental: ao longo dos anos, e a partir do momento em que a liberdade de imprensa passou a ser dada como adquirida, o jornalista perdeu muito do brilho que tinha como defensor da verdade, como peça fundamental para uma democracia saudável. Hoje, os jornalistas são já vistos por muitos como meros “intrometidos” que só querem publicitar o que lhes dê mais visibilidade. E são, também, utilizados pelos actores sociais para passarem apenas as mensagens que lhes interessa (a esses actores sociais).
Porém, no futebol, como em todos os domínios, não podemos admitir que os jornalistas sejam instrumentalizados e manipulados pelos “tubarões”. Como muito bem explicou e se justificou o jornalista da TVI após Jorge Jesus abandonar a entrevista, o treinador do Benfica está habituado a responder apenas às perguntas convenientes do Benfica TV. É urgente que se acabem com tantos “Benficas TVs” que andam por aí…

by João Vargas
28
Nov10

Fogo sem Fumo

Minuto Zero
Mundial 2018 e operações de charme

É do conhecimento de todos que Portugal e Espanha apresentaram uma candidatura para a organização do Mundial de Futebol de 2018. A proximidade geográfica, a semelhança entre as culturas, a paixão que ambos os povos têm pelo futebol, as qualidades de bom hospitaleiro – como se viu no Euro 2004 e por fim, a excelência de infra-estruturas desportivas que os países ibéricos são motivos mais do que suficientes para que a FIFA escolha a referida candidatura. A opinião que circula nos media é de que a nossa candidatura é uma das favoritas a ganhar a tão desejada organização. No dia de 2 de Dezembro, em Zurique, será anunciada a decisão. Caso se verifique a preferência pela candidatura que envolve Portugal, pelo menos no futebol, será cumprido o sonho do escritor José Saramago – a união ibérica. Contudo, nem tudo são rosas. Que papel terá o nosso país na organização do evento? Seremos um mero acolhedor de jogos pouco interessantes da fase de grupos ou quanto muito de um jogo dos quartos-de-final? É preciso ter cuidado. Estamos a lidar com espanhóis e como diz o ditado “de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”. Este é um ponto prévio. Uniões e candidaturas conjuntas, tudo bem, mas sempre com um olho no burro e com outro no cigano.
Este processo de apresentação de candidaturas não tem sido totalmente transparente, veja-se o célebre caso da compra de votos, como noticiou o jornal britânico Sunday Times. Portugal e Espanha não se viram livres de andar incluídos nos boatos. A FIFA desmentiu tudo. Há ainda uma questão a realçar, é habitual ver os países que se candidatam realizarem operações de charme junto de Joseph Blatter e dos seus amigos. O governo britânico, chefiado por David Cameron, já realizou a sua. Numa visita muito bem “armadilhada” mostrou aos responsáveis da FIFA as características agradáveis do seu país e enalteceu a relação histórica que a Grã-Bretanha tem com o futebol. Ficou bem na fotografia e não aconteceu de condenável. Contudo, há que observar que o governo britânico foi recentemente eleito, pelo que ainda tem algum crédito junto das cúpulas internacionais. E porque é que é necessário destacar tal facto? Pelo simples facto de que José Sócrates e José Luiz Zapatero irão realizar um evento semelhantes para promover a candidatura ibérica. Não me coíbo de questionar, será uma iniciativa que dará frutos, subentenda-se que afirme e candidatura ou simplesmente, o fim de um sonho? Pela credibilidade de ambos os primeiros-ministros junto do Mundo, aposto mais na segunda. Logo agora que estava tudo a correr tão bem. O Reino Unido agradece. 

by Alexandre Poço
27
Nov10

Porque ao Sábado se destaca...

