Lado B
Mais um português no Chipre
Depois de na última temporada Paulo Jorge, Nuno Morais e Hélio Pinto terem brilhado na Liga dos Campeões ao serviço do APOEL de Nicósia, do Chipre, agora é a vez de Nuno Assis ingressar no Omonia, clube do mesmo país.
O Omonia terminou em segundo lugar no campeonato cipriota da época passada, a apenas três pontos do campeão AEL de Limassol.
Mais uma vez, parece que o Chipre é um mercado apetecível para os jogadores portugueses que não se conseguem afirmar no futebol nacional. Na minha opinião, este fenómeno também se deve um pouco ao facto de os clubes apostarem mais no jogador estrangeiro do que no jogador português.
Por outro lado, a proibição de empréstimos a clubes do mesmo escalão poderá levar ainda mais jogadores portugueses a emigrarem para outros países.
A meu ver, parece que a brilhante prestação da seleção portuguesa no Euro 2012 não será suficiente para que os clubes portugueses apostem mais nos jogadores nacionais, o que é, no meu ponto de vista, de lamentar.
Também me parece que a emigração de jogadores portugueses para países como o Chipre poderá prejudicar a seleção portuguesa num futuro a longo prazo, na medida em que o campeonato cipriota é muito menos competitivo do que o campeonato português.
Como espectador de futebol, apenas consigo aceitar que um jogador português emigre para um campeonato menos competitivo do que o nosso, quando esse jogador está a chegar ao fim da carreira, como é o caso de Nuno Assis que neste momento já tem 34 anos. Ver jovens como Hélio Pinto e Vieirinha a emigrarem para campeonatos mais fracos do que o nosso não é, na minha opinião, aceitável.
Concluindo, parece que estamos “condenados” a assistir à emigração de muitos mais jogadores portugueses para campeonatos estrangeiros como o cipriota, caso venha a ser aprovada a lei da proibição de empréstimos a clubes do mesmo escalão.