Minuto Zero
Benfica e Sporting rumo ao título Europeu

Pela primeira vez na história duas equipas portuguesas conseguiram simultaneamente participar nesta competição.
Começo o meu post desta semana pelo formato da competição.
Parece-me ridículo. Primeiro só ter um campeão de cada país é altamente prejudicial. A competição perde cariz competitivo e só mesmo na Final Four existem jogos de igual para igual.
As duas rondas de qualificação antes da ronda de elite começam sempre com grupos de 4 equipas que têm vencedores antecipados, mais uma vez devido ao facto de só jogarem os campeões nacionais dos respectivos países. A ronda de elite que é a ronda onde já estão todas as melhores equipas é constituída por 4 grupos de 4 equipas. Jogando a qualificação num pavilhão de cada equipa de cada grupo.
Imaginemos isto para o futebol de onze. A Liga dos Campeões com um grupo. Porto-Barcelona-Rangers-Partizan ou Benfica- Manchester United- Rosenborg- Cluj não daria vantagem aos colossos europeus se a eliminatória fosse disputada em território nacional.
Com o avanço da modalidade penso que as eliminatórias se decidiram a duas mãos (casa e fora) e os grupos serão jogados também dessa forma.
Contudo á competição em si.
O El Pozo Múrcia é o principal candidato. Encabeçado por um dos melhores jogadores do Mundo (Kike) o El Pozo é a melhor equipa do Mundo dos últimos 5 anos. Nos últimos 5 anos venceu a Liga Espanhola (Melhor liga do Mundo) por 4 vezes e terminou também 4 vezes em primeiro lugar da ase regular. Equipa tacticamente fortíssima respira futsal por todo o lado, falta-lhe apenas experiência para chegar ao ceptro europeu. André Lima e Pedro Costa fizeram a festa o ano passado quando no último minuto Vampeta atirou os espanhóis para fora da competição. Estava eliminada a melhor equipa do Mundo e o Benfica tinha tudo para ser a primeira equipa simultaneamente campeã europeia de futebol e futsal.
Mas o El Pozo Múrcia terá pela frente uma das melhores equipas do ponto de vista organizativo do Mundo. O Sporting com um esquema de jogo enraizado há muitos anos, melhorado este ano com a vinda de Orlando Duarte (um dos melhores técnicos mundiais de sempre da modalidade) e sobretudo com o alargamento do seu plantel, faz tremer qualquer equipa. A rotatividade permite à equipa manter grande intensidade ao longo de todo o jogo, coisa que poucas equipas conseguem efectivar.
Com o apoio dos seus fervorosos adeptos a turma leonina a jogar em casa tem tudo para eliminar o El Pozo. A qualidade e a frustração de sucessões de desilusões são os pontos a favor do ElPozo. A organização e o factor casa são as premissas necessárias ao Sporting para tentar ultrapassar o primeiro obstáculo rumo ao seu principal objectivo: suceder ao Benfica como campeão Europeu.
O Montesilvano surpreendeu tudo e todos ao sagrar-se campeão italiano. Mas o título de equipa sensação não se ficou por uma época. Liderados por Foglia, um dos mais talentosos jogadores da modalidade, os italianos eliminaram na sua própria casa os russos do Ekaterinburg, considerada colectivamente a segunda melhor equipa do mundo. Mas a façanha dos italianos não se ficou por aqui, conseguiram também eliminar o poderoso Araz, equipa azeri que é praticamente a selecção do Azerbaijão que tão boa conta do recado deu no europeu transacto. Araz, uma equipa com um entrosamento fantástico aliando ainda uma criatividade fora dos padrões do futsal.
O Kairat é a par do El Pozo Múrcia a equipa mais frustrada da competição. Equipa que luta até não poder mais, mas com grandes debilidades individuais que a impedem de ir mais além. Jogar contra o Kairat tem um desfecho improvável. Em dia sim derrotam qualquer equipa em dia não são goleados.
Por fim o segundo principal candidato ao ceptro europeu. Este ano liderados por Paulo Fernandes, o Benfica está colectivamente mais forte. Nos últimos faltava um treinador à equipa, para organizar e padronizar o talento dos seus jogadores. Sem Ricardinho mas com Diece o Benfica é uma equipa onde cada vez mais os talentos são substituídos por carregadores de piano. Com a manutenção da espinha dorsal dos últimos anos o Benfica é neste momento a equipa mais experiente do Mundo, sabe jogar em qualquer pavilhão perante qualquer público e tem sempre grandes probabilidades de ganhar.
Contudo para além de Joel Queirós, aquele que eu considero o melhor pivot do Mundo, e do guarda-redes Bébé, falta outro grande jogador à equipa do Benfica para lutar de igual para igual com o ElPozo. Se o Sporting eliminar o ElPozo abre caminho ao favoritismo encarnado, caso contrário, com pena para o futsal português, será apenas o Benfica a tentar derrotar está gigante que já está farto de estar adormecido.

Nota: O Benfica ainda não está apurado, mas é previsível que tal aconteça. El Pozo e Sporting discutem a outra vaga.  

Fonte: globpt.com
 
by João Perfeito

26
Nov10

Voleibol à Sexta

Minuto Zero
Recepção: o primeiro passo para a construção de um bom ataque

Normalmente, começaria esta crónica com o seguinte: «no jogo tal, a equipa tal perdeu um (ou mais) set/ jogo por um motivo, a péssima recepção, que condicionou o passe e, claro o ataque da equipa». Teria muitos exemplos para dar, infelizmente…
Mas esta semana o caminho não é esse. Hoje vou pegar no meu treino, porque de vez em quando um cheirinho (ainda mais) pessoal sabe bem. Esta semana treinei uma equipa de juvenis e juniores de desporto escolar: ao longo de 20 minutos de jogo, vi muitos passes completamente desenquadrados, muitos ataques fracos ou de recurso. Tudo por causa do baixo nível da recepção.
A certa altura, foi-me impossível conter o discurso que ouvi uma e outra vez, enquanto atleta: a recepção é o primeiro passo para a construção de um bom ataque; sem uma boa recepção, «na pinta», o distribuidor terá muito mais dificuldade a fazer o passe e, em última análise, o ataque sairá muitos furos abaixo do que devia.
Não confundamos, por favor!, a recepção com a defesa baixa: no primeiro caso, trata-se do primeiro toque que é dado depois do serviço adversário; a defesa baixa é o gesto que permite manter a bola em jogo depois do ataque adversário. Neste último caso, importante – relembro que estou a falar especificamente de desporto escolar, embora os princípios sejam, de modo geral, os mesmos – é manter a bola em jogo, de forma minimamente jogável. Na recepção, é fundamental que a bola esteja muito bem posicionada, para que o distribuidor tenha todas as opções de ataque à sua disposição: uma bola que não esteja no sítio certo «queima», à partida, o ataque do central, e acaba por ser, 80%, distribuída para o ataque do jogador de entradas (zona 4).
É claro que um distribuidor de grande qualidade acaba por conseguir colocar a bola para o ataque onde bem entender, mas metade da acção de defesa da equipa adversária fica facilitada: o bloco, a defesa alta. Para quem não está muito por dentro do assunto, talvez não seja muito óbvio que o voleibol é um jogo que vive muito da previsão do ataque do adversário. De onde vem esta bola, da entrada, da saída, do meio? Vai ser atacada à linha, na grande diagonal? Será um ataque em força ou um amortie? Esta previsão – alguns jogadores são brilhantes a decifrar as acções do adversário – depende imenso da leitura que se faz da posição dos jogadores. E voltamos, portanto, à questão da recepção: um distribuidor que está em desequilíbrio dificilmente faz um passe para as costas; a posição do corpo e do braço do atacante diz-nos que vai atacar desta forma, para aquele local.
Fonte: sítio Ataque e Defesa
Quanto melhor for a recepção, mais difícil é para o bloco «ler» o jogo de ataque. Uma boa recepção permite que os jogadores só no último momento se desloquem e, em última análise, isto pode querer dizer que o central já não chegará a tempo de formar bloco juntamente com o ponta: torna-se uma situação de um para um, em que o atacante tem uma enorme vantagem face ao blocador.
Por tudo isto – e mais umas quantas razões que dariam facilmente outra crónica – nunca é demais insistir em trabalhar a recepção, porque sem um primeiro toque exemplar dificilmente uma equipa consegue ter um ataque potente e eficaz.

by Sarah Pires Saint-Maxent

25
Nov10

Steve Field

Minuto Zero
Equipas B

Corria o final da época 2005/06 quando o Futebol Clube do Porto extinguiu a sua equipa B. A partir desse momento, tanto o Porto como os o Benfica e o Sporting (assim como Braga ou Guimarães, mas não de forma tão evidente e extensa) começaram a estabelecer protocolos com clubes de menor dimensão, tanto da primeira, como da segunda ou até da antiga segunda divisão b.
Será que o nosso futebol beneficiou com essas extinções?
Com excepção do Marítimo, nenhum clube manteve uma equipa secundária, certamente devido ao agravar da crise económica. Hoje em dia vemos equipas como o Portimonense, a Académica, o Olhanense, o Fátima, entre muitos outros, que têm como base no seu plantel jogadores emprestados pelos grandes, tornando-se praticamente a sua equipa B. Será esse facto benéfico para o nosso futebol? Na minha opinião não, esses jogadores, em muitos do casos, não aproveitam a oportunidade que lhes dão para evoluir e passam a época sem vontade de estar no clube, esperando pelo final da época para voltar à ‘casa mãe’, o que depois é raro acontecer porque os jogadores não entendem que o empréstimo é uma fase fundamental na sua formação.
Quando, na maioria dos casos, o clube que empresta o jogador continua a pagar-lhe o salário, porque não manter a equipa B? Essa é uma das questões que tem sido levantada e parece que essas equipas vão mesmo voltar, na minha opinião para benefício do nosso futebol. E porquê? Primeiro certamente tornaria esses ‘clubes satélite’ mais competitivos. É certo que os jogadores emprestados têm imenso valor, mais do que os que pertencem ao clube, mas não o potenciam nesses clubes. Jogadores pertencentes ao clube garantem mais qualidade, na maioria dos casos. Em segundo lugar, jogadores como o Caneira do Sporting mantinham-se em actividade e disponíveis para serem negociados, o que assim é difícil por treinar à parte e perder o ritmo. Julgo ainda que, e é uma opinião pessoal, os jogadores dos grandes evoluíam mais, apesar de não defrontarem jogadores de tanta qualidade, pois trabalhariam mais para chegar à equipa principal, podendo alcançar esse objectivo a qualquer altura da época, e não só no inicio da próxima.
É certo que a extinção das equipas B veio ajudar financeiramente os clubes pequenos que não têm tantos encargos financeiros. Mas o fosso entre os clubes grandes e os pequenos será sempre cada vez maior. Um grande que seja líder do campeonato dificilmente perde essa vantagem. Em Portugal, a competitividade não é muito elevada. Se olharmos para os grandes campeonatos europeus, não encontramos clubes como o Portimonense, composta por jogadores dos grandes. Em Itália ou Inglaterra, por exemplo, vemos os últimos a ganhar aos primeiros com mais frequência do que o previsto. Vemos equipas super competitivas. Vemos jogadores a dar tudo pela sua camisola, pela camisola que lhe paga para jogar, para poder um dia dar o tão desejado salto na carreira.
Ora, em suma, julgo que apesar dos custos, seria benéfico para o nosso futebol voltar a ter as equipas B, a actuar no máximo até à liga de Honra. A competitividade aumentava, o futebol melhorava. Seria melhor do que ver a deprimente liga Centenária, que de pouco serve. 

By Steve Grácio
24
Nov10

Buzzer - Beater

Minuto Zero
Exclusão desportiva

fonte: basketball-tips-and-training.com

                Na sequência da sugestão da Sarah a semana passada, decido esta semana abordar um tema de uma forma tão prática que não vejo em que outro contexto a devo repetir em semanas posteriores. O que acontece no nosso país é que ela, como praticamente todos nós, dificilmente conseguimos dominar (em termos de compreensão, conceitos, e não em termos da prática desportiva em si) mais do que 2 ou 3 desportos, e talvez esteja eu a ser generoso.
                O que de facto quero destacar é que devido ao destaque excessivo que é feito a um desporto em Portugal, as pessoas que eventualmente dominam alguma terminologia ou compreensão de outros desportos conseguem-no devido a um interesse pessoal, seja por terem praticado o desporto ou outra razão, e não devido a um interesse generalizado por uma cultura desportiva. Não querendo de forma alguma assumir aqui alguma posição de autoridade ou arrogância, deixo aqui esta semana o significado de algumas expressões ou conceitos que poderei utilizar nos próximos posts que irei escrever, de forma a que todos aqueles que não tenham um contacto muito próximo com o basquetebol possam compreender o que escrevo sem eu ter a necessidade de explicar ideias ou noções com frequência. Mais uma vez espero que ninguém se sinta ofendido:
Buzzer-beater: além de título desta ainda não muito conceituada rubrica semanal, determina o acto de um cesto convertido no último segundo da partida ou dos 24 segundos de tempo de ataque de cada equipa;
24 segundos: tempo de ataque para uma equipa no qual esta deve efectuar um lançamento ao cesto; em caso de um lançamento falhado este tempo é devolvido na totalidade se a equipa que estava a atacar recupera a bola;
6.25: distância em metros da linha de 3 pontos em relação ao cesto, segundo regras da FIBA (que estão prestes a adaptar-se às da NBA); na NBA esta distância é de 7m e 25cm;
FIBA: A Federação Internacional de Basquetebol , que rege todas as competições na modalidade excepto a NBA;
“meio da rua”: termo utilizado para descrever o espaço para lá da linha de 3 pontos, digamos alguns centímetros ou metros consideráveis, onde é convertido um lançamento que tem geralmente uma taxa de insucesso muito grande;
Abafo: termo da gíria da modalidade que descreve um desarme de lançamento por parte de um defensor; geralmente é acompanhado de “Uhhhs” intimidatórios vindos do banco da equipa que defende;
Garrafão: zona com forma de trapézio (FIBA) ou rectângulo (NBA) localizada no centro de cada meio-campo e que termina sensivelmente antes da linha de 3 pontos, na qual um jogador no ataque apenas pode permanecer durante não mais do que 3 segundos de cada vez; também denominada de área restritiva;
Crossover: popular movimento ofensivo do jogador portador de bola, em que este efectua um drible hesitante para a esquerda ou para a direita e segue-o rapidamente de um arranque para o lado contrário ao primeiro, com o objectivo de deixar o defensor para trás de si;
Duplo-duplo: relativo às estatísticas individuais de um jogador, denomina uma performance de uma partida em que algum jogador averba 10 unidades em duas competências estatísticas (de entre pontos, ressaltos, assistências, abafos ou roubos de bola);
Triplo-duplo: da mesma ordem que o anterior mas supõe 10 unidades em três competências estatísticas (tem-se depois quadruplo-duplo e por ai fora);
Duplo-quadruplo: tentativa improvisada da minha parte (na semana passada) de exprimir o acto de averbar pelo menos 30 unidades em duas competências estatísticas; creio que seja o termo adequado à situação mas não tenho a certeza da sua correcção;
Airball: lançamento não convertido em que a bola não chega a tocar no aro do cesto; é razão para o atirador enterrar a cabeça nalgum lado;
Alley-oop: jogada popular em que um jogador faz um passe para perto do aro do cesto e um outro jogador apanha o passe e “afunda” a bola no cesto enquanto ainda está no ar;
Bandeja: lançamento próximo do cesto em que o jogador faz a bola deslizar das suas mãos para o cesto;
Afundanço: técnica também popular em que o jogador em vez de fazer um típico lançamento ou bandeja arremessa de a bola de cima para baixo para o cesto;
                Espero que estes termos tenham sido úteis, se tiverem mais dúvidas, página de comentários. E para os destaques da semana? Positivo para os San Antonio Spurs, que conseguiram alcançar um marco histórico da equipa com o melhor arranque de época de sempre em San Antonio, com 11 vitórias seguidas no mês de Novembro. Negativo para uma nova lesão de Greg Oden (não culpabilizando o próprio naturalmente) que o vai deixar fora das 4 linhas durante toda esta época, uma má notícia não só para o atleta mas também para a sua equipa, os Portland Trailblazers, que vêm o seu investimento em escolher o atleta como primeira opção no draft em 2007 falhar. Oden realizou pouco mais de 80 jogos desde esse ano, sendo esta a sua segunda lesão que lhe corta uma época inteira. O jogador era uma das maiores promessas de sempre há 3 anos mas devido a lesões não se conseguiu ainda afirmar no basquetebol profissional.

by Óscar Morgado
23
Nov10

Em Frente

Minuto Zero
 Homens e Homens

“Toca a acordar, vamos ao Núcleo que hoje estão cá os juniores”. Boa maneira de um pai acordar um filho, num sábado que parecia ser igual a todos os outros, mas que acabou por se revelar uma bela surpresa. Os juniores do Sporting Clube de Portugal alinhavam nesse dia na Figueira da Foz, defrontando a Naval, num jogo que se revelaria difícil, apesar da vitória alcançada. Mas antes do jogo, como que já de uma tradição se tratasse, lá foram os juniores almoçar ao Núcleo Sportinguista da cidade. Eu, como membro do mesmo, no passado nunca tinha aproveitado para marcar presença nessa ocasião, mas desta feita lá aconteceu.
                Começaram a entrar, um com o cabelo com madeixas, outro com os brincos de praxe, outro que dia sim, dia não se fala da sua renovação… Enfim, um grupo de jovens a cumprir um sonho que um dia eu tinha sonhado para mim, entravam ali altivos, algo arrogantes. E eu a pensar em quantos Fábios Paims ali não estariam. A seguir, Começou a entrar a equipa técnica, um a um, e no final lá vinha um senhor mais velho, ao que parecia, o director da equipa.
                Eu não sabia quem era, mas rapidamente me foi feito saber, pois mal parecia eu não o conhecer. Aquele pequeno senhor, era nada mais, nada menos, que o símbolo vivo do Sporting, Mário Lino. O defesa direito açoriano, campeão em 1961/1962 e em 1965/1966, vencedor da Taça das Taças em 1964. O treinador principal (antes havia sido adjunto no clube durante cinco anos), campeão nacional em 1974, numa equipa onde figurava o imortal “chirola”, Yazalde, um dos melhores jogadores estrangeiros que o futebol português já viu.
                E eu, enquanto o senhor se preparava para almoçar, lá me fui aproximando dele de forma a ouvir umas histórias Sportinguistas. Meti conversa e logo me deparei com uma pessoa simples, nada arrogante, opondo-se em certa medida, aos jovens que minutos antes tinham ali chegado. E começou então o recordar de momentos passados, como que de uma conversa de avô e neto se tratasse. Contou-me de como tinha sido ele a evitar a saída de Yazalde aquando da sua chegada, para França. Falou com mágoa da angustiante eliminação da Taça das Taças, na meia-final, contra o Magdburg. O penalty falhado por Dinis, o falhanço de Tomé de baliza aberta nos instantes finais, ali tão presente. Recordou como o treinador que o seguiu (o imortal, Alfredo Di Stefano) não conseguiu aguentar o cargo durante muito tempo, saindo antes do inicio da época. Enfim, foi contando histórias… E eu ali. Ao pé de um leão campeão! Deliciado com cada momento daquela conversa.
 E, pensava eu, como é que os miúdos da academia não conseguem viver e consumir aqueles momentos como eu. Como é que só vêm o Sporting como um trampolim para outros voos, que grande parte nem alcançará. “Mais Sportinguistas houvesse como o senhor”, despedi-me eu do Mário Lino, pensando que como ele, também existiram Homens como Manuel Fernandes. Homens de letra maiúscula, em oposição aos dias de hoje, onde homens são aqueles que não sentem o clube, mas cheiram o dinheiro, ficando apenas como uma ligeira e breve memória e não como parte da nossa história. Sábado, um desses homens estará em Alvalade…
Fonte: ForumSCP

Saudações Leoninas,
By Jorge Sousa
22
Nov10

Segunda é o dia

Minuto Zero
Serão três suficientes?

Uma questão que sempre se vai debatendo no mundo do desporto, nomeadamente do futebol, é a inevitável divisão que se faz entre clubes “grandes” e clubes “pequenos”. Em Portugal, no caso do futebol, convencionou-se desde sempre que havia três clubes grandes e que os restantes seriam os pequenos. Quanto muito, lá se vai concedendo a designação de “quarto grande”, de tempos a tempos, a algum clube que morda os calcanhares aos três maiores. Mas, seja como for, não houve até hoje nenhum clube que se conseguisse de facto impor a Benfica, Sporting e Porto.
O domínio destes três clubes reflecte-se, também, nos programas de televisão sobre o tema. Ainda que cada vez haja mais programas desportivos com comentadores independentes e sem ligação a nenhum clube, nomeadamente na RTP N e na SIC Notícias, verificam-se ainda uma porção de programas que utilizam o tradicional formato de um moderador e três comentadores, um por cada clube grande.
Muito se tem criticado esta prática, principalmente por, nos últimos anos, a existência de um “quarto grande” ser cada vez mais observável. As televisões (bem como as rádios e a imprensa, a outros níveis), apesar de apresentarem formatos sem comentadores dos clubes, ainda não optaram por incluir nos painéis clubísticos um comentador do Braga, por exemplo. Contudo, por mais críticas que se façam, parece-me que esta posição das televisões tem toda a razão de ser.
Em primeiro lugar, a inclusão de um comentador para um quarto clube teria que obedecer a um critério que me parece difícil de definir, já que ainda não houve nenhum clube que conquistasse esse “título” inquestionavelmente. Além disso, incluir um quarto comentador rotativo continuaria a remeter para um segundo plano os clubes pequenos, pois não estariam no mesmo patamar que os três grandes, contando apenas com um comentador “à vez”.
Por outro lado, constituir painéis com representantes de todos os clubes é obviamente impossível e desinteressante. Nenhum telespectador teria interesse em ver um debate semanal com 16 comentadores. É importante não esquecermos que o objectivo de todos os programas é, no fundo, as audiências, condição essencial para a sobrevivência do canal de televisão. E todos somos unânimes em considerar que só os três clubes grandes dão audiência efectiva aos canais de televisão, razão pela qual só os seus jogos são transmitidos.
Podemos concluir, portanto, que o modelo de programa/debate desportivo que tem sido seguido desde sempre na televisão portuguesa é, na verdade, o único possível. Seria concebível, eventualmente, a existência de um quarto ou quinto comentador, mas apenas se um clube de facto se passasse a incluir no grupo dos “grandes” e não apenas como um clube na fronteira, sem que tenha um estatuto inquestionável.
Uma questão que não pode ser esquecida prende-se, contudo, com o que referimos quanto ao objectivo dos canais de televisão: as audiências e o lucro. A RTP, como serviço público, não tem essas condicionantes. Assim sendo, será que no canal público fazem sentido debates desportivos?

by João Vargas

Pág. 1/